terça-feira, 14 de outubro de 2025

EM PE: MULHER DENUNCIA QUE FOI ESTUPRADA POR PM DENTRO DE POSTO POLICIAL APÓS SER PARADA EM BLITZ

Uma mulher de 48 anos denunciou que foi estuprada por um agente do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, na noite da sexta-feira (10). De acordo com a vítima, o crime aconteceu dentro de um posto policial rodoviário na PE-60.

Ao g1, a mulher, que pediu para não ser identificada, contou que estava de carro indo em direção à Praia de Gaibu quando passou em frente ao posto policial, onde havia três agentes de trânsito do BPRv parando os veículos que chegavam. Procurada, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou que abriu um processo disciplinar para apurar a conduta dos policiais.

A vítima contou que, na abordagem, um dos agentes disse que tinha identificado alguns débitos vinculados ao veículo e pediu que ela descesse do carro. Ela disse que tinha comprado o carro havia pouco tempo e chegou a ligar para o vendedor para esclarecer a situação, que disse que resolveria o débito na segunda-feira.


"O policial viu que o documento do carro estava atrasado, verificou, mandou descer do carro, me direcionou para dentro do posto", afirmou.

Depois disso, de acordo com a mulher, o homem a conduziu até um dormitório, onde havia duas beliches, e apagou a luz. Toda ação, segundo a vítima, durou aproximadamente 20 minutos.

"Ele disse aos outros dois policiais, que estava um pouco afastados: 'ela vai ali beber água'. Acredito que seja um código entre eles, não sei. [...] Entrou no quarto, ele tentou fazer a penetração diversas vezes, de frente, de costas. Eu fechava as pernas, ele levantava o vestido. E ele me beijando no pescoço. Aí baixou minha cabeça e fez o ato na minha boca", relatou.

A vítima contou que teve medo de que o policial chamasse os outros agentes para praticar o estupro. Ela contou ainda que, depois do crime, o agressor entregou uma toalha para que ela se limpasse, e que mandou que ela tomasse dois copos de água para esconder os vestígios do abuso.

"Na saída do quarto, ele disse: 'pegue água para tirar a gala da boca'. Saí de lá de dentro, nem olhei para trás", contou.

Depois, ele anotou o telefone da mulher e a liberou. Fora do posto policial, os outros dois PMs seguiam no local e, por isso, ela não soube dizer se eles tiveram ciência do abuso e preferiu não denunciar o caso aos dois agentes, pois teve medo — sentimento que a acompanha mesmo depois da violência que denunciou ter sofrido.


"[Tenho] medo de represália. Eles sabem onde eu trabalho, minha profissão. [...] Ele estava muito confortável com o que fez comigo. Não ficou com pressa nem nada. Fiquei uns 20 minutos naquele quarto. Não sei se é uma prática deles, não sei", disse a vítima . (Vídeo, clique aqui).

Nenhum comentário: