A proposta havia sido apresentada pelo vereador Fagner Russo, também do PSB, como homenagem ao político.
Durante a análise, a discussão ganhou tom crítico quando o vereador Marquinhos Paes questionou a relevância da honraria.
Paes perguntou publicamente “o que de significativo João Campos fez por Limoeiro, além de ter recebido cerca de 10 mil votos como deputado e, posteriormente, esquecer o município”.
O questionamento apontou para uma cobrança de atuação concreta do homenageado em favor da cidade.
No voto, apenas o vereador Ronaldo Morais se posicionou a favor da concessão do título.
As vereadoras Zélia e o próprio Marquinhos Paes votaram contra, resultando na rejeição do projeto nas comissões.
Com esse placar desfavorável, a proposta não seguiu para votação em plenário, encerrando o processo preliminar.
A rejeição reacende o debate sobre critérios e méritos para conceder títulos honoríficos no município.
Simpatizantes da homenagem ressaltaram serviços prestados por João Campos em áreas regionais, mas não apresentaram maioria nas comissões.
Críticos afirmaram que votos eleitorais não equivalem a serviços efetivos ao município e pediram provas de projetos localizados em Limoeiro.
O episódio expõe a tensão entre cobranças por atuação local e gestos simbólicos de agradecimento político.
Vereadores favoráveis destacaram a visibilidade que figuras estaduais podem trazer à cidade.
Já os contrários ressaltaram a necessidade de priorizar homenagens a quem tenha atuação direta e comprovada no município.
O debate também tocou em memórias eleitorais: a menção aos quase 10 mil votos do agora prefeito reacendeu cobranças por atenção continuada.
Representantes da bancada do PSB tentaram justificar a indicação como reconhecimento nacional e regional, sem sucesso nas comissões.
Moradores que acompanharam a sessão demonstraram opiniões divididas entre orgulho e frustração diante da rejeição.
Especialistas locais ouvidos por vereadores sugeriram a criação de critérios claros para futuras concessões de títulos.
A decisão nas comissões serve como alerta para partidos e vereadores sobre a necessidade de diálogo prévio com a comunidade.
A prefeitura do Recife ainda não se manifestou oficialmente sobre a rejeição do título em Limoeiro.
A repercussão pode influenciar futuras indicações e a estratégia política de líderes estaduais na região.
Enquanto isso, a Câmara de Limoeiro segue debatendo outros projetos e promete revisar normas para homenagens municipais.
A população espera agora por transparência e critérios que tornem esses reconhecimentos mais legítimos e representativos.
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