Segundo a decisão, a juíza entendeu que há fortes indícios de irregularidades no processo de escolha do diretório estadual. Os diretórios de Bodocó e Paulista apresentaram uma série de documentos que, de acordo com o despacho, não foram devidamente refutados nem pela direção estadual nem pela nacional do MDB. As supostas falhas, ainda conforme o texto judicial, ferem o estatuto do partido e colocam em dúvida a transparência do pleito interno.
Antes de proferir a decisão, a magistrada ouviu as defesas das duas instâncias partidárias — estadual e nacional. No entanto, ambas, segundo ela, não conseguiram sanar as dúvidas levantadas pelos autores da ação. Diante da falta de esclarecimentos satisfatórios, a juíza decidiu suspender os efeitos da convenção até que a Justiça analise o mérito da questão e determine, de forma definitiva, a validade ou nulidade do processo eleitoral interno.
Com a suspensão, o MDB de Pernambuco entra em um cenário de incerteza política. Caso a Justiça mantenha a decisão em caráter definitivo, a Direção Nacional do MDB poderá ser obrigada a intervir no diretório estadual, nomeando uma comissão interventora para conduzir os trabalhos até nova deliberação.
A ação foi protocolada no Distrito Federal devido ao fato de a direção nacional do partido também ter sido incluída como parte no processo, já que participou da convenção como observadora. O desdobramento dessa disputa promete intensificar a crise interna na legenda, que já vinha enfrentando disputas por espaço e comando em diversos municípios pernambucanos.
Enquanto isso, a base de Raul Henry tenta manter a calma e prega confiança no restabelecimento do resultado. Nos bastidores, porém, o clima é de apreensão, com lideranças locais avaliando que a decisão judicial pode redefinir o futuro do MDB no estado e até mesmo o seu papel nas eleições municipais de 2026.
 
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