quarta-feira, 6 de agosto de 2025

ALTINEU CÔRTES PROMETE PAUTAR ANISTIA A GOLPISTAS DO 8 DE JANEIRO ASSIM QUE ASSUMIR COMANDO DA CÂMARA

Brasília – Em um movimento que reacende o debate sobre os desdobramentos do 8 de janeiro, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (PL-RJ), declarou nesta terça-feira (5) que irá pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas daquele dia assim que tiver a oportunidade de assumir interinamente a presidência da Casa. A decisão representa uma reviravolta no cenário político, uma vez que o tema vinha sendo engavetado pelo atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que até o momento não havia demonstrado disposição de colocar o texto em votação.

Altineu comunicou publicamente que já informou Motta sobre sua intenção. “Eu, como vice da Câmara e do Congresso, sempre busquei equilíbrio e diálogo. Sempre respeitei Motta, que tem a pauta na sua mão. Diante dos fatos, já comuniquei Motta que, no primeiro momento em que eu exercer a presidência plena da Câmara, quando Motta se ausentar do país, irei pautar a anistia”, declarou o parlamentar em conversa com jornalistas. A fala ecoou nos corredores do Congresso e imediatamente mobilizou tanto apoiadores da proposta quanto setores contrários à medida, que a veem como tentativa de apagar ou minimizar as consequências dos ataques aos Três Poderes.

O projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro – quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Palácio do Planalto – está paralisado desde o ano passado. Apesar de pressões internas dentro da Câmara, especialmente de parlamentares da base bolsonarista, o presidente da Casa optou por não colocar o tema em votação. Motta chegou a articular um texto alternativo que pudesse ser mais palatável politicamente, mas a proposta não avançou.

A movimentação de Altineu, deputado do PL do Rio de Janeiro e integrante de um dos partidos mais alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, é interpretada como uma resposta direta às insatisfações da ala mais radical da direita com a demora na tramitação do projeto. Além disso, sinaliza o crescimento da pressão sobre a cúpula da Câmara para atender às demandas do campo conservador, que vê na anistia uma forma de reparar o que consideram “exageros” nas punições aos manifestantes.

Ao vincular sua futura decisão à eventual ausência de Motta do país, Altineu aponta para uma estratégia calculada e amparada na previsão regimental que lhe permite assumir interinamente a presidência da Câmara. A expectativa é que, caso venha a colocar a anistia em pauta, o gesto provoque forte reação dos setores democráticos, entidades da sociedade civil e instituições que defendem a responsabilização plena dos envolvidos nos atos antidemocráticos.

Nos bastidores, a possibilidade de votação da anistia tem gerado apreensão entre os partidos do centro e da esquerda, que alertam para os riscos de sinalizar impunidade em um momento em que a democracia brasileira ainda busca cicatrizar as feridas abertas pelos ataques do início de 2023. Por outro lado, parlamentares do PL, do PP e da ala bolsonarista do Republicanos avaliam que a votação da proposta será uma forma de reafirmar suas bandeiras em ano eleitoral, mirando especialmente os seus eleitores mais fiéis.

OURICURI GARANTE R$ 2 MILHÕES COM APOIO DO SENADOR FERNANDO DUEIRE PARA SAÚDE E INFRAESTRUTURA

O município de Ouricuri, no Sertão pernambucano, recebeu uma excelente notícia nesta semana com a confirmação do envio de R$ 2 milhões por meio de emenda parlamentar do senador Fernando Dueire (MDB). O anúncio foi feito durante uma reunião entre o senador e o prefeito Vitor Coelho, que esteve acompanhado do vice-prefeito Assis Júnior. Os recursos, segundo foi informado, serão destinados prioritariamente às áreas de saúde e infraestrutura, dois setores que enfrentam desafios históricos na região e que têm sido foco da atual gestão municipal.

Durante o encontro, realizado em clima de parceria e comprometimento, o senador Fernando Dueire destacou a importância do investimento e reafirmou seu compromisso com o desenvolvimento dos municípios do interior. Para ele, o apoio à saúde pública deve começar pela atenção básica e pelo atendimento direto à população. “Essa parceria vai trazer resultados concretos para o povo de Ouricuri. A saúde é prioridade para a gestão do prefeito Vitor, e esse recurso vai ajudar a fortalecer o atendimento na ponta, lá onde o povo precisa”, pontuou Dueire, enfatizando que a destinação da verba foi pensada de forma estratégica para atender às reais necessidades da cidade.

O prefeito Vitor Coelho, que vem ganhando destaque pela sua articulação política e capacidade de atrair investimentos, agradeceu ao senador pelo gesto e ressaltou que os recursos chegam em um momento importante, quando a cidade começa a sair de um período de grandes dificuldades. “Quem é de Ouricuri sabe o momento difícil que a gente vinha enfrentando. Graças a Deus, as coisas estão melhorando. E com a ajuda do senador, vamos avançar ainda mais, tanto na saúde quanto na infraestrutura da nossa cidade”, afirmou o gestor municipal, visivelmente satisfeito com o reforço orçamentário.

Nos últimos meses, a administração municipal tem trabalhado para recuperar a confiança da população e consolidar um modelo de gestão mais eficiente e conectado às demandas da comunidade. O diálogo constante com representantes do Congresso Nacional e o empenho da equipe da Prefeitura em viabilizar projetos têm sido elementos centrais dessa nova fase. A interlocução de Vitor Coelho com lideranças políticas tem gerado frutos concretos, refletindo não apenas em promessas, mas em ações reais, como a destinação desses R$ 2 milhões que serão aplicados de forma direta em melhorias tangíveis.

A expectativa é que, com o novo aporte, a Prefeitura de Ouricuri possa ampliar a capacidade de atendimento nos postos de saúde, adquirir insumos, melhorar a rede física e, paralelamente, investir em obras de pavimentação e requalificação urbana. A população, que acompanha de perto as ações do governo municipal, poderá sentir no cotidiano o impacto desses investimentos, especialmente nos bairros mais carentes e nas zonas rurais, onde os serviços públicos ainda enfrentam limitações estruturais.

O gesto de Fernando Dueire consolida ainda mais o prestígio político do prefeito Vitor Coelho no cenário estadual, mostrando que a construção de alianças sólidas pode transformar a realidade de cidades do interior. Com esse novo capítulo, Ouricuri dá mais um passo no caminho da reconstrução administrativa e social, apostando no diálogo, na articulação e no compromisso com o bem-estar da população.

COLUNA POLÍTICA | PERNAMBUCO | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

A ENCRUZILHADA DO DEPUTADO CORONEL ALBERTO FEITOSA PARA 2026

UM NOME DE PESO NA DIREITA PERNAMBUCANA

Coronel Alberto Feitosa (PL) é hoje uma das vozes mais relevantes da direita no cenário político de Pernambuco. Com uma votação expressiva em 2022, consolidou-se como liderança estadual e como um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonarista raiz, Feitosa não se esconde, defende suas bandeiras com firmeza e é presença constante nos debates mais polarizados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE). Seu nome virou sinônimo de fidelidade ideológica e projeção eleitoral. O eleitor aguarda saber pra onde vai o deputado. Vamos analisar aqui NA LUPA. 

DE INOCÊNCIO A BOLSONARO: UMA TRAJETÓRIA HÁBIL
A carreira de Feitosa não começou ontem. Teve como um dos primeiros padrinhos políticos ninguém menos que o ex-deputado federal Inocêncio Oliveira, uma das maiores figuras do antigo PL. Mas o PL de hoje é outro — radicalizado, polarizado e profundamente alinhado à agenda bolsonarista. E é nesse novo contexto que o Coronel tem se fortalecido. Feitosa soube transitar, manter alianças e se adaptar à nova dinâmica da política brasileira, sem perder o eixo.

UMA VOTAÇÃO QUE PESOU NA BALANÇA
Em 2022, Feitosa surpreendeu até mesmo analistas experientes com a força de sua votação. Foi um dos mais votados para deputado estadual em Pernambuco, e isso lhe conferiu um peso político maior dentro do próprio PL. A votação consolidou o que já se desenhava: o Coronel deixou de ser uma promessa para se tornar uma realidade política. Com base eleitoral sólida e discurso afinado com o eleitorado conservador, é nome praticamente imbatível em qualquer cenário.

DEPUTADO FEDERAL OU ESTADUAL? O DILEMA DE 2026
A grande questão que paira no ar: Coronel Feitosa irá buscar a reeleição para a Assembleia Legislativa ou tentará o salto à Câmara Federal? A dúvida movimenta bastidores e desafia aliados. A decisão não é simples, pois envolve não apenas cálculo eleitoral, mas também estratégia de longo prazo. Brasília é um passo maior, com mais exposição, mais articulação e uma nova arena. Permanecer em Pernambuco significa manter o controle de base, influência local e protagonismo nos debates regionais.

UMA DECISÃO QUE IMPACTA O PL
Se Feitosa decidir disputar uma vaga na Câmara Federal, o PL ganha um nome fortíssimo para ampliar sua bancada pernambucana em Brasília. Hoje, a sigla aposta em poucos nomes de peso no estado, e a ida de Feitosa poderia reconfigurar totalmente o mapa das disputas internas. Por outro lado, sua permanência na ALEPE garante ao partido uma figura sólida no parlamento estadual, capaz de puxar votos e liderar pautas alinhadas ao bolsonarismo.

OS SINAIS DA BASE: “PREFERE FICAR”
Fontes próximas ao deputado afirmam que, apesar da especulação em torno da candidatura federal, o Coronel tem sinalizado preferência pela continuidade na Assembleia Legislativa. “Ele gosta do embate direto, da política mais próxima das bases, e avalia que ainda tem muito a entregar em Pernambuco”, confidenciou um aliado. Ainda assim, Feitosa mantém o silêncio público, o que aumenta a ansiedade entre seus correligionários.

O PRAZO ESTÁ APERTANDO
Faltando menos de um ano para o início das campanhas, o tempo começa a pressionar. A definição precisa acontecer logo, pois há toda uma engrenagem política que depende da sua escolha. Dobradinhas, alianças regionais, montagem de chapas e estratégias de comunicação exigem planejamento, e para isso é preciso que Feitosa defina o rumo. Como ele próprio costuma dizer, “as bases precisam ser encaminhadas”, e o momento da decisão se aproxima.

UM JOGADOR QUE NÃO DÁ PONTO SEM NÓ
Feitosa nunca deu passo em falso. Desde sua entrada na política, numa dobradinha com o ex-deputado Soldado Moisés, soube crescer com firmeza. Hoje é do pelotão de cima — no alto clero da política pernambucana. Ele sabe que, qualquer que seja sua escolha, tem mandato praticamente assegurado. Mas o desafio vai além de se eleger: trata-se de ocupar o espaço certo, no momento certo, com o propósito certo. E nisso, o Coronel é estrategista.

SOUBE SE IMPOR E OCUPAR O ESPAÇO POLÍTICO 
A encruzilhada de Coronel Alberto Feitosa não é apenas pessoal — é política e partidária. O que ele decidir impactará diretamente a direita pernambucana e, por que não dizer, parte da estratégia bolsonarista nacional. Brasília ou Recife? A resposta virá em breve. Mas como um bom militar, Feitosa não se move sem estudar o terreno. Quando se mover, terá um alvo certo — e grande chance de acertar no centro do poder. É isso aí. 

PREFEITURA DE ANGELIM DISTRIBUI 120 CAIXAS D’ÁGUA PARA COMBATER A SECA E GARANTIR DIREITO BÁSICO À POPULAÇÃO VULNERÁVEL

No município de Angelim, a prefeitura, sob a gestão do prefeito Caíque, promoveu uma importante ação social com a distribuição de 120 caixas d'água para famílias que enfrentam dificuldades no armazenamento e acesso ao recurso hídrico. Cada unidade entregue tem capacidade para 1000 litros, o que representa um significativo auxílio para as residências que possuem pouco ou nenhum sistema de reservação de água, especialmente em um período marcado pela escassez de chuvas que tem afetado o município e regiões vizinhas. Essa iniciativa faz parte de uma parceria entre a administração municipal e o Governo Federal, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), demonstrando a articulação entre os entes para enfrentar os desafios da crise hídrica que impacta diretamente a qualidade de vida da população local.

A escolha das famílias beneficiadas foi criteriosa, baseada em levantamento social que identificou aqueles que mais necessitam desse suporte para garantir o abastecimento doméstico. A falta de reservatórios adequados de água é um problema antigo em Angelim, agravado pelo período de estiagem prolongada, o que torna essencial o armazenamento para garantir o consumo diário e a realização das atividades cotidianas, como higiene, preparo de alimentos e limpeza. Além do volume considerável de água armazenada em cada caixa, a entrega também simboliza o compromisso da gestão municipal em mitigar os efeitos da seca e assegurar o direito fundamental ao acesso à água potável.

Paralelamente a essa ação, a prefeitura mantém uma série de programas voltados ao bem-estar da população em situação de vulnerabilidade. Entre as iniciativas que complementam a entrega das caixas d'água estão a distribuição de alimentos para comunidades carentes, uma medida fundamental para combater a insegurança alimentar que atinge famílias em diversos pontos do município. O fornecimento de agasalhos, principalmente durante as noites mais frias, também compõe o calendário de ações sociais da prefeitura, buscando atender às necessidades básicas da população mais fragilizada.

Além das medidas assistenciais, a gestão de Angelim investe em campanhas de conscientização, como as voltadas para a prevenção e combate à violência contra a mulher. Essas campanhas buscam fortalecer o apoio às vítimas e sensibilizar a comunidade para a importância do respeito e da igualdade, alinhando-se a políticas públicas que promovem a cidadania e o desenvolvimento social.
O envolvimento direto do prefeito Caíque em todas essas ações evidencia uma postura ativa e comprometida com as demandas da população, especialmente dos segmentos mais vulneráveis. A parceria com o Governo Federal por meio da Codevasf reforça a capacidade da prefeitura em mobilizar recursos e implementar programas que respondam às necessidades urgentes, criando uma rede de apoio que ultrapassa o âmbito municipal.

Ao distribuir as 120 caixas d'água, a prefeitura não apenas oferece um benefício material, mas também um alento para famílias que enfrentam diariamente as dificuldades impostas pela irregularidade do fornecimento hídrico. A possibilidade de armazenar água de forma segura e suficiente é um passo importante para melhorar as condições sanitárias e garantir a dignidade no acesso a esse recurso essencial.

Essas ações em Angelim refletem um esforço constante da administração municipal para lidar com os desafios climáticos e sociais que impactam a região. O acesso à água potável, a segurança alimentar, o acolhimento durante períodos de frio e a proteção contra a violência são pontos centrais em uma agenda que busca promover a inclusão social e o fortalecimento da cidadania.
A combinação de ações emergenciais e programas de conscientização configura um modelo de gestão que reconhece a complexidade dos problemas enfrentados pela população e trabalha para oferecer soluções integradas. A entrega das caixas d'água e as demais iniciativas representam um compromisso permanente da prefeitura em trabalhar para garantir uma vida melhor a todos os angelinenses, especialmente aos que mais precisam.


CAMINHÃO DO GRUPO BARRA NOVA CAPOTA NA CHEGADA DE SALOÁ E MOBILIZA EQUIPES DE EMERGÊNCIA

Na manhã desta terça-feira, 5 de agosto de 2025, um caminhão do Grupo Barra Nova capotou nas proximidades do Posto Valentim, na entrada da cidade de Saloá, no Agreste Meridional de Pernambuco. De acordo com informações do blog Saloá Notícias, o acidente causou um grande susto entre moradores, mas, felizmente, não houve feridos.

Testemunhas relataram que o veículo perdeu o controle em um trecho da PE-223 que passa por obras de requalificação e que estava molhado devido às fortes chuvas que atingiram a região. A pista escorregadia, combinada com a instabilidade do terreno, pode ter sido um fator decisivo para o capotamento do caminhão.

O motorista conseguiu sair ileso do veículo, o que foi um alívio para todos. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Militar foram acionadas e chegaram rapidamente ao local para prestar atendimento e garantir a segurança no trânsito, realizando o isolamento da área. Técnicos do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também estiveram presentes para avaliar as condições da rodovia naquele ponto.

O caminhão transportava carga cujo conteúdo ainda não foi confirmado oficialmente, mas não houve registro de derramamento na pista. O Grupo Barra Nova ainda não emitiu nota oficial, porém, fontes próximas afirmam que a integridade do motorista é a prioridade da empresa.

O blog Saloá Notícias destaca que o acidente reforça a necessidade de maior atenção dos motoristas na região, especialmente durante as obras e no período de chuvas, além da urgência em melhorar a sinalização e fiscalização da PE-223, que vem registrando um aumento no número de ocorrências semelhantes.

RENATO ANTUNES ACUSA OPOSIÇÃO DE USAR CPI PARA FINS ELEITORAIS E DENUNCIA “PIROTECNIA POLÍTICA” NO CASO DO CONTRATO DE PUBLICIDADE DO GOVERNO RAQUEL LYRA

A instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os contratos de publicidade do Governo Raquel Lyra se tornou novo ponto de tensão entre base e oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Renato Antunes (PL) reagiu com firmeza à iniciativa, classificando o pedido de CPI como uma tentativa explícita de exploração político-eleitoral, sem sustentação jurídica concreta. Em tom crítico, o parlamentar afirmou que a oposição tenta capitalizar um suposto escândalo onde sequer há um fato determinado ou denúncia formalizada nos órgãos de controle. Para ele, o episódio é mais uma demonstração do que classificou como "desespero da oposição em busca de palco".

Renato ironizou o requerimento da deputada Dani Portela (PSOL), que reuniu apoio de 18 deputados e questionou a legalidade da iniciativa. "Para que se abra uma CPI, é preciso haver um fato específico, algo documentado e delimitado. Não podemos transformar suposições ou rumores em processos investigativos oficiais. Alguém pode, por favor, apontar qual é o fato determinado nesse caso?", disse, reforçando a ausência de elementos objetivos que justifiquem a medida. Segundo o parlamentar do PL, a articulação revela mais sobre os objetivos políticos da oposição do que sobre qualquer real interesse em esclarecer os contratos de mídia do governo estadual.

Ao comentar os desdobramentos da proposta, Renato afirmou que a governadora Raquel Lyra virou alvo de um esforço articulado para desgastá-la politicamente, numa prévia do embate eleitoral que se desenha para 2026. Segundo ele, o problema não é apenas o ataque a Raquel, mas o que chamou de “dano institucional causado à imagem do estado de Pernambuco”, provocado por narrativas plantadas sem qualquer base técnica ou processual. Em sua visão, a CPI é usada como instrumento de desestabilização e serve apenas ao objetivo de unir opositores em torno de uma bandeira comum contra o PSDB no estado.

Com críticas duras, Antunes afirmou que a Assembleia Legislativa não pode ser usada como palco de encenação eleitoral e alertou para o risco de banalização do instrumento das CPIs. “Não é plausível querer fazer oposição com fígado”, disparou, em alusão ao que considera uma conduta emocional e pouco técnica por parte dos adversários. Ele também disse que o uso político da CPI compromete o próprio debate público, substituindo a razão pela retórica do escândalo. “Se qualquer denúncia vaga virar CPI, vamos precisar abrir comissões para todos os contratos assinados pelos governos passados nas duas últimas décadas”, ironizou. “E que tragam café, porque o espetáculo vai ser longo”, completou, reforçando o tom de crítica à suposta tentativa de transformar o Parlamento em palco de espetáculo.

Nos bastidores, aliados de Raquel Lyra interpretam a movimentação da oposição como parte de uma estratégia para articular palanques regionais e consolidar forças contra a atual gestão estadual. A CPI, nesse contexto, serviria como símbolo de mobilização e como munição para o discurso da oposição em diversos municípios. Ainda assim, figuras como Renato Antunes têm se colocado como linha de frente da defesa institucional do governo, reforçando que a base aliada não aceitará o uso da estrutura do Legislativo como ferramenta de desestabilização. Para ele, a política precisa ser feita com responsabilidade e compromisso com a verdade, sob pena de se transformar em caricatura.

DEPUTADO ABIMAEL SANTOS DECLARA APOIO TOTAL A BOLSONARO

Na tarde desta segunda-feira (4), a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro gerou reações intensas em todo o país, especialmente entre seus aliados políticos. Um dos que fizeram questão de se manifestar publicamente foi o deputado estadual Abimael Santos (PL-PE), que declarou apoio absoluto a Bolsonaro e à sua família. Em nota oficial divulgada nas redes sociais, Abimael classificou o momento como “obscuro” para o Brasil e afirmou que “não é mais possível acreditar na seriedade de determinadas instituições”.

O parlamentar não poupou críticas ao atual cenário político e jurídico do país. Segundo ele, a prisão de Bolsonaro representa mais do que uma ação legal: seria parte de uma perseguição orquestrada contra quem representa valores conservadores. “Só nos resta acreditar na justiça divina, a qual nunca erra”, disse o deputado, completando com um apelo à mobilização popular: “Não ficaremos de braços cruzados, precisamos colocar um BASTA em tudo isso que está acontecendo.”

A declaração inflamou apoiadores nas redes sociais e reacendeu debates sobre a política e o papel das instituições democráticas. Abimael, conhecido por seu posicionamento firme ao lado de Bolsonaro, afirmou de forma categórica que “O sistema pode calar uma voz, mas não conseguirá calar o povo! Eles têm uma caneta, mas nós temos corações e mentes focados em transformação!”

Encerrando sua nota, o deputado reforçou seu compromisso com a militância bolsonarista e o projeto político conservador: “NÃO VOU DESISTIR DO BRASIL!”, declarou em letras maiúsculas, ecoando o sentimento de insatisfação de grande parte da base bolsonarista. A declaração de Abimael soma-se a outras manifestações de apoio vindas de parlamentares e lideranças conservadoras, que prometem intensificar mobilizações nos próximos dias.

OPOSIÇÃO INVADE MESAS DA CÂMARA E DO SENADO, LACRA A BOCA E EXIGE ANISTIA A BOLSONARISTAS E IMPEACHMENT DE MORAES

Em um movimento inusitado e de alto teor simbólico, as bancadas de oposição no Congresso Nacional protagonizaram, nesta terça-feira (5), um protesto que transformou o plenário da Câmara dos Deputados e do Senado em palco de disputa política direta com o governo federal e o Supremo Tribunal Federal. Em um gesto extremo, parlamentares da oposição ocuparam as mesas diretoras das duas Casas e anunciaram que permanecerão ali indefinidamente, até que as pautas por eles defendidas sejam apreciadas: os projetos de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Com bocas lacradas por esparadrapo, os deputados e senadores simbolizaram o que chamaram de “silenciamento das liberdades” no país, uma crítica direta ao Judiciário. A performance, embora pacífica no Senado, resultou em tensão e confronto na Câmara. O líder do Governo, deputado Lindbergh Farias (PT), tentou argumentar contra a obstrução, mas acabou envolvido em um tumulto verbal com deputados da oposição, gerando empurrões e gritos no plenário.

A cena mais marcante ocorreu quando o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), vice-presidente da Câmara, sentou-se na cadeira do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarando que assumirá a presidência em caso de ausência do titular e pautará imediatamente a anistia aos bolsonaristas presos. O gesto provocou reações dentro e fora do plenário, uma vez que o regimento interno da Câmara prevê regras rígidas para a substituição da presidência e para a pauta deliberativa.

A articulação, segundo líderes da oposição, foi planejada desde a noite anterior, logo após o ministro Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, agravando o clima de indignação entre seus aliados. Os oposicionistas chegaram ao Congresso decididos a dramatizar o embate institucional, aproveitando a comoção nas redes sociais e o crescente apoio da base bolsonarista.

No Senado, a movimentação liderada por parlamentares como Rogério Marinho (PL-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE) foi mais contida, embora igualmente determinada. Os senadores empunhavam cartazes com frases como "Liberdade para os patriotas" e "Impeachment já", exigindo que o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), não siga “se omitindo” diante do que classificam como perseguição judicial.

A oposição acusa os presidentes da Câmara e do Senado de manobras para evitar a votação de temas que incomodam o STF e o Executivo. Por isso, alegam que só com ações contundentes, como a ocupação das mesas diretoras, será possível forçar a apreciação dos projetos de interesse do seu campo político. Nos bastidores, a estratégia é vista com ceticismo, já que atitudes como essa tendem a perder força com o passar dos dias, seja por desgaste físico ou pela rotina parlamentar.

Apesar da aparência teatral, a iniciativa escancara o nível de tensão entre os Poderes, num momento em que a política nacional se vê atravessada por disputas judiciais, interpretações constitucionais divergentes e uma base bolsonarista que insiste em manter vivo o discurso de resistência contra as decisões do Supremo. O protesto gerou reações imediatas no Palácio do Planalto, que acompanha com cautela os desdobramentos e já articula com os presidentes das Casas uma resposta institucional. Nos corredores do Congresso, a sensação é de que o embate entre oposição e governo, que parecia restrito ao discurso, atingiu um novo patamar.