Uma operação da Polícia Militar em Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, localizou uma grande plantação de maconha dentro da Aldeia Lagoa, território indígena Xucuru, após denúncia recebida pelo Núcleo de Inteligência da 89ª CIPM.
Equipes do Oficial de Fiscalização, Graduado de Operações, Patrulha Rural e GATI se deslocaram ao local por volta das 9h para verificar a informação sobre o cultivo. Ao chegar à área indicada, os policiais foram recebidos a tiros por homens que atuavam na segurança do plantio, houve reação da corporação e os suspeitos fugiram pela mata, abandonando toda a plantação e o material colhido. No terreno foram contabilizados cerca de dois hectares de roça, com estimativa de 12.000 pés de maconha prontos para colheita.
Além das plantas, os agentes encontraram aproximadamente 92 quilos da droga já embalados em 11 sacos plásticos, prontos para distribuição. Devido à extensão do cultivo, a equipe recolheu amostras para perícia e realizou a incineração do restante da vegetação ilícita no próprio local para impedir novo aproveitamento.
Todo o material apreendido foi acondicionado e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Pesqueira, que vai conduzir as investigações e instaurou uma Verificação Preliminar de Informação (V.P.I.). A Polícia Militar informou que não houve prisões até o momento e que as diligências na região seguem em andamento com objetivo de identificar e capturar os responsáveis.
Moradores da Aldeia Lagoa e líderes Xucuru manifestaram preocupação com a presença do plantio dentro do território indígena e relataram tensão pela ocorrência de tiros. Fontes policiais destacaram que a ação só foi possível graças ao trabalho de inteligência integrado entre as unidades da região de Pesqueira.
Peritos criminais já analisam as amostras coletadas para confirmar a quantidade e a natureza da substância apreendida, e imagens do local foram registradas para compor o inquérito. Investigadores também apuram possíveis rotas de escoamento da droga e conexões com pontos de venda fora da área indígena.
A operação é tratada como um golpe significativo ao tráfico na região de Pesqueira, enquanto autoridades locais acompanham o caso e a Delegacia coleta depoimentos de testemunhas e procedem com as diligências necessárias.
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