A movimentação deixou o deputado Alberto Feitosa isolado. Ele foi o principal responsável pela articulação que garantiu à oposição, mesmo sendo minoria, o comando das três principais comissões permanentes da Alepe: Justiça, Finanças e Administração. Fez isso ao promover Abimael Santos a líder do PL, numa aliança com o PSB e parte do União Brasil, garantindo a presidência da Comissão de Justiça para si. No entanto, diante da nova reaproximação do PL com o Governo e temendo ficar encurralado, Feitosa mudou drasticamente o tom. Nesta terça-feira, anunciou a sabatina do novo administrador de Fernando de Noronha e a votação do empréstimo de R$ 1,5 bilhão solicitado pela governadora, depois de meses travando essas pautas. Ainda assim, Feitosa manterá a presidência da Comissão de Justiça até 2026, pois a Mesa Diretora assegura mandato de dois anos para os presidentes e vice-presidentes das comissões, que não podem ser destituídos nem por seus partidos. Mesmo que fique isolado politicamente, seu cargo está garantido por regra regimental até o fim da legislatura.
quinta-feira, 7 de agosto de 2025
REBULIÇO NO PL: MUDANÇAS NA BANCADA PODEM REDIRECIONAR RUMOS NA ALEPE
O Partido Liberal (PL) vive uma turbulência interna na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que pode redesenhar o cenário político da Casa nos próximos dias. Até então adotando uma postura de independência, ora flertando com o Palácio do Campo das Princesas, ora se aliando à oposição, o partido se encontra às vésperas de uma nova guinada. Após ter contribuído com três assinaturas para a criação de uma CPI que mira a licitação de publicidade do Governo do Estado, o PL agora pretende recuar e se distanciar do movimento que ameaça travar a pauta da governadora Raquel Lyra. O deputado Renato Antunes, uma das principais vozes da legenda, revelou ao blog que a bancada vai abandonar o que chamou de “radicalismo” oposicionista e buscar uma linha mais moderada, reafirmando a independência, mas com responsabilidade. Segundo ele, o partido não vai mais apoiar a CPI, pois entende que não há fato determinado que a justifique, classificando a iniciativa como um “palanque eleitoral para João Campos”.
A articulação envolve uma mudança estratégica na liderança da bancada: caso o atual líder, Abimael Santos, não aceite a nova linha, ele poderá ser substituído por Nino de Enoque, deputado governista. Renato Antunes, Nino e Joel da Harpa já fecharam esse entendimento e, sendo maioria entre os cinco parlamentares do PL, têm poder para definir os rumos da sigla na Alepe. Mesmo com Joel da Harpa tendo assinado o requerimento da CPI ao lado de Abimael e do deputado coronel Alberto Feitosa, a legenda deve se reposicionar e, com isso, fortalecer a base de Raquel Lyra dentro da Casa. A nova correlação de forças permitirá ao Governo ocupar a presidência e a vice-presidência da CPI, deixando à oposição apenas a relatoria, o que diminui consideravelmente o poder de fogo do grupo liderado pelo PSB.
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