quinta-feira, 25 de setembro de 2025

PRÉDIO DA NEOENERGIA NO RECIFE É DESAPROPRIADO E PASSARÁ A ABRIGAR A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE PERNAMBUCO

O Governo de Pernambuco publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 24 de setembro, o decreto de desapropriação do prédio da Neoenergia Pernambuco, localizado no bairro da Soledade, área central do Recife, em um movimento que altera o destino de um dos edifícios mais emblemáticos da capital. O espaço, até então ocupado pela concessionária de energia elétrica, será transformado na nova sede administrativa da Secretaria de Educação do Estado, em uma mudança que conecta simbolismo arquitetônico e funcionalidade pública. A decisão foi oficializada um dia após a renovação do contrato de concessão da Neoenergia, que seguirá operando em Pernambuco até 2060, mas em novo endereço.

O presidente da Neoenergia Pernambuco, Saulo Cabral, explicou em entrevista à Rádio Jornal que a saída do edifício acompanha um processo de descentralização da empresa, que busca estar mais próxima das regiões de atuação. Segundo ele, o prédio da Soledade já estava sendo gradualmente esvaziado e, em breve, todos os colaboradores serão transferidos para uma sede moderna em construção no bairro do Bongi, na Zona Oeste do Recife. Cabral ressaltou que a mudança representa uma evolução estrutural e tecnológica, com ambientes planejados para atender às necessidades atuais da companhia.

Enquanto isso, o Governo do Estado destacou que o imóvel será preparado para receber a Secretaria de Educação, hoje instalada na Avenida Afonso Olindense, no bairro da Várzea. Em nota, a pasta informou que a adaptação do espaço será conduzida por meio de estudos técnicos de arquitetura e engenharia, visando garantir segurança e eficiência na transição. O edifício, projetado em 1971 pelos arquitetos Vital Pessoa de Melo e Reginaldo Esteves, é considerado uma referência da arquitetura moderna pernambucana, marcado pela integração entre concreto, vidraçarias e brises que se destacam na paisagem urbana. Além disso, o jardim do conjunto leva a assinatura de Roberto Burle Marx, o renomado paisagista responsável também por espaços icônicos como a Praça do Derby e o entorno do Palácio das Princesas.

A reconfiguração do uso do prédio traz um novo significado ao patrimônio arquitetônico, agora vinculado a uma área estratégica para o futuro do estado: a educação.

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