Segundo o relato de Sóstenes, o contato ocorreu às 16h40, quando recebeu uma ligação de Hugo Motta informando oficialmente a deliberação. A divulgação imediata do episódio evidenciou o impacto político da medida e acendeu o alerta dentro do Partido Liberal, que já se movimenta intensamente nos bastidores com foco nas eleições de 2026.
O episódio se soma a um momento de reorganização e disputas estratégicas no campo da direita. Paralelamente à crise envolvendo os mandatos, também veio à tona uma articulação política envolvendo o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). De acordo com informações repassadas à CNN, Caiado teria sinalizado respeito à pré-candidatura de Flávio, ao mesmo tempo em que defendeu publicamente a estratégia de incentivar múltiplos nomes na corrida presidencial de 2026.
A avaliação do governador é que um primeiro turno pulverizado pode fortalecer o campo conservador, permitindo que, no segundo turno, seja possível “enxergar a caminhada” e consolidar um projeto unificado. A leitura indica uma tentativa de evitar rupturas antecipadas, preservando alianças e ampliando o leque de opções eleitorais.
Dentro desse mesmo tabuleiro, o PL também trabalha uma engenharia eleitoral específica para Goiás. Conforme relataram fontes à CNN, a sigla aposta na formação de uma chapa ao governo estadual liderada pelo atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), numa composição que busca ampliar o arco de alianças locais. Além disso, o partido pretende lançar o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) como candidato ao Senado em 2026, reforçando sua presença em cargos estratégicos.
A combinação entre a perda de mandatos de dois nomes de peso da legenda, as articulações nacionais para a sucessão presidencial e os planos regionais evidencia um cenário de forte tensão e rearranjo político. Mais do que um episódio isolado, a decisão anunciada por Hugo Motta aprofunda o debate sobre os rumos do PL e da direita brasileira, antecipando embates que devem marcar os próximos anos até a eleição de 2026.
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