quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Na Lupa, Quarta, 22/01/2025, Blog do Edney

NA LUPA 🔎 
BLOG DO EDNEY

Por Edney Souto

O JOGO CERTEIRO DE JOÃO CAMPOS PARA AMARRAR O MDB E NEUTRALIZAR O PT PERNAMBUCANO 

Por Edney Souto. 

A política pernambucana está em um momento decisivo, especialmente com a aproximação da campanha para o governo do estado, no próximo ano, onde o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) surge como o companheiro de chapa do PSB (Partido Socialista Brasileiro) na candidatura de João Campos. A aliança entre essas duas legendas promete não apenas fortalecer a campanha de Campos, mas também se beneficiar de uma estratégia que já foi testada e aprovada no passado, como foi o caso do saudoso governador Eduardo Campos. Vamos dar uma passada NA LUPA aqui desse fato em primeiríssima mão aos nossos leitores. 
EDUARDO E O MDB 15 - Eduardo Campos, que governou Pernambuco por um período de 16 anos e deixou um legado significativo, foi responsável por modernizar a política do estado e expandir sua influência. O impacto de sua gestão ainda ressoa em Pernambuco, e a escolha de João Campos, seu herdeiro político, para se tornar o próximo governador, demonstra uma continuidade de sua visão. Com a estratégia de escolher o MDB como aliado nesta jornada, Campos e seus estrategistas estão demonstrando um entendimento aguçado do jogo político, vislumbrando o tempo de televisão que a legenda pode proporcionar em uma campanha tão competitiva.
SEM PT - É interessante notar que essa escolha ocorre em um contexto de descontentamento por parte dos partidos mais tradicionais, como o PT e o PC do B. Lembrando que João Campos já pagou a fatura ao PC do B ao filiar o vice-prefeito Victor Marques na legenda, numa articulação com Renildo Calheiros, deputado federal e cacique da sigla. A união entre o PSB e o MDB não apenas exclui essas legendas da linha de frente, mas também aponta para um novo direcionamento na política local, onde novos players estão surgindo com força. O descontentamento dentro do PT é palpável, evidenciando que eles já perceberam que não terão protagonismo na eleição com João Campos impulsionando essa nova aliança. João também quer renovar o nome dos senadores na Casa Alta, e nessa conta não cabe Humberto Costa. 
IZA ARRUDA - Entre os nomes que ganharam destaque neste contexto, Iza Arruda, atual deputada federal e filha de Paulo Roberto, se destaca como uma possível candidata a vice-governadora na chapa de Campos. Essa escolha não só reforça a representatividade feminina na política, mas também se encaixa perfeitamente na estratégia de alavancar bases eleitorais na região, especialmente em Vitória de Santo Antão. O percurso político de Iza, que superou Raul Henry nas últimas eleições, é um claro indicativo de uma nova dinâmica nas relações políticas locais.
RAUL HENRY DANÇOU - Raul Henry, que foi um dos fundadores do MDB em Pernambuco e almejava usar Iza como um suporte eleitoral, viu seus planos frustrados. Paulo Roberto, astuto estrategista político, soube turbiná-la e, assim, consolidou a liderança da família Arruda, que agora se posiciona fortemente no cenário político. Henry, atualmente secretário de governo de João Campos, tem o desafio de se reinventar dentro dessa nova configuração.
TÚLIO ARRUDA FEDERAL- A candidatura de Iza Arruda como vice-governadora pode ser uma jogada inteligente não apenas para agregar valor à chapa, mas também para pacificar os ânimos em Vitória de Santo Antão. A proposta de incluir seu irmão Túlio Arruda, atual secretário municipal na prefeitura com João Campos, na corrida para deputado federal indica uma visão ampla de enraizar a influência da família Arruda na política pernambucana. Essa estratégia também permite a manutenção de boas relações políticas, como a amizade com Elias Lira, que por sua vez tem seu filho Joaquim Lira apoiado por Paulo Roberto na tentativa de reeleição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Caso Túlio Arruda não saísse a Federal, seria lançado a estadual e assim uma amizade política chegaria ao fim entre Paulo Roberto e Elias Lira, pai de Joaquim Lira. 
JOÃO E IZA ARRUDA- Portanto, a candidatura de João Campos, ao lado do MDB e com a possibilidade de Iza Arruda como vice, representa uma virada significativa na política pernambucana. Essa nova aliança pode não apenas garantir uma campanha sólida, mas também sinaliza um futuro onde as alianças são construídas com base em estratégias que buscam maximizar a representatividade e o capital eleitoral.

SEM HUMBERTO COSTA - O grande desafio, no entanto, estará em como Campos e seus aliados lidarão com a oposição, principalmente com um PT que, apesar do desencanto, possui uma base consolidada e um histórico de atuação em Pernambuco. O futuro da política no estado dependerá da capacidade de João Campos de unir diferentes forças e construir uma narrativa que dialogue com as necessidades e expectativas da população, sempre lembrando que o legado de Eduardo Campos é uma sombra a ser respeitada, mas também superada com inovação e eficácia.

MANDACARU - Assim, ao se preparar para a luta eleitoral, a coalizão entre PSB e MDB passa a ser uma força reconhecida como uma grande escola de estratégias políticas que buscam a renovação das vagas do senado por novos nomes e a eficiência de um novo projeto político capitaneado por Campos. Enquanto o cronômetro da campanha avança, o desenrolar desses eventos deve sacudir a política local com grande ansiedade por parte dos políticos que querem “sombra e água fresca” e que aguardam sinais de como essa nova política poderá moldar o futuro de Pernambuco. A verdade é que João Campos também só pretende servir de mandacaru para alguns, não dará sombra nem encosto. É isso aí.

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

BOLSONARO DIZ QUE "SE QUISER PODE FUGIR"

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, expôs seu descontentamento ao comentar sobre as limitações impostas pelo Supremo Tribunal Federal que o impedem de deixar o país. Em entrevista concedida ao AuriVerde, Bolsonaro declarou que poderia fugir do Brasil, caso quisesse, reafirmando sua indignação com a decisão que confiscou seu passaporte internacional em meio às investigações que envolvem sua tentativa de golpe de Estado. Desde 2024, o ex-presidente enfrenta restrições de deslocamento determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, medida que o impediu de comparecer à posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.

Durante a entrevista, Bolsonaro classificou a retenção de seu passaporte como uma decisão injusta e afirmou que não há impedimento legal que o impeça de deixar o território nacional, caso deseje. “Eu não sou réu. Eu posso fugir agora, qualquer um pode fugir”, declarou, questionando a legalidade e a motivação da medida. Segundo o ex-presidente, a decisão do Supremo foi movida por interesses políticos e simbolizou, para ele, uma tentativa de cerceamento à sua liberdade de locomoção.

O episódio que culminou na restrição ao passaporte de Bolsonaro está inserido em um contexto de acusações e investigações envolvendo a tentativa de subverter o sistema democrático brasileiro. As suspeitas recaem sobre sua atuação em articulações que teriam o objetivo de comprometer a estabilidade institucional do país. A retenção do documento, na visão do Supremo, é justificada pela gravidade dos fatos apurados e pela necessidade de garantir a continuidade das investigações sem o risco de obstrução ou fuga.

Bolsonaro demonstrou grande frustração por não ter podido participar de um evento que ele considera de extrema importância em seu alinhamento político-ideológico internacional. A posse de Donald Trump, figura com quem o ex-presidente brasileiro sempre cultivou afinidade, foi descrita por ele como uma oportunidade perdida de reafirmar laços e estreitar conexões que, em seu entendimento, representariam um contrapeso à atual política externa do Brasil. 

Sem passaporte e sob vigilância jurídica, Bolsonaro busca defender sua posição, reiterando que não há fundamentos que justifiquem o impedimento de sua livre circulação. As declarações de que “poderia fugir agora” reverberam como um eco de resistência e desafio à ordem imposta, enquanto o desenrolar das investigações segue em curso e mantém o futuro político e pessoal do ex-presidente envolto em incertezas.

LULA RETOMA VIAGENS PELO BRASIL EM FEVEREIRO

Luiz Inácio Lula da Silva retoma em breve uma agenda intensa de viagens pelo Brasil, marcando o início de um novo momento em sua gestão. A decisão foi consolidada na última reunião ministerial, quando o presidente reforçou a necessidade de que sua equipe amplie esforços e leve as ações de governo diretamente à população. A movimentação não se limita ao próprio chefe do Executivo. Ministros de áreas sociais já estão com agendas alinhadas para acelerar as entregas de suas respectivas pastas, seguindo a orientação de tornar visíveis os resultados do trabalho em cada canto do país.

Com a liberação médica confirmada, Lula está apto para viajar e retomar o contato presencial com as comunidades, algo que sempre foi uma característica marcante de sua atuação política. Embora continue afastado de atividades físicas mais intensas, a ausência de restrições quanto às viagens permite ao presidente adotar uma postura mais ativa na supervisão de programas e na interação com o público, promovendo ações que reforcem sua conexão com as demandas populares.

A preparação para essa nova fase é estratégica e parte de um alinhamento interno que busca imprimir ritmo e eficiência. Para o governo, cada entrega prevista simboliza não apenas o cumprimento de promessas, mas também a reafirmação de um compromisso político com as bases sociais que sustentam o atual mandato. O esforço de descentralização, que já mobiliza diversos ministros, sinaliza um governo disposto a percorrer o país, dialogar e mostrar os avanços realizados.

Essa retomada também aponta para a importância de reaproximação com setores e regiões que têm necessidades específicas. Com os olhos voltados para o impacto concreto das ações de governo, Lula e sua equipe planejam não apenas atender a demandas imediatas, mas também fortalecer laços com lideranças locais e a sociedade, reforçando uma gestão de proximidade e presença física.