sábado, 3 de maio de 2025

WOLNEY ASSUME NO OLHO DO FURACÃO

Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda na montagem do primeiro escalão do governo, o pernambucano Wolney Queiroz finalmente chega ao comando do Ministério da Previdência Social, em meio a uma das maiores crises recentes do INSS. Embora o cargo tenha sido inicialmente entregue ao pedetista Carlos Lupi, que exerceu forte pressão política para garantir a indicação em 2023, a revelação de um esquema bilionário de fraudes envolvendo aposentadorias e pensões, no valor de R\$ 6,3 bilhões, tornou insustentável a permanência de Lupi à frente da pasta. Pressionado pela gravidade das denúncias e pelo desgaste que atingiu não apenas o ministério, mas também a imagem do governo, Lupi formalizou sua saída nesta sexta-feira (2), abrindo caminho para que Wolney, que vinha atuando como secretário executivo, fosse oficializado pelo Palácio do Planalto como novo ministro.

Natural de Pernambuco, com seis mandatos de deputado federal no currículo e experiência acumulada na articulação política em Brasília, Wolney Queiroz assume o desafio com a tarefa de restaurar a credibilidade da Previdência Social, num momento em que a oposição já se mobiliza para aprofundar as investigações sobre as fraudes. Um requerimento para a criação da CPI do INSS foi protocolado na Câmara na última quarta-feira (30), com assinatura de 185 parlamentares, incluindo sete representantes de Pernambuco: André Ferreira (PL), Coronel Meira (PL), Fernando Rodolfo (PL), Pastor Eurico (PL), Mendonça Filho (União Brasil), Ossesio Silva (Republicanos) e Clarissa Tércio (PP). Chama atenção que, entre eles, três pertencem a partidos que ocupam ministérios no próprio governo Lula, o que evidencia a pressão transversal que Wolney terá de enfrentar dentro e fora da base aliada.

O novo ministro terá pela frente não apenas a missão administrativa de estancar a crise e reestruturar os sistemas de controle do INSS, mas também o desafio político de blindar o ministério dos ataques que tendem a se intensificar com a instalação da CPI. A boa relação que Wolney mantém com a Câmara, fruto de sua longa trajetória como parlamentar, é vista no Planalto como um trunfo importante para tentar conter a escalada da crise. Habilidoso, o pernambucano sabe que sua performance à frente da Previdência pode ser decisiva para o futuro político que almeja. Em 2026, ele pretende retornar à Câmara Federal e, para isso, precisará se desincompatibilizar do cargo seis meses antes da eleição, o que torna o período à frente do ministério uma grande vitrine para se fortalecer junto ao eleitorado e consolidar apoios.

A escolha de Wolney também reforça a presença de Pernambuco no núcleo duro do governo Lula, já que o estado passa a contar agora com sete ministros. Além dele, estão no primeiro escalão André de Paula, que comanda o Ministério da Pesca e Aquicultura; Frederico Siqueira, titular das Comunicações; José Múcio Monteiro, na Defesa; Jorge Messias, à frente da Advocacia-Geral da União; Luciana Santos, que chefia o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; e Silvio Costa Filho, que ocupa a pasta de Portos e Aeroportos. Essa concentração de pernambucanos em postos-chave do governo federal é vista com atenção nos bastidores da política, principalmente num momento em que Lula busca recompor sua base e enfrentar o avanço da oposição no Congresso.

No olho do furacão, Wolney Queiroz chega ao ministério em condições políticas melhores que seu antecessor, com a confiança direta do presidente e respaldo na Câmara. Contudo, o desgaste provocado pelo escândalo de fraudes já instalou um ambiente de desconfiança que exigirá habilidade redobrada para ser superado. O ministro precisará não apenas administrar a crise atual, mas também construir uma agenda positiva capaz de virar a página e devolver à Previdência Social a imagem de um órgão confiável aos olhos da população e do Parlamento.

EDUARDO BATISTA TROUXE SEGURANÇA ADMINISTRATIVA A GOIANA E CHEGA A SUPLEMENTAR COMO FAVORITO

Com a eleição suplementar batendo à porta e marcada para este domingo, 5 de maio, Goiana vive dias de expectativa e movimentação intensa. No centro desse cenário está Eduardo Batista, atual prefeito interino e presidente da Câmara Municipal, que chega à disputa com ares de favorito. Desde que assumiu o comando da Prefeitura, após a cassação do antigo gestor, Eduardo tem capitalizado politicamente sobre a estabilidade administrativa que conseguiu imprimir em poucos meses. Sua gestão interina ficou marcada por ações direcionadas ao fortalecimento dos serviços públicos essenciais, o que acabou se refletindo em uma melhora na avaliação popular.

A estratégia adotada por Eduardo Batista foi simples, mas eficaz: priorizou a retomada de obras paradas, melhorou a coleta de lixo, reforçou a atenção básica na saúde e garantiu que salários de servidores fossem pagos rigorosamente em dia. Esses gestos administrativos, somados a uma postura de equilíbrio político e diálogo constante com a população, ajudaram a consolidar sua imagem de gestor comprometido. À medida que a campanha avançava, Eduardo também conseguiu formar um bloco político robusto, agregando lideranças locais que até então estavam dispersas ou alinhadas a outros projetos.

A habilidade de costurar apoios foi outro trunfo do prefeito interino. Nomes tradicionais da política goianense, além de setores empresariais ligados ao polo automotivo e à indústria farmacêutica instalada no município, declararam adesão à sua candidatura. Essa base política sólida garantiu não apenas mais capilaridade na campanha, mas também a sensação de que Eduardo Batista reúne as condições necessárias para dar continuidade à administração sem sobressaltos. O cenário eleitoral, portanto, parece ter sido moldado de forma favorável ao candidato.

Entre as principais forças que impulsionam seu favoritismo está também a rejeição dos adversários, que não conseguiram romper a barreira de confiança estabelecida entre Eduardo e parte expressiva do eleitorado. Pesquisas de opinião, ainda que oficiosas, circulam apontando vantagem confortável para o prefeito interino. Nos bairros mais populosos de Goiana, como Nova Goiana e o distrito de Tejucupapo, é possível notar um sentimento positivo em relação ao desempenho recente da gestão municipal.

Nos bastidores, aliados próximos avaliam que a reta final da campanha serviu para consolidar essa dianteira, especialmente após a adesão de vereadores e ex-candidatos que decidiram unir forças com o projeto de continuidade. Eduardo Batista também se beneficiou de um discurso que apelou para a necessidade de estabilidade administrativa, depois de um período de instabilidade política que gerou apreensão entre a população e investidores locais.

No campo simbólico, sua candidatura representa uma tentativa de normalizar a vida política de Goiana, que já enfrentou trocas traumáticas no comando da Prefeitura. Sem apelar para ataques mais duros contra os adversários, a campanha de Eduardo foi construída em torno da ideia de que a cidade precisa de um gestor que já conhece as engrenagens da administração e que não precisaria passar por uma fase de adaptação. É com esse capital político e com a força da máquina administrativa que o atual prefeito interino caminha para o pleito de domingo, em meio ao clima de expectativa que toma conta da cidade e das comunidades que formam o território goianense.

FELIPE CARRERAS MOSTRA O PORQUE NÃO TEME DESAFIOS

O deputado federal Felipe Carreras, do PSB de Pernambuco, voltou a ganhar destaque no cenário político nacional ao ser designado para integrar três das comissões mais estratégicas e de peso em discussão atualmente no Congresso. A nomeação do parlamentar para a Comissão Mista de Orçamento (CMO), para a Comissão Especial da Redução do Imposto de Renda e para a Comissão Especial da Lei de Incentivo ao Esporte consolida sua posição como um dos mais influentes e articulados representantes da bancada pernambucana em Brasília. Carreras, que já construiu uma trajetória marcada por pautas que conciliam impacto social e desenvolvimento econômico, agora amplia ainda mais sua responsabilidade ao assumir funções que dialogam diretamente com a vida do cidadão comum e com o equilíbrio das contas públicas. Na CMO, comissão que reúne deputados e senadores e funciona como a guardiã das finanças do Estado brasileiro, Carreras terá papel determinante na análise de instrumentos fundamentais como o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA), além da autorização dos créditos adicionais da União, recursos essenciais para destravar obras e programas sociais.

Além do peso político, a presença do deputado pernambucano na Comissão Mista de Orçamento permite que ele interfira diretamente nas decisões sobre a destinação de verbas para estados e municípios, algo que pode representar ganhos importantes para Pernambuco e para o Nordeste. Em paralelo, a indicação para a Comissão Especial que discute a redução do Imposto de Renda coloca Carreras no centro de uma pauta que mobiliza diferentes setores da sociedade, de trabalhadores a empresários, e que pode redefinir a estrutura tributária do país. A proposta em debate nesta comissão busca aliviar a carga tributária da classe média e estimular investimentos produtivos, um tema que exige habilidade política para equilibrar interesses e garantir avanços sem comprometer a arrecadação do Estado. Já na Comissão Especial da Lei de Incentivo ao Esporte, Carreras resgata sua ligação histórica com o segmento esportivo, uma área que ele já defendeu tanto em Pernambuco quanto no Congresso, e que agora ganha relevância adicional diante da necessidade de fortalecimento das bases esportivas e ampliação do acesso ao esporte como política pública.

A atuação simultânea nessas três frentes evidencia não apenas a confiança que o deputado conquistou entre seus pares, mas também seu perfil destemido diante de desafios complexos e agendas de alta relevância. Carreras, que tem um histórico de entrega em pautas como turismo, cultura e esporte, agora se insere de forma mais incisiva no debate sobre o modelo fiscal brasileiro e no desenho do orçamento nacional. A presença nessas comissões também amplia seu campo de articulação, permitindo-lhe dialogar com diferentes forças políticas e econômicas que disputam espaço nas decisões do Congresso. Com essas nomeações, o deputado reafirma sua capacidade de ocupar posições estratégicas e influenciar temas que terão efeitos diretos no cotidiano da população, consolidando-se como um dos quadros mais destacados do PSB e da bancada nordestina no parlamento.

CARDEAIS ENFRENTAM ENCRUZILHADA PARA A ELEIÇÃO DO PRÓXIMO PAPA

O pontificado do Papa Francisco abalou profundamente a Igreja Católica. Seu papado de 12 anos, com foco em uma “Igreja pobre para os pobres”, conclamou o catolicismo a deixar sua zona de conforto e se estabelecer entre as comunidades mais pobres.

Francisco abriu discussões sobre temas antes considerados inaceitáveis, como o papel das mulheres. Ele acolheu católicos LGBTQIA+ como “filhos de Deus” e abriu a porta para que divorciados que casaram novamente ​​recebessem a comunhão.

Ele também atraiu atenção com suas fortes críticas à injustiça econômica e apelos à proteção do meio ambiente.

Ao longo de seu pontificado, no entanto, Francisco enfrentou forte resistência de pequenos, porém barulhentos, grupos católicos conservadores, além de certa indiferença e resistência silenciosa por parte de bispos.

Agora, enquanto 133 cardeais eleitores se preparam para o conclave, o processo a portas fechadas para eleger o sucessor de Francisco, eles enfrentam uma escolha difícil: dar continuidade às reformas e à visão do falecido papa ou desacelerar e iniciar uma alteração de rumo.

A CNN conversou com vários cardeais e outras fontes da Igreja para este artigo. Embora alguns cardeais prefiram uma opção mais “segura”, focada na unidade, um que trabalhou em estreita colaboração com Francisco disse que tal escolha seria o “beijo da morte” para a Igreja.

Aqueles que entrarão na Capela Sistina na quarta-feira para iniciar o processo de eleiçãode um novo papa não podem deixar de notar a demonstração de afeto por Francisco após sua morte.

Quando o Cardeal Giovanni Battista Re, decano (integrante mais velho) do Colégio Cardinalício, falou calorosamente sobre a visão de Francisco para a Igreja durante a homilia no funeral de Francisco, a multidão reunida na Praça de São Pedro aplaudiu repetidamente.

E em Timor-Leste, que Francisco visitou em 2024, cerca de 300 mil pessoas compareceram à missa pelo falecido papa no mesmo dia do funeral. Tudo isso levou um cardeal aposentado a pedir aos seus confrades que tomassem nota.

“O povo de Deus já votou nos funerais e pediu continuidade com Francisco”, avaliou o cardeal Walter Kasper, de 92 anos, conselheiro teológico de Francisco, ao jornal italiano La Repubblica.

Os apoiadores de Francisco dizem que somente um papa disposto a continuar o que o Francisco iniciou conseguirá dar continuidade a isso

GOIANA VAI AS URNAS AMANHÃ

Neste domingo (4), os eleitores de Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, vão às urnas para eleger o novo prefeito do município, em eleição suplementar, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A disputa será entre Eduardo Batista (Avante) e Marcílio Régio (PP).

A eleição suplementar na cidade acontece após a impugnação do resultado do pleito disputado em outubro de 2024, à época vencido por Eduardo Honório (União Brasil).

Em dezembro, o TSE manteve a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), impugnando a candidatura de Honório por entender que sua reeleição configuraria um terceiro mandato consecutivo.

Ao todo, 65.211 eleitores estão aptos para votar em Goiana neste domingo.

No lançamento de sua candidatura à prefeitura de Goiana, Eduardo Batista recebeu nomes da política estadual como os deputados estaduais Júnior Matuto (PSB) e Joaquim Lira (PV), além do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia (Podemos). O ministro de Portos e Aeroportos do governo federal, Silvio Costa Filho (Republicanos), também reforçou o apoio a Eduardo.

Ao longo da campanha, Eduardo recebeu o apoio de Marília Arraes (Solidariedade) e dos deputados federais Eriberto Medeiros (PSB) e Coronel Meira (PL).

Do outro lado, Marcílio contou com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), que participou de caminhada com o candidato. Os senadores Humberto Costa (PT) e Teresa Leitão (PT) também estiveram em atos com Marcílio, indicando apoio do presidente Lula ao candidato à prefeitura de Goiana.

Os deputados federais Eduardo da Fonte (PP), Lula da Fonte (PP), Carlos Veras (PT) e Ossésio Silva (Republicanos), também estão no palanque de Marcílio, que também recebeu apoio do deputado estadual e presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, além do atual presidente estadual do MDB, Raul Henry.

A governadora Raquel Lyra (PSD), que no pleito municipal de 2024 esteve bastante engajada em diversos municípios, não manifestou apoios na eleição suplementar de Goiana.


FEMINICÍDIO É PAUTA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA TERÇA DIA 06 NA ALEPE

Na próxima terça-feira (6), a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) será palco de uma audiência pública que promete mobilizar diferentes setores da sociedade em torno de um tema que se tornou cada vez mais urgente: o avanço dos casos de feminicídio e da violência contra a mulher no Estado. O encontro está marcado para as 9h, no auditório Sérgio Guerra, e é fruto de uma articulação entre as deputadas Delegada Gleide Ângelo (PSB) e Dani Portela (PSOL), que uniram forças em uma iniciativa que atravessa partidos e ideologias, mas que converge na defesa da vida e dos direitos das mulheres pernambucanas. Gleide, que preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Alepe, traz para o debate a sua bagagem como delegada especializada em crimes contra mulheres, enquanto Dani, presidente da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, reforça o viés da luta social e do combate às desigualdades estruturais que alimentam esse ciclo de violência.

A audiência pública também conta com a parceria do Levante Feminista Contra o Feminicídio, movimento nacional que reúne coletivos, entidades e ativistas na construção de ações concretas para frear a escalada de mortes violentas de mulheres no Brasil. Em Pernambuco, onde os índices de feminicídio cresceram de forma alarmante nos últimos anos, a mobilização ganha contornos ainda mais dramáticos. Dados da Secretaria de Defesa Social revelam que, só no primeiro semestre deste ano, o Estado registrou dezenas de casos de feminicídio, muitos deles cometidos em contextos domésticos e por parceiros ou ex-companheiros das vítimas, realidade que acende o alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes.

O auditório da Alepe deve reunir representantes do Ministério Público, da Defensoria Pública, do Tribunal de Justiça, das delegacias especializadas, além de lideranças de movimentos de mulheres, mães de vítimas e especialistas na área de segurança pública e direitos humanos. A proposta da audiência vai além da simples exposição de números. O objetivo das organizadoras é ouvir relatos, identificar gargalos na rede de proteção às vítimas e articular encaminhamentos concretos que possam fortalecer tanto a prevenção quanto a responsabilização dos agressores. As parlamentares também pretendem pressionar por mais investimentos em delegacias da mulher, casas de abrigo e programas de assistência psicológica e jurídica para quem sobrevive à violência.

A expectativa é que a audiência funcione como um marco dentro da Alepe, criando um ambiente de diálogo entre o poder público e a sociedade civil para enfrentar um problema que, muitas vezes, é tratado de forma isolada. Para o Levante Feminista, esse tipo de espaço é essencial para dar visibilidade às mulheres que tiveram suas vidas interrompidas e para cobrar respostas das instituições. Gleide Ângelo e Dani Portela, mesmo partindo de trajetórias políticas distintas, têm se destacado como vozes firmes na denúncia da violência machista e na busca por soluções que passem pela educação, pela segurança e pelo fortalecimento dos mecanismos legais já existentes. A audiência da próxima terça se insere nesse esforço, mirando não apenas a reversão dos números, mas a construção de um Estado onde mulheres possam viver sem medo.

PREFEITO EDUARDO BATISTA DÁ DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA E COMANDA A MAIOR CAMINHADA DA HISTÓRIA DE GOIANA

Prefeito Batista dá uma demonstração de força e comanda a maior caminhada da história de Goiana 
A um dia da eleição suplementar em Goiana, prefeito Eduardo Batista deu uma demonstração de força ao liderar uma caminhada histórica arrastando mais de 15 mil pessoas pelas ruas centrais do município, encerrando sua campanha com apoio popular e emoção.

O evento, que reuniu também os deputados Joaquim Lira (estadual) e Eriberto Medeiros (federal), foi marcado por discursos firmes e pela energia contagiante dos moradores, que acompanharam a comitiva até o fim do trajeto.

Em um pronunciamento diante da multidão, Eduardo Batista declarou: "Essa campanha é uma permissão de Deus, com a confiança de vocês. É por vocês que enfrentamos essa caminhada com coragem, trabalho e amor por Goiana.”

O candidato a vice-prefeito, Pedro Henrique, também deixou sua mensagem: "Nosso projeto nasce do diálogo com o povo, da escuta nas ruas e do desejo de transformar Goiana em um lugar com mais oportunidades, dignidade e respeito. Hoje, vimos o quanto as pessoas acreditam neste projeto.”

Pesquisa DataTrends divulgada nesta reta final revelou que 61% da população aprova a gestão interina de Eduardo Batista, iniciada há apenas quatro meses, em janeiro de 2025. A eleição ocorre neste domingo, 4 de maio, e promete ser uma das mais acirradas da história política de Goiana.

"SAIO SEM SEQUER SER CITADO" DIZ LUPI EM DESPEDIDA DO MINISTÉRIO

A saída de Carlos Lupi do comando do Ministério da Previdência Social marcou mais um capítulo das mudanças que vêm reconfigurando a Esplanada dos Ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao se despedir do cargo, Lupi escolheu as redes sociais para se pronunciar e tentou deixar claro que sua saída não tem relação com as investigações que vêm atingindo setores da pasta. Em seu perfil no X, antigo Twitter, o ex-ministro agradeceu diretamente ao presidente Lula pela confiança depositada em sua gestão e enfatizou que seu nome jamais foi mencionado nas apurações que seguem em andamento. De acordo com ele, as investigações sempre contaram com o respaldo integral das estruturas da Previdência, sob seu comando, e também com o apoio dos órgãos de controle da administração federal. Em sua mensagem, Lupi buscou reforçar a ideia de que colaborou ativamente para que as apurações avançassem, tentando afastar qualquer suspeita de omissão ou conivência com eventuais irregularidades. A troca de comando na pasta da Previdência representa a 11ª alteração ministerial promovida por Lula desde que iniciou seu terceiro mandato em janeiro de 2023, o que revela um cenário de ajustes constantes dentro do governo. O episódio também chama a atenção pelo peso político de Lupi, que é presidente nacional do PDT e, até então, mantinha uma relação de diálogo com o Planalto, apesar de seu partido ocupar uma posição independente em relação à base governista no Congresso. A permanência de Lupi na Esplanada era vista, inclusive, como um gesto de abertura política do governo Lula em direção a setores mais amplos do campo progressista. O Ministério da Previdência Social, sob a gestão de Lupi, enfrentou desafios relevantes, com foco na modernização dos serviços do INSS e no enfrentamento às filas de atendimento, temas que vinham sendo alvo de críticas da oposição e da sociedade civil. A saída do ex-ministro ocorre num momento delicado, em que o governo tenta manter sua base coesa e evitar o desgaste com novos episódios envolvendo suspeitas administrativas. Ainda que Lupi reitere sua não implicação nos processos investigatórios, a troca no comando da pasta tende a alimentar o debate político sobre a estabilidade e a condução das reformas no sistema previdenciário brasileiro. Lula, por sua vez, tem buscado imprimir um ritmo mais eficiente à sua gestão, promovendo substituições que sinalizem compromisso com a transparência e o bom funcionamento da máquina pública. No caso da Previdência, a mudança também é interpretada como uma tentativa de responder às pressões internas e externas por uma gestão mais ágil e menos suscetível a desgastes. A publicação de Lupi no X, em tom assertivo e defensivo, reflete a preocupação do ex-ministro em preservar sua trajetória política e manter intacta sua reputação em meio a um cenário de instabilidade que já provocou dez outras mudanças ministeriais no atual governo.