A disputa pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar contratos do governo estadual em Pernambuco ganhou novos capítulos nesta semana. Com a oposição garantindo a maioria, a bancada governista avalia recorrer à Justiça para tentar reverter o resultado.
A líder do governo na Alepe, deputada Socorro Pimentel (UB), confirmou que a situação dentro do Legislativo é complicada para os governistas e que o caminho jurídico pode ser a saída. “A gente tem que buscar uma alternativa fora desse poder. Já vimos que dentro desse poder não vamos conseguir avançar em nada. Então a gente precisa avançar através da Justiça, sim. Mas isso é uma pauta que a gente ainda vai conversar”, declarou.
A CPI foi criada para investigar contratos e gastos do governo estadual, mas a maioria da oposição pode direcionar os trabalhos de forma independente, causando preocupação na bancada governista. Nos bastidores, parlamentares afirmam que reuniões internas estão sendo realizadas para decidir o melhor caminho legal.
Além da ação judicial, governistas estudam recursos à Mesa Diretora da Alepe, análise do regimento interno e precedentes que possam fundamentar sua contestação. A intenção é garantir que a representação do governo na comissão seja equilibrada, mesmo diante da supremacia numérica da oposição.
O clima político é de tensão e alerta: a CPI é vista como uma ferramenta que pode pressionar o governo e impactar a imagem da administração estadual. Por isso, cada movimento é cuidadosamente planejado, tanto dentro do Parlamento quanto fora dele.
Enquanto isso, a oposição mantém postura firme e reforça que conduzirá a CPI de maneira independente, defendendo fiscalização e transparência sobre contratos públicos. A polarização política na Alepe aumenta à medida que se aproximam decisões estratégicas sobre comissões e investigações.
Socorro Pimentel reforçou que a bancada governista continuará acompanhando de perto todas as ações da CPI e que qualquer tentativa de direcionamento será contestada, seja no Legislativo ou no Judiciário.
O embate evidencia a importância das comissões parlamentares no controle político do Estado e mostra que a disputa por influência dentro da Alepe está longe de se encerrar. Governistas e opositores agora medem forças em um terreno que combina política, estratégia e, possivelmente, decisões judiciais.
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