Entre os cotados, o mais forte é o pernambucano André de Paula, atual ministro da Pesca e Aquicultura. Sua indicação tem sido articulada pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, que considera a atual pasta de De Paula pequena demais diante da representatividade do partido no Congresso Nacional e nos estados. O dirigente político avalia que o Turismo, com maior visibilidade e orçamento, colocaria o PSD em posição mais estratégica no governo.
Mas a movimentação vai além de cargos. Kassab ainda mantém em aberto as opções eleitorais de 2026, afirmando que o partido pode lançar o governador Ratinho Júnior, apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) ou Ronaldo Caiado (UB). Ao mesmo tempo, não descarta caminhar novamente com Lula, deixando claro que o Ministério do Turismo pode ser um gesto importante nessa construção.
O cenário, no entanto, está longe de ser pacífico. O PSB, que já comanda o Desenvolvimento Econômico e o recém-criado Ministério das Micro e Pequenas Empresas, também reivindica espaço no Turismo. O PDT, por sua vez, mesmo estando à frente da Previdência Social, também busca ampliar sua participação na Esplanada.
Apesar das pressões, o PSD surge com vantagem, já que Lula perdeu parte do apoio da federação União Progressista (UB-PP) e precisa recompor a base. O cálculo é claro: fortalecer Kassab pode ser fundamental para garantir votos no Congresso e pavimentar alianças para a reeleição.
O PT, por outro lado, não ficou de fora da disputa e já tem até um nome pronto para o posto: Marcelo Freixo. O ex-deputado e atual presidente da Embratur poderia assumir a vaga de Celso Sabino, numa estratégia de manter o Turismo sob influência direta dos petistas.
Com tantos interesses em jogo, a decisão de Lula sobre quem comandará o Turismo vai além de um simples ajuste ministerial. Será uma jogada estratégica que poderá redefinir os rumos da coalizão governista e influenciar diretamente as articulações para 2026.
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