quarta-feira, 23 de maio de 2012

Trilha do Desespero agita e movimenta cidade de Moreno neste final de semana


Léo & Cia
Os amantes de esportes Off-Road tem um encontro marcado no próximo domingo (27), em Moreno (RMR). É quando acontecerá a edição da Trilha do Desespero, voltado para motos, quadriciclos e jipes.
A concentração será às 8h no Pátio de Eventos Valdemir Silva, com saída prevista uma hora depois. A produção da trilha venderá camisas ao valor de R$ 25. O trilheiro terá direito a café da manhã, lanche e almoço.
Lembrando que, apesar da trilha ser realizada na área rural de Moreno, em estradas de barro, é imprescindível o uso de equipamentos de segurança. Capacetes para motos e quadriciclos e cintos para os ocupantes dos jipes.

Quatro mil agricultores ocupam a Sudene por ajuda contra a seca


Cerca de quatro mil agricultores familiares de várias cidades Pernambuco reúnem-se esta manhã em frente ao prédio da Sudene. A manifestação, organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Pernambuco (Fetraf), tem o objetivo de pressionar o novo superintendente da autarquia, Paes Landim, a adotar medidas emergenciais e estruturadoras para o combate ao danos causados pela seca.
Os trabalhadores têm uma pauta com 25 itens, com reivindicações nas áreas de infraestrutura hídrica, crédito emergencial, segurança alimentar, crédito fundiário, habitação rural, acesso à terra e regularização fundiária. A pauta também traz cobranças específicas para atender os agricultores da Zona da Mata Pernambucana.

Policia Civil de Pernambuco vai parar dia 30


Assembleia aprova paralisação de 24 horas no dia 30 de maio
Os Policiais Civis de Pernambuco deliberaram na noite do dia 17, pela paralisação de 24 horas a partir das 00 horas do dia 30 de maio até às 00 horas do dia 31.
Durante o dia de mobilização os policiais se reúnem para realizar uma passeata até o Palácio do Campo das Princesas. A concentração está marcada para às 14h, em frente a sede do Sinpol/PE, na Rua Frei Cassimiro, 179, em Santo Amaro.
A categoria quer demonstrar a insatisfação diante das péssimas condições de trabalho, falta de equipamentos de proteção como coletes à prova de bala, falta de efetivo, má conservação dos prédios onde funcionam as delegacias, além das perseguições para que se alcance as metas do Pacto Pela Vida, da carga horária excessiva, do irrisório valor de R$ 4,47 que é pago pelas horas extras etc.
“O Governo enviou um ofício dizendo que não há o que discutir financeiramente. Um absurdo porque o ano passado só foi discutida a perda inflacionária e não percentuais de reajuste. Vamos à luta por condições dignas de trabalho”, enfatiza Cláudio Marinho, presidente do Sindicato, pedindo que toda a categoria se mobilize para demonstrar força nesta passeata que acontece no dia 30.

LUTO - Delegado Artur Tito tem morte encefálica


O delegado da Polícia Civil Artur Tito, teve morte encefálica na madrugada desta quarta-feira.O quadro está sendo avaliado esta manhã pela equipe médica que acompanha o paciente, internado no Hospital da Unimed, no Recife.
Artur Tiro sofre de câncer e se afastou da Delegacia do Cabo de Santo Agostinho para realizar o tratamento da doença.
Com informações da TV Clube

Jarbas cobra tratamento diferenciado para o Semiárido Nordestino


Raphael Coutinho _PE247 – O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) utilizou nesta terça-feira (22) a tribuna da Casa Alta para cobrar incentivos a projetos de irrigação e um tratamento diferenciado para o Semiárido do Nordeste. Para o parlamentar, a região precisa de políticas que sejam compatíveis com a realidade do local e das pessoas que moram por lá. Jarbas lembrou ainda que muitas pessoas que vivem no Semiárido estão vivendo abaixo da linha da pobreza.

“Por ser desigual ao resto do país, o Semiárido precisa de uma política de crédito compatível com essa realidade. Se o Nordeste é considerado a região mais pobre do Brasil, o Semiárido é o mais pobre do Nordeste. Essa simples constatação é razão mais do que suficiente para colocar em prática uma política ampla de tratamento diferenciado para o Semiárido”, afirmou Jarbas.

“A agricultura irrigada é a única atividade econômica capaz de gerar emprego e renda nas áreas áridas e semiáridas do mundo”, acrescentou o senador. Jarbas disse ainda que um levantamento do Banco Mundial (Bird) mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios com projetos de irrigação aumenta em 3,9% quando comparado com outros que não possuem o projeto. O Índice de Pobreza Extrema diminui de 56,7% para 49,4%, e o IDH Educação aumenta de 0,734 para 0,802, enquanto a expectativa de vida do sertanejo sobe de 65 para 72 anos.

Com a transposição, não faltaria água

Cabrobó - É perto de meio-dia. Numa casa de taipa no Sítio Curralinho Dois, zona rural de Cabrobó, Sertão do estado, o agricultor Pedro Rodrigues Landim, 77 anos, toma seu “café preto” numa banda de quenga de coco que serve de xícara. Enquanto espera pelo almoço – arroz, feijão e macarrão – olha para o lado de fora e testemunha uma das maiores secas que já vivenciou. Na terra, nada vingou e os animais apenas sobrevivem. A água só aparece a cada 15 dias trazida pelo carro-pipa do governo. Apesar de entregar seu destino a Deus, Pedro sabe que seu presente poderia estar melhor pelas mãos dos homens. Sua casa fica a 20 quilômetros do leito do Rio São Francisco. O canal da transposição corta a sua propriedade. Mas a tão anunciada água nunca chegou.

Para o município, o Velho Chico tem serventia apenas para as famílias que cultivam nas margens com a ajuda de sistemas caseiros de adutoras. Agricultor e sofredor. É assim que Pedro se apresenta às visitas. Sua história de vida explica o porquê. Com a esposa Guiomar da Conceição Landim, 72 anos, ele criou 11 filhos e ajudou a cuidar dos 30 netos e dez bisnetos.

Mas a fartura só existe na quantidade de membros da família. Em 1983, “quando era moço”, diz ele, enfrentou uma seca semelhante à atual, mas essa foi mais fácil de atravessar. “Ainda tinha força para trabalhar, então fui para a beira do São Francisco e lá plantei arroz e palha para o gado. Mas neste ano e nessa idade, não deu para ir a canto nenhum. Estou aqui esperando a providência divina”, conforma-se. Como o inverno passou e a chuva não chegou no Sertão, Pedro viu a lavoura de feijão, milho e cebola que havia plantado em fevereiro esturricar debaixo do sol. Como não conseguiu colher, o jeito está sendo comprar a comida na feira que, por conta da estiagem, está cadavez mais amarga para o sertanejo. “A gente está gastando R$ 7 para comprar um quilo de feijão. Antes era R$ 1,50. A gente está comendo cada vez menos para poder dar para todo mundo”, relata o agricultor, que mora com mais nove pessoas da família.

A água também é regrada. Guiomar conta que a lei da casa é de apenas um banho por dia e o suficiente apenas para “tirar o calor do corpo”. “Tudo é na cuia porque tem torneira, mas não chega água. A roupa mesmo só lavo a cada20 dias para não gastar a água da cisterna, que é para beber”, diz. A água que a família usava para dar aos animais era do riacho Terra Nova, que está praticamente seco. Uma vaca deles morreu atolada na lama, na semana passada, quando foi tentar matar a sede no fio de água.

A barragem de Umari, a poucos quilômetros do sítio, está com o chão rachado. Ironicamente, dentro da propriedade dos agricultores passa o canal da transposição do São Francisco, que também está seco. “A gente tinha pé de manga, coqueiro, goiabeira, tudo aí no lugar desse canal. Aí eu pensei: se é para ter água para todo mundo, tudo bem. Destruíram tudo e até hoje a água não veio. Se vier um dia, acho que não estarei mais aqui para ver”, lamenta Pedro.

Canal do terraço

No Sítio Riacho do Angico, em Cabrobó, o agricultor Joaquim de SouzaNeto, 58, vê o canal da transposição do terraço da sua casa. “De noite, é bonito. As máquinas passam e as luzes ficam ligadas, parece uma cidade”, compara. Mas o São Francisco também não serve a Joaquim, que só tem água que acumula na cisterna, enchida pelos carros-pipa, e em uma cacimba que deve matar a sede do gado até os próximos dois meses. Como seu sustento é tirado da terra, o agricultor está passando os dias com a ajuda da aposentadoria da mãe enquanto o dinheiro do Garantia Safra não chega.

De acordo com o gerente regional do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) de Salgueiro, Luiz Carlos Ferreira, o órgão está finalizando os laudos que vão apontar quantas famílias perderam suas lavouras. O documento será enviado ao governo federal, que fará a liberação dos recursos. A previsão é que o pagamento do seguro comece a ser feito entre junho e julho. Para os que não forem atendidos por esse programa, o governo do estado promete pagar o Bolsa Estiagem.

Oásis

Para quem mora à margem do São Francisco, os impactos causados pela seca quase não são percebidos. Na Fazenda São Miguel, o agricultor Walter Bispo, 34, conseguiu trabalho e está plantando cebola e feijão. “É daqui que estou tirando a feira da casa. A seca neste ano foi braba, mas aqui ainda dá para aproveitar a terra”, conta. O também agricultor João Gabriel de Souza, 43, que mora na propriedade, respira aliviado por estar tão perto do rio. “Colocamos bombas e puxamos a água do rio para irrigar. Aqui, nossa seca é verde.”

Câmara Aprova PEC do Trabalho Escravo


Agência Câmara


O Plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira (22), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo. Esses imóveis serão destinados à reforma agrária ou a programas de habitação popular.

A proposta é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para exame dos senadores.

Segundo o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), quem explora trabalho escravo já está sujeito a reclusão de dois a oito anos e multa, além da pena correspondente à violência praticada. A pena é aumentada da metade se o crime é cometido contra criança ou adolescente ou por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.

Acordo para votação
A votação da PEC só foi possível depois de um acordo dos líderes partidários, em reunião na tarde desta terça. A proposta passou com 360 votos a favor, 29 contra e 25 abstenções. O texto precisava de 308 votos para ser aprovado.

O presidente da Câmara, Marco Maia, comemorou a aprovação da proposta. “O placar surpreendente demonstra que a grande maioria do Parlamento compreendeu que é fundamental erradicar o trabalho escravo”, disse.

Marco Maia anunciou que, no decorrer da semana, será criada uma comissão mista de cinco senadores e cinco deputados para discutir a elaboração de um projeto de lei que regulamente a PEC. Para Marco Maia, é preciso fazer uma diferenciação entre o que é trabalho escravo e o que é desrespeito à legislação trabalhista.
Renato Araújo
Marco Maia: "maioria do Parlamento compreendeu que é fundamental erradicar o trabalho escravo”.

Opinião pública
O alto índice de aprovação surpreendeu a maioria dos parlamentares, já que havia uma expectativa de rejeição expressiva dos parlamentares ligados ao agronegócio. Até o início da votação, deputados da bancada ruralista disseram que tentariam esvaziar a sessão e votariam contra o texto se fosse atingido o quórum, mas apenas 29 foram contrários.

Para o deputado Claudio Puty (PT-PA), que é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo, a pressão da opinião pública falou mais alto. “Eu estava muito temeroso do resultado, e os 360 votos favoráveis impressionaram. A lição de hoje é que a pressão popular faz efeito. Muitos não estavam ao lado da PEC antes de iniciada a votação”, disse.

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), contrário à PEC, concorda que a pressão falou mais alto. “Apenas 29 deputados tiveram a coragem de assumir o seu voto”, reclamou.

Câmara libera candidaturas de “CONTAS-SUJAS” para pressionar TSE


Numa votação relâmpago, e de surpresa, pois não estava prevista na pauta original do dia, a Câmara aprovou ontem (22/05), com apoio de todos os partidos, projeto que permite aos políticos receberem o registro de suas candidaturas mesmo quando tiverem contas eleitorais desaprovadas – a chamada “conta-suja”.

A aprovação da proposta foi apresentada pelos próprios deputados, nos bastidores, como uma forma de pressionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a rever resolução aprovada este ano que impede a concessão do registro de candidaturas para aqueles que tiveram prestações de contas de campanhas eleitorais anteriores reprovadas.
Ministros do próprio TSE já admitiam, reservadamente, esse recuo.
O projeto 3839/2012, do deputado Roberto Balestra (PP-GO) – aprovado com voto contrário apenas do PSOL – determina que a certidão de quitação eleitoral será dada aos candidatos que apresentarem à Justiça Eleitoral a prestação de contas da campanha anterior, conforme determina a lei, “ainda que as contas sejam desaprovadas”.

O Globo