Desde a chegada das debutantes, recebidas com fotos no backdrop, miniaturas de bolo e mimos personalizados, o clima já anunciava a grandiosidade da noite. No tapete vermelho, o prefeito Mano Medeiros e a primeira-dama e gestora de Políticas Públicas Sociais (PPS), Andréa Medeiros, cumprimentavam as famílias, reforçando o caráter humano do programa. “Tudo aqui foi construído com amor e sem nenhum gasto da Prefeitura. É a prova de que quando a gente sonha junto, as coisas acontecem”, afirmou o prefeito. Andréa completou destacando o simbolismo da data: “É muito significativo realizar o Baile no Dia Internacional do Voluntariado. Este espaço foi transformado por mãos que se dedicam ao próximo.”
As debutantes foram selecionadas entre alunas da rede municipal inscritas no programa Juntos pela Educação, com prioridade para meninas em situação de vulnerabilidade social. Das 50 jovens, metade era composta por meninas atípicas, reforçando o compromisso do evento com a inclusão plena. Entre elas, Maria Isabela Silva, moradora de Cajueiro Seco, que vive com paralisia cerebral. Acompanhada da mãe, Rafaela, e embalada pela emoção da preparação — que incluiu ensaios de valsa ao lado do pai, também usuário de cadeira de rodas — Isabela brilhou no salão como uma verdadeira princesa. “Ver minha filha aqui é um presente. É o sonho dela e o meu”, disse Rafaela, emocionada.
Outra protagonista foi Rebeca Ferreira, jovem com síndrome de Down que encantou convidados com seu sorriso contagiante. A mãe, Alexandra, mal conteve as lágrimas ao ver a filha cruzar o salão. “Nunca imaginei viver isso. É como se o mundo dissesse a ela: ‘você pode’”, afirmou. O pai, Severino, reforçou o sentimento de vitória. A própria Rebeca resumiu a emoção com simplicidade e firmeza: “Sou princesa hoje.”
O momento mais esperado da noite veio com a entrada dos cadetes do Exército para a tradicional valsa. O salão silenciou, celulares se ergueram e as famílias assistiram, com lágrimas nos olhos, ao primeiro rodopiar dessas jovens, muitas delas vivendo não apenas o próprio sonho, mas também o sonho nunca realizado de suas mães.
O programa Amor por Jaboatão, que integra o baile e outras iniciativas sociais do município, já é reconhecido pela capacidade de mobilizar voluntários e parceiros em torno de ações transformadoras. No palco, Andréa Medeiros homenageou a equipe que tornou a celebração possível. “Quando cada um faz um pouco, o impossível acontece. Este baile cresce porque é movido por amor, doação e humanidade”, declarou.
Além da festa, as debutantes receberam preparação completa: book fotográfico, curso de automaquiagem, vestido, sapatos, bolo e todo o aparato de uma tradicional festa de 15 anos — tudo fruto de parcerias e doações, sem qualquer custo para a administração municipal.
A noite encerrou com aplausos longos, abraços emocionados e memórias eternizadas. Entre coroas reluzentes, passos de valsa e sorrisos sinceros, Jaboatão escreveu mais um capítulo de inclusão e solidariedade. Um baile construído por muitas mãos e guiado pelo propósito de mostrar a cada jovem: você merece brilhar.
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