RAQUEL LYRA AFIRMA QUE CPI DA PUBLICIDADE “SE DESMANTELUOU” DURANTE DISCURSO A SERVIDORES

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), afirmou, na manhã desta segunda-feira (22), que a CPI da Publicidade "se desmantelou", em pronunciamento feito durante a cerimônia do programa de formação de servidores públicos do estado, realizada na Faculdade de Administração de Pernambuco (FCAP). No evento, a chefe do Executivo estadual fez uma retrospectiva de sua trajetória política e teceu críticas contundentes à abertura da comissão na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Segundo Raquel Lyra, a comissão foi desmantelada por incongruências no processo de instalação e pela ausência de irregularidades substanciais que justificassem sua instalação. A CPI tinha como objetivo investigar contratos de publicidade do governo estadual, mas, na avaliação da governadora, os esforços da oposição para fragilizar sua base foram insuficientes. Raquel Lyra explicou que, para tentar assumir o controle da comissão, deputados do PSB foram transferidos, à meia-noite do último dia do prazo, para diferentes partidos, alterando a composição da Alepe e criando uma maioria artificial. Segundo ela, os deputados que mudaram de legenda acabaram ocupando os cargos de presidente, vice-presidente e relator da CPI, em uma manobra que, na sua visão, não se sustentava legalmente. A governadora também mencionou decisões da Justiça e do Supremo Tribunal Federal (STF), destacando o entendimento do ministro Luís Roberto Barroso de que não havia risco de grave lesão à ordem pública que justificasse medidas cautelares contra os contratos de publicidade. Raquel Lyra reforçou que, de acordo com precedentes do STF, a composição da Assembleia no momento da instalação é determinante para a validade de uma CPI, e que mudanças posteriores de partido não poderiam alterar a legitimidade da comissão. Ela afirmou que a oposição tentou "fraudar a maioria", mas que a CPI acabou desmontando após cinco decisões judiciais favoráveis ao governo. Durante o discurso, a governadora fez críticas veladas aos parlamentares de oposição, destacando que, enquanto ocorriam disputas e impasses na Alepe e no Judiciário, ela se mantinha focada no trabalho de administração do estado. Raquel Lyra destacou que tem governado com a sensação de ter uma "espada na cabeça", mas que, mesmo diante das dificuldades políticas, segue conduzindo os serviços públicos e as ações administrativas com eficiência. A governadora reforçou que sua prioridade é a gestão do estado, independentemente das movimentações políticas que envolvem a instalação de comissões parlamentares de inquérito. Em seu pronunciamento, Raquel Lyra demonstrou segurança ao apontar as estratégias da oposição como ineficazes, e sublinhou a importância de respeitar as normas legais e o entendimento do STF sobre a composição de CPIs. O discurso detalhou também a sequência de ações judiciais que impediram que a CPI alterasse a base de apoio do governo, mostrando que todas as manobras da oposição foram contestadas e revertidas judicialmente. A governadora mencionou a atuação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) e a tentativa de suspensão dos contratos de publicidade, reforçando que os órgãos competentes já haviam analisado e validado os procedimentos administrativos. Raquel Lyra pontuou ainda que, apesar das tensões políticas, a administração estadual segue avançando em seus projetos e ações. Ela enfatizou que, enquanto a oposição buscava criar narrativas e manobras para enfraquecer sua gestão, sua equipe permanecia focada em atender à população e em cumprir as metas do governo. A governadora encerrou sua fala destacando que tem conduzido Pernambuco com responsabilidade, transparência e foco, mesmo diante de pressões políticas significativas, reafirmando seu compromisso com o serviço público e com a manutenção da ordem administrativa do estado.