sexta-feira, 5 de setembro de 2025

COLUNA POLÍTICA | SEGURANÇA PÚBLICA | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

MENDONÇA FILHO NO OLHO DO FURACÃO NACIONAL 
O anúncio feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos/PB), mexeu com o tabuleiro político em Brasília. O pernambucano Mendonça Filho (União/PE) será o relator da polêmica PEC da Segurança Pública. Acostumado a embates de alta intensidade, Mendonça já demonstrou que não teme enfrentar pressões de governo, oposição ou até mesmo da opinião pública. Sua escolha não é apenas técnica: é também um movimento político calculado, pois ele já havia relatado a proposta na Comissão de Constituição e Justiça, garantindo sua constitucionalidade. Agora, o desafio é maior: discutir o mérito de uma pauta que divide o país. Vamos passar aqui NA LUPA. 

UMA PEC QUE MEXE COM O PAÍS
A PEC da Segurança Pública não é apenas um texto frio de emendas. Trata-se de uma proposta que promete alterar a espinha dorsal da política de segurança nacional, tocando em temas delicados como autonomia policial, papel das forças armadas e responsabilidades dos estados. O governo Lula aposta na narrativa de que a PEC é essencial para modernizar e unificar diretrizes, mas críticos veem riscos de centralização excessiva e até de brechas para autoritarismo. O palco está armado, e o relator pernambucano estará no centro desse embate.

O PESO DA RELATORIA
Relatar uma PEC não é tarefa trivial. O relator não apenas organiza o debate, mas imprime sua marca, define os rumos e estabelece o tom político. Mendonça Filho já deu provas de que sabe ocupar esse espaço. Em sua trajetória, nunca fugiu de polêmicas, preferindo enfrentá-las de frente. A escolha de seu nome, portanto, não é casual. O governo e a própria Câmara reconhecem que, diante de uma proposta controversa, era necessário alguém com experiência, firmeza e habilidade política.

PERNAMBUCO NO PROTAGONISMO
Mais uma vez, Pernambuco ganha espaço de destaque no cenário nacional. Terra de grandes políticos e de debates acalorados, o estado agora volta aos holofotes com a missão atribuída a Mendonça Filho. Para a bancada pernambucana, é motivo de orgulho, mas também de expectativa: qualquer vacilo do relator repercutirá diretamente em sua imagem e no capital político que pode levar às próximas eleições. Pernambuco, que já viu Mendonça como governador, agora assiste seu retorno ao epicentro do debate nacional.

O ESTILO COMBATIVO DE MENDONÇA
Quem acompanha a trajetória de Mendonça Filho sabe que ele não é político de ficar em cima do muro. Aguerrido, ele tem lado, voz e coragem para sustentar suas posições mesmo quando contrariam interesses poderosos. Essa postura, por vezes, rende admiradores e inimigos na mesma proporção. Mas, para o relator da PEC da Segurança, isso pode ser um trunfo: ser visto como alguém que não se dobra às pressões. A Câmara precisará de uma figura com esse perfil para conduzir o debate sem se perder em conveniências.

A RESPONSABILIDADE COM O FUTURO
A PEC da Segurança Pública não terá apenas impacto imediato. Suas definições moldarão as bases da atuação policial, do sistema penitenciário e até da relação entre União e estados por décadas. Mendonça Filho, portanto, carrega nos ombros uma responsabilidade histórica. Seu parecer poderá definir os rumos de uma das áreas mais sensíveis da vida nacional: a proteção da população diante da escalada da violência. Não se trata apenas de voto ou de articulação política, mas de uma herança institucional que influenciará gerações.

O GOVERNO E A OPOSIÇÃO NA MESMA ARENA
O governo Lula precisa aprovar a PEC como demonstração de força política e compromisso com a pauta da segurança, um dos temas mais cobrados pela sociedade. Já a oposição enxerga no debate uma chance de marcar território e impor limites ao projeto petista. Mendonça Filho, embora filiado ao União Brasil, não esconde sua independência e poderá adotar posições que desagradem tanto governo quanto oposição. Essa imprevisibilidade aumenta a temperatura do debate e faz do relator peça-chave nas negociações.

UMA RELATORIA QUE PODE DEFINIR O DESTINO POLÍTICO
Mendonça Filho sabe que o jogo é de alto risco. Se conduzir bem, poderá sair maior, consolidado como liderança nacional, e até abrir caminho para novas ambições eleitorais. Se falhar, será cobrado em Pernambuco e no Brasil como quem não conseguiu dar conta da tarefa. É o tipo de missão que separa os políticos comuns dos que entram para a história. O pernambucano parece pronto para o desafio. Agora, resta acompanhar: Mendonça Filho será apenas o relator da PEC da Segurança, ou se tornará o nome que marcou o rumo da política pública mais sensível do país? Análise e responda você mesmo caro leitor. É isso aí. 

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