segunda-feira, 14 de julho de 2025

JUNTOS PELA SEGURANÇA: EM AÇÃO INÉDITA, GOVERNO DE PERNAMBUCO E ONU FIRMAM COMPROMISSO COM MUNICÍPIOS PARA PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

A governadora Raquel Lyra assinou, ao lado da vice-governadora Priscila Krause, gestores municipais e representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), a Carta Compromisso “Construindo Planos de Prevenção”, que formalizou a união entre o Governo de Pernambuco e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para o fortalecimento das ações de combate à violência em 10 municípios do Estado. A assinatura ocorreu na noite desta segunda-feira (14), durante a reunião semanal de monitoramento do programa Juntos pela Segurança, na Secretaria de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional (Seplag), no Recife.

“Estamos redesenhando de verdade políticas públicas que chegam na ponta e que fazem diferença para quem vive nas cidades. Construir junto com os municípios um trabalho de prevenção à violência é o que nos permite dar um passo à frente para mantermos, de maneira sustentada, a redução da criminalidade no nosso Estado. Estamos fazendo tudo aquilo que está ao nosso alcance para garantir o combate à criminalidade de maneira inteligente e eficiente”, afirmou a governadora Raquel Lyra. 

Coordenado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), por meio do programa Juntos pela Segurança, o projeto terá como ponto de partida 10 municípios pernambucanos, número que será ampliado para 42 cidades até o fim de 2025, com base em indicadores sociais e níveis de vulnerabilidade. Serão contempladas nesta etapa do projeto as cidades de Aliança, Vicência, Igarassu, Olinda, Moreno, Ipojuca, Palmares, Caruaru, Bezerros e São José da Coroa Grande.

"Neste primeiro momento, estamos trabalhando com o escritório da ONU, oferecendo essa assistência técnica aos municípios com foco em planejamento. Os planos surgem com essa perspectiva, alinhando o que o poder público estadual e os municípios têm a oferecer em prol da população, ouvindo também a sociedade civil", ressaltou Joanna Figueirêdo, secretária estadual de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência.

A secretária executiva de Articulação e Prevenção Social ao Crime e à Violência, Camilla Iumatti, que conduz a articulação com os municípios, destacou o ineditismo da ação. “Para que possamos, de fato, reduzir a criminalidade no Estado, é fundamental investir em ações de prevenção, descentralizando essas iniciativas e as levando também para o interior, tornando os municípios protagonistas e principais atores desse processo, pois cada território tem sua própria realidade”, explicou. 

A partir da formalização da parceria, o UNODC será responsável por fornecer assessoria técnica especializada, realizar oficinas nos municípios, levantar dados e apoiar diretamente a construção dos planos municipais de prevenção. “Pela primeira vez, estamos construindo uma coalizão para desenvolver uma agenda municipal de prevenção ao crime e à violência. Esperamos que os resultados sejam duradouros, com soluções de curto, médio e longo prazo, e com uma lógica de corresponsabilização”, destacou Rafael Sales, analista de Monitoramento e Avaliação do UNODC.

Presente na cerimônia, a prefeita de Igarassu, Professora Elcione, reforçou a importância da iniciativa. "Esse plano cai como uma luva neste momento, porque nós já trabalhamos nas escolas a questão da prevenção, mas é preciso muito mais mãos e ações para vencer esse desafio”, disse. 

Também assinaram o documento a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino; os vice-prefeitos Chiquinho (Olinda), Dayse Silva (Caruaru) e Neto (Palmares); o diretor de Segurança Pública e Mobilidade de Aliança, Everaldo Silva; o secretário de Administração e Defesa Social de Moreno, José Erigerson Negromonte de Barros; e o secretário de Defesa Social de Ipojuca, Wambergson Vieira Melo. 
NOVAS UNIDADES DO CORPO DE BOMBEIROS - Outro tema abordado na reunião de monitoramento do Juntos pela Segurança desta segunda foi o lançamento, no último sábado (12), de editais de licitação para a construção de duas novas unidades do Corpo de Bombeiros Militar no Estado. Os equipamentos serão implantados em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, e em Bezerros, no Agreste, com investimentos que somam mais de R$ 15 milhões.

Lucielle Laurentino destacou a importância da chegada do equipamento para a segurança de Bezerros e região. “Estamos imensamente gratos ao Governo do Estado pela parceria, sobretudo, na força-tarefa voltada ao Juntos pela Segurança. A nova sede do Corpo de Bombeiros será mais estruturada, para garantir uma atuação ainda mais ampla da corporação”, pontuou. 

O encontro também contou com a presença dos secretários Alessandro Carvalho (Defesa Social) Paulo Paes (Administração Penitenciária e Ressocialização), Juliana Gouveia (Mulher), Fabrício Marques (Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional), João Salles (Assessoria Especial à Governadora e Relações Internacionais), além do procurador-geral de Justiça do MPPE, José Paulo Xavier; do desembargador do TJPE, Mauro Alencar; do chefe da Polícia Civil, Renato Leite; do secretário-executivo de Defesa Civil, Clóvis Ramalho; e do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Francisco Cantarelli.

Fotos: Hesíodo Góes/Secom

CIMBRES AFUNDA NO ABANDONO ENQUANTO PREFEITO VENDE TURISMO DE FÉ QUE NÃO EXISTE

A Vila de Cimbres, em Pesqueira, agreste pernambucano, conhecida nacionalmente por ser palco da suposta aparição de Nossa Senhora em 1936, atravessa um dos períodos mais sombrios de sua história recente. O local, reverenciado por fiéis e apontado por religiosos como um território sagrado, vive hoje o completo abandono por parte do poder público. No dia dedicado à padroeira, Nossa Senhora de Cimbres — a data mais importante para a comunidade local — o que se viu não foi celebração, mas o retrato cru de um povo esquecido: ruas esburacadas, poeira, lama e moradores tentando, com as próprias mãos, tapar os buracos da principal via de acesso para evitar acidentes.

As imagens que circulam nas redes sociais e foram enviadas por próprios aliados do prefeito, cacique Marcos, expõem a dura realidade. Pessoas que se declaram eleitoras fiéis do gestor aparecem utilizando enxadas, baldes e barro para tentar amenizar os efeitos da buraqueira. Os relatos apontam que veículos pequenos mal conseguem trafegar, e idosos têm dificuldade até para caminhar em segurança. Mesmo assim, o cacique Marcos, chefe do Executivo local, se encontra em agendas políticas e de feiras turisticas distantes — São Paulo, Brasília, Recife e outros destinos — onde se apresenta como líder de uma gestão modelo e vendedora de um turismo religioso que só existe no discurso oficial.

Em contraste com esse marketing institucional, Cimbres agoniza. A vila, que deveria ser referência de turismo de fé e religiosidade, transformou-se em ruínas. O acesso à vila está comprometido, a infraestrutura básica inexistente, e os moradores vivem mergulhados em condições de miséria. O sentimento de revolta é visível nos vídeos e nos áudios enviados por moradores: muitos deles dizem que já não acreditam mais em promessas e que só são lembrados no período eleitoral, quando seus votos voltam a ser disputados com migalhas e favores temporários. A realidade nua e crua se impõe aos visitantes: Cimbres, hoje, mais parece cenário de um faroeste abandonado do que um centro de peregrinação.

Mais grave ainda é o desperdício do potencial humano local. Artesãos, bordadeiras, agricultores e jovens com vocação artística e cultural vivem à margem, sem apoio, sem capacitação e sem estrutura para escoar sua produção. A cultura, o talento e a fé, que deveriam ser alicerces para o desenvolvimento da vila, estão sendo sufocados pela omissão do poder público. A romaria de Nossa Senhora de Cimbres, que atrai devotos de várias regiões, é mantida com sacrifício pelos próprios fiéis, sem nenhum investimento sistemático do município.

Cimbres já teve dias melhores. Já foi símbolo de esperança, lugar de encontros místicos e religiosos, ponto de acolhimento espiritual. Hoje, tornou-se símbolo da falência de um projeto de cidade que prometeu colocar Pesqueira no mapa do turismo nacional, mas que só se sustenta à base de discursos. O que se vê, ano após ano, é o distanciamento crescente entre a propaganda e a realidade, entre o que se vende fora e o que se abandona dentro. E no meio de tudo isso, está o povo de Cimbres, tentando sobreviver, rezando por dias melhores, e tapando buracos — literalmente — para que a fé não seja atropelada pelo descaso. É isso!

PACTO ENTRE FACÇÕES CRIA “CONSÓRCIO DO CRIME” QUE MOVIMENTA R$ 250 MILHÕES

A facção carioca Comando Vermelho (CV) e a paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) são rivais há mais de uma década, no entanto, diligências das forças de segurança têm revelado movimentações de aliança entre elas, com mais frequência na Bahia.

As facções têm todo um processo de divisão do que realizam para adquirir ganhos e fomentar a economia do crime. Com base nisso, ou elas dividem territórios ou atuam sob consenso. Isso inclui internet, distribuição de gás, água e cargas”, analisou o especialista em segurança pública Leonardo Sant’Anna à coluna de Mirelle Pinheiro do portal Metrópoles. 
No início deste mês, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) deflagrou a Operação Bella Ciao para desarticular um consórcio criminoso responsável pelo tráfico interestadual de drogas e armas que abasteciam o Complexo do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense, e movimentou mais de R$ 250 milhões em atividades ilícitas nos últimos anos. Dois alvos foram presos na operação: um em Taubaté, no interior de São Paulo, e outro no Rio de Janeiro.

Trégua Histórica

No mês de fevereiro deste ano, uma articulação levou a uma trégua histórica entre o PCC e o CV.  As facções criminosas se uniram para tentar pressionar o governo a flexibilizar as regras do Sistema Penitenciário Federal (SPF), onde seus principais líderes estão encarcerados com rígidas restrições. No entanto, a trégua durou apenas dois meses.

A segurança pública tem sido ameaçada principalmente porque não se encontra uma solução menos burocrática para investimentos. Falta celeridade para que o Estado consiga alcançar a velocidade das facções criminosas; elas não têm burocracia, não têm que pedir permissão e fazer licitação para compra de armamento, não têm que pedir autorização para entrada e saída do que elas comercializam dentro dos territórios”, concluiu o especialista.

MEMBRO DE FACÇÃO COLIDE VEÍCULO DURANTE FUGA DA POLÍCIA E ACABA FLAGRADO COM ARSENAL DE ARMAS

Um homem, de 31 anos, foi preso na noite deste domingo (13) após ser flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando um arsenal de armas. Dentre os materias apreendidos estão quatro pistolas, um revólver, 16 carregadores de munição e 2.405 munições.

O suspeito, que chegou a trocar tiros com as guarnições, foi detido no município de Alhandra, litoral sul da Paraíba. "Ao ser dada a ordem de parada, o condutor desobedeceu e iniciou uma fuga em alta velocidade, realizando manobra proibida e dirigindo na contramão, forçando outros veículos a desviarem para o acostamento. Em determinado momento, o indivíduo perdeu o controle do veículo e colidiu no acostamento. Ao descer do veículo, efetuou dois disparos contra a equipe da PRF", disse a instituição.

Ainda de acordo com a PRF, ele chegou a fugir por uma área de mata, mas foi alcançado após buscas. "Ao ser questionado sobre o que transportava, o homem, que afirmou ser aliado de facção criminosa do Rio Grande do Norte-RN, revelou estar realizando o transporte de diversas armas de fogo e munições da capital do Rio Grande do Norte, Natal, para Caaporã, litoral sul paraibano", completou a PRF.

Durante a busca veicular, os policiais encontraram 1.762 munições de calibre 9mm, 473 de calibre .40, 70 de calibre .357, 50 de calibre .38 e 50 de calibre .45, além de 4 pistolas 9mm, 1 revólver calibre .357, 1 coronha de fuzil, 12 carregadores de 9mm, 4 carregadores de fuzil .556, 2 placas balísticas de proteção, 1 capa tática e 1 bandoleira

BOLSONARO DIZ QUE "SISTEMA" QUER DESTRUÍ-LO E ALERTA: "AMANHÃ SERÁ COM VOCÊ"

Na mesma data em que se encerra o prazo da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apresentar suas alegações finais no processo que o acusa de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma nova mensagem nas redes sociais atacando o que chamou de “sistema” e sugerindo que é alvo de uma perseguição que, segundo ele, poderá atingir futuramente os cidadãos comuns. Réu no Supremo Tribunal Federal (STF) ao lado de outros 30 acusados, Bolsonaro enfrenta uma das fases mais delicadas de sua trajetória política, sendo apontado como o principal articulador de uma trama para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022.

No texto publicado nesta segunda-feira (14), em sua conta na rede X (antigo Twitter), o ex-presidente afirmou que não se trata apenas de afastá-lo da cena política, mas de uma suposta tentativa de “destruí-lo por completo”. “Eliminar fisicamente, como já tentaram”, escreveu Bolsonaro, insinuando que já teria sido alvo de planos para assassiná-lo. Em tom apocalíptico, o ex-mandatário alertou que, após ele, os alvos serão os cidadãos comuns, suas famílias, sua fé e sua liberdade. O ex-presidente não cita diretamente nomes de ministros do STF, nem o procurador-geral da República, Paulo Gonet, nem o relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, mas aponta para uma suposta articulação entre setores do Judiciário, da imprensa e da elite política brasileira.

As declarações surgem em um contexto no qual a defesa de Bolsonaro busca transformar sua situação jurídica em uma narrativa de vitimização, com forte apelo emocional, calcada na ideia de que ele representa o “povo de bem” contra instituições que estariam agindo politicamente. Essa estratégia inclui o uso constante das redes sociais e de eventos públicos para mobilizar apoiadores e pressionar autoridades. Segundo as investigações, a chamada “trama golpista” teve início logo após a derrota de Bolsonaro nas urnas, quando ele e seus aliados passaram a divulgar acusações infundadas de fraude no sistema eleitoral, estimular atos antidemocráticos e planejar formas de manter o ex-presidente no poder.

Além do discurso interno, há também um componente internacional na tentativa de blindagem de Bolsonaro. Desde que Donald Trump retomou o protagonismo político nos Estados Unidos, aliados do ex-presidente brasileiro têm buscado apoio na direita norte-americana. Recentemente, a nova medida tarifária imposta pelo governo Trump contra produtos brasileiros — com aumento de 50% nas taxas de importação — vem sendo interpretada como uma retaliação velada às ações da Justiça brasileira contra Bolsonaro. A movimentação busca sugerir uma ingerência externa na defesa do ex-presidente, convertendo a disputa judicial em uma espécie de conflito ideológico global.

No mesmo texto publicado nesta segunda-feira, Bolsonaro acusa seus adversários de tentar calar opositores “com censura, ameaças, inquéritos, prisão ou até com a morte”. A publicação, que foi amplamente compartilhada por seus apoiadores, reforça a retórica de que há uma perseguição generalizada contra aqueles que se opõem ao atual governo e ao sistema de Justiça. A defesa pública do ex-presidente tem apostado em uma escalada do discurso alarmista para reacender a mobilização de sua base, especialmente no momento em que se aproxima o julgamento do caso no STF, que pode levá-lo à prisão.

Embora Bolsonaro tenha sido tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele ainda mantém forte influência sobre o eleitorado conservador e sobre lideranças do Partido Liberal, que planejam utilizar sua imagem nas campanhas municipais deste ano. O ex-presidente busca manter seu capital político ativo mesmo diante das restrições legais, recorrendo a frases de efeito, teorias conspiratórias e comparações históricas para reforçar sua posição como suposta vítima de um sistema corrupto. O desfecho do processo que o acusa de liderar uma tentativa de golpe deve marcar um novo capítulo na polarização política do país e pode redesenhar os rumos da direita brasileira nas eleições de 2026.

FERNANDO MONTEIRO E MÁRCIA CONRADO ASSEGURAM PATROCÍNIO FEDERAL PARA A HISTÓRICA EXPOSERRA 2025 EM SERRA TALHADA

A cidade de Serra Talhada se prepara para vivenciar um dos momentos mais marcantes de sua história econômica com a chegada da 25ª edição da ExpoSerra – Feira da Indústria, Comércio e Serviços. O evento, que acontece entre os dias 17 e 19 de julho no Sesc da cidade, ganhou um reforço de peso em sua estrutura e projeção graças à articulação direta do deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos) e da prefeita Márcia Conrado (PT), que asseguraram patrocínio federal para a realização da feira. Através de um trabalho conjunto, os dois líderes garantiram o apoio financeiro da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste, instituições que terão papel central na consolidação desta edição histórica. Com o tema “Um novo tempo, novas oportunidades”, a ExpoSerra 2025 carrega consigo não apenas o simbolismo de um quarto de século de trajetória, mas também a responsabilidade de projetar o Sertão pernambucano em um novo patamar de visibilidade e geração de negócios. O evento reunirá empresários, investidores, representantes do setor produtivo e instituições públicas, funcionando como plataforma de integração econômica regional e como vitrine de inovação. A feira será instalada mais uma vez no Armazém Social do Sesc, espaço reconhecido por oferecer infraestrutura adequada, climatização, acessibilidade e segurança, valorizando a experiência dos visitantes e dos expositores. A movimentação esperada é intensa: milhares de pessoas devem circular pelo local durante os três dias de programação, com estandes interativos, palestras, rodadas de negócios e lançamentos de produtos e serviços. A obtenção do patrocínio federal simboliza, além do apoio institucional, o fortalecimento da presença política da prefeita e do deputado nas esferas decisórias de Brasília. O gesto sinaliza compromisso com o crescimento do interior, com foco na geração de empregos, estímulo ao empreendedorismo e valorização das potencialidades locais. O evento contará ainda com uma programação cultural paralela que atrairá públicos diversos, tornando a ExpoSerra um espaço de convivência, aprendizado e celebração da identidade regional. A expectativa de público ultrapassa os números das últimas edições, impulsionada tanto pela credibilidade da feira quanto pela ampliação dos apoios recebidos. Ao longo dos seus 25 anos, a ExpoSerra tornou-se referência em feiras de negócios no interior nordestino, e sua manutenção como palco estratégico para o desenvolvimento passa, em 2025, pelo empenho de lideranças que compreendem a importância do Sertão ocupar espaços centrais na agenda do desenvolvimento econômico de Pernambuco.

PROFESSOR JADSON CAETANO LANÇA PRÉ-CANDIDATURA A DEPUTADO FEDERAL EM ALIANÇA COM FRANCE HACKER PARA FORTALECER A MATA SUL DE PERNAMBUCO

O professor Jadson Caetano confirmou sua pré-candidatura a deputado federal nas eleições de 2026, consolidando uma trajetória marcada pela atuação na educação técnica e pelo engajamento social nas comunidades da Mata Sul de Pernambuco. Natural do município de Escada, Jadson construiu uma imagem pública baseada no trabalho e no compromisso com a formação profissional, sendo o criador do projeto Universo da Elétrica, uma plataforma educacional que já qualificou mais de 50 mil profissionais em áreas técnicas como elétrica, eletrotécnica e eletromecânica. Seu canal no YouTube, com mais de 320 mil inscritos, soma mais de 70 milhões de minutos assistidos em aulas gratuitas, tornando-se uma referência no ensino profissionalizante popular. Engenheiro formado pela UFPE, com formação técnica pelo IFPE e pelo SENAI do Cabo de Santo Agostinho, o professor também possui pós-graduação em Políticas Públicas, Administração e Constituição Federal. Em 2014, passou a atuar diretamente com projetos sociais, oferecendo cursos, oficinas e iniciativas de inclusão em diversas comunidades carentes.

Na esfera política, Jadson foi um dos primeiros nomes da Mata Sul a declarar apoio à candidatura de Raquel Lyra ao Governo do Estado, ainda no início da corrida eleitoral. Desde então, tem colaborado na articulação de obras estruturantes, como a reconstrução das rodovias PE-045, PE-051 e o trecho da PE-009 em Ipojuca, além de lutar pela recuperação da PE-033, importante via de acesso ao campus da UFRPE no Cabo de Santo Agostinho. No campo da educação, articulou a construção de três quadras poliesportivas em escolas estaduais de Escada, e também apresentou propostas voltadas à melhoria do abastecimento de água em diversos municípios da região. Sua atuação nas eleições municipais de 2024 também chamou atenção: mesmo sem mandato e enfrentando estruturas tradicionais, conquistou quase 20 mil votos para a Prefeitura de Escada, denunciando práticas de compra de votos e promovendo uma campanha baseada em propostas.

Agora, sua pré-candidatura ao Congresso Nacional vem acompanhada de uma aliança estratégica com o deputado estadual France Hacker, um dos parlamentares mais atuantes da Assembleia Legislativa. A dobradinha entre Jadson e France representa a união entre a renovação política e a força da articulação institucional, com foco em levar mais investimentos, infraestrutura e oportunidades à Mata Sul e outras regiões do estado. France, que tem forte presença política no Litoral Sul e histórico de apoio a demandas municipais, como saneamento, educação e mobilidade, considera Jadson um parceiro essencial para impulsionar essas pautas também em nível federal. Ambos têm o respaldo político da governadora Raquel Lyra e integram uma frente que busca fortalecer o interior pernambucano a partir da escuta popular, do incentivo à educação técnica e do investimento em obras estruturantes. A pré-candidatura de Jadson, assim, reflete não apenas um projeto pessoal, mas uma construção coletiva que vem sendo consolidada nos últimos anos, ancorada em uma liderança popular que ganhou visibilidade pelo trabalho contínuo, transparência e proximidade com os moradores da região.

PREFEITO DE LAJEDO TRAI ALIADOS E IMPÕE VOTO A SERVIDORES: DE DANÇARINO A CARRASCO POLÍTICO

Em mais um capítulo marcado por reviravoltas políticas e decisões controversas, o prefeito de Lajedo, Erivaldo Chagas (Republicanos), voltou a surpreender até mesmo os aliados mais próximos ao romper alianças construídas com bases sólidas de apoio e investimento público. A mudança mais recente de posicionamento envolveu a troca de seus deputados estaduais e federais de confiança — uma escolha que escancara não apenas instabilidade política, mas uma postura que muitos já classificam como traiçoeira.

Apesar de ter sido contemplado com uma emenda parlamentar de R$ 1 milhão pela deputada estadual Débora Almeida (PSDB), Erivaldo decidiu retirar seu apoio à tucana para declarar fidelidade ao também deputado estadual Álvaro Porto (PSDB). A mudança causou surpresa não apenas pelo gesto em si, mas principalmente pelo histórico de proximidade com Débora, que, junto com o grupo da vice-prefeita Socorro Duarte, vinha mantendo uma articulação política coesa dentro da gestão municipal. A vice, aliás, segue alinhada à deputada, o que cria um novo foco de tensão dentro da própria Prefeitura.

No plano federal, o movimento foi ainda mais drástico. O prefeito optou por apoiar Felipe Carreras (PSB), abandonando o deputado Silvio Costa Filho (Republicanos), responsável por garantir vultuosas emendas que somam R$ 10 milhões para Lajedo. Os recursos destinados por Silvio representam um volume raro para cidades de médio porte no Agreste e, ao que tudo indica, não foram suficientes para manter o apoio de Chagas.

Em uma entrevista recente concedida a uma emissora de rádio local, Erivaldo deu declarações que aprofundam ainda mais a sensação de autoritarismo e instabilidade. Afirmou, sem rodeios, que todos os servidores da Prefeitura devem votar nos candidatos que ele indicar. Quem não seguir essa ordem velada, segundo o próprio prefeito, "que procure outro trabalho". O recado, claro, causou desconforto entre os quadros do funcionalismo público, principalmente entre aqueles que possuem alinhamento político diferente do chefe do Executivo.

A atual postura de Erivaldo Chagas, no entanto, não é inédita. Ele chegou ao cargo de prefeito como vice de Adelmo Duarte, um político respeitado, mas que enfrentava sérios problemas de saúde — sendo transplantado e falecendo apenas cinco meses após assumir o mandato. Com a cadeira principal liberada, Erivaldo teve um mandato inteiro para firmar alianças, mas optou por um caminho de ruptura com o grupo que o projetou politicamente: o do ex-prefeito Rossine Blesmany, que governou Lajedo por oito anos e foi o principal responsável pela sua entrada na vida pública.

Desde então, as atitudes do prefeito passaram a ser vistas como uma sequência de desconstruções de antigas lealdades. Rossine, que já foi mentor político de Erivaldo, se tornou adversário. Silvinho, que também esteve ao lado do atual prefeito em momentos decisivos, foi descartado. Débora Almeida, mesmo com emendas empenhadas e presença ativa na cidade, agora é ignorada. A cada movimento, Erivaldo reescreve alianças com traços de conveniência política, deixando um rastro de ressentimentos e desconfiança.

Nos bastidores da política local, o que se questiona não é mais “se” haverá uma nova traição, mas “quando” e “quem será o próximo”. A cada passo, o prefeito constrói uma reputação marcada por rompimentos e discursos agressivos que contrastam com a imagem mansa que projeta em eventos públicos — com dancinhas e sorrisos que, para muitos, não passam de um verniz populista para esconder o comportamento calculista de um líder que muda de lado conforme a conveniência.

Em Lajedo, a confiança na palavra do prefeito parece ser, hoje, um ativo em constante desvalorização. O desafio, para os aliados que ainda restam, é entender se estão diante de um lobo em pele de cordeiro ou de um crocodilo sorridente à espera de sua próxima presa política.