terça-feira, 15 de julho de 2025

CÂMARA RESISTE À PRESSÃO BOLSONARISTA PARA ANISTIA EM TROCA DO “TARIFAÇO”

A pressão exercida pelo bolsonarismo no Congresso para costurar, paralelamente, a anistia ampla aos condenados pelo episódio de 8 de janeiro, vinculada à reversão do “tarifaço” de 50% imposto pelos EUA, não surtiu efeito na Câmara. Deputados de diferentes bancadas mantêm os dois temas separados, contrariando o intento da família e dos aliados de Jair Bolsonaro.

A articulação envolvendo Eduardo Bolsonaro, atualmente fora do País, e o discurso agressivo de Flávio, que classificou as tarifas como um "empurrãozinho" para aprovar a anistia, não avançou no plenário. Ambos sustentam que sem esse gesto político, não há espaço para diálogo em Washington.

No entanto, entre bolsonaristas já há receio de que medidas protecionistas como essa prejudicam mais o agronegócio e ameaçam pautas prioritárias, como o PL de reciprocidade comercial. Parlamentares do setor rural manifestam preocupação com o impacto imediato nas exportações.

Por outro lado, o centrão e o PT consideram que vincular a anistia ao tarifão seria “desmoralizante” e daria ao Brasil a imagem de ceder por chantagem estrangeira. Em conversas internas, líderes como Lindbergh Farias reforçam que a chance de aprovação é “zero”. 

Diante desse cenário, a Câmara não incluiu o tema da anistia na pauta antes do recesso que se inicia em meados de julho. A distensão dos temas, em lugar de fusão, foi consenso entre os líderes, inclusive entre aliados de Bolsonaro que ainda avaliam os danos econômicos do tarifaço. 

No Planalto, o governo Lula respondeu ao tarifazo anunciado por Trump com a convocação da embaixadora em Washington e a ativação da Lei de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, para eventual retaliação aos EUA. 

O presidente Lula reforçou ao anunciar medidas técnicas de contramedida que nenhum país poderá “tutelar” o Brasil, e classificou o tarifão como tentativa de interferência política, alinhada aos interesses do bolsonarismo no exterior. 

O anúncio da medida norte-americana, previsto para 1º de agosto, foi recebido com críticas unânimes no Plenário: deputados lembram que trata-se de um ataque “absurdo” à soberania nacional, e acusam Eduardo Bolsonaro de atuar como correspondente do “imperador Trump” em Brasília. 

A legislação brasileira permite agora respostas comerciais equivalentes — como aumento de tarifas sobre produtos americanos ou suspensão de acordos comerciais. A regulamentação do decreto será finalizada ainda este mês.

Flávio Bolsonaro reclamou em entrevistas na TV que o governo Lula não tem visão estratégica, alertando que a taxação pode atingir até 650% se não houver trégua. Ele defende que a anistia seja tratada como primeiro passo político. 

Entretanto, juristas ouvidos afirmam que os processos conduzidos pelo STF seguem com total regularidade e sem evidência de perseguição. Para esses analistas, a estratégia bolsonarista soa mais como embate político do que negociação diplomática. 

No âmbito interno, parlamentares do PT e de partidos de esquerda rechaçam a ideia de negociar a reversão do tarifão com base em um gesto que favoreça Bolsonaro, e defendem que o diálogo seja conduzido no terreno técnico.

Na prática, a tramitação do projeto de anistia segue lenta, travada por obstruções regimentais promovidas pela ala bolsonarista, que entretanto permitiu a aprovação do PL de reciprocidade sem grandes embaraços. 

O resultado é que, ao fim deste semestre, só a pauta tarifária receberá atenção da Câmara; a anistia ficou fora do radar, sem prazo para retorno, e associada a risco político de baixa legitimidade.

Ao longo das próximas semanas, a tramitação técnica sobre o decreto interministerial de reciprocidade será acelerada, enquanto o Congresso entra em recesso. O debate sobre anistia, por ora, só retorna como estratégia eleitoral em 2026, se houver mudança de cenário

GOVERNO DE PERNAMBUCO CAPACITA MOTORISTAS DO PE CONDUZ SOBRE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

Com aula teórica e prática, a equipe se prepara para melhorar o serviço antes da ampliação da frota do programa
Motoristas e auxiliares de vans do programa PE Conduz participaram, neste domingo (13), de uma capacitação voltada para atendimento pré-hospitalar, em Recife. A atividade continua no próximo domingo (20), com uma segunda aula prática. A formação, que ocorre anualmente, busca preparar a equipe do programa para agir com rapidez, cuidado e segurança em casos de emergência durante os trajetos, assegurando um transporte mais qualificado e humanizado para as pessoas com deficiência atendidas em todo o Estado.

A iniciativa faz parte de um conjunto de ações realizadas pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência, através da Superintendência Estadual de Apoio à Pessoa com Deficiência (SEAD), para fortalecer a qualidade dos atendimentos do PE Conduz — um programa que garante transporte porta a porta para pessoas com deficiência, usuárias de cadeiras de rodas, em tratamento de saúde e também em atividades de lazer.

A capacitação é ministrada pelo bombeiro civil e técnico em segurança do trabalho, Daniel Santos, que reforçou a importância da formação. “É fundamental que esses profissionais saibam agir com rapidez em situações emergenciais. Muitas vezes, o primeiro atendimento salva vidas. E o diferencial do PE Conduz é justamente esse cuidado em preparar a equipe para lidar com as necessidades específicas dos usuários”, afirmou.

Na aula teórica, a assistente social Paula Francinetti também participou do encontro e destacou aos motoristas e auxiliares o impacto social do programa. “O PE Conduz transforma realidades. Muitas famílias não teriam condições de arcar com um transporte acessível para tratamentos ou momentos de lazer. Levar essas pessoas com segurança é garantir cidadania de verdade.”

Além da formação, o PE Conduz vive um momento de expansão. A frota está prestes a receber um acréscimo de 25% no número de carros. Um aumento expressivo nas quantidades de rotas já está acontecendo, ano passado foram realizadas 81 mil viagens, em comparação com as 77 mil de 2023. Isso mostra que antes mesmo da ampliação, os números já estão crescendo, assim como a capacidade de atendimento. A ampliação faz parte das ações do Programa Pernambuco Acessível, lançado em fevereiro de 2025, que vem promovendo melhorias concretas na mobilidade, acessibilidade e dignidade para a população com deficiência.

“A capacitação é mais uma ação do Governo de Pernambuco que mostra o quanto levamos a sério a responsabilidade de atender bem. Sob a liderança da governadora Raquel Lyra, que lançou o programa Pernambuco Acessível em fevereiro deste ano, com previsão de ampliação de 25% na cobertura, temos avançado com ações concretas que demonstram a vontade política e o investimento no cuidado com as pessoas com deficiência. A ampliação da frota e o cuidado com a formação da equipe são medidas que reforçam nosso compromisso com um serviço público de qualidade e com a vida das pessoas com deficiência”, destacou a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência, Joanna Figueiredo.

A capacitação é também um momento de escuta. O auxiliar de van Ageu Alves compartilhou sua experiência: “Uma criança pode passar mal, e com esse treinamento, fica bem mais fácil fazer o primeiro atendimento antes de chegar a uma unidade de saúde. Eu amo o que faço. Ver a gratidão das pessoas me emociona, é uma troca muito verdadeira.”

Para o motorista Eduardo Costa, o curso ajuda a garantir um serviço que realmente funciona. “Com a capacitação, estamos preparados para agir em qualquer situação. Esse transporte é essencial. Sem ele, muitos usuários não conseguiriam manter os tratamentos. É um serviço que muda vidas.”

O PE Conduz é uma política pública que integra saúde, cidadania e inclusão. Através da SEAD, o programa fortalece a presença do Estado na vida das pessoas com deficiência, promovendo mobilidade com dignidade e respeito, como parte de uma gestão que valoriza quem mais precisa.

Foto: Laiz Calado/SJDH

CRISTINA MORAES - COMO PODE UM PÔSTER TÃO MENTIROSO?


Por: Cristina Moraes
Minha linda Garanhuns é uma cidade conhecida mundialmente, estamos encravada no Planalto da Borborema, entre as sete colinas: Antas, Columinho, Ipiranga, Magano, Monte Sinai, Quilombo e Magano, linda pela própria natuteza, clima de montanhas e nossas águas minerais.

Pelo seu povo ordeiro, gentil, educado e inteligente que se destacam, por suas profissões e por suas veias artísticas pulsantes, como o mestre João Marques, de saudosa memória, autor do hino de Garanhuns e tantas outras obras publicadas, um Luiz Jardim, autor de maravilhosas obras, entre elas, Maria perigosa, entre tantos outros. 

Mas vou citar um que é conhecido mundialmente, @mestre_dominguinhos, filho legítimo desse pedacinho de céu.

Mas somos também conhecida como a cidade de muitos títulos a ela atribuídas, entre estes está o de  “Cidade dos Festivais”, que adveio justamente pelo nosso Festival de Inverno de Garanhuns, quando em 1991, um cidadão apaixonado por Garanhuns, Marcílio Lins Reinaux, ele vislumbrou que aqui seria uma cidade turística, que assim estamos neste caminhar, trouxe a ideia de se fazer um festival de inverno, mostrou para o então gestor, o senhor Ivo Tino do Amaral, que não se fez de rogado, de pronto aceitou o desafio e hoje vivenciamos a 33a. edição do @figgaranhunsoficial, no seus 35 anos de criação.

Daí foram ampliados todos os segmentos, gastronomia, comércio, rede hoteleira, que também nos faz conhecidos.

Daí ver um pôster desses nos desconstruindo que somos uma cidade escondida, mas não somos mesmo, escondida é o autor desta postagem que aqui só o nome a @radiojornalgaranhuns, uma rádio que foi a pioneira, chegou pujante em 1951,  ali na Avenida Rui Barbosa, a primeira emissora de rádio do Agreste Meridional.

Uma rádio que fez parte da história de muitas pessoas, onde  o meu pai ali foi locutor e o que vemos hoje, uma rádio que só tem o nome, mas daqui não tem nada, é apenas um repassador da programação de Caruaru.

Respeite nossa história.
CM✍️

HOSPITAL REGIONAL DOM MOURA INCENTIVA DOAÇÃO DE SANGUE NUMA PARCERIA COM O HEMOPE

Hospital Regional Dom Moura incentiva doação de sangue e mobiliza equipe para fortalecer o banco do Hemope
O Hospital Regional Dom Moura (HRDM), em Garanhuns, promoveu nesta semana uma ação de incentivo à doação de sangue junto ao Hemope, com o objetivo de contribuir para a manutenção dos estoques e o fortalecimento do banco de dados de doadores regulares da instituição. A iniciativa partiu do programa Qualivida, que desenvolve ações de cuidado com os colaboradores, e contou com a participação voluntária de servidores de diferentes setores da unidade.

Sensibilizados pela importância do gesto, os colaboradores se dirigiram até a sede do Hemope, onde realizaram suas doações, reforçando o compromisso do hospital com a saúde coletiva e a responsabilidade social.
A coordenadora de Recursos Humanos do HRDM, Cynara Barros, foi uma das participantes da ação e destacou o significado da doação:

“A doação de sangue é uma das formas de ajudar o próximo, de salvar vidas. Precisamos nos disponibilizar, mais à frente pode ser um parente, um filho, um pai que esteja precisando”, afirmou Cynara.

O diretor geral do HRDM, Walter Mendonça, também destacou a importância da mobilização:

“Gostaria de agradecer a nossa equipe pela disponibilidade e sensibilidade pela causa, como hospital nos colocamos à disposição do Hemope para divulgação dessas campanhas que são tão importantes. O HRDM está sempre colaborando e a disposição para melhor servir toda nossa região,” afirmou Walter.

A campanha também teve como objetivo estimular os profissionais a se tornarem doadores regulares, ajudando o Hemope a manter seu estoque em níveis adequados, especialmente em períodos de maior demanda.

Para doar sangue no Hemope, é preciso atender a alguns requisitos básicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O doador deve ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam de autorização dos responsáveis), pesar no mínimo 50 quilos, estar em boas condições de saúde, estar alimentado — evitando comidas gordurosas nas quatro horas anteriores —, ter dormido pelo menos seis horas na noite anterior e apresentar um documento oficial com foto.

O Hemope está localizado na Avenida Gonçalves Maia, no bairro Heliópolis, em Garanhuns (PE). O atendimento ao público ocorre de segunda a quinta-feira, das 13h30 às 17h30, e nas sextas-feiras, das 8h às 12h.

Assessoria de Comunicação Hospital Regional Dom Moura

33º FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS: A CULTURA NORDESTINA EM SUA MAIOR EXPRESSÃO SOB A GESTÃO DE SIVALDO ALBINO

O 33º Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) está marcando um novo capítulo na história da cultura nordestina. Realizado em meio ao frio característico da cidade agrestina, o evento cresce em dimensão e importância a cada edição, reunindo milhares de pessoas nos diversos polos espalhados pelo município. Nesta edição de 2025, o FIG ganha ainda mais fôlego sob a condução do prefeito Sivaldo Albino, que imprime sua marca na organização e na identidade do festival, já no início do seu segundo mandato à frente da Prefeitura. A grandiosidade da festa é percebida na estrutura impecável montada em pontos estratégicos da cidade, especialmente na Praça Mestre Dominguinhos, que se transforma num verdadeiro mar de gente a cada noite, com shows que misturam nomes consagrados da música nacional com artistas da terra e novos talentos que encontram no FIG a chance de mostrar sua arte para o mundo.

Além dos palcos principais, o festival se espalha por ruas, praças, teatros e centros culturais, oferecendo programação para todas as idades e gostos. Há espetáculos de teatro, literatura, dança, cinema, circo, oficinas, feiras de artesanato e intervenções urbanas, fazendo de Garanhuns um grande palco a céu aberto por quase duas semanas. Os cortejos de cultura popular, com maracatus, bois, caboclinhos e coco de roda, cortam as ruas do centro ao som de tambores, encantando turistas e moradores. O FIG também é espaço para a reflexão e o debate, com rodas de conversa e ações voltadas à valorização da memória, da identidade e dos saberes populares. O povo garanhuense participa ativamente de todas as etapas do evento, mostrando hospitalidade, alegria e orgulho de sediar um dos maiores festivais multiculturais do país.

Lideranças políticas de diferentes regiões também marcam presença no festival, reconhecendo o papel de Garanhuns como polo cultural estratégico de Pernambuco. A presença constante de deputados, secretários estaduais, prefeitos, artistas renomados e representantes do governo estadual reforça o prestígio do FIG e sua importância para a política pública da cultura. A rede hoteleira permanece lotada, o comércio aquece as vendas, bares e restaurantes ampliam horários de funcionamento e trabalhadores informais encontram no evento uma fonte extra de renda. Toda essa movimentação mostra que o FIG é mais do que uma festa: é uma engrenagem que move a cidade, gera empregos, renda e autoestima. Mesmo antes do encerramento, a edição de 2025 já é considerada um sucesso de público e de organização, refletindo o planejamento cuidadoso da gestão municipal.

A Prefeitura investe fortemente em infraestrutura, segurança, mobilidade urbana, limpeza e acolhimento turístico, garantindo que o festival funcione com fluidez e conforto para todos. As equipes de saúde e assistência social estão preparadas para atender à população, e os serviços públicos operam em regime especial para acompanhar o ritmo intenso da cidade durante o período do festival. Tudo isso faz do FIG uma experiência marcante não apenas para os turistas, mas também para os moradores, que veem sua cidade ser reconhecida nacionalmente como um exemplo de cultura viva e pulsante. Em 2025, o Festival de Inverno de Garanhuns mostra mais uma vez por que é um patrimônio do povo pernambucano e brasileiro, consolidando sua força, tradição e capacidade de renovação a cada edição. É daqui pra melhor!

BOLSONARO PODE PEGAR ATÉ 43 ANOS DE PRISÃO SE CONDENADO POR CRIMES LIGADOS À TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO

A situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se complica juridicamente com a mais recente manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em um parecer de 517 páginas, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, a PGR pede a condenação de Bolsonaro por cinco crimes distintos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e a suposta articulação de uma tentativa de ruptura institucional. Somadas, as penas previstas na legislação brasileira podem alcançar até 43 anos de prisão, a depender da decisão do STF.

Os crimes atribuídos a Bolsonaro são: tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. A soma das penas mínimas e máximas de cada crime leva a esse patamar elevado de possível reclusão. No entanto, a definição final da punição, caso o ex-presidente seja condenado, caberá à Primeira Turma do Supremo, responsável pelo julgamento dos réus com foro privilegiado.

A acusação mais grave é a tentativa de golpe de Estado, que prevê reclusão de 4 a 12 anos. O crime ocorre quando alguém tenta, por meio de violência ou grave ameaça, depor um governo legitimamente constituído. Já a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito tem pena semelhante, de 4 a 8 anos, e se caracteriza pela tentativa de restringir ou impedir o funcionamento dos poderes constitucionais com o uso da força. Esses dois crimes foram inseridos no Código Penal em 2021, como resposta institucional à escalada autoritária que se observava no país.

A denúncia da PGR aponta ainda a existência de uma organização criminosa armada com fins políticos, sob a liderança de Bolsonaro, composta por militares, assessores e aliados que teriam atuado de forma coordenada para desestabilizar as instituições democráticas. Esse crime, se agravado pelo uso de armas e pela função de liderança, pode gerar pena de até 17 anos de prisão.

Além dos crimes políticos, a PGR imputa ao ex-presidente delitos relacionados ao patrimônio público. Ele é acusado de dano qualificado contra bens da União, com penas de seis meses a três anos, e de deterioração de patrimônio tombado, com pena de um a três anos. Esses crimes estão relacionados à depredação ocorrida durante os atos de 8 de janeiro, que resultaram em prejuízos significativos aos prédios dos Três Poderes, muitos deles com valor histórico e simbólico para o país.

Caso o Supremo acolha integralmente os pedidos da PGR, a pena total de Jair Bolsonaro pode ser fixada em até 43 anos de reclusão. A dosimetria, no entanto, levará em conta fatores como a idade do réu, seus antecedentes criminais, eventual confissão ou colaboração com as investigações, e a gravidade dos fatos. Bolsonaro nega todas as acusações e se diz vítima de perseguição política. A tramitação do processo criminal no STF pode se arrastar por meses, mas a denúncia já marca um dos momentos mais críticos da trajetória política do ex-presidente desde que deixou o Planalto.

CONDENADO POR ESTUPRO, BRENNAND ENFILEIRA ATESTADOS DE 'UNIÃO ESTÁVEL' PARA RECEBER VISITAS ÍNTIMAS

O empresário Thiago Brennand, de 45 anos, condenado a mais de 20 anos por estupro, recebe visitas íntimas na penitenciária de Tremembé desde julho de 2024. Amélia Maria Tereza de Jesus, de 50 anos, foi a primeira a visitá-lo como "companheira", após apresentar documento que comprova união estável entre eles. A mulher esteve na unidade prisional pelo menos 12 vezes em um período de seis meses.

Brennand declarou-se solteiro ao ingressar no sistema prisional, mas posteriormente obteve autorização para receber Amélia após a apresentação da documentação. Conforme apurado pela coluna True Crime, do O Globo, com a aprovação, ela recebeu carteirinha de visitante e passou a ter encontros íntimos com o empresário no espaço destinado a casais dentro da penitenciária.

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo estabelece que apenas parentes de primeiro grau ou cônjuges com união formalizada podem visitar detentos. Brennand tentou incluir outras duas mulheres como "companheiras" em seu cadastro de visitantes, mas o pedido foi negado pela secretaria, que não permite a substituição de cônjuges para visitas em período inferior a 180 dias.

Os encontros acontecem na Penitenciária de Tremembé, localizada no interior de São Paulo. Além de Amélia, que permanece como a única mulher autorizada a visitá-lo na condição de companheira, o empresário também recebe visitas de familiares.

O prontuário do detento registra que Amélia esteve na unidade pelo menos 12 vezes durante um semestre. O filho de Brennand, Luiz Francisco Fernandes Vieira, de 19 anos, comparece à penitenciária todos os finais de semana. Os pais do empresário, Joana Tavares da Silva Fernandes Vieira e José Aecio Fernandes Vieira, ambos de 85 anos, também o visitam regularmente.

As visitas frequentes dos pais indicam uma reconciliação familiar. Antes de ser preso, Brennand mantinha disputas públicas contra os próprios parentes por questões relacionadas à herança e gestão do patrimônio dos Brennand, tradicional família industrial de Pernambuco.

A SAP informou que ao ingressar em uma unidade prisional, o detento indica quais familiares deseja receber. Após essa indicação, o familiar deve apresentar a documentação exigida para aprovação e emissão da carteirinha de visitante. A secretaria afirmou que são autorizados às visitas pais, filhos, irmãos, avós e esposa ou companheira com quem o preso mantenha vínculo familiar, e que não há irregularidades no rol de visitas de Brennand.

Quando procurada, Amélia Maria Tereza de Jesus não quis comentar sobre as visitas ao empresário. O advogado de Brennand, Roberto Podval, declarou que não comenta a vida íntima de seus clientes e alertou que esse tipo de exposição coloca a integridade do preso em risco dentro da penitenciária. Ele afirmou preferir se manifestar apenas sobre as acusações que seu cliente ainda enfrenta nos tribunais. As informações também são de O Globo.

Brennand ainda enfrenta três processos por estupro pendentes de julgamento. Seu advogado sustenta que as mulheres que acusam o empresário consentiram em manter relações com ele e, em alguns casos, continuaram a se encontrar com o réu mesmo após as supostas agressões. Para a defesa, essa dinâmica "põe em dúvida as denúncias".

VIAGEM NO TEMPO - A EQUIPE BAGACEIRA DE GARANHUNS: LEMBRANÇAS DE UM TEMPO QUE O TEMPO LEVOU

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Era o início da década de 1990 e o Agreste fervilhava em ritmo de forró, trios elétricos, vaquejada e juventude solta nos ventos e eventos. Em Garanhuns, um grupo de amigos escrevia sua própria história nas ruas de paralelepípedo, nos bares cheios de riso e nas festas que pareciam não ter hora pra acabar. Edney, Edmar, Bruno, Ricardo, Niltinho, Jansen, Nil, Abraão, Kedson, Geovani, Breno, Kaká, Galo Cego, Joselito, Zé Rodrigues, Dagata, Rafael, Jason, Franklin, Walter... e tantos outros que, se não estão mais na lembrança imediata, estão guardados na alma de um quase cinquentão. Eram jovens destemidos, donos de uma alegria quase indomável, daqueles que não perdiam uma chance de rodar o estado atrás de um arrasta-pé, uma micareta, um baile, um lugar pra meter o som do carro, uma seresta, uma resenha, ou qualquer encontro onde o riso era certo e a farra, garantida.

A turma ficou conhecida como a “Equipe Bagaceira”. O nome, que parecia carregar certo desleixo, na verdade era símbolo de liberdade e de um modo único de aproveitar a vida. Não havia festa em Pernambuco onde não chegassem — fosse de carro, ônibus, carona ou mesmo “no susto”. E onde chegavam, marcavam. Não pelo excesso, mas pela presença. As roupas simples, o sotaque carregado do interior, a camaradagem com desconhecidos, o respeito pelos amigos e o dom de transformar qualquer canto num espaço de convivência. Era um tempo sem celular, mas com endereço certo nos corações que cruzavam pelo caminho.

A Bagaceira não era apenas um grupo: era quase um movimento informal, um elo feito de música alta, conversas longas e noites que viravam manhãs. A cada nova festa, a cada novo município visitado, era como se a juventude se renovasse. Alguns eram irmãos de sangue, como Edney e Edmar. Outros, irmãos de vida, como Bruno, Ricardo e os Ricardos — sim, porque tinha mais de um. E tinha Niltinho, Jansen, Nil, Geovani, Kedson, Breno, Kaká, Galo Cego, Joselito, Zé Rodrigues, Dagata, Rafael, Jason, Franklin, Walter... nomes que ecoam como versos de uma canção que o tempo se recusa a silenciar.

As tardes eram sagradas no bar de Rubão, que Deus o tenha, onde o tempo parecia desacelerar e a vida ganhava outro sabor entre uma cerveja e outra. Era lá que a resenha esquentava, os planos para a noite se formavam e as histórias mais improváveis surgiam, quase sempre verdadeiras, quase sempre hilárias. Rubão era mais que dono de bar — era confidente, conselheiro, parte da gangue mesmo sem sair de trás do balcão.

Com o passar dos anos, vieram os compromissos, os casamentos, os filhos e as perdas. Alguns dos integrantes já se foram, deixando apenas a memória e a saudade que aperta no peito em dias nublados. Outros se aquietaram, como quem entende que a vida é feita de ciclos. Mas há também os que ainda batem o pé no chão quando o piseiro começa, que ainda vestem a camisa da irreverência e mantêm aceso o espírito da Bagaceira.

O tempo passou, e o espelho já não reflete os mesmos rostos lisos. Mas os olhos, ah... os olhos ainda brilham quando se fala daquele tempo. Porque quem viveu, viveu. Quem não viveu, não entende. E quem não viveu, talvez nunca saiba como era bom ser jovem, livre e destemido nas noites quentes de Garanhuns e nas madrugadas elétricas do interior de Pernambuco. É isso, éramos assim!