De acordo com informações divulgadas pelo g1 Alagoas, Jeferson não aceitava o fim do relacionamento e, movido pelo ciúme e pela recusa em se afastar, invadiu a casa da ex-companheira. A discussão rapidamente se transformou em violência. Ketyni foi asfixiada até a morte, em uma cena de horror que chocou os vizinhos e devastou familiares.
Após o crime, o suspeito se apresentou à delegacia levando nos braços o filho pequeno, que havia presenciado todo o ato. Segundo a polícia, o homem confessou o assassinato horas depois, em um relato frio e perturbador. O corpo de Ketyni foi encontrado sobre a cama do quarto, e a perícia confirmou sinais claros de asfixia mecânica.
O casal, que teve dois filhos juntos, estava separado há alguns meses. Amigos relataram que a enfermeira vinha sofrendo ameaças constantes, mas tentava manter a rotina normal para proteger as crianças. “Ela tinha medo, mas não queria acreditar que ele fosse capaz disso”, disse uma vizinha emocionada.
O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e classificado como feminicídio, crime hediondo previsto na legislação brasileira para punir assassinatos motivados por gênero.
A morte de Ketyni reacende o debate sobre a escalada da violência contra a mulher em Alagoas e no país. Somente neste ano, dezenas de casos semelhantes foram registrados, revelando a urgência de políticas públicas mais eficazes de proteção e acolhimento. O pequeno filho, que presenciou a tragédia, ficará sob os cuidados de familiares maternos.
Em São Jorge, o silêncio e a tristeza tomaram conta das ruas. “Era uma mulher doce, trabalhadora e mãe dedicada”, lamentou uma colega de profissão. Mais uma vez, uma vida é interrompida pela barbárie do feminicídio — um crime que destrói famílias e deixa marcas profundas em toda a sociedade.
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