segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

COLUNA POLÍTICA | JULIANA CHAPARRAL - JANJÃO- FELLYPE MARTINS FORMAM EIXO PARA RESSURREIÇÃO POLÍTICA DA REGIÃO SETENTRIONAL| NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

JULIANA DE CHAPARRAL ARTICULA EIXO POLÍTICO NO AGRESTE COM JANJÃO E FELLYPE MARTINS E ANTECIPA JOGO DE 2026

ACENO PÚBLICO, RECADO CLARO E UM NOVO DESENHO REGIONAL
O gesto de Juliana de Chaparral não foi apenas uma declaração de simpatia política. Foi um movimento calculado, feito em ambiente de ampla audiência regional, que cumpre o papel de inaugurar oficialmente uma nova etapa da pré-disputa de 2026 no Agreste Setentrional. Ao vocalizar alianças antes mesmo do aquecimento formal do calendário eleitoral, a prefeita de Casinhas assume o protagonismo do debate e obriga aliados e adversários a se reposicionarem. No Agreste, quem se antecipa costuma ditar o ritmo — e Juliana demonstrou saber disso.

JANJÃO COMO VITRINE DE GESTÃO E CAPITAL ELEITORAL CONSOLIDADO


Ao enaltecer a gestão de Janjão em Bom Jardim, Juliana reforça um critério central para alianças futuras: entrega administrativa. O prefeito, que hoje acumula forte aprovação popular, tornou-se peça-chave na engrenagem política regional. Sua administração serve como vitrine concreta de resultados, algo cada vez mais valorizado pelo eleitor. Ao trazê-lo para o centro do debate, Juliana associa sua pré-candidatura a uma imagem de eficiência, obras e presença territorial — atributos que pesam tanto na disputa para a Assembleia quanto para a Câmara Federal.

FELLYPE MARTINS E A TRANSIÇÃO GERACIONAL COM RAIZ POLÍTICA


O destaque dado a Fellype Martins revela uma leitura fina do momento político. Ele não é apenas um “novo nome”, mas alguém que cresce sob a tutela de um grupo político consolidado, liderado por Zé Martins em João Alfredo. Isso o coloca numa posição rara: a de representar renovação sem romper com a tradição. Juliana percebe esse potencial e se antecipa, oferecendo apoio público e abrindo espaço para uma construção conjunta que pode resultar em uma dobradinha regional sólida e complementar.

O EFEITO DOMINÓ SOBRE SURUBIM, CASINHAS E O ENTORNO


Um dos pontos menos explícitos, mas mais relevantes, do aceno de Juliana é o impacto indireto sobre municípios estratégicos como Surubim e Casinhas. Ao propor um eixo político envolvendo Bom Jardim e João Alfredo, a prefeita sinaliza que pretende transformar Casinhas em peça de articulação regional, e não apenas em reduto eleitoral. Esse movimento pode gerar um efeito dominó, atraindo lideranças locais, vereadores e grupos políticos que buscam inserção em um projeto maior e mais competitivo para 2026.

UNIÃO BRASIL E PSD: PRAGMATISMO ELEITORAL E SOBREVIVÊNCIA POLÍTICA


A aproximação entre União Brasil e PSD, defendida por Juliana, não nasce de afinidade ideológica, mas de pragmatismo eleitoral. No Agreste, partidos fortes caminham juntos quando percebem que a fragmentação enfraquece a região diante do cenário estadual. A construção desse bloco amplia tempo de rádio, força de palanque e capacidade de negociação em Recife e Brasília. Juliana se coloca, assim, como ponte entre dois campos partidários relevantes, algo que eleva seu valor político e a coloca em posição privilegiada nas mesas de articulação.

2026 NÃO É FUTURO: É DISPUTA EM CURSO


O discurso de Juliana deixa claro que a eleição de 2026 já começou — ao menos no campo estratégico. Ao falar em Deus, povo e união, ela aciona símbolos caros ao eleitorado do interior, mas também apresenta uma narrativa de poder regional. Não se trata apenas de eleger nomes, mas de reposicionar o Agreste Setentrional como força política organizada. Quem subestimar esse movimento corre o risco de chegar atrasado a um jogo que já está sendo jogado, peça por peça, muito antes da urna.

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