quinta-feira, 29 de maio de 2025

RAQUEL CHAMOU ATENÇÃO POR DISCURSO DE CONCILIAÇÃO

Durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao município de Salgueiro, no Sertão pernambucano, a governadora Raquel Lyra (PSD) surpreendeu com um discurso marcado por um tom conciliador e de unidade política. Diante de uma plateia atenta e de um palanque que reunia figuras com históricos de divergências, como o prefeito do Recife, João Campos (PSB), um dos principais nomes que despontam como adversário da governadora nas eleições de 2026, Raquel preferiu adotar um discurso de cooperação institucional. Ao afirmar que “há muito mais coisas que nos une nesse palanque do que nos separa”, ela sinalizou um reposicionamento estratégico, focado na gestão e em uma imagem de estadista comprometida com o desenvolvimento do estado. A governadora fez questão de cumprimentar nominalmente todas as autoridades presentes no evento, entre ministros, parlamentares e lideranças regionais, o que também foi interpretado como gesto de respeito e articulação política. “Fiz questão de saudar nominalmente todas as autoridades que estão aqui. Porque acredito muito que a força de todos nós juntos tem feito o estado de Pernambuco voltar a crescer”, afirmou Raquel, sob aplausos. A atitude não passou despercebida entre os aliados e observadores políticos que acompanharam o evento, especialmente pelo momento em que a polarização costuma ditar o tom dos discursos. A postura adotada pela governadora também refletiu sua intenção de reforçar o papel institucional do Governo do Estado, priorizando ações concretas e parcerias em benefício da população. Um gesto simbólico, mas representativo dessa nova costura política, foi protagonizado pelo prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro, que ao saudá-la em sua fala, arrancou fortes aplausos da plateia. Na véspera do evento, o gestor anunciou sua filiação ao PSD, partido comandado por Raquel em Pernambuco, após deixar o PRD. O movimento foi visto como sinal de fortalecimento do grupo da governadora no Sertão Central. Com articulação afinada e discurso pragmático, Raquel Lyra se posicionou como liderança disposta ao diálogo, mesmo diante de figuras com as quais mantém diferenças políticas. A escolha por um tom agregador durante a agenda presidencial em Salgueiro deixou claro que, pelo menos por enquanto, a governadora pretende deixar o debate eleitoral em segundo plano.

"AUXÍLIO CUIDAR MAIS" PROJETO DE EDUARDO DA FONTE QUE GARANTE MAIS RENDA PARA QUEM CUIDA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Um passo importante em direção ao reconhecimento do trabalho invisível de milhares de brasileiros foi dado com a aprovação, na Comissão da Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei que cria o Programa Auxílio Cuidar Mais. De autoria do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), a proposta garante o pagamento mensal de R\$ 1.000 a cuidadores de pessoas com deficiência que são beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), assistência social destinada a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. A medida busca reconhecer o papel essencial desses responsáveis, que muitas vezes abdicam da própria vida profissional para se dedicar integralmente aos cuidados com familiares em condição de dependência.
A proposta surge como resposta a uma realidade marcada por esforço, renúncia e ausência de suporte do Estado. São mães, pais, irmãos e avós que assumem a responsabilidade de acompanhar cada necessidade diária de pessoas com deficiência, desde as tarefas mais básicas até o acompanhamento em tratamentos e reabilitações contínuas. A maioria desses cuidadores não possui vínculo formal de trabalho, vive sem acesso à previdência social e enfrenta dificuldades para garantir o sustento familiar. O projeto de Eduardo da Fonte busca mudar esse cenário, propondo não apenas um auxílio financeiro, mas o reconhecimento institucional de uma função social de alta relevância.

Segundo o texto aprovado na comissão, o Auxílio Cuidar Mais será destinado aos responsáveis legais por pessoas com deficiência já atendidas pelo BPC, e o valor será repassado mensalmente, sem prejuízo de outros benefícios sociais. A operacionalização do programa deverá ser feita por meio de cadastro e comprovação de vínculo do cuidador com o beneficiário. O parlamentar pernambucano defende que o projeto representa um avanço na política de cuidado, com impactos concretos na qualidade de vida de famílias que vivem em constante estado de alerta, privação e luta por dignidade.

O impacto social do projeto também atinge diretamente a população mais vulnerável, especialmente em regiões com baixa renda per capita. Em muitos lares, o cuidador abandona o emprego para prestar assistência, o que agrava a situação econômica da família. Com o novo auxílio, será possível ao menos minimizar os efeitos dessa desigualdade estrutural, garantindo uma renda mínima para quem cuida e promovendo maior estabilidade. O deputado Eduardo da Fonte, que tem atuado em pautas sociais de proteção à família e à inclusão, destacou que o programa é fruto de escuta da sociedade e articulação com entidades que atuam na defesa dos direitos das pessoas com deficiência.

A proposta agora segue para outras comissões e, posteriormente, ao plenário da Câmara, antes de ser analisada pelo Senado. O caminho até a sanção ainda exige articulação política e pressão social, mas a aprovação inicial já representa um marco simbólico importante. Ao propor uma remuneração para o cuidado familiar, o projeto também convida a sociedade a repensar a valorização do trabalho não remunerado, frequentemente associado a mulheres e grupos historicamente marginalizados. O Auxílio Cuidar Mais, nesse sentido, é uma iniciativa que aponta para uma política pública mais sensível, humana e alinhada com os desafios reais enfrentados por milhões de brasileiros invisibilizados pela rotina do cuidado doméstico.

PREFEITO NEGO DO MERCADO REVELA QUADRO ANIMADOR PARA FUTURO BREVE DE CAPOEIRAS

Em entrevista concedida à Rádio Jovem Cap FM, o prefeito de Capoeiras, Nego do Mercado, apresentou um panorama animador para o município ao anunciar a retomada de programas e a entrega de novas obras, reforçando o compromisso de sua gestão com o desenvolvimento local. Durante a conversa com os radialistas, o gestor detalhou os esforços recentes da prefeitura para destravar projetos e dar andamento a iniciativas que impactam diretamente na vida da população, destacando que a prioridade tem sido garantir resultados concretos para a cidade. Uma das pautas mais entusiasticamente abordadas por Nego foi a viagem realizada a Brasília, onde ele esteve acompanhado por 10 dos 11 vereadores do município em uma articulação política estratégica. Segundo o prefeito, a presença da maioria absoluta da bancada de Capoeiras no Distrito Federal evidencia a força da base governista e a união em torno dos interesses do município. “Não é a mesma coisa chegar sozinho. Quando a gente chega com uma comitiva de vereadores, mostramos unidade e compromisso com Capoeiras”, afirmou, mencionando a participação ativa de nomes como José Chopim, Maurício Santana, Érico Barbosa, entre outros parlamentares que contribuíram com a busca por recursos. A movimentação em Brasília, segundo o prefeito, teve como foco a liberação de emendas, assinatura de convênios e reforço nos laços com deputados federais e senadores aliados. Nego ressaltou que os frutos dessas articulações devem começar a ser colhidos em breve, com investimentos nas áreas de infraestrutura, saúde e assistência social. Ainda durante a entrevista, o prefeito fez questão de tratar de um problema que aflige o cotidiano da população e que tem preocupado as autoridades locais: a presença de animais soltos nas ruas da cidade. Com tom firme, ele fez um apelo direto à consciência coletiva dos capoeirenses. “Evitem soltar animais nas ruas. É uma ameaça à vida de quem transita. Só com consciência coletiva podemos resolver isso”, alertou, lembrando que já houve registros de acidentes envolvendo motociclistas e motoristas surpreendidos por animais de grande porte nas vias urbanas. Nego ainda reforçou que a prefeitura tem feito sua parte, notificando proprietários reincidentes e promovendo ações educativas, mas que é essencial o engajamento de todos para enfrentar o problema. Ele também destacou que os avanços nas áreas de infraestrutura e programas sociais só terão pleno efeito quando acompanhados por atitudes cidadãs e de responsabilidade mútua. Ao longo da entrevista, o gestor manteve um tom de otimismo e confiança, destacando que, mesmo diante das dificuldades enfrentadas nos últimos anos, sua gestão continua empenhada em garantir que Capoeiras siga no rumo certo, com obras sendo entregues, programas sendo retomados e a política municipal sendo conduzida com diálogo e unidade. A presença da base aliada em peso na capital federal foi tratada como um símbolo dessa nova fase que, segundo ele, é marcada pela maturidade política e pelo espírito de cooperação.

LULA INDICA NOVO DIRETOR DA ANAC

Em um movimento estratégico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Antonio Mathias Nogueira Moreira para o cargo de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A indicação, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (28), segue agora para aprovação do Senado Federal, marcando um momento crucial para o futuro da regulação e gestão do setor aéreo brasileiro.

Moreira, economista formado pela UEFS e funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal, traz consigo uma vasta experiência em governança e gestão de riscos.

Atualmente, ele ocupa o cargo de Diretor de Governança, Integridade e Riscos na Caixa, além de presidir o Conselho de Administração da Infra SA e integrar o Conselho de Administração da BRF. Sua nomeação é vista como um reforço técnico e estratégico para a ANAC, especialmente em um período de grandes desafios e transformações no setor.

Natural de Feira de Santana, Bahia, Moreira construiu uma sólida carreira no setor público, transitando por diversas áreas da administração e demonstrando capacidade de liderança e visão estratégica.

Sua experiência na Caixa Econômica Federal, onde atuou em áreas de governança e riscos, é considerada um diferencial para a gestão da ANAC, que enfrenta um cenário complexo e dinâmico.

Caso seja aprovado pelo Senado, Moreira ocupará a vaga deixada por Ricardo Bisinotto Catanant, com um mandato de cinco anos.

A indicação de Antonio Mathias Nogueira Moreira representa uma aposta do governo Lula em um nome técnico e experiente para a ANAC, em um momento em que o setor aéreo brasileiro enfrenta desafios como a retomada do crescimento pós-pandemia.

O setor ainda passa pela necessidade de investimentos em infraestrutura e a crescente demanda por voos mais eficientes e sustentáveis.

MARINA SILVA E OS SENADORES QUE ENVERGONHAM O BRASIL

Na última terça-feira, o Brasil presenciou um episódio que escancara o machismo, o autoritarismo e a brutalidade ainda presentes nos espaços mais altos da política nacional. A cena se desenrolou no Senado da República, durante uma audiência em que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de ataques grosseiros e misóginos por parte de dois parlamentares: Marcos Rogério (PL-RR) e Marcos Pontes (PL-SP). E, de forma ainda mais vergonhosa, por parte do senador Marcos Valério, do PSDB do Amazonas, que protagonizou uma das falas mais desrespeitosas já registradas contra uma mulher no plenário.

Ao se dirigir a Marina, Marcos Valério afirmou: “Desejo separar a mulher da ministra, porque a mulher merece respeito, a ministra não”. A frase, que deveria ter causado indignação imediata de seus pares, escancarou a tentativa de desumanizar e reduzir a figura de Marina Silva a uma função, como se o exercício de cargo público por uma mulher a desautorizasse a ser tratada com dignidade. Mas Valério foi além. É o mesmo parlamentar que, dias antes, dissera ser “difícil ouvir Marina durante seis horas sem querer enforcá-la”. As palavras, além de inaceitáveis, são violentas, carregadas de ódio, e beiram uma incitação simbólica à agressão.

Como se não bastasse, o senador Marcos Rogério engrossou o coro de desrespeito, mandando a ministra “se pôr no seu lugar”. Uma ministra de Estado, eleita deputada federal por três vezes, ex-senadora, ex-candidata à Presidência da República por três vezes, reconhecida internacionalmente como uma das maiores líderes ambientais do mundo, foi tratada como se fosse um estorvo por ousar apresentar argumentos e defender a floresta. O gesto de Rogério não foi técnico, não foi político: foi um ato violento de silenciamento, de misoginia, de tentativa de rebaixar uma mulher negra, do Norte, ex-seringueira, ex-doméstica, que ousa ter voz própria em um espaço dominado por homens brancos, ricos e com histórico de blindagem mútua.

Mais grave do que o comportamento grotesco desses senadores é a reação de parte da população que, por má-fé ideológica, ignorância ou crueldade, aplaude esse tipo de atitude. Em nome de uma guerra política que despreza a ética e a empatia, há quem veja em Marina Silva uma inimiga, quando ela é, na verdade, uma das poucas vozes que ainda sustenta alguma dignidade no serviço público brasileiro.

Marina é tudo o que esses homens não suportam. Ela é mulher. É negra. É do Acre. É evangélica. Tem 66 anos. Foi alfabetizada aos 16, formou-se professora aos 26. Lutou contra hepatite, malária, contaminação por mercúrio, miséria e preconceito. Foi seringueira, empregada doméstica, senadora, ministra de Lula e de Dilma. Ganhou prêmios internacionais e é respeitada por ambientalistas, líderes políticos e cientistas em todos os continentes. Marina não precisa gritar para ser ouvida, e talvez seja justamente isso que a torna tão insuportável para homens que só sabem bater na mesa para serem notados.

Naquela sessão do Senado, não foi apenas uma ministra do Meio Ambiente que foi agredida: foi uma mulher. Uma cidadã. Uma mãe. Uma avó. Uma senhora que carrega no corpo as cicatrizes de uma vida difícil, e que, ainda assim, se coloca com firmeza, com serenidade e com fé onde muitos só sabem se impor com arrogância.

Os senadores que a interromperam, a insultaram e a mandaram calar são os mesmos que empobrecem o debate público todos os dias. São os rostos de uma política que não suporta o contraditório, que não aceita mulheres pensantes, que teme tudo aquilo que não pode controlar ou corromper. Esses homens, travestidos de parlamentares, tremem diante de quem não bate em nada, mas tem a floresta inteira no peito.

Marina não responde com insulto. Responde com a sua história. Com a força de quem sobreviveu a tudo e segue firme. E é justamente por isso que ela cresce diante dos ataques: porque sabe que o tempo — esse juiz silencioso e implacável — é o melhor dos julgadores. Quando um senador diz que respeita a mulher, mas não a ministra, ele está dizendo que não suporta que uma mulher tenha poder. Quando outro diz que ela atrapalha o Brasil com “essa conversa de governança, nhén-nhén-nhén”, ele apenas escancara sua própria mediocridade.

O Brasil deve mais do que um pedido formal de desculpas a Marina Silva. O Brasil deve respeito. Escuta. Proteção. O país falhou com ela muitas vezes. Subestimou-a. Ignorou sua trajetória. Criticou-a por ser discreta, por não se vender, por não ceder às chantagens do poder. Mas a história ainda vai pôr cada um no seu lugar. E o nome de Marina será lembrado com reverência, enquanto os que a insultaram se tornarão notas de rodapé — quando muito.

Marina não é só uma ministra. Marina é patrimônio moral da República. É um exemplo vivo de integridade. É a prova de que ainda é possível fazer política com dignidade. Por isso, incomoda tanto. Porque não se dobra. Porque não se vende. Porque acredita em um país justo, com floresta em pé, com crianças alimentadas, com mulheres respeitadas. E, por tudo isso, Marina é — e continuará sendo — muito maior do que os homens que tentam calá-la.

PSB NÃO QUER FEDERAÇÃO COM PT

A construção de uma federação partidária entre o PT e o PSB, que chegou a ser cogitada para as eleições gerais de 2026, enfrenta entraves relevantes e, segundo lideranças do PSB, é vista como improvável no atual cenário político. Apesar da pressão de setores do Partido dos Trabalhadores para intensificar o diálogo com siglas do campo progressista — como o próprio PSB e o PDT —, a cúpula socialista nacional resiste à ideia de submeter sua autonomia a um projeto político conjunto e vinculativo por quatro anos. Um dos maiores pontos de impasse, mais uma vez, está concentrado em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, onde integrantes do PSB defendem a consolidação da legenda como uma alternativa moderada à esquerda tradicional. A memória das tensões de 2022, quando as negociações federativas também fracassaram, segue viva dentro da estrutura partidária.

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin, hoje vice-presidente da República e filiado ao PSB, é um dos principais nomes associados ao esforço de costura entre as legendas, mas mesmo sua presença de prestígio não tem sido suficiente para dissolver os obstáculos internos. O temor de que uma aliança com o PT comprometa a identidade do partido e sujeite sua estratégia a decisões majoritárias de um grupo mais numeroso e ideologicamente mais definido pesa no cálculo dos socialistas. Parte do PSB avalia que, ao invés de se fundir politicamente ao PT, seria mais estratégico se posicionar como uma esquerda democrática e reformista, com capacidade de diálogo amplo e projeto próprio. Nesse sentido, alianças pontuais, especialmente em torno da candidatura presidencial, são vistas com mais simpatia do que uma federação permanente.

No campo do PDT, as dificuldades se revelam em outro eixo: o Ceará. A sigla, historicamente liderada por Ciro Gomes, resiste à ideia de unidade com o PT em razão de conflitos regionais e divergências estratégicas. Ciro, que não esconde o desejo de tentar novamente a Presidência da República, é crítico do lulismo e da hegemonia petista na esquerda brasileira. O PDT pretende lançar, em 2026, candidaturas que representem uma oposição explícita ao governador cearense Elmano de Freitas, do PT, e não cogita abrir mão desse espaço político em nome de uma federação. Mesmo com o enfraquecimento eleitoral de Ciro em 2022, o partido segue ancorado em sua liderança, especialmente no Nordeste, onde disputas com o PT se intensificaram nos últimos anos.

Atualmente, o PT já integra uma federação partidária com o PCdoB e o PV, mecanismo que obriga os partidos a manterem alianças e apoios unificados em todas as eleições durante um ciclo de quatro anos. A experiência tem gerado aprendizados, mas também limitações para o partido, que busca ampliar sua base aliada sem engessar demais a composição. Com PSB e PDT sinalizando resistência, o PT deve concentrar esforços em articulações eleitorais mais flexíveis e regionais, ao passo que os potenciais aliados tentam preservar seus próprios espaços e identidades programáticas. O cenário nacional caminha, assim, para uma eleição fragmentada no campo da esquerda, com acordos pontuais ganhando mais espaço do que arranjos estruturais permanentes.

PREFEITO FREDSON BRITO PARTICIPOU DE EVENTO COM O PRESIDENTE LULA

O prefeito de São José do Egito, Fredson Brito, participou nesta terça-feira (28), na cidade de Salgueiro, do lançamento do projeto Caminho das Águas, uma importante iniciativa do Governo Federal voltada para a ampliação do acesso à água no semiárido nordestino. O evento teve como destaque a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que oficializou o anúncio da duplicação da vazão do Eixo Norte da Transposição do Rio São Francisco, considerada uma das mais relevantes intervenções hídricas do país. Acompanhado da primeira-dama do município, a médica Dra. Lúcia Brito, e do chefe de gabinete da Prefeitura de São José do Egito, Flávio Menezes, o gestor municipal fez questão de destacar a dimensão estratégica da obra para o futuro da região. Para Fredson, o Caminho das Águas representa não apenas uma intervenção de engenharia, mas uma ação concreta de transformação social, especialmente para os sertanejos que convivem historicamente com a escassez hídrica. Em sua avaliação, duplicar a vazão do Eixo Norte é uma medida que irá reforçar o abastecimento não só de grandes cidades, mas também de municípios de pequeno e médio porte, como os do Sertão do Pajeú, assegurando mais regularidade no fornecimento de água para consumo humano, agricultura e pecuária. A cerimônia reuniu ministros de Estado, governadores, parlamentares, prefeitos de diversas regiões do Nordeste, além de representantes de movimentos sociais e técnicos do setor hídrico. Fredson ressaltou que, ao participar do evento, reafirma o compromisso de São José do Egito com políticas públicas voltadas para a convivência com a seca, além de manter o município alinhado com os grandes projetos estruturantes do país. A presença do presidente Lula e de diversas lideranças políticas reforçou o simbolismo do momento, que representa a retomada de investimentos federais em infraestrutura hídrica. A obra de duplicação deverá potencializar a chegada das águas do Velho Chico aos reservatórios estratégicos da região, beneficiando diretamente milhares de famílias. Fredson também pontuou que a iniciativa vem ao encontro dos esforços municipais para garantir segurança hídrica de forma sustentável, reduzindo a dependência de carros-pipa e soluções emergenciais. A expectativa é de que, com a conclusão das obras, municípios como São José do Egito possam contar com maior previsibilidade no abastecimento, o que influencia diretamente na qualidade de vida da população e nas possibilidades de desenvolvimento local. O prefeito destacou ainda que o projeto Caminho das Águas tem o mérito de reforçar o pacto federativo, unindo diferentes esferas de governo em torno de um objetivo comum: assegurar água como direito básico e vetor de cidadania no Sertão nordestino.

ÁGUAS DE PERNAMBUCO - GOVERNO DO ESTADO AMPLIOU INVESTIMENTOS E PRIORIZOU OBRAS DE ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Águas de Pernambuco: Governo do Estado ampliou investimentos e priorizou obras de adaptação às mudanças climáticas
Desde o início da atual gestão, obras de barragens deixadas inacabadas foram retomadas e projetos para a construção de novos reservatórios foram iniciados
Neste 28 de maio de 2025, três anos depois do evento climático severo em que 133 pessoas perderam a vida - a maioria delas, em deslizamentos de barreiras, a Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco faz um balanço das ações que vêm sendo empreendidas, na atual gestão, que visam tornar nossas cidades mais resilientes a invernos extremos, com grande volume de precipitações. Investimentos na construção de barragens de contenção de enchentes, melhor aparelhamento da Apac – Agência Pernambucana de Águas e Clima e o desenvolvimento de uma de rede de articulação entre as forças do Estado, que integra a Defesa Civil, secretarias estaduais, municípios e órgãos nacionais de prevenção de desastres naturais estão entre as iniciativas em curso hoje, em Pernambuco.   

“No que diz respeito a obras, nós retomamos as obras das barragens de contenção de enchentes da Mata Sul, que ficaram paralisadas por cerca de uma década. Estamos já com a terceira obra sendo iniciada e com a primeira delas pronta para ser entregue em breve. E vamos seguir trabalhando, tanto para concluir as barragens que pegamos incompletas, quanto para iniciar um novo plano de construção de outros reservatórios. Estão em fase de elaboração de projetos um conjunto de cinco novas barragens, localizadas nas regiões da Mata Norte, Agreste Meridional e RMR”, informou o secretário de recursos hídricos e saneamento do estado, Almir Cirilo. 

Ainda de acordo com o gestor, avanços importantes, ao longo dos anos, melhoraram o processo de previsão meteorológica e de preparação da população e das cidades para os eventos climáticos, visando evitar os danos e principalmente a perda de vidas. “Ao longo desses anos, a Apac se aparelhou. Hoje, nós temos uma rede, espalhada ao longo dos rios, das barragens, nas cidades, medindo volume de chuvas, o nível dos rios e das barragens. Então, nós conseguimos já monitorar o evento à medida em que ele acontece. Vimos isso recentemente, nas chuvas das últimas semanas, que, com bastante antecedência, foi possível emitir os alertas, criar salas de monitoramento e planejar as ações de mitigação dos possíveis impactos”, avaliou Cirilo. 

Retomada de Obras de Barragens – As obras de finalização das barragens que estavam paralisadas e estão sendo retomadas demandam investimentos da ordem de R$ 600 milhões - montante já alocado pela atual gestão estadual e que vem sendo empregado na finalização das barragens Panelas II, em Cupira; Gatos, em Lagoa dos Gatos; Igarapeba, em São Benedito do Sul; Barra de Guabiraba, em Barra de Guabiraba e Engenho Pereira, em Moreno. Aconclusão destas barragens deverá beneficiar aproximadamente 1 milhão habitantes nos municípios de Água Preta, Barra de Guabiraba, Barreiros, Catende, Cortês, Cupira, Gameleira, Jaboatão dos Guararapes, Jaqueira, Lagoa dos Gatos, Maraial, Moreno, Palmares, Panelas, São Benedito do Sul e Sirinhaém.

A barragem Panelas II está em fase final de construção, com entrega prevista para o próximo mês de julho. A barragem Gatos está com obras em execução e estará concluída em 2026. As barragens Igarapeba e Engenho Pereira estão com ordem de serviço prevista para o segundo semestre de 2025. Quanto à Barragem Barra de Guabiraba, a mesma tem previsão de retomada de obras em 2026. Atualmente, está na fase de atualização de projetos. 

Construção de Novas Barragens – Além destas barragens inacabadas a serem retomadas e entregues, há ainda as barragens de Correntes, Canhotinho e Ipanema II, que são novos empreendimentos, localizados nas bacias hidrográficas dos rios Mundaú e Ipanema. As novas barragens já foram contempladas com R$ 40 milhões, junto ao Ministério das Cidades, por meio do Novo PAC Seleções. Estes recursos foram destinados à elaboração de estudos e projetos, estimando-se que outros R$ 800 milhões serão necessários para obras, desapropriações e ações ambientais. Cerca de 521 mil habitantes serão beneficiados, sendo 143 mil nos municípios de Águas Belas, Angelim, Canhotinho, Correntes, Iati e Itaíba.

“Este conjunto de ações fazem parte do Programa Águas de Pernambuco, que reúne uma cartela de R$ 6,1 bilhões em investimentos que visam não só a ampliação do abastecimento no meio rural e urbano e dos serviços de tratamento de esgoto. Mas, o programa representa o maior investimento já realizado em ações que buscam garantir a segurança hídrica da população e o desenvolvimento das nossas cidades de forma sustentável”, finalizou Almir Cirilo.