Um grave acidente ocorrido na noite desta quarta-feira (2) tirou a vida do empresário Juliellyson Torres da Silva, de 32 anos, na perigosa curva do Boi Morto, no Km 67,4 da BR-423, no município de Jupi, Agreste de Pernambuco. Ele dirigia uma picape Fiat Strada quando tentou desviar de um buraco na pista, perdeu o controle da direção e acabou colidindo de frente com um caminhão que vinha no sentido contrário. O trecho é conhecido por ser estreito, mal conservado e por já ter registrado diversos acidentes fatais ao longo dos anos.
O impacto da batida foi tão forte que o veículo do empresário ficou completamente destruído. Juliellyson morreu no local, preso às ferragens, sem chance de ser socorrido. O Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer a remoção do corpo, um trabalho que exigiu o uso de equipamentos de corte e resgate. O motorista do caminhão envolvido na colisão não se feriu, permaneceu no local e prestou depoimento à Polícia Rodoviária Federal (PRF), sendo liberado em seguida.
A cena do acidente foi marcada por forte comoção. Equipes do SAMU, da PRF e do Instituto de Criminalística também estiveram no local realizando os procedimentos necessários. O corpo de Juliellyson foi recolhido e encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru. Ele era morador de Lajedo, cidade vizinha, onde era bastante conhecido e atuava no comércio local. A notícia da sua morte gerou tristeza e revolta entre familiares, amigos e moradores da região, que reclamam constantemente da falta de manutenção na rodovia.
A curva do Boi Morto, onde o acidente aconteceu, é considerada um dos pontos mais críticos da BR-423, especialmente por conta da falta de sinalização adequada, do acostamento inexistente e da quantidade de buracos. A tragédia desta quarta-feira reacende a discussão sobre a urgência de obras estruturais na estrada, que liga importantes cidades do Agreste e é rota diária de caminhões, ônibus e veículos de passeio.
Juliellyson seguia sozinho no carro no momento da colisão. As circunstâncias indicam que ele tentou evitar danos ao veículo ao desviar do buraco, mas a manobra terminou em tragédia. A Polícia Civil irá instaurar inquérito para investigar o acidente, mas os primeiros relatos reforçam que o principal fator foi a má conservação da via. Moradores relatam que já pediram providências várias vezes aos órgãos competentes, sem retorno efetivo.
Mesmo sendo uma rodovia federal, a BR-423 tem trechos em total abandono, com asfalto remendado, sinalização deficiente e curvas perigosas sem proteção. A morte do empresário soma-se a outras registradas nos últimos anos nesse mesmo local. A tragédia interrompe a trajetória de um jovem empresário que era visto como trabalhador e dedicado, deixando a cidade de Lajedo de luto e trazendo de volta à tona o medo de quem precisa utilizar aquela estrada todos os dias.
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