Na tarde de ontem, domingo (13), um incêndio de grandes proporções atingiu cinco boxes do Calçadão dos Mascates, popularmente conhecido como Camelódromo, localizado no bairro de Santo Antônio, em pleno Centro do Recife. O fogo se alastrou rapidamente pelo módulo que abriga lojas de manutenção e venda de celulares, destruindo completamente as estruturas e consumindo todos os equipamentos, mercadorias e até os aparelhos de clientes que aguardavam conserto.
No início da manhã desta segunda-feira (14), agentes da Prefeitura do Recife já cercavam a área afetada, como forma de isolar o local e iniciar os levantamentos técnicos. Sem previsão ainda sobre o que teria causado o incêndio, o cenário no começo do dia era de desolação e choque entre os permissionários. A maioria preferiu o silêncio, visivelmente abalada com a perda total do sustento. Entre os poucos que aceitaram falar, o jovem Ivanildo Moreira dos Santos Júnior, de 29 anos, proprietário da JrCell, resumiu o sentimento comum entre os trabalhadores: frustração. “Trabalhei tanto para tudo terminar desse jeito”, lamentou. Ivanildo relata que estava em casa, na comunidade da Roda de Fogo, na Zona Oeste do Recife, quando recebeu a ligação com a notícia. Ao chegar ao Camelódromo, viu o fogo já consumindo os últimos restos da estrutura que sustentava há três anos com o próprio esforço. Segundo ele, nem mesmo as bancadas de trabalho e as cadeiras escaparam das chamas. “Muita coisa estava no chão, tudo queimado. Foi muito difícil. A gente vivia disso aqui. São cinco amigos que trabalhavam lado a lado, todos os dias, ajudando uns aos outros. Nossa rotina era acordar e vir lutar aqui no centro”, contou, com os olhos marejados. Ainda sem estimativa oficial do prejuízo, os permissionários calculam que o impacto financeiro é total: nenhuma peça, ferramenta, acessório ou eletrônico sobreviveu ao incêndio. Ivanildo ainda destacou que vários celulares de clientes, deixados para conserto, foram carbonizados, o que além de aumentar o dano material, pode gerar desdobramentos jurídicos e ainda mais pressão emocional sobre os pequenos empresários. A operação de combate ao fogo mobilizou quatro viaturas do Corpo de Bombeiros, que atuaram na contenção das chamas e no rescaldo até a noite do domingo. Nesta segunda, o local amanheceu com forte cheiro de fumaça e a estrutura visivelmente comprometida. As autoridades municipais, por meio do Conviva Mercados e Feiras — órgão responsável pela gestão dos mercados populares da capital —, informaram que os comerciantes atingidos serão transferidos para o módulo 6, parte da última etapa da requalificação do Camelódromo. A nota do Conviva destacou que o setor atingido pelo incêndio ainda não havia passado pelas reformas estruturais previstas, especialmente na coberta e na rede elétrica, o que pode ser determinante para as investigações que irão apontar a origem do incidente. Apesar do anúncio da realocação, a Prefeitura do Recife ainda não informou prazos concretos para a entrega do novo espaço aos comerciantes, limitando-se a dizer que todas as medidas estão em andamento para viabilizar a retomada das atividades dos permissionários. Enquanto isso, os comerciantes vivem dias de incerteza, diante da perda súbita de seu único meio de sobrevivência. A tragédia não afetou apenas o patrimônio material, mas também o cotidiano de dezenas de pessoas que dependiam diretamente da renda gerada pelos boxes atingidos.segunda-feira, 14 de julho de 2025
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GOVERNO DE PERNAMBUCO INVESTE R$ 118 MILHÕES PARA AMPLIAR O PROGRAMA LEITE PARA TODOS E COMBATER A FOME NO ESTADO
Com a reformulação do programa, a meta é alcançar todos os 184 municípios pernambucanos, promovendo uma distribuição equitativa do leite produzido no estado. A nova fase do Leite para Todos traz uma mudança significativa no volume de distribuição diária, que saltará de 12 mil para 60 mil litros por dia, aumentando em cinco vezes a capacidade do programa de chegar às casas dos que mais precisam. Além de combater a insegurança alimentar, a iniciativa fortalece economicamente o campo e cria um elo direto entre governo, produtor e consumidor social.
A dinâmica de funcionamento do programa prevê que o governo estadual compre diretamente o leite dos pequenos produtores rurais, garantindo renda para milhares de famílias no interior e zonas rurais do estado. O produto, devidamente inspecionado e processado, será destinado à população em situação de insegurança alimentar por meio de uma logística que envolve centros de distribuição e redes de assistência social já estruturadas nos municípios. A proposta tem impacto direto na saúde nutricional de crianças, idosos e pessoas com deficiência, que são o público prioritário da política pública.Com foco em um modelo de agricultura sustentável e inclusão social, a ampliação do programa representa também um estímulo ao cooperativismo, já que muitas associações e cooperativas de leite devem se habilitar ao edital. O chamamento público será coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário e promete movimentar significativamente a cadeia leiteira de Pernambuco, com reflexos econômicos e sociais em todas as regiões do estado. A decisão de ampliar o programa surge em um momento em que o custo de vida pressiona os orçamentos das famílias mais pobres, e o alimento básico se torna ainda mais essencial.
A nova etapa do Leite para Todos busca resgatar a tradição produtiva de várias regiões de Pernambuco, como o Agreste Meridional, o Sertão do Pajeú e o Sertão do Araripe, tradicionalmente conhecidos por sua vocação agropecuária. Com esse movimento, o Governo de Pernambuco reafirma o compromisso com políticas de inclusão produtiva e de proteção social, apostando no fortalecimento de cadeias locais como estratégia para combater a fome com dignidade e fomentar o desenvolvimento econômico de forma regionalizada.