Com a desistência do prefeito Adelmo Moura (PSB), de Itapetim, que também era pré-candidato, o entorno de Márcia e Breno chegou a celebrar o que parecia uma oportunidade de ouro: herdar parte das alianças que Adelmo havia construído em cidades como Afogados da Ingazeira, Solidão e a própria Itapetim. Márcia chegou, inclusive, a buscar diálogo direto com a prefeita Aline Karina (PT), de Itapetim, para fortalecer o apoio regional.
Mas a euforia durou pouco. A coordenação política de João Campos interveio e mexeu nas peças do tabuleiro. Sob sua influência, o presidente da Câmara do Recife, Romerinho Jatobá (PSB), se aproximou de Adelmo Moura, reorganizando o cenário no Pajeú. O resultado foi um verdadeiro rearranjo dentro do PSB sertanejo: o prefeito Sandrinho Palmeira, de Afogados da Ingazeira, fechou com Waldemar Borges, enquanto o prefeito Maycon, de Solidão, decidiu apoiar Bruno Marques.
Esses movimentos reduziram consideravelmente o espaço de Breno na região, mesmo com o empenho político de Márcia Conrado, que tenta consolidar o nome do esposo como representante do grupo no Sertão. Em outra frente, em São José do Belmonte, havia expectativa de um entendimento com o prefeito Vinícius Marques, mas as informações de bastidores indicam que o gestor deve seguir outro caminho, com maior proximidade de Diogo Moraes (PSDB), que integra a Frente Popular de Pernambuco.
Nos bastidores, a leitura é de que João Campos tem atuado de forma calculada para fortalecer seu grupo dentro do PSB e limitar o avanço de novas lideranças em redutos estratégicos. As ações, vistas como cirúrgicas, mostram que o prefeito do Recife vem consolidando um campo político mais coeso e alinhado a seu projeto estadual — ainda que isso signifique enfraquecer, por tabela, o espaço de articulação de Breno Araújo no Sertão do Estado.
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