Segundo informações divulgadas pelo blog da jornalista Julia Duailibi, no portal G1, Silvinei foi abordado durante procedimentos de rotina no aeroporto. No primeiro momento, os agentes paraguaios não tinham conhecimento de que se tratava do ex-chefe da PRF. A verdadeira identidade só foi confirmada após uma checagem mais aprofundada dos dados apresentados, quando ficou evidente a inconsistência da documentação utilizada.
A constatação do crime em território paraguaio acelerou a atuação das autoridades locais. Diferentemente do que ocorre em processos de extradição, o Paraguai adota o mecanismo de expulsão administrativa em situações como essa. Por ter sido flagrado em delito dentro do país, Silvinei passou a ser enquadrado como “pessoa indesejada”, o que permite sua retirada imediata do território paraguaio, sem a necessidade de abertura de um processo judicial formal.
Ainda de acordo com a apuração, um dos pontos que seguem sem esclarecimento é a forma como o ex-diretor da PRF conseguiu atravessar a fronteira entre o Brasil e o Paraguai, já que ele estaria sob restrições judiciais. Essa informação ainda é alvo de questionamentos e deve ser investigada pelas autoridades brasileiras após o retorno dele ao país.
A tentativa de embarque para El Salvador, utilizando identidade falsa, adiciona um novo capítulo ao caso que envolve Silvinei Vasques, figura central em episódios recentes de grande repercussão nacional. Com a expulsão determinada, ele deverá ser entregue às autoridades brasileiras assim que os trâmites administrativos forem finalizados.
O episódio reforça a cooperação entre os países da região no controle migratório e no combate a crimes transnacionais, além de ampliar o cerco judicial em torno do ex-dirigente da PRF, cujo nome volta ao noticiário em meio a mais uma situação de gravidade e repercussão política e institucional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário