terça-feira, 19 de agosto de 2025

CPI DA PUBLICIDADE DE RAQUEL LYRA SERÁ INSTALADA SOB COMANDO DE DIOGO MORAES NA ALEPE


A Assembleia Legislativa de Pernambuco viverá um dos momentos mais aguardados do atual cenário político estadual nesta terça-feira, 19, com a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar os contratos de publicidade firmados pelo Governo Raquel Lyra. O colegiado, que promete movimentar os debates no plenário e fora dele, terá como presidente o deputado estadual Diogo Moraes, do PSDB, figura com trajetória marcada pela experiência parlamentar e articulação política. A composição da CPI já reflete o clima de divisão na Casa, com o governo tentando garantir espaço, mas enfrentando uma oposição que, desta vez, conseguiu maioria numérica e estratégica. No bloco governista, foram confirmadas as indicações de Antônio Moraes, do PP, João Paulo Lima e Silva, do PT, e Wanderson Florêncio, do Solidariedade, parlamentares que deverão atuar como vozes de defesa da gestão estadual diante das denúncias e questionamentos que surgirão durante os trabalhos. O Partido Liberal, em meio à sua posição de maior aproximação com a oposição, colocou como representante titular o deputado Nino de Enoque, reforçando o peso político do grupo. Já a oposição consolidou um bloco forte, encabeçado pelo próprio Diogo Moraes, que assumirá a presidência, ao lado de Antônio Coelho, do União Brasil, Rodrigo Farias e Waldemar Borges, ambos do PSB, além de Dani Portela, do PSOL, compondo um leque que vai da centro-direita à esquerda, em uma demonstração de convergência momentânea contra o Executivo estadual. A escolha de Diogo Moraes para a condução da CPI foi recebida como sinal de que os trabalhos devem ganhar intensidade desde o início, uma vez que o parlamentar é reconhecido por seu perfil combativo e por sua proximidade com os debates estruturais da Alepe. A reunião de instalação está marcada para as 8h, horário que já deve atrair a atenção da imprensa e das lideranças políticas, dado o impacto que a investigação poderá ter sobre a imagem e a governabilidade da atual gestão. O colegiado contará com nove titulares e igual número de suplentes, garantindo estrutura para sessões que devem ser longas e acirradas, com convocações de secretários, técnicos e representantes de empresas ligadas às campanhas e contratos publicitários. O embate, que já se anuncia intenso, coloca a governadora Raquel Lyra em uma posição delicada, pois a CPI poderá abrir espaço para revelações capazes de desgastar seu governo em um momento em que tenta consolidar investimentos e ampliar sua base política no Estado. O início dos trabalhos promete ser um divisor de águas no relacionamento entre governo e oposição no Legislativo pernambucano.

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