SERENATA DA NOSSA PETROLINA TRANSFORMA RUAS EM PALCO E CELEBRA 130 ANOS DA CIDADE

Petrolina viveu uma noite inesquecível neste sábado (13), quando a Serenata da Nossa Petrolina tomou conta do Centro Histórico e arrastou multidões em um cortejo que misturou emoção, tradição e música. O evento, que integra as comemorações dos 130 anos do município, mostrou mais uma vez por que a cidade é reconhecida como um polo cultural vibrante do Sertão pernambucano.

O cortejo teve início diante da imponente Catedral do Sagrado Coração de Jesus, ponto de referência e símbolo da fé local. De lá, seguiu pelas ruas Pacífico da Luz e Joaquim Nabuco, embalado pelos Seresteiros do Vale, que conduziram o público com violões, sanfonas, flautas e vozes afinadas. A cada esquina, a atmosfera se renovava: calçadas viravam arquibancadas e sacadas se transformavam em camarotes improvisados.

A diversidade do público chamou atenção. Crianças nos ombros dos pais, jovens registrando cada momento com celulares e idosos emocionados revivendo lembranças de serenatas antigas formaram um retrato vivo da Petrolina que se reconhece na música. Muitos relatavam memórias de amores do passado, dos bailes da juventude e de tradições que resistem ao tempo.

Na chegada à Praça 21 de Setembro, a multidão foi recepcionada por um espetáculo cuidadosamente preparado. Os Seresteiros abriram a noite com um tributo instrumental a Geraldo Azevedo, filho da região que conquistou o Brasil com sua música. O público respondeu em coro, aplaudindo cada acorde.

A festa ganhou ainda mais brilho com as apresentações de Nilton Freitas, Elisson Castro e Murilo Camargo, que arrancaram aplausos calorosos com interpretações cheias de emoção. Em seguida, a banda Labaredas trouxe a energia contagiante de sucessos que marcaram gerações, transformando a praça em um grande salão de dança a céu aberto.

O encerramento ficou por conta de Fernando Júnior, que subiu ao palco com um repertório vibrante, fechando a noite em clima de celebração. “Foi uma das serenatas mais emocionantes que Petrolina já viveu”, comentava o público, ainda tomado pelo clima festivo.

O prefeito Simão Durando ressaltou o papel cultural da festa. “A Serenata da Nossa Petrolina mostra a força da nossa identidade. Aqui vemos gerações diferentes reunidas, celebrando em uma só voz o orgulho de viver nesta cidade. Essa é a verdadeira essência dos 130 anos de Petrolina”, afirmou.

A cada canção entoada, ficava claro que a serenata não foi apenas um espetáculo, mas um reencontro coletivo da cidade com sua história, suas memórias e sua gente. Uma noite em que as ruas se tornaram palco, o público virou protagonista e Petrolina reafirmou sua alma cultural diante do Brasil.