terça-feira, 15 de julho de 2025

SENADO APROVA PROJETO DE FERNANDO RODOLFO QUE TORNA ANGELIM A CAPITAL NORDESTINA DO CUSCUZ

A pequena cidade de Angelim, localizada no Agreste Meridional de Pernambuco, deu um passo marcante rumo ao reconhecimento de sua identidade cultural e econômica ao ter aprovado, nesta terça-feira (15), na Comissão de Educação e Cultura do Senado Federal, o Projeto de Lei nº 650/2024. A proposição, de autoria do deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), concede ao município o título de Capital Nordestina do Cuscuz. O projeto, que já havia tramitado na Câmara dos Deputados, foi relatado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e segue agora para sanção presidencial. Com pouco mais de 11 mil habitantes, Angelim tem no cuscuz uma verdadeira base de sustentação econômica e social. É ali que se concentra uma das maiores produções per capita do prato típico nordestino, que é presença diária nas mesas do povo e símbolo de identidade cultural. O setor cuscuzeiro angelinense evoluiu de uma tradição doméstica para um parque industrial local que emprega formalmente centenas de trabalhadores, tornando-se a principal fonte de geração de renda com carteira assinada na cidade. A aprovação no Senado representa mais que uma homenagem simbólica: trata-se de um reconhecimento do valor da tradição como matriz econômica, de uma cadeia produtiva que resgata saberes ancestrais e os transforma em oportunidades reais. Para Fernando Rodolfo, a proposta tem a força de colocar Angelim no mapa nacional não apenas como celeiro cultural, mas como referência de um modelo de desenvolvimento pautado na valorização do que é regional. A expectativa é que o novo status traga ainda mais visibilidade à cidade, atraindo investimentos, turismo gastronômico e iniciativas de fortalecimento da economia criativa. O título pode também impulsionar políticas públicas voltadas ao estímulo da agricultura familiar, principal fornecedora da matéria-prima que alimenta a indústria local. O cuscuz, feito tradicionalmente de milho, mas também produzido em variações com arroz e flocos especiais, é mais que um alimento: é um elo entre o passado e o futuro de uma comunidade que soube fazer da simplicidade um motor de transformação.

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