Há um evidente clima de antecipação eleitoral. Mesmo faltando mais de um ano para o pleito estadual, a disputa política já se instalou com força. Raquel, que tem buscado consolidar uma imagem de gestora técnica e moderna, vê-se às voltas com embates políticos que exigem habilidade, articulação e, sobretudo, paciência. A governadora apostou, desde o início do mandato, no diálogo institucional, inclusive com setores que não integram sua base natural. No entanto, o que se vê é uma oposição decidida a desgastar sua imagem, reduzir seus espaços e dificultar as entregas do governo. A estratégia da oposição é clara: quanto menos Raquel realizar, menor será seu capital político para o próximo ciclo eleitoral.
Além disso, alguns deputados têm usado as estruturas da Assembleia Legislativa para levantar suspeitas, ampliar narrativas de ineficiência e travar votações estratégicas. A crítica se transforma, muitas vezes, em boicote. Projetos importantes para o desenvolvimento regional e para áreas como saúde, infraestrutura e segurança ficam estagnados não por falhas técnicas, mas por entraves políticos deliberados. Nesse cenário, a governadora precisa equilibrar-se entre responder a essas pressões e manter o foco na agenda de gestão. O PSD, partido que abriga Raquel Lyra, também sente o peso dessa antecipação e começa a se organizar para o enfrentamento que se avizinha. A oposição, por sua vez, tenta criar fatos políticos semanais, polarizar o debate público e provocar desgaste constante. Essa dinâmica acende o alerta do núcleo palaciano, que sabe que governar com projetos amarrados por rivalidades legislativas é, na prática, ter sua força executiva limitada. A reação da governadora nas redes, portanto, é uma tentativa de furar esse bloqueio narrativo e recuperar protagonismo num momento em que cada palavra e cada gesto estão sendo medidos com o olhar voltado para a disputa futura.
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