terça-feira, 1 de julho de 2025

PROGRAMA BOM PRATO CHEGA A 15 MILHÕES DE REFEIÇÕES SERVIDAS

No coração das comunidades mais vulneráveis de Pernambuco, uma transformação silenciosa e poderosa vem se consolidando dia após dia. Trata-se do Programa Bom Prato, uma iniciativa do Governo do Estado, coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e às Drogas, que acaba de atingir um marco impressionante: mais de 15 milhões de refeições servidas à população em situação de vulnerabilidade social. O número, por si só, traduz o impacto de uma política pública que coloca a dignidade humana e a segurança alimentar no centro das prioridades. As cozinhas comunitárias, espalhadas por diversas regiões do estado, são hoje um símbolo de acolhimento, solidariedade e esperança para milhares de famílias pernambucanas.

A cada dia, profissionais da área de nutrição, cozinheiras e auxiliares preparam com cuidado e compromisso refeições equilibradas, pensadas para garantir o sustento e a saúde de quem enfrenta a fome como uma dura realidade cotidiana. O cenário dentro dessas cozinhas é o retrato do trabalho coletivo em favor do bem comum: panelas fumegantes, temperos regionais, arroz, feijão, proteínas, legumes e o carinho de quem entende que alimentar vai além do ato físico de servir. É um gesto de resistência e cuidado, em territórios onde muitas vezes o poder público demorou a chegar com políticas concretas.

O programa não apenas entrega pratos de comida, mas reafirma a presença do Estado onde ela mais se faz necessária. Crianças, idosos, pessoas em situação de rua, desempregados, mães solo, todos têm acesso às refeições, que chegam de forma gratuita ou com custo simbólico. Essa política pública alimentar vem se tornando referência na luta contra a fome, ampliando não só a quantidade, mas também a qualidade dos alimentos oferecidos. A escolha por ingredientes frescos, a valorização da culinária local e o respeito às necessidades nutricionais são diretrizes que moldam o cardápio diário.

Além do aspecto nutricional, as cozinhas comunitárias desempenham também um papel social e psicológico relevante. Para muitos, é o único momento do dia em que podem sentar-se à mesa com outras pessoas, em um espaço limpo, organizado e digno. A comida no prato se transforma em conversa, acolhimento e fortalecimento dos laços comunitários. A iniciativa conta com o apoio de lideranças locais, organizações sociais e movimentos populares, que ajudam a identificar as famílias em situação de risco e promovem o engajamento da comunidade nas ações.

Nos bastidores, há uma logística que envolve compras públicas, transporte, armazenagem e capacitação constante das equipes. A meta do Governo do Estado é continuar expandindo a rede de cozinhas, principalmente nas periferias urbanas e em áreas rurais, onde os índices de insegurança alimentar ainda são alarmantes. O número de refeições ultrapassando os 15 milhões representa não apenas a quantidade, mas a constância e a perseverança de uma política de enfrentamento à fome que tem salvado vidas.

Enquanto os olhos da população se voltam para os grandes investimentos e obras estruturadoras, iniciativas como o Bom Prato mostram que há um trabalho diário, essencial e invisível sustentando a base da sociedade. A fome não espera, e a resposta do Estado precisa ser imediata. Em Pernambuco, essa resposta tem vindo em forma de prato cheio, alimentação saudável e respeito à dignidade de cada cidadão.

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