Na tarde desta quinta-feira, 12 de junho, a cidade de Sirinhaém, no Litoral Sul de Pernambuco, celebrou um novo marco em sua história social com a inauguração da Cozinha Comunitária Lúcio Tomé de Gouveia, a segunda unidade do município e a 204ª em funcionamento no estado. O equipamento foi implantado na Travessa São Francisco, na comunidade da Barra, com o objetivo de garantir alimentação gratuita e digna para famílias em situação de vulnerabilidade social, previamente atendidas pela rede de assistência local. A unidade funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, com oferta de almoço a partir das 11h30 e jantar às 16h, sob responsabilidade de uma equipe técnica composta por seis profissionais capacitados, que também atuam no acolhimento dos usuários. A cozinha recebeu o nome de uma personalidade afetiva da cidade: Lúcio da Barra, como era conhecido Lúcio Tomé de Gouveia, ex-cozinheiro escolar, carnavalesco e símbolo da cultura popular da região, lembrado principalmente por sua famosa feijoada no bloco “As Katraias”. O nome da unidade foi uma demanda popular que reforça o sentimento de pertencimento da comunidade à política pública, unindo combate à fome com a valorização da memória local. A inauguração contou com a presença do secretário estadual de Assistência Social, Carlos Braga, que destacou o papel estratégico das cozinhas na luta contra a fome e na promoção da dignidade humana. Ele lembrou que só em 2025, esta já é a 24ª cozinha comunitária inaugurada, integrando um esforço que já soma 149 unidades entregues pela atual gestão. Desde 2023, o Programa Bom Prato, responsável pelas cozinhas, serviu mais de 14,4 milhões de refeições em Pernambuco, com investimento inicial de R$ 50 mil por unidade, além de um cofinanciamento mensal de R$ 20 mil para garantir funcionamento contínuo. A iniciativa, que alia responsabilidade social, estrutura administrativa descentralizada e articulação com os municípios, é considerada uma das maiores ações de segurança alimentar do Brasil. Em Sirinhaém, a segunda unidade chega para reforçar o enfrentamento à insegurança alimentar, agravada pela crise social e econômica dos últimos anos, e se torna, ao mesmo tempo, ponto de encontro, solidariedade e memória viva de um povo que transforma o cuidado coletivo em gesto cotidiano.
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