Segundo o parlamentar, a avaliação cuidadosa é essencial para equilibrar interesses e garantir que qualquer decisão reflita a posição majoritária da Câmara. Motta enfatizou que ainda não houve diálogo formal com o Senado sobre a questão da anistia, mas negou qualquer sentimento de deslealdade em relação à Casa Alta. “O Senado estava atento às movimentações da Câmara. A Câmara cumpriu seu papel, e o Senado entendeu que não devia seguir”, explicou.
O presidente da Câmara também se manifestou sobre a autonomia da Casa diante de possíveis desgastes com o Senado, como ocorreu com o arquivamento da PEC da Blindagem. Ele destacou que a Câmara mantém seu protagonismo e independência, mas reforçou que o diálogo entre as duas Casas é permanente e necessário. “Eu penso que a Câmara tem a sua independência, seu protagonismo e nós vamos, no dia a dia, construindo, de acordo com cada assunto, o diálogo que for necessário para que as Casas possam estar interagindo sobre aquilo que interessa à população brasileira”, disse.
Motta revelou ainda que o acompanhamento da proposta de anistia será feito com cautela, analisando os impactos políticos e legais. Ele ressaltou a importância de ouvir todas as bancadas, entender possíveis resistências e construir um consenso antes de colocar qualquer projeto em votação. O presidente também destacou que o processo legislativo precisa ser transparente, com diálogo constante entre deputados e senadores, a fim de evitar ruídos institucionais e garantir segurança jurídica.
O tema da anistia, segundo Hugo Motta, envolve reflexos significativos para o cenário político, e qualquer decisão tomada pela Câmara terá consequências diretas na relação com o Senado e na percepção pública. Ele reforçou que, apesar das divergências pontuais, a relação entre as duas Casas permanece respeitosa, e o trabalho conjunto é prioridade.
Para o presidente da Câmara, o momento exige equilíbrio entre ação rápida e análise profunda. Ele afirmou que, antes de pautar o projeto, será feita uma avaliação detalhada sobre a receptividade de cada bancada e sobre os efeitos que a proposta poderá ter na sociedade e no ambiente político do país. Dessa forma, Hugo Motta busca consolidar uma postura de liderança cautelosa, mas firme, reafirmando a autonomia da Câmara e a responsabilidade de seus deputados na condução de projetos sensíveis.
O posicionamento de Motta sinaliza que, apesar das pressões e das expectativas públicas, a Câmara seguirá um caminho próprio, buscando sempre o consenso e o diálogo institucional, garantindo que qualquer decisão sobre a anistia seja tomada com base em critérios claros e no interesse coletivo.
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