domingo, 25 de maio de 2025

LULA DA FONTE MOSTRA E DEFENDE O PORQUE DO PAI EDUARDO DA FONTE É O NOME CERTO PARA O SENADO

Em um movimento que reafirma o protagonismo do PP em Pernambuco, o deputado federal Lula da Fonte protagonizou um encontro expressivo em Brasília nesta semana, ao reunir mais de 40 prefeitos pernambucanos na sede da 2ª Secretaria da Câmara dos Deputados. O gesto foi interpretado nos bastidores como demonstração clara de força política e articulação junto às lideranças municipais, refletindo a crescente influência da legenda no estado. Durante entrevista ao Blog do Alberes Xavier e à Rede Pernambuco de Rádios, Lula da Fonte destacou o encontro como um momento de alinhamento institucional e escuta ativa das demandas dos gestores. Segundo ele, a reunião foi uma oportunidade concreta de reforçar o compromisso com o desenvolvimento dos municípios e com a boa governança pública. “Recebemos mais de 40 prefeitos aqui na 2ª Secretaria, vereadores, presidentes de Câmara, lideranças municipais e com a certeza de que estamos fazendo o melhor para Pernambuco”, afirmou o parlamentar com entusiasmo.

No centro das discussões, estavam pautas que tratam diretamente da sustentabilidade fiscal e da viabilidade de projetos estruturadores nos municípios pernambucanos. Lula da Fonte citou como exemplo o debate em torno da isenção do imposto de renda para quem ganha até R\$ 5 mil, destacando a importância da medida do ponto de vista social, mas alertando para o impacto que ela pode ter nas finanças locais. O projeto, relatado por Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara e figura influente na legenda, foi elogiado, mas Lula da Fonte defendeu que sua execução ocorra de forma a preservar a receita corrente líquida dos estados e municípios. Para o deputado, é fundamental garantir justiça tributária sem comprometer a capacidade de investimento das gestões municipais. A fala evidenciou a postura responsável do jovem parlamentar, que vem ganhando espaço ao combinar sensibilidade política e preocupação técnica com o equilíbrio das contas públicas.

Ainda durante a entrevista, Lula da Fonte foi provocado a comentar sobre uma possível candidatura do deputado Eduardo da Fonte ao Senado Federal, tema que circula com frequência entre lideranças políticas de Pernambuco. Sem hesitar, o deputado exaltou a trajetória de seu pai, que está em seu quinto mandato consecutivo como deputado federal e ocupa posição de destaque nacional dentro do Partido Progressistas. “O deputado Eduardo da Fonte é um parlamentar com serviços prestados e credenciais necessárias para representar Pernambuco, seja no Senado Federal ou em qualquer outro espaço político em que o povo o convoque”, declarou com firmeza. Lula ressaltou que Eduardo da Fonte construiu um legado político pautado na ação, no diálogo e na presença constante nos municípios do estado. Segundo ele, o parlamentar é reconhecido por sua capacidade de articulação, por projetos importantes que beneficiam diferentes regiões e por manter uma relação próxima com prefeitos, vereadores e lideranças comunitárias.

A menção à possível candidatura ao Senado ocorre em um momento em que o PP busca expandir sua participação nos espaços majoritários em Pernambuco e dialoga com diferentes campos políticos visando as eleições de 2026. Ao apontar que Eduardo da Fonte “pode andar de cabeça erguida nos quatro cantos do estado”, Lula da Fonte reforça a imagem de um político enraizado no território, com bases sólidas e respaldo popular. A movimentação, embora ainda em fase inicial, já provoca reações nos bastidores e é observada com atenção por outras legendas. Para muitos, o gesto de Lula ao associar a imagem do pai a um novo ciclo político indica que o PP pernambucano começa a construir, desde já, um discurso de protagonismo no próximo pleito federal, sustentado por sua ampla rede municipalista e pela presença consolidada no Congresso Nacional.

IVAN MORAES DISPUTARÁ O GOVERNO DE PERNAMBUCO PELO PSOL

Pré-candidatura representa unidade do partido no estado

O Diretório Estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Pernambuco escolheu o nome do jornalista Ivan Moraes como pré-candidato ao governo do estado para 2026. A deliberação foi realizada na manhã deste sábado (24), na Casa Marielle Franco, sede do partido.

O presidente estadual do PSOL, Samuel Herculano, destacou que a escolha de Ivan demonstra a unidade do partido em Pernambuco. “Saímos da reunião com a unidade construída para enfrentar os desafios que se apresentam na conjuntura. A pré-candidatura de Ivan Moraes representa a comunhão do nosso partido no enfrentamento à polarização e à extrema-direita”, defendeu.

O pré-candidato ao governo de Pernambuco Ivan Moraes, após a deliberação, agradeceu a confiança do diretório e reforçou que o partido vive um momento de unidade. Ele também já indicou o horizonte que vai apontar no discurso para a disputa.

“As pessoas querem sonhar, querem pensar para frente, querem acreditar que pode ser melhor. Então, nós somos contra a privatização da Compesa, nós somos contra a escala seis por um, nós somos contra as privatizações dos parques, nós somos contra muita coisa. Mas, nessa campanha a gente vai precisar se lembrar do que a gente é a favor. Nessa campanha, a gente vai precisar dizer que é possível e ousado propor para esse estado coisas que são reais hoje”, defendeu o pré-candidato ao governo.

Ele deu o exemplo de que é possível defender que toda a compostagem do estado seja direcionada para produzir combustível, mencionando ações de outros países no mundo.

Quem é Ivan Moraes

Ivan Moraes é pai, escritor, jornalista, militante de inúmeras pautas da esquerda  e mestre em Comunicação pela UFPE. Ele também é cocriador, diretor e apresentador do programa ‘Pé Na Rua’, que está na sexta temporada e já gravou em mais de 100 municípios de Pernambuco. Foi vereador do Recife pelo PSOL, por dois mandatos, de 2017 a 2025.

Com um mandato fruto de diversas lutas, direito à comunicação, direitos humanos, pauta ambiental e contra a especulação imobiliária, Ivan Moraes levou para dentro da Câmara a presença dos movimentos sociais. 

Com a proposta de levar o legislativo para os territórios da cidade, apresentou 72 projetos de lei, tendo 15 projetos aprovados. Dentre eles, a lei que proíbe a dupla função motorista/cobrador e a que obriga shopping centers a terem fraldários acessíveis para homens e mulheres.

Umas das marcas do Mandato, Ivan, durante oito anos, subia semanalmente em ônibus da cidade para prestar contas à população sobre sua atuação na Câmara. Para ele, o Mandato era também um espaço de aprendizado e de construção do sonho de radicalizar a democracia com amor e afeto, fortalecendo a sociedade.

Ele vê na política institucional um espaço de ampliar sua contribuição para as transformações sociais e também a oportunidade de dialogar com mais pessoas, sempre com afeto, carinho, amor e paciência, e também com coração e mente abertos para a escuta.

VEREADORES DO MDB CELEBRAM ÊXITO DE RAUL

A reeleição de Raul Henry para a presidência estadual do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) de Pernambuco, neste sábado (24), reverberou fortemente entre as lideranças municipais do partido, sendo celebrada por diversos vereadores que veem na permanência do dirigente um sinal de continuidade, estabilidade e compromisso com os ideais democráticos da sigla. Entre os nomes que se manifestaram em apoio, destacam-se os vereadores Samuel Salazar, do Recife, Geraldo Alves, de Camaragibe, e Emílio de Tanquinhos, de Águas Belas, que representam diferentes regiões do estado e reconhecem na liderança de Raul Henry um ponto de equilíbrio essencial para o fortalecimento interno e externo do partido.

Samuel Salazar apontou que a recondução de Raul Henry traduz o reconhecimento de uma trajetória que valoriza o diálogo e a construção coletiva, pilares que, segundo ele, se tornaram marcas da atuação do dirigente à frente da legenda em Pernambuco. Para o vereador recifense, Raul representa uma liderança que respeita as diferenças e constrói consensos, sendo capaz de agregar diferentes visões e promover um ambiente político plural. Ele enxerga na vitória de Henry a reafirmação de um MDB que se propõe a ser forte, democrático e aberto ao debate franco com suas bases.

Já o vereador Geraldo Alves, de Camaragibe, frisou que a recondução de Raul Henry reflete o anseio da base em manter viva uma forma de condução partidária que valoriza a escuta e o diálogo como instrumentos de ação política. De acordo com ele, Raul tem demonstrado sensibilidade para compreender os desafios enfrentados em cada município pernambucano, sem perder de vista os objetivos maiores da legenda em nível estadual. Em sua fala, Geraldo sublinhou que o presidente estadual do MDB sabe liderar com firmeza sem abrir mão do respeito mútuo, postura que tem fortalecido os laços entre os filiados e dado confiança à militância.

Emílio de Tanquinhos, vereador de Águas Belas, no Agreste, reforçou a importância de Raul Henry como figura capaz de preservar a unidade do partido em tempos de polarização e disputas intensas no cenário político. Para ele, o dirigente tem exercido um papel fundamental como articulador e mediador, sendo reconhecido por sua capacidade de ouvir e acolher diferentes perspectivas dentro do MDB. Emílio destacou ainda que a reeleição fortalece a estrutura partidária nos municípios menores, muitas vezes carentes de apoio mais direto, e sinaliza que o partido continuará seguindo uma linha de atuação pautada pela inclusão e pela representatividade regional.

A continuidade de Raul Henry na presidência estadual do MDB é vista por essas lideranças como algo estratégico, não apenas do ponto de vista político-eleitoral, mas também para a manutenção de uma cultura partidária voltada ao equilíbrio e à participação efetiva. Entre os vereadores que se manifestaram, há um sentimento de que o MDB ganha em solidez e coesão ao contar com uma liderança que conhece o estado em suas múltiplas realidades e que tem conseguido transformar esse conhecimento em ações práticas, capazes de impactar positivamente as decisões internas e externas da legenda. Raul Henry, com seu perfil conciliador e sua longa experiência política, reforça o papel do MDB como uma força presente e ativa na construção do diálogo democrático em Pernambuco.

JOÃO CAMPOS RECEBEU A CHAPA VITORIOSA DO MDB-PE

Em um gesto que sinaliza o fortalecimento das articulações políticas rumo às eleições de 2026, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), recebeu neste sábado (24) lideranças que saíram vitoriosas da recente disputa pelo comando do MDB em Pernambuco. O encontro, realizado em clima de cordialidade e alinhamento, reuniu o novo presidente estadual da legenda, Raul Henry, o prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto, e a advogada Adriana Vasconcelos, figuras centrais na reestruturação do partido no estado. A reunião, embora discreta, repercute de maneira significativa no tabuleiro político, especialmente por reunir representantes de siglas com peso estratégico nas articulações eleitorais do campo governista. João Campos destacou o momento em suas redes sociais, ressaltando a importância do alinhamento entre o MDB e as pautas que envolvem o desenvolvimento de Pernambuco e do Recife, sinalizando que a legenda continuará como parceira da Frente Popular. Para o prefeito, a permanência de Raul Henry no comando da sigla mantém uma linha de coerência com os princípios que o partido historicamente defende no estado. A presença de Paulo Roberto, prefeito de um dos maiores colégios eleitorais do interior, reforça a capilaridade da nova direção emedebista, enquanto Adriana Vasconcelos simboliza a renovação de quadros e a presença feminina no centro das decisões partidárias. A movimentação ocorre após semanas de instabilidade no MDB estadual, marcadas por tentativas de intervenção nacional e disputas internas que colocaram em risco a autonomia da direção pernambucana. Com a vitória do grupo liderado por Raul Henry, a legenda reafirma sua identidade local, resistindo a pressões externas e mantendo-se próxima do PSB, partido com o qual tem histórico de alianças desde os governos de Eduardo Campos. A reunião com João Campos representa, portanto, não apenas um gesto de reconhecimento à nova direção, mas também um sinal claro de que a Frente Popular busca consolidar sua base para enfrentar os desafios políticos que se avizinham. Em um momento em que diversas legendas se reorganizam de olho nas eleições municipais de 2026 e nas composições para a disputa estadual, a articulação entre PSB e MDB assume contornos estratégicos. A harmonia demonstrada entre os presentes sugere a continuidade de um pacto político que tem como objetivo preservar a governabilidade e o protagonismo da coalizão que administra tanto a capital quanto importantes municípios do interior.

PREFEITA DE SERRA TALHADA MÁRCIA CONRADO MOSTRA APROXIMAÇÃO COM O PSB E AFASTAMENTO DO GRUPO DE POLÍTICO DE RAQUEL

.A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), voltou a deixar evidente sua sintonia com o grupo político do PSB em Pernambuco, ao participar neste sábado (24) da tradicional Festa da Pedra do Reino, em São José do Belmonte. O evento, que reúne lideranças políticas da região do Sertão Central, serviu como palco para demonstrações públicas de alianças que estão sendo reconfiguradas nos bastidores da política estadual. Márcia desfilou ao lado do prefeito anfitrião, Vinicius Marques (PSB), e do deputado federal Pedro Campos (PSB), reforçando laços com o grupo socialista e sinalizando o caminho que deve seguir nas eleições de 2026. Pedro, irmão do prefeito do Recife e pré-candidato ao Governo do Estado, João Campos (PSB), tem se consolidado como um elo entre lideranças municipais e o projeto de retomada do PSB ao comando do Palácio do Campo das Princesas. Durante a programação da festa, não houve qualquer tentativa de disfarçar a proximidade política entre Márcia e Pedro. Ao contrário, os dois circularam juntos por boa parte do evento, trocaram elogios em público e posaram para fotos ao lado de lideranças locais e correligionários, o que foi interpretado como o anúncio velado de uma dobradinha eleitoral. A prefeita estava acompanhada do marido, o dentista Breno Araújo, presidente do PSB em Serra Talhada e apontado como possível pré-candidato a deputado estadual. A presença do casal no evento, em um ambiente marcadamente socialista, afastado da órbita da governadora Raquel Lyra (PSDB), é mais um sinal de que a gestora da Capital do Xaxado caminha para formalizar sua ruptura com o atual governo estadual. Desde que assumiu o comando de Serra Talhada, Márcia tentou manter uma postura de independência, dialogando com diferentes espectros políticos. No entanto, nas últimas semanas, seus movimentos têm apontado de forma inequívoca para uma aliança com o grupo de João Campos, o que deverá redesenhar a composição dos palanques eleitorais no Sertão. A relação com a governadora, que já vinha sofrendo desgastes, parece ter se esgotado após a exclusão de Serra Talhada de uma série de agendas do Governo do Estado na região. A prefeita também não tem escondido seu distanciamento em relação a Sebastião Oliveira (Avante), líder político tradicional da região e ex-aliado de primeira hora. O gesto de anunciar uma aliança informal com Pedro Campos é visto como definitivo nesse processo de rompimento, sobretudo pelo simbolismo da presença de Breno Araújo ao lado de Pedro, o que sugere que as conversas entre os dois já avançaram para além das aparências. Márcia tem sido cada vez mais requisitada por lideranças socialistas para eventos políticos e inaugurações, e a tendência é que ela consolide sua posição como uma das principais bases eleitorais do PSB no Sertão do Pajeú. Com isso, João Campos ganha mais um apoio estratégico em uma das maiores cidades do interior, enquanto Raquel Lyra enfrenta o desafio de conter a perda de aliados em regiões onde sua presença política ainda é frágil. A postura adotada por Márcia também influencia diretamente a dinâmica da oposição ao governo estadual, fortalecendo o discurso do campo progressista e sinalizando que a disputa pelo Palácio em 2026 poderá ter um realinhamento de forças mais profundo do que se esperava.

ANCELOTTI ENCERRA CICLO NO REAL MADRID E FOCA AGORA NA SELEÇÃO BRASILEIRA

Ancelotti terá a missão de 'arrumar a casa' e buscar o hexa com o Brasil após deixar Madri
Encontro entre Real Madrid e Real Sociedad, que terminou em 2 a 0 para os mandantes, marca o encerramento do contrato do técnico

Chegou ao fim, neste sábado, uma era de quatro anos. O encontro entre Real Madrid e Real Sociedad, que terminou em 2 a 0 para os mandantes, marca o encerramento do contrato de Carlo Ancelotti com a equipe que comandava desde 2021. A partir de domingo, o treinador italiano ganhará um novo desafio: comandar a seleção brasileira rumo à Copa do Mundo de 2026 e ao sonho do hexacampeonato mundial.

A segunda passagem do técnico pelo Real Madrid foi vitoriosa. Ao todo, Ancelotti ergueu nos últimos meses, junto com seus comandados, 11 troféus, incluindo dois de Mundiais. Somados às taças de sua primeira vez à frente da equipe, entre 2013 e 2015, são 15 campeonatos na conta do treinador.

"Carlo Ancelotti fez parte para sempre da grande família madridista. Sentimo-nos orgulhosos de ter podido desfrutar de um treinador que nos ajudou a conseguir tantos sucessos e que, além disso, representou os valores do nosso clube de forma exemplar", disse o presidente do clube, Florentino Pérez, no anúncio da saída do italiano.
 
Boatos

Já há algumas semanas, surgiam boatos de que o técnico estava pressionado em sua posição no Real Madrid. Neste fim de temporada, o clube caiu nas quartas de final da Liga dos Campeões, diante do Arsenal, perdeu a final da Copa do Rei para o Barcelona e ainda viu seu maior rival na liderança do Campeonato Espanhol pela maior parte da competição, encerrando com a taça. Ancelotti chegou a comentar sobre, em entrevista coletiva em abril.
 
"Não sei se eles se cansaram de mim", disse, referindo-se aos torcedores. "Talvez. Mas o que importa é que a pessoa mais importante não se cansou. O que pode mudar a dinâmica é se a pessoa mais importante deste clube se cansar", concluiu, citando Florentino Pérez. Dias depois, a CBF anunciou a contratação do treinador.
 
Como comandante da seleção mais campeã do mundo, Ancelotti terá uma missão: fazer a equipe brasileira voltar a vencer. Em Copas do Mundo, já são 23 anos sem um resultado relevante. Com exceção da Copa de 2014, em que foi derrotada na disputa de terceiro lugar, a seleção brasileira caiu nas quartas de final em todas as edições desde 2002. Na Copa América, a equipe nacional venceu em 2019, e a partir desta edição chegou à final somente em 2021.

Desempenho
No momento atual, o desempenho brasileiro também não está bom. Apesar d
e estar na quarta colocação nas Eliminatórias da Copa do Mundo, o elenco tem mais derrotas do que as demais seleções então classificadas para o mundial do próximo ano. Falhas técnicas e táticas ainda são frequentes na equipe. Não à toa o Brasil, além de ter conseguido vitórias pouco convincentes, sofreu na última Data Fifa uma de suas piores derrotas na história, contra a Argentina, que terminou em 4 a 1.

O tempo, no entanto, joga contra o técnico. Até a Copa, Ancelotti terá poucas oportunidades de ver a seleção atuando. Estão programadas apenas mais seis Data Fifa até junho do ano que vem, quando o mundial começa, e mais da metade delas serão de amistosos. O período curto é também um empecilho para que o treinador possa fazer uma análise melhor dos jogadores que atuam no País.
 
"Ele está lutando contra o tempo, nós estamos lutando contra o tempo para a seleção brasileira. Nós demoramos muito tempo para que pudesse escolher o treinador, escolhemos oficialmente esse treinador um ano antes da Copa do Mundo, faltando quatro jogos das eliminatórias", afirmou o bicampeão mundial Cafu, em uma entrevista na final da Kings League. "É muito pouco para o treinador conhecer melhor o futebol brasileiro."
 
O próximo desafio começa na próxima semana. Já nesta segunda-feira, mesmo dia em que será apresentado, Ancelotti convocará a seleção pela primeira vez. Em sua pré-lista, estão alguns dos jogadores com quem já trabalhou: Richarlison, seu atleta no Tottenham; e Casemiro, que não aparece na equipe nacional desde março de 2024. Neymar também está listado, apesar de ter acabado de voltar de lesão. A convocação será seguida de uma entrevista coletiva.

A seleção brasileira entrará em campo novamente no dia 5 de junho, contra o Equador. A partida acontece no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil, a partir das 20h (horário de Brasília). A seleção equatoriana é segunda colocada das Eliminatórias da Copa. Dias depois, em 10 de junho, o Brasil enfrenta o Paraguai. O jogo será em São Paulo, na Neo Química Arena, às 21h45 (de Brasília). As duas equipes têm os mesmos 21 pontos na tabela.

sábado, 24 de maio de 2025

REELEIÇÃO DE RAUL HENRY FOI BEM MAIS QUE UM BATE-CHAPA PARTIDÁRIO

A recondução de Raul Henry à presidência do MDB de Pernambuco, em eleição realizada neste sábado (24), representa um capítulo relevante na reconfiguração silenciosa, porém eficaz, do poder político no estado. O resultado da disputa interna, com 65 votos contra 49 do seu adversário Jarbas Vasconcelos Filho, não foi apenas a vitória de um dirigente experiente, mas o reflexo da força de articulação que o prefeito do Recife, João Campos (PSB), vem consolidando nos bastidores da política pernambucana. Henry, embora historicamente ligado ao grupo de Jarbas Vasconcelos, tem caminhado nos últimos anos em direção a uma sintonia cada vez mais afinada com os projetos socialistas liderados por João. Essa guinada, gradual mas constante, culmina agora em um MDB mais próximo do PSB e mais distante das raízes que o conectavam à ala tradicional da sigla.

Desde que assumiu a Prefeitura do Recife, João Campos tem investido com intensidade em montar uma frente ampla, que extrapola as fronteiras do seu partido e avança sobre siglas de peso histórico e capilaridade regional. Nesse cenário, o MDB desponta como peça indispensável. A legenda possui bases no interior, quadros com experiência de gestão e interlocução em Brasília, elementos essenciais para um projeto que visa estabilidade local e protagonismo nacional. O apoio do PT já é considerado dado, consolidando a aliança que sustentou sua eleição em 2020, e as negociações com União Brasil, PP e outras legendas caminham em ritmo discreto, mas constante. A permanência de Henry, portanto, representa uma engrenagem ajustada nesse motor político que João Campos tenta impulsionar para além de 2026.

A tentativa de Jarbas Filho de retomar o comando do MDB significava muito mais do que uma disputa de cargos. Carregava consigo o simbolismo de resistência da velha guarda em tempos de transição geracional. Com o aval direto do ex-governador Jarbas Vasconcelos, seu pai, Jarbas Filho tentou reposicionar o MDB ao lado da governadora Raquel Lyra (PSD), em um movimento que buscava contrabalançar o avanço do PSB sobre o centro político do estado. Contudo, os votos não acompanharam esse apelo à tradição. Em vez disso, mostraram a solidez de uma liderança construída por Raul Henry ao longo de uma década, combinada com a força silenciosa da articulação de João Campos, que tem sabido operar com precisão nos bastidores.

O resultado da eleição interna no MDB também lança luz sobre o novo perfil do partido no cenário local. Já não se trata mais apenas de uma legenda ocupada em manter seus espaços tradicionais, mas de uma ferramenta estratégica que serve a um projeto mais amplo, comandado por uma nova geração de líderes. A manutenção de Henry na presidência deixa claro que o MDB está disposto a se reposicionar, inclusive revendo suas alianças históricas, para garantir protagonismo no futuro próximo. Ao atrair quadros relevantes e manter pontes com o centro e a esquerda, a sigla reforça sua utilidade dentro da engenharia política de João Campos, que começa a delinear o caminho para 2026 com movimentos precisos e antecipados.

MORTE DE DETENTO EM NOVO PRESÍDIO, DEMONSTRA INSEGURANÇA NO SISTEMA PRISIONAL

O descontrole do sistema prisional de Pernambuco voltou a ser exposto, de novo, com o assassinato de um detento na quinta-feira (22), menos de três meses após o Presídio Policial Penal Leonardo de Moura Lago começar a ser ocupado.

O governo estadual havia prometido uma unidade bem estruturada, segura e bem distante do perfil dos outros três presídios que também compõem o Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife. Mas o que se observa - e já era denunciado antes mesmo da inauguração - é que o novo presídio mantém o principal defeito do sistema prisional pernambucano: a falta de segurança. 

O detento Otacílio Alves Frutuozo foi estrangulado até a morte por sete colegas de cela, segundo as informações iniciais da investigação. Os policiais penais só constataram ao amanhecer durante procedimento de rotina.

Mas os corredores e celas não são monitorados por câmeras? Não há profissionais circulando pelos corredores para observar movimentações anormais? Quem da gestão será responsabilizado pelo assassinato de um homem que estava sob a guarda do Estado? 

A morte aconteceu na mesma semana em que o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura divulgou um detalhado relatório com os problemas observados nos presídios pernambucanos. E um dos pontos mais criticados, além da superlotação, foi a falta de efetivo policial para coibir crimes nas unidades. 

Mesmo com uma das maiores populações carcerárias do País, o governo de Pernambuco resiste em nomear os 634 policiais penais que concluíram o curso de formação desde junho de 2023. São dois anos de espera. Mas a gestão alega que eles só começarão a atuar após a entrega de novos presídios - até o ano que vem.