Esse reposicionamento tem como pano de fundo a CPI da Propaganda, criada a partir de uma ofensiva oposicionista contra a governadora Raquel Lyra. Com a saída coordenada dos deputados, a oposição conseguiu conquistar maioria no colegiado, garantindo cinco das nove cadeiras, o que significa o controle total da investigação, desde a presidência até a relatoria. Nos corredores da Alepe, o comentário recorrente é que os partidos escolhidos pelos dissidentes funcionam como anexos do PSB, reproduzindo o mesmo discurso e a mesma estratégia de enfrentamento.
O episódio não se resume a uma simples troca de siglas, mas simboliza um teste de fogo para a governadora, que tem procurado manter sua agenda de entregas e inaugurações em várias regiões do Estado. A movimentação da oposição, no entanto, revela o nível de radicalização, uma vez que desconsidera o calendário da Justiça Eleitoral e coloca em xeque até onde vai a flexibilidade das regras partidárias diante da pressão política.
Entre aliados de Raquel Lyra, cresce a leitura de que o PSB, mesmo perdendo três de seus nomes, manteve sua influência espalhada por outras legendas, criando uma rede de sustentação indireta que atua como um puxadinho político. A tática reforça o discurso oposicionista e sinaliza que a governadora terá pela frente não apenas embates parlamentares, mas uma verdadeira engrenagem partidária articulada para desgastar sua administração no dia a dia da Assembleia.
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