segunda-feira, 14 de julho de 2025
JUNTOS PELA SEGURANÇA: EM AÇÃO INÉDITA, GOVERNO DE PERNAMBUCO E ONU FIRMAM COMPROMISSO COM MUNICÍPIOS PARA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA
CIMBRES AFUNDA NO ABANDONO ENQUANTO PREFEITO VENDE TURISMO DE FÉ QUE NÃO EXISTE
As imagens que circulam nas redes sociais e foram enviadas por próprios aliados do prefeito, cacique Marcos, expõem a dura realidade. Pessoas que se declaram eleitoras fiéis do gestor aparecem utilizando enxadas, baldes e barro para tentar amenizar os efeitos da buraqueira. Os relatos apontam que veículos pequenos mal conseguem trafegar, e idosos têm dificuldade até para caminhar em segurança. Mesmo assim, o cacique Marcos, chefe do Executivo local, se encontra em agendas políticas e de feiras turisticas distantes — São Paulo, Brasília, Recife e outros destinos — onde se apresenta como líder de uma gestão modelo e vendedora de um turismo religioso que só existe no discurso oficial.
Em contraste com esse marketing institucional, Cimbres agoniza. A vila, que deveria ser referência de turismo de fé e religiosidade, transformou-se em ruínas. O acesso à vila está comprometido, a infraestrutura básica inexistente, e os moradores vivem mergulhados em condições de miséria. O sentimento de revolta é visível nos vídeos e nos áudios enviados por moradores: muitos deles dizem que já não acreditam mais em promessas e que só são lembrados no período eleitoral, quando seus votos voltam a ser disputados com migalhas e favores temporários. A realidade nua e crua se impõe aos visitantes: Cimbres, hoje, mais parece cenário de um faroeste abandonado do que um centro de peregrinação.
Mais grave ainda é o desperdício do potencial humano local. Artesãos, bordadeiras, agricultores e jovens com vocação artística e cultural vivem à margem, sem apoio, sem capacitação e sem estrutura para escoar sua produção. A cultura, o talento e a fé, que deveriam ser alicerces para o desenvolvimento da vila, estão sendo sufocados pela omissão do poder público. A romaria de Nossa Senhora de Cimbres, que atrai devotos de várias regiões, é mantida com sacrifício pelos próprios fiéis, sem nenhum investimento sistemático do município.
Cimbres já teve dias melhores. Já foi símbolo de esperança, lugar de encontros místicos e religiosos, ponto de acolhimento espiritual. Hoje, tornou-se símbolo da falência de um projeto de cidade que prometeu colocar Pesqueira no mapa do turismo nacional, mas que só se sustenta à base de discursos. O que se vê, ano após ano, é o distanciamento crescente entre a propaganda e a realidade, entre o que se vende fora e o que se abandona dentro. E no meio de tudo isso, está o povo de Cimbres, tentando sobreviver, rezando por dias melhores, e tapando buracos — literalmente — para que a fé não seja atropelada pelo descaso. É isso!
PACTO ENTRE FACÇÕES CRIA “CONSÓRCIO DO CRIME” QUE MOVIMENTA R$ 250 MILHÕES
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BOLSONARO DIZ QUE "SISTEMA" QUER DESTRUÍ-LO E ALERTA: "AMANHÃ SERÁ COM VOCÊ"
No texto publicado nesta segunda-feira (14), em sua conta na rede X (antigo Twitter), o ex-presidente afirmou que não se trata apenas de afastá-lo da cena política, mas de uma suposta tentativa de “destruí-lo por completo”. “Eliminar fisicamente, como já tentaram”, escreveu Bolsonaro, insinuando que já teria sido alvo de planos para assassiná-lo. Em tom apocalíptico, o ex-mandatário alertou que, após ele, os alvos serão os cidadãos comuns, suas famílias, sua fé e sua liberdade. O ex-presidente não cita diretamente nomes de ministros do STF, nem o procurador-geral da República, Paulo Gonet, nem o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, mas aponta para uma suposta articulação entre setores do Judiciário, da imprensa e da elite política brasileira.
As declarações surgem em um contexto no qual a defesa de Bolsonaro busca transformar sua situação jurídica em uma narrativa de vitimização, com forte apelo emocional, calcada na ideia de que ele representa o “povo de bem” contra instituições que estariam agindo politicamente. Essa estratégia inclui o uso constante das redes sociais e de eventos públicos para mobilizar apoiadores e pressionar autoridades. Segundo as investigações, a chamada “trama golpista” teve início logo após a derrota de Bolsonaro nas urnas, quando ele e seus aliados passaram a divulgar acusações infundadas de fraude no sistema eleitoral, estimular atos antidemocráticos e planejar formas de manter o ex-presidente no poder.
Além do discurso interno, há também um componente internacional na tentativa de blindagem de Bolsonaro. Desde que Donald Trump retomou o protagonismo político nos Estados Unidos, aliados do ex-presidente brasileiro têm buscado apoio na direita norte-americana. Recentemente, a nova medida tarifária imposta pelo governo Trump contra produtos brasileiros — com aumento de 50% nas taxas de importação — vem sendo interpretada como uma retaliação velada às ações da Justiça brasileira contra Bolsonaro. A movimentação busca sugerir uma ingerência externa na defesa do ex-presidente, convertendo a disputa judicial em uma espécie de conflito ideológico global.
No mesmo texto publicado nesta segunda-feira, Bolsonaro acusa seus adversários de tentar calar opositores “com censura, ameaças, inquéritos, prisão ou até com a morte”. A publicação, que foi amplamente compartilhada por seus apoiadores, reforça a retórica de que há uma perseguição generalizada contra aqueles que se opõem ao atual governo e ao sistema de Justiça. A defesa pública do ex-presidente tem apostado em uma escalada do discurso alarmista para reacender a mobilização de sua base, especialmente no momento em que se aproxima o julgamento do caso no STF, que pode levá-lo à prisão.
Embora Bolsonaro tenha sido tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele ainda mantém forte influência sobre o eleitorado conservador e sobre lideranças do Partido Liberal, que planejam utilizar sua imagem nas campanhas municipais deste ano. O ex-presidente busca manter seu capital político ativo mesmo diante das restrições legais, recorrendo a frases de efeito, teorias conspiratórias e comparações históricas para reforçar sua posição como suposta vítima de um sistema corrupto. O desfecho do processo que o acusa de liderar uma tentativa de golpe deve marcar um novo capítulo na polarização política do país e pode redesenhar os rumos da direita brasileira nas eleições de 2026.
FERNANDO MONTEIRO E MÁRCIA CONRADO ASSEGURAM PATROCÍNIO FEDERAL PARA A HISTÓRICA EXPOSERRA 2025 EM SERRA TALHADA
PROFESSOR JADSON CAETANO LANÇA PRÉ-CANDIDATURA A DEPUTADO FEDERAL EM ALIANÇA COM FRANCE HACKER PARA FORTALECER A MATA SUL DE PERNAMBUCO
Na esfera política, Jadson foi um dos primeiros nomes da Mata Sul a declarar apoio à candidatura de Raquel Lyra ao Governo do Estado, ainda no início da corrida eleitoral. Desde então, tem colaborado na articulação de obras estruturantes, como a reconstrução das rodovias PE-045, PE-051 e o trecho da PE-009 em Ipojuca, além de lutar pela recuperação da PE-033, importante via de acesso ao campus da UFRPE no Cabo de Santo Agostinho. No campo da educação, articulou a construção de três quadras poliesportivas em escolas estaduais de Escada, e também apresentou propostas voltadas à melhoria do abastecimento de água em diversos municípios da região. Sua atuação nas eleições municipais de 2024 também chamou atenção: mesmo sem mandato e enfrentando estruturas tradicionais, conquistou quase 20 mil votos para a Prefeitura de Escada, denunciando práticas de compra de votos e promovendo uma campanha baseada em propostas.
Agora, sua pré-candidatura ao Congresso Nacional vem acompanhada de uma aliança estratégica com o deputado estadual France Hacker, um dos parlamentares mais atuantes da Assembleia Legislativa. A dobradinha entre Jadson e France representa a união entre a renovação política e a força da articulação institucional, com foco em levar mais investimentos, infraestrutura e oportunidades à Mata Sul e outras regiões do estado. France, que tem forte presença política no Litoral Sul e histórico de apoio a demandas municipais, como saneamento, educação e mobilidade, considera Jadson um parceiro essencial para impulsionar essas pautas também em nível federal. Ambos têm o respaldo político da governadora Raquel Lyra e integram uma frente que busca fortalecer o interior pernambucano a partir da escuta popular, do incentivo à educação técnica e do investimento em obras estruturantes. A pré-candidatura de Jadson, assim, reflete não apenas um projeto pessoal, mas uma construção coletiva que vem sendo consolidada nos últimos anos, ancorada em uma liderança popular que ganhou visibilidade pelo trabalho contínuo, transparência e proximidade com os moradores da região.
PREFEITO DE LAJEDO TRAI ALIADOS E IMPÕE VOTO A SERVIDORES: DE DANÇARINO A CARRASCO POLÍTICO
Apesar de ter sido contemplado com uma emenda parlamentar de R$ 1 milhão pela deputada estadual Débora Almeida (PSDB), Erivaldo decidiu retirar seu apoio à tucana para declarar fidelidade ao também deputado estadual Álvaro Porto (PSDB). A mudança causou surpresa não apenas pelo gesto em si, mas principalmente pelo histórico de proximidade com Débora, que, junto com o grupo da vice-prefeita Socorro Duarte, vinha mantendo uma articulação política coesa dentro da gestão municipal. A vice, aliás, segue alinhada à deputada, o que cria um novo foco de tensão dentro da própria Prefeitura.
No plano federal, o movimento foi ainda mais drástico. O prefeito optou por apoiar Felipe Carreras (PSB), abandonando o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos), responsável por garantir vultuosas emendas que somam R$ 10 milhões para Lajedo. Os recursos destinados por Silvio representam um volume raro para cidades de médio porte no Agreste e, ao que tudo indica, não foram suficientes para manter o apoio de Chagas.
Em uma entrevista recente concedida a uma emissora de rádio local, Erivaldo deu declarações que aprofundam ainda mais a sensação de autoritarismo e instabilidade. Afirmou, sem rodeios, que todos os servidores da Prefeitura devem votar nos candidatos que ele indicar. Quem não seguir essa ordem velada, segundo o próprio prefeito, "que procure outro trabalho". O recado, claro, causou desconforto entre os quadros do funcionalismo público, principalmente entre aqueles que possuem alinhamento político diferente do chefe do Executivo.
A atual postura de Erivaldo Chagas, no entanto, não é inédita. Ele chegou ao cargo de prefeito como vice de Adelmo Duarte, um político respeitado, mas que enfrentava sérios problemas de saúde — sendo transplantado e falecendo apenas cinco meses após assumir o mandato. Com a cadeira principal liberada, Erivaldo teve um mandato inteiro para firmar alianças, mas optou por um caminho de ruptura com o grupo que o projetou politicamente: o do ex-prefeito Rossine Blesmany, que governou Lajedo por oito anos e foi o principal responsável pela sua entrada na vida pública.
Desde então, as atitudes do prefeito passaram a ser vistas como uma sequência de desconstruções de antigas lealdades. Rossine, que já foi mentor político de Erivaldo, se tornou adversário. Silvinho, que também esteve ao lado do atual prefeito em momentos decisivos, foi descartado. Débora Almeida, mesmo com emendas empenhadas e presença ativa na cidade, agora é ignorada. A cada movimento, Erivaldo reescreve alianças com traços de conveniência política, deixando um rastro de ressentimentos e desconfiança.
Nos bastidores da política local, o que se questiona não é mais “se” haverá uma nova traição, mas “quando” e “quem será o próximo”. A cada passo, o prefeito constrói uma reputação marcada por rompimentos e discursos agressivos que contrastam com a imagem mansa que projeta em eventos públicos — com dancinhas e sorrisos que, para muitos, não passam de um verniz populista para esconder o comportamento calculista de um líder que muda de lado conforme a conveniência.
Em Lajedo, a confiança na palavra do prefeito parece ser, hoje, um ativo em constante desvalorização. O desafio, para os aliados que ainda restam, é entender se estão diante de um lobo em pele de cordeiro ou de um crocodilo sorridente à espera de sua próxima presa política.