segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Polícia descarta que carro carbonizado tenha sido usado no crime do promotor

Peritos do Instituto de Criminalística de Pernambuco descartaram a possibilidade de o carro encontrado carbonizado, na periferia de Águas Belas, ter sido usado no assassinato do promotor Thiago Faria. O veículo foi examinado e os peritos verificaram que o Corsa Hatch carbonizado era da cor branca. Já o carro, que teria sido utilizado pelos criminosos que executaram o promotor, teria cor escura, cinza ou bege. 
O dono do veículo encontrado carbonizado, identificado como Cosme, está prestando depoimento na Delegacia de Águas Belas. O carro carbonizado foi localizado em um terreno, no Bairro Pé de Serra, na periferia da cidade, na manhã desta segunda-feira. Em depoimento, o dono do veículo diz que teria bebido e depois tocado fogo no carro. O veículo tinha placa KEU-2402, de Goiania, Goiás.  
O promotor Thiago Faria foi morto há uma semana, quando se dirigia à Águas Belas. O carro dele, um Hyudai, foi trancado por um Corsa de cor escura. O promotor teria recebido o primeiro tiro, no pescoço, provavelmente disparado por uma espingarda calibre 12. Quando o Hyundai parou definitivamente, os suspeitos efetuaram os outros três disparos, matando o promotor na hora. Ao terminar a execução, os suspeitos fugiram no mesmo veículo. O carro usado pelos assassinos foi filmado pelas câmeras de segurança de um motel localizado nas proximidades do crime, já sem placas. 

Homem é assassinado a tiros na Zona Oeste do Recife

Um homem de 24 anos foi morto a tiros no final da tarde desta segunda-feira (21), nas proximidades do Hospital Otávio de Freitas, no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife. Segundo a Polícia Militar, a vítima costumava realizar assaltos na área.

Testemunhas do crime afirmaram que a vítima foi perseguida por um homem que realizou dois disparos. Uma das balas o atingiu no braço e outra no peito.

O homem chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Otávio de Freitas, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu na unidade de saúde. O caso será investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Petistas que não entregarem cargos poderão ser expulsos

O presidente do PT de Pernambuco, o deputado federal Pedro Eugênio, reforçou na manhã desta segunda-feira (21) que a entrega de cargos no governo PSB foi amplamente discutida e aqueles que não cumprirem a ordem poderão ser expulsos do partido. "Todos os que ocupem cargos nas direções em administrações devem entregar os cargos, se afastando imediatamente. Independente de indicação e convite todos estão enquadrados nesse critério. O partido vai estar atento a situação de cada um que eventualmente se coloque em oposição à liderança partidaria", declarou em entrevista a uma rádio local.  

Em resposta aos que reclamaram da falta de debate, o deputado disse que esse assunto teria que ser resolvido de maneira rápida, não podendo tomar "três ou quatro meses, haja vista o tempo dinâmico da política". Declarou, ainda, que não houve falta de espaço para debates internos na sigla. 

Durante a reunião do PT neste final de semana, um grupo liderado pela deputada estadual Tereza Leitão reclamou que a decisão de entrega de cargos foi tomada sem que tivesse havido um debate aprofundado sobre o assunto "Negar o debate num momento de extrema crise, além de burrice política, é intolerância”, protestou a deputada na ocasião.

PROMOTOR ASSASSINADO - Ex de Mysheva responde por quatro crimes, um deles em Alagoas

Empresário Glécio Júlio de Oliveira prestou depoimento nesta segunda-feira, na Delegacia de Águas Belas
O empresário e dono da Funerária Santa Terezinha Glécio Júlio de Oliveira, de 32 anos, prestou depoimento nesta segunda-feira (21), na Delegacia de Águas Belas, dentro das investigações do assassinato do promotor Thiago Faria. Glécio, que teria tido um relacionamento com a advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor, responde judicialmente por três crimes de menor potencial ofensivo no Tribunal de Justiça de Pernambuco, além de um processo por roubo majorado, na 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas (TJAL).
O roubo majorado é aquele que envolve até três situações: usar arma de fogo, cometer o crime com ajuda de outra pessoa ou ter conhecimento de que a vitima transporta valores. No entanto, como os detalhes do processo correm em segredo de Justiça, não se sabe em qual ou quais das situações o crime se enquadra. Glécio integraria uma quadrilha de ladrões de veículos que levava carros roubados importados de Maceió para Garanhuns, no Agreste pernambucano, de acordo com matéria publicada no dia 30 de novembro de 2004, na Gazeta de Alagoas. Ainda de acordo com o jornal, ele e mais quatro homens foram presos quando tentavam fugir com um veículo modelo Honda Civic. O carro foi roubado de uma estudante de arquitetura que, na época, tinha 21 anos. Esse processo está com audiência de instrução e julgamento marcada para o dia 11 de novembro próximo, às 14h.
A estudante Yanna Feijó Gomes de Melo teria parado o carro na frente do prédio da irmã, no bairro nobre da Ponta Verde, em Maceió, quando foi abordada pela quadrilha. Durante o assalto, os criminosos chegaram a atirar, mas a vítima não foi atingida. Na época, a jovem fez o reconhecimento dos cinco suspeitos e o processo tramita na Justiça até hoje. Procurada pela reportagem do FolhaPE, Yanna confirmou que a audiência está marcada para o próximo mês. “Não posso passar mais detalhes porque segue em segredo de Justiça. Sei que todos os cinco tinham antecedentes criminais”, revelou. O carro da estudante foi recuperado em uma operação da Polícia Rodoviária Federal. Na época, além do carro da estudante, os criminosos também teriam roubado outros três carros, um Palio, um Uno e um Celta. 
Num outro processo, desta vez em 2012, na Vara Única da Comarca de Pedra, em Pernambuco, Glécio teve Mysheva Martins como advogada. Ele teria cometido o crime previsto no artigo 42 da Lei de Contravenções Penais, que consiste em perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheio. No site do TJPE, a informação é de que o processo encontra-se no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A última movimentação no TJPE foi no dia 28 de agosto deste ano.
Glécio também respondeu por um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), infração de menor potencial ofensivo, no dia 10 de julho de 2012, na Vara Criminal da Comarca de Arcoverde. Como a vítima não representou criminalmente contra Glécio, o processo foi arquivado. Outro processo de menor potencial foi despachado pela Vara Criminal da Comarca de Arcoverde e condenou Glécio a prestação de serviço comunitário uma vez na semana, durante três meses, no Abrigo de Idosos São Vicente. Além disso, ele pagará pela pena de prestação pecuniária no valor de R$ 678. O processo foi despachado no dia 9 de outubro, cinco dias antes da morte do promotor Thiago Faria Soares.
Por telefone, Glécio informou que vai esperar que o delegado apure os fatos e que prefere ficar neutro no caso. “Conversei com o delegado e não quero colocar mais ‘nada em vista’. Não quero falar mais nada sobre o caso. Não tenho que provar nada porque não estou sendo acusado”. Antes de ser questionado sobre os processos, Glécio desligou o telefone celular.

Noiva do promotor Thiago Faria está sob proteção da Polícia Militar

A noiva do promotor Thiago Faria Soares, assassinado no início da última semana, Mysheva Ferrão Martins, passou a ter escolta da Polícia Militar. A proteção foi uma determinação da Secretaria de Defesa Social (SDS), diante também das ameaças que teriam sido feitas a ela pelo fazendeiro José Maria Rosendo Barbosa, segundo funcionários da Fazenda Nova, apontado pela polícia como o mandante do assassinato do promotor. A advogada contou aos delegados que recebeu a informação, depois do crime, de que uma pessoa teria ouvido comentários de que o noivo seria morto com um tiro de 12 na cabeça.

ASSASSINATO DO PROMOTOR - Suposto mandante do assassinato de promotor já foi procurado em quatro estados

O fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, conhecido como "Zé Maria Pedo", principal suspeito de ser o mandante no caso do homicídio do promotor Thiago Faria Soares, assassinado com 20 tiros de espingarda calibre 12, na última segunda-feira (14), já foi procurado em quatro estados, de acordo com a assessoria da Polícia Civil.
Divulgação
Disque-Denúncia oferece até R$10 mil por Zé Maria
De acordo com a institutição, a busca já foi realizada em 11 cidades. Em Pernambuco, José Maria foi procurado nos municípios de Caruaru, Iati, Garanhuns, Arcoverde, Itaíba, Petrolândia, Jatobá e Águas Belas, em Pernambuco; em Pão de Açúcar, Sergipe; Paulo Afonso, na Bahia e Ouro Branco, em Alagoas.

O Disque-Denúncia de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Defesa Social (SDS), oferece até R$10 mil para quem tiver informações que levem à prisão de José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado como mandante do assassinato do promotor Thiago Faria Soares. O suspeito já possui mandato de prisão preventiva expedido pela Justiça.
O oferecimento da recompensa é um estímulo a mais para que a população repasse informações que levem à localização do suspeito. Até o momento, já foram recebidas cinco denúncias sobre o possível paradeiro do acusado. Todas foram encaminhadas imediatamente para a SDS. Das ligações para o serviço, três informações chegaram pela central da Região Metropolitana do Recife e as outras duas pela unidade do serviço no Agreste.

Para denunciar, basta telefonar para 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte, ou para (81) 3719-4545, no interior do Estado. Também é possível repassar informações no site da central (www.disquedenunciape.com.br), que permite o envio de fotos e vídeos. O serviço funciona durante 24h, todos os dias da semana. O anonimato é garantido.

Wagner da Carne é transferido para Teresina no Piauí

A Polícia Civil do Piauí apresentou nesta segunda-feira (21) na sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Wagner Alexandre de Almeida, 42 anos, acusado de ter matado um policial no momento em que estava sendo recambiado para o estado do Pernambuco. O criminoso, conhecido como ‘Wagner da Carne’, foi transferido para a Casa de Custódia de Teresina, Piauí, onde deve aguardar julgamento pelo crime de homicídio. Ele foi recapturado no sábado (19), após 72 horas de buscas.

Wagner é acusado pela polícia de matar um policial. Algemado, o criminoso conseguiu pegar a arma do agente que estava no banco do passageiro da viatura e efetuou os disparos. O outro policial que estava dirigindo tentou reagir, mas acabou perdendo o controle do veículo, que capotou na BR-316, próximo da cidade de Valença.

De acordo com o delegado Menandro Pedro, presidente do Greco, 'Wagner da Carne' foi encontrado com vários ferimentos pelo corpo e ainda com as algemas. Segundo a polícia, ele teria tentado pedir ajuda aos trabalhadores de uma pedreira na região para que quebrassem as algemas com uma marreta, mas os operários se recusaram.

"Ele acabou pedindo ajuda na casa de um casal de idosos e como nós já tínhamos oferecido uma recompensa para quem desse alguma informação sobre o fugitivo, uma pessoa avisou para a polícia que ele estava nessa casa. Mesmo com a chegada dos policiais e diante dos disparos, ele ainda correu bastante tentando uma nova fuga, mas um agente conseguiu segurá-lo", relatou o delegado.

Wagner da Carne é foragido do sistema prisional do Pernambuco com condenações que, somadas, ultrapassam mais de 200 anos além de ter contra si 27 mandados de prisão, a maioria por crime de estupro. O homem foi recapturado na quinta-feira (17) em Chapadinha, no Maranhão, onde estava desde 2008.

Segundo a polícia, o criminoso comprou no Maranhão duas fazendas e um frigorífico, que juntos foram avaliados em mais de R$ 1 milhão.

Com informações do G1

Esposa de suspeito de mandar matar promotor prestou depoimento nesta tarde

A esposa do principal suspeito de ter articulado a execução do promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, na última segunda-feira (14), está na Delegacia de Águas Belas, no Agreste do estado, prestando depoimento sobre o caso.

Jandira Cruz Ubirajara, de 52 anos, é esposa do fazendeiro José Maria Pedro Rosendo, que continua foragido, e chegou na unidade policial acompanhada por familiares por volta das 15h40. Ela está sendo ouvida pelo delegado Rômulo Holanda, responsável pelo inquérito, e Salustiano Albuquerque, diretor do núcleo de polícia do interior 1 (correspondente ao Agreste e Zonas da Mata).

Pela manhã, o ex-noivo da advogada Mysheva Freire Ferrão Martins, noiva do promotor de Justiça, também prestou depoimento. Clécio Oliveira entrou no prédio acompanhado pela família e por um advogado. O empresário foi necessário para que a polícia esclarecesse algumas dúvidas que estão surgindo durante a investigação.

Apesar da linha de investigação apontar para a questão envolvendo os 25 hectares de terra arrematados por Mysheva na Fazenda Nova, em Águas Belas, nenhuma hipótese pode ser descartada. É possível que, com o depoimento dele, Mysheva também seja convocada para prestar novos esclarecimentos à polícia.
Entenda o caso
Thiago Faria Soares, de 36 anos, foi encontrado morto com pelo menos quatro tiros de espingarda calibre 12, em seu carro, um Hyundai, no Km 15 da PE-300, a caminho do Fórum de Itaíba, onde trabalhava. Ele estaria no veículo com a noiva e Adautivo Martins, tio dela. Dois homens ocupando um Corsa trancaram o veículo do promotor e fizeram os primeiros disparos. Em seguida, voltaram e executaram Thiago Faria com tiros no rosto e no pescoço. Os Martins escaparam ilesos da emboscada.

Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa por terras. A Fazenda Nova, onde o promotor vivia com a noiva, tem uma fonte de água mineral que renderia cerca de R$ 1 milhão por ano. A área foi adquirida em leilão por Mysheva Martins em outubro passado, quando ela e o noivo nem se conheciam. Na ocasião, a mulher desembolsou R$ 100 mil pela propriedade. No entanto, o posseiro da terra, José Maria, recusou-se a deixar a área.

Thiago Faria assumiu o cargo de promotor em dezembro passado em meio ao cenário de embate pela terra. Mas a disputa havia começado há sete anos, quando Maria das Dores Ubirajara, dona das terras, morreu. Ela não tinha filhos e era tia da esposa de José Maria. Ao morrer, deixou a área para 10 herdeiros, incluindo a esposa de José Maria. Depois da aquisição das terras por Mysheva, o posseiro chegou a questionar a validade do leilão na Justiça, mas perdeu a causa.

Em junho deste ano, foi obrigado a deixar o lugar por força de uma imissão de posse em favor da advogada, na qual o promotor teria atuado nos bastidores. De acordo com as investigações, ele também teria pedido ajuda do tio da noiva, Claudiano Martins, para negociar a saída de José Maria das terras. Ainda segundo a polícia, o promotor assassinado também teria denunciado José Maria por crime ambiental na fazenda.

Antes de morrer, Thiago Faria chegou procurou a corregedoria do Ministério Público de Pernambuco para informar que estava sendo ameaçado. O promotor estava em período probatório e a corregedoria fez uma inspeção na comarca e descobriu que havia cerca de 15 processo nos quais ele alegava suspeição pelo fato de envolver interesses de parentes da noiva. Por esses motivos, o promotor seria relocado para Jupi.