sábado, 16 de novembro de 2013

Corpo de agricultor é encontrado no canal da avenida Agamenon Magalhães


Vítima foi morta a pauladas e ainda arrastada de um lado para o outro, por três homens;
Morto por vingança. Esta é a hipótese levantada pelo delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Severino Farias, sobre a motivação da morte do agricultor Carlos Araújo Arruda, de 31 anos. O seu corpo foi encontrado, na manhã deste sábado (16), no canal da avenida Agamenon Magalhães.

Carlos era ex-presidiário e usuário de drogas e segundo os familiares tinha fama de ser "violento". A vítima foi morta a pauladas e, de acordo com o perito do Instituto Criminalístico (IC), Francisco de Assis, o corpo teria sido, ainda, arrastado de um lado para o outro da avenida, por três homens, que, em seguida, se desfizeram dele, atirando o corpo no canal.

Carlos Araújo passou dez anos na Paraíba e há três meses teria voltado ao Recife. Ele saiu com uns amigos, na madrugada deste sábado, e um possível desentendimento e tentativa de agressão a um deles, teria resultado na sua morte. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). O caso está sendo investigado pelo DHPP.

ÓBVIO - O Supremo se antecipou, diz especialista


Para Luiz Guilherme Arcaro Conci, professor da Faculdade de Direito da PUC-SP, o STF deveria ter aguardado os recursos para decretar a prisão dos condenados
 
 O Supremo Tribunal Federal se antecipou ao determinar as prisões dos condenados do “mensalão”, na avaliação de Luiz Guilherme Arcaro Conci, professor da faculdade de Direito da PUC-SP. “Acredito que o STF deveria aguardar o julgamentos dos recursos definitivos para proceder uma ordem de execução [das penas],” diz o professor.
Na terça-feira 13, o tribunal definiu que todas as penas que não foram objeto de recursos devem ser cumpridas imediatamente. Isto vale mesmo para os réus que apresentaram embargos infringentes, recurso último que, segundo decisão anterior do STF, cabia para réus condenados com pelo menos quatro votos por sua absolvição.

O Supremo dividiu a sentença de cada um dos réus. Por exemplo: José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, sofreu duas condenações pelo tribunal. Uma de sete anos e 11 meses por corrupção ativa e outra de dois anos e 11 meses por formação de quadrilha. Dirceu pode apresentar um recurso pela segunda condenação, mas deve começar a cumprir a pena por corrupção ativa agora.

Segundo o professor, uma sentença não pode ser dividida como aconteceu. “Em matéria penal, como nesse caso, a questão é muito sensível. Não se está discutindo uma divisão de bens, por exemplo. Está discutindo a restrição da liberdade.” Para Conci, a decisão do Supremo abre um precedente para que juízes por todo o país tomem decisões semelhantes.

Segundo Conci, a “grande discussão” diz respeito à falta de julgamento por outro colegiado além do Supremo. Para ele, há necessidade de uma mudança constitucional que permita aos réus com foro privilegiado receber julgamentos por grupos de juízes distintos. Segundo o professor, a falta de possibilidade de um novo julgamento pode levar

Ex chefão do Banco do Brasil fugiu pra Italia

A Polícia Federal acaba de informar que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato está foragido na Itália. Um delegado da polícia esteve na casa para buscar o petista e a família disse que ele já estava na Itália.

Ainda não se sabe quando e como e saiu do país. Pizzolato em cidadania italiana.

Pizzolato foi o primeiro a ter a prisão decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão --na sexta-feira (15). Segundo a PF, ele não frequenta o apartamento dele em Copacabana, zona sul, há dois meses.

Ele era o último a não se entregar da lista dos 12 condenados por envolvimento no esquema do mensalão que haviam tido a prisão decretada.

A Interpol está em contato com autoridades italianas. A inteligência da polícia recebeu informação de que ele teria viajado para a Itália há 45 dias.

Na última quarta (13), os ministros do STF rejeitaram por unanimidade recurso apresentado pelo ex-diretor do Banco do Brasil. Com isso, ficou mantida a pena de 12 anos e sete meses de prisão em regime fechado estabelecida pela Corte no ano passado pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. (Folha de S. Paulo

Tudo aconteceu no dia da República

Tudo acabou acontecendo no Dia da República

 

 FERNANDO RODRIGUES *

Dilma Rousseff começou o dia ontem no Twitter fazendo uma exegese da palavra República. Nada poderia ser tão premonitório.

'Hoje [ontem] comemoramos o 124º aniversário da Proclamação da República. A origem da palavra República nos ensina muito. Vem do latim e significa 'coisa pública'. Ser a presidenta da República significa exatamente zelar e proteger a 'coisa pública', cuidar do bem comum, prevenir e combater a corrupção', escreveu Dilma Rousseff.

No final do dia, no aniversário da República, a Polícia Federal recebeu os mandados de prisão dos condenados no mensalão. Estão no grupo políticos famosos, inclusive o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. O simbolismo desse fato é fortíssimo.

Há dezenas de anos na cobertura de assuntos políticos, presenciando casos de corrupção impunes, confesso que cheguei a duvidar da chegada do dia de ontem. É bem verdade que a lentidão do processo beirou o inaceitável. O mensalão é de 2005. Estamos em 2013. Justiça que tarda não é Justiça, costuma repetir o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

Mas, mesmo com todas as ressalvas, não é pouca coisa para um país patrimonialista e protetor dos mais fortes como o Brasil assistir a tantos poderosos serem levados para a cadeia, onde cumprirão suas penas. Ninguém deve imaginar que a nação amanhecerá hoje 100% limpa e livre de corrupção. Isso não existe. O combate à corrupção e a diminuição da impunidade é o que mais importam num processo civilizatório no qual o Brasil parece ter entrado já há cerca de duas décadas.

É imenso o exemplo cívico das prisões de réus condenados no mensalão. Mesmo com todos os seus excessos e protelações, a Justiça está sendo realizada. O país vai ficando melhor. Mais justo. E tudo acabou ocorrendo no dia da República. Uma grande homenagem a valores dos quais o Brasil não pode se privar. (* Folha de S.Paulo

As ridículas reações de José Dirceu

Pois é… Dirceu também se deixou fotografar com o punho em riste, como se vê nas imagens abaixo, de Ivan Pacheco. Não é um José Genoino. Seu ar é de triunfo. Como esquecer que é ele o autor da frase que considero a mais notável de toda essa lambança? Relembro: “Estou a cada dia mais convencido da minha inocência”. Acho que não precisa ser interpretada. Ele também emitiu uma nota, bem mais longa do que a do PT. Segue abaixo, em vermelho, depois das fotos. Comento na sequência.





O julgamento da AP 470 caminha para o fim como começou: inovando – e violando – garantias individuais asseguradas pela Constituição e pela Convenção Americana dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário.
A Suprema Corte do meu país mandou fatiar o cumprimento das penas. O julgamento começou sob o signo da exceção e assim permanece. No início, não desmembraram o processo para a primeira instância, violando o direito ao duplo grau de jurisdição, garantia expressa no artigo 8 do Pacto de San Jose. Ficamos nós, os réus, com um suposto foro privilegiado, direito que eu não tinha, o que fez do caso um julgamento de exceção e político.
Como sempre, vou cumprir o que manda a Constituição e a lei, mas não sem protestar e denunciar o caráter injusto da condenação que recebi. A pior das injustiças é aquela cometida pela própria Justiça.
É público e consta dos autos que fui condenado sem provas. Sou inocente e fui apenado a 10 anos e 10 meses por corrupção ativa e formação de quadrilha – contra a qual ainda cabe recurso – com base na teoria do domínio do fato, aplicada erroneamente pelo STF.
Fui condenado sem ato de oficio ou provas, num julgamento transmitido dia e noite pela TV, sob pressão da grande imprensa, que durante esses oito anos me submeteu a um pré-julgamento e linchamento.
Ignoraram-se provas categóricas de que não houve qualquer desvio de dinheiro público. Provas que ratificavam que os pagamentos realizados pela Visanet, via Banco do Brasil, tiveram a devida contrapartida em serviços prestados por agência de publicidade contratada.
Chancelou-se a acusação de que votos foram comprados em votações parlamentares sem quaisquer evidências concretas, estabelecendo essa interpretação para atos que guardam relação apenas com o pagamento de despesas ou acordos eleitorais.
Durante o julgamento inédito que paralisou a Suprema Corte por mais de um ano, a cobertura da imprensa foi estimulada e estimulou votos e condenações, acobertou violações dos direitos e garantais individuais, do direito de defesa e das prerrogativas dos advogados – violadas mais uma vez na sessão de quarta-feira, quando lhes foi negado o contraditório ao pedido da Procuradoria-Geral da República.
Não me condenaram pelos meus atos nos quase 50 anos de vida política dedicada integralmente ao Brasil, à democracia e ao povo brasileiro. Nunca fui sequer investigado em minha vida pública, como deputado, como militante social e dirigente político, como profissional e cidadão, como ministro de Estado do governo Lula. Minha condenação foi e é uma tentativa de julgar nossa luta e nossa história, da esquerda e do PT, nossos governos e nosso projeto político.
Esta é a segunda vez em minha vida que pagarei com a prisão por cumprir meu papel no combate por uma sociedade mais justa e fraterna. Fui preso político durante a ditadura militar. Serei preso político de uma democracia sob pressão das elites.
Mesmo nas piores circunstâncias, minha geração sempre demonstrou que não se verga e não se quebra. Peço aos amigos e companheiros que mantenham a serenidade e a firmeza. O povo brasileiro segue apoiando as mudanças iniciadas pelo presidente Lula e incrementadas pela presidente Dilma.
Ainda que preso, permanecerei lutando para provar minha inocência e anular esta sentença espúria, através da revisão criminal e do apelo às cortes internacionais. Não importa que me tenham roubado a liberdade: continuarei a defender por todos os meios ao meu alcance as grandes causas da nossa gente, ao lado do povo brasileiro, combatendo por sua emancipação e soberania.

Comento
É uma nota redigida por seu advogado. Nem por isso deixa de trazer uma penca de falácias. Vamos ver.

1: Não há violação nenhuma da Constituição. A nota poderia dizer qual artigo foi violado.

2: É mentira que o julgamento desrespeita a Convenção Americana dos Direitos Humanos. No seu Artigo 8, o Pacto de San José da Costa Rica define que todos têm o direito de apelar a uma instância superior. Ocorre que o mensalão é uma ação originária de um tribunal superior. Não desmembrá-lo é uma prerrogativa do tribunal.

3: Se Dirceu se diz obrigado a seguir o que mandam a Constituição e as leis, então Constituição e leis foram respeitadas.

4: É mentira que conste dos autos que ele foi condenado sem provas. Afirmá-lo é um escândalo. Há uma penca de provas testemunhais dando conta de que os acordos espúrios só eram efetivados com a sua autorização.

5: A acusação de que não há ato de ofício é uma piada. O crime que lhe rendeu a maior pena é o de corrupção ativa — Artigo 333. Reproduzo (em azul):
Art. 333 – Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.

Vale dizer: Oferecimento ou promessa de vantagem indevida já é crime. Não é preciso ter recibo ou assinatura. Se houver, pior: trata-se de agravante.

6: Ficou evidente, durante o julgamento, que o dinheiro da Visanet era dinheiro de um banco público: do Banco do Brasil.

O resto da nota de Dirceu não serve nem à contestação. É chororô de apelo ideológico para tentar emprestar grandeza política ao crime.

Por Reinaldo Azevedo

As ridículas reações de Genuíno

Reações ridículas 3 – Genoino, agora guerrilheiro do mensalão, inventa uma narrativa que é a farsa de uma farsa

A reação de José Genoino à decretação da prisão é a mais grotesca de todas, embora obedeça a um script partidário — basta ver a nota do PT (leia post).  Ao sair de sua casa, o deputado petista levantou o punho, o sinal característico da militância socialista. Vejam (Fotos de Ivan Pacheco).

Na Polícia Federal, militantes petistas já o aguardavam. Convenham: os olhos arregalados falam mais do que mil palavras.

Ao chegar à PF, em São Paulo, mais uma vez, Genoino fez a saudação socialista e gritou um “Viva o PT!”

Tudo muito constrangedor. Segundo informa a Folha, ainda em sua casa, o deputado comentou: “Fui em cana, cela fechada, sem banho de sol, torturado e estou aqui, de novo com o espírito dos anos 70”. Disse mais: “Na ditadura, em cinco anos eu fui preso, torturado, julgado, condenado e cumpri a pena. Agora, estou há oito anos esperando”.

As duas são falsas, além de estúpidas, são vergonhosas. Estúpidas porque compara períodos incomparáveis. O guerrilheiro Genoino foi preso por uma ditadura; o deputado Genoino, por uma democracia. O processo só não foi sumário porque democracias não fazem juízos sumários. A fala do petista é especialmente asquerosa porque chega a imputar à ditadura que o torturou uma certa superioridade moral.

E que se note: é evidente que ele jamais deveria ter sido torturado, mas, no passado, qualquer regime — democrático ou ditatorial — o teria prendido por aquilo que fez.

Assim, a história de que fosse um paladino das liberdades é falsa, estupidamente mentirosa. Trata-se, em suma, de uma farsa. Ainda assim, comparar o que vive nos dias de hoje ao que viveu no passado constitui outro absurdo.

Genoino, em suma, inventa uma narrativa que é a farsa da farsa.

PSD em Pernambuco e fechado com Eduardo, diz André de Paula

PSD de PE fechado com Eduardo Campos

O presidente estadual do PSD, André de Paula, esteve ao lado de Eduardo Campos em Vitória de Santo Antão esta semana. Os dois têm batido papos e o partido de André, em Pernambuco, vai ficar ao lado do governador em 2014. “Essa relação está clara para mim”, pontua André, para coluna Folha Política, de Renata Bezerra de Melo. O dirigente do PSD vai ao evento no qual o presidente nacional de sua sigla, Gilberto Kassab, anunciará a formalização do apoio à reeleição da presidente Dilma, na próxima quarta-feira (20). Kassab ligou pessoalmente convidando André.

De acordo com a Folha de São Paulo, a presidente fará uma deferência rara ao PSD comparecendo ao encerramento da reunião do partido aliado, na próxima quarta-feira, em Brasília. A princípio, a ideia era que Kassab levasse a decisão até a presidente. Mas o momento político acabou exigindo que o caminho fosse invertido.

Kassab, apesar de fiel aliado do governo federal, tem sido alvo nos últimos dias de ataques do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Em entrevista à Folha sobre a investigação da máfia dos fiscais paulistanos, Haddad afirmou que a gestão kassabista deixou um quadro de “descalabro” na cidade. Nesse ambiente, foi formatada a ida de Dilma até Kassab. Será um gesto público de desagravo ao ex-prefeito.

Depois do PT, o PSD será a primeira sigla a oficializar apoio à reeleição. Até agora, nem mesmo o PMDB, que detém a Vice-Presidência da República, com Michel Temer, se mexeu para formalizar a reedição da chapa em 2014.

O ato da presidente tem uma contrapartida clara. A legenda de Kassab agregará à campanha da petista o mesmo número de minutos que o PSDB, maior partido de oposição, terá na TV e no rádio na campanha de 2014. Mesmo com as baixas recentes na Câmara, o PSD segue com 49 deputados – fator crucial na distribuição do tempo da propaganda eleitoral.

A voz da vitoria

E muito barulho, diz Jose Patriota sobre cassação

do Blog de Jamildo

O prefeito de Afogados da Ingazeira – no Sertão de Pernambuco – e presidente da Associação Municipalista, José Patriota (PSB), classificou como “barulho” a decisão da juíza da 66ª zona eleitoral, Maria da Conceição Godoi, de cassar seu mandato. “Os outros fazem as coisas e você paga o pato?”, reclamou.

Saiba mais:

Em Afogados da Ingazeira, prefeito é cassado na primeira instância

Ele se disse tranquilo com a decisão e confiante de que o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) reformulará a determinação.

Além de Patriota, a magistrada decidiu pela cassação da vice-prefeita, Lúcia Moura (PTC), e do presidente da Câmara, Augusto Martins (PTB).

Os três são citados em uma ação movida pela ex-candidata a prefeita Giza Simões (PSDB) – que faleceu em setembro após um transplante de medula – por compra de votos. O processo continuou sendo tocado pelo Ministério Público Eleitoral