domingo, 28 de dezembro de 2025

PESQUEIRA SEM FREIO: EXECUÇÃO NO PRADO ESCANCARA VIOLÊNCIA FORA DE CONTROLE E SILÊNCIO QUE ASSUSTA

Pesqueira vive dias de medo. A execução de Andressa de Lima, de 31 anos, na madrugada deste domingo (28), no bairro do Prado, não é um fato isolado, mas mais um capítulo de uma sequência de crimes que expõem uma cidade acuada pela violência e pela sensação de impunidade. A vítima foi morta a tiros, com disparos concentrados principalmente na região da cabeça, em uma ação rápida, direta e com características claras de execução.

O crime aconteceu durante a madrugada, período em que a violência tem se repetido com frequência no município. Andressa não resistiu aos ferimentos e morreu no local, antes mesmo da chegada do socorro. A Polícia Militar foi acionada, isolou a área e iniciou os primeiros procedimentos, mas esbarrou em um obstáculo cada vez mais comum: o silêncio. Moradores da região não repassaram informações sobre autoria ou motivação, reflexo do medo que hoje domina bairros inteiros.

Informações preliminares indicam que a vítima seria usuária de drogas, porém a Polícia Civil reforça que essa circunstância ainda será apurada e não pode ser usada, neste momento, como justificativa ou conclusão para o homicídio. O alerta das autoridades é claro: nenhuma linha de investigação está descartada.

O Instituto de Criminalística (IC) realizou a perícia no local, coletando vestígios que podem ajudar na identificação dos autores. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, onde passou por exames. Um inquérito policial foi instaurado, mas até agora não há suspeitos identificados.

O caso evidencia uma Pesqueira violenta, sem freio e sem respostas, onde crimes brutais acontecem em plena área urbana, durante a madrugada, e permanecem envoltos em mistério. A população, refém do medo, cobra ações mais firmes, presença efetiva do poder público e estratégias que devolvam o direito básico de ir e vir sem pânico.

Enquanto a investigação segue, o sentimento que fica é de indignação. Cada novo homicídio reforça a percepção de que a criminalidade avança mais rápido do que as respostas do Estado, transformando Pesqueira em um território onde o silêncio fala alto — e a violência dita as regras.

Nenhum comentário: