Anielly Sousa Silva usava o aplicativo para estimular os próprios moradores a enviarem informações sobre vizinhos, colegas e até instituições locais. Sem checar a veracidade dos relatos, ela publicava as mensagens, alcançando mais de um milhão de acessos.
De acordo com matéria exibida no Fantástico, da TV Globo, neste domingo (14), as publicações incluíam acusações de traições, gravidez, orientação sexual e até agressões físicas. Em alguns casos, os nomes das pessoas eram expostos diretamente.
Uma das vítimas chegou a sofrer bullying na escola em que estudava e desenvolveu depressão após ver seu nome envolvido na rede social.
As notícias falsas atingiram até uma funcionária de uma instituição de caridade, acusada de maltratar uma criança com deficiência. Após a fofoca, o lar deixou de arrecadar uma boa quantia em uma venda de rifas para reformar o local.
Conforme as investigações, Anielly extorquia dinheiro das vítimas, cobrando valores entre R$ 200 e R$ 500 para apagar os posts.
Após a repercussão da página, moradores reuniram provas e registraram boletins de ocorrência. A polícia abriu inquérito e pediu a prisão preventiva de Anielly, que deve ser indiciada por extorsão, crime que pode levar a até dez anos de prisão
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