quinta-feira, 11 de setembro de 2025

MISSA EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE ARMANDO MONTEIRO FILHO

O frei Rinaldo vai celebrar a missa de Ação de Graças de aniversário de nascimento do ex-ministro, ex-deputado e empresário Armando Monteiro Filho (in memoriam) na quinta-feira (11), às 12h, na Igreja Madre de Deus, que reunirá familiares e muitos amigos. Durante a cerimônia religiosa, haverá apresentação da Orquestra Cidadã. Com informações da coluna de Roberta Jungmann, da Folha de Pernambuco

PROGRAMAÇÃO FESTIVA DOS 97 ANOS DE ARCOVERDE CELEBRADOS HOJE

Arcoverde chega aos seus 97 anos de emancipação política em 11 de setembro de 2025, e a data está sendo celebrada com uma programação organizada pela Prefeitura, sob a condução do prefeito Zeca Cavalcanti. O gestor tem destacado o orgulho de comandar a cidade em um momento tão simbólico, ressaltando a força de sua gente e a tradição cultural que fazem de Arcoverde um dos municípios mais importantes do Sertão pernambucano.
As atividades festivas começam cedo, às 6h30, com a Alvorada festiva da Filarmônica Joaquim Belarmino Duarte, que percorrerá ruas da cidade levando música e despertando o sentimento de pertencimento. Às 8h, será realizado o tradicional hasteamento das bandeiras, ato solene que reforça os valores de respeito, civismo e amor à pátria. Logo após, acontece o aguardado Desfile Cívico, que mobiliza instituições militares, educacionais, culturais e sociais, transformando a celebração em um grande encontro da comunidade.

O desfile terá a participação marcante do Exército através do Tiro de Guerra, do 3º Batalhão de Polícia Militar, da Filarmônica Joaquim Belarmino Duarte, do Corpo de Bombeiros e dos Bombeiros Civis, além do Grupo de Socorristas Voluntários de Arcoverde (GSVA). Também estão confirmadas as presenças das Secretarias Municipais de Educação e de Assistência Social, dos Aventureiros e Desbravadores, do Grupo de Idosos Viver Mais, da Escola Antônio Japiassu, do Colégio Imaculada Conceição, do Colégio Carlos Rios, do Colégio Cardeal Arcoverde, do Colégio Santa Dorotéia e da Associação dos Músicos de Sopro de Arcoverde (Amusa). A Erema também integra a programação, junto às bandas marciais Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Professora Jurema e Raízes do Amanhã, além da Banda Musical de Buíque (Bambu), que prometem apresentações de impacto e emoção.

O prefeito Zeca Cavalcanti reforçou que o aniversário de 97 anos é um momento não apenas de comemoração, mas de reafirmação da identidade do povo arcoverdense. Segundo ele, cada detalhe da programação foi pensado para valorizar a história e enaltecer a contribuição de todos que fazem parte da trajetória da cidade. “Arcoverde é feita pela sua gente, pelo talento, pela força e pela união que sempre nos conduziram a grandes conquistas. Essa celebração é de todos os arcoverdenses”, declarou.

Com quase um século de emancipação, Arcoverde segue fortalecendo suas raízes e projetando o futuro, mantendo vivas as tradições que a tornaram referência cultural e econômica no Sertão de Pernambuco. A programação de aniversário é um convite à população para que todos possam juntos festejar e reafirmar o orgulho de ser arcoverdense.

PRISCILA KRAUSE AFIRMA QUE RAQUEL LYRA NÃO SERÁ VICE DE TARCÍSIO EM 2026

Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 10 de setembro, a vice-governadora de Pernambuco, Priscila Krause, tratou de desmentir rumores que vinham circulando sobre uma eventual participação da governadora Raquel Lyra em uma chapa nacional como candidata a vice-presidente ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Segundo Priscila, não há qualquer intenção ou negociação nesse sentido, e a ideia de que Raquel poderia ocupar tal posição se trata apenas de especulação e boatos sem fundamento. A vice-governadora ressaltou que o foco da líder pernambucana permanece na reeleição ao cargo de governadora, assegurando que a decisão do eleitorado local será determinante. Para Priscila, qualquer notícia que sugira o contrário é fruto de “barriga, fofoca e invenção de alguém”, ainda que possa, em parte, refletir o reconhecimento da força política e liderança de Raquel Lyra no cenário regional e nacional.

Priscila Krause enfatizou que a prioridade neste momento é a continuidade do projeto político em Pernambuco e o trabalho de gestão que vem sendo desenvolvido pelo governo estadual. A vice-governadora também destacou que o PSD, partido ao qual ambas são filiadas, possui capacidade política e estrutura para lançar uma candidatura própria à Presidência da República em 2026, sem a necessidade de alianças imediatas com outras legendas. “O PSD vai fazer sua discussão interna e tem toda legitimidade para apresentar um candidato próprio, com quadros preparados não apenas para concorrer, mas para governar o Brasil”, afirmou.

Durante a conversa, Priscila reforçou que a estratégia do partido passa por analisar o cenário nacional e avaliar candidaturas que possam representar os ideais e propostas do PSD, sem deixar de lado a atenção às eleições estaduais e municipais que se aproximam. A vice-governadora também comentou que o partido pretende fortalecer seus nomes e projetos, garantindo protagonismo no debate político e no planejamento de campanhas futuras.

A declaração surge em meio a especulações que envolvem nomes do PSD em alianças e composições políticas nacionais, mas Priscila deixou claro que qualquer negociação fora do contexto estadual está distante da realidade atual. Para ela, o momento é de consolidar o trabalho em Pernambuco, mantendo a governadora Raquel Lyra como candidata natural à reeleição, reafirmando sua liderança e capacidade de conquista junto ao eleitorado.

Priscila Krause concluiu afirmando que, independentemente das articulações políticas em Brasília, Pernambuco continua sendo a prioridade, com atenção total às demandas locais e à continuidade dos programas governamentais que têm impacto direto na vida dos cidadãos. A vice-governadora reforçou a confiança no partido e em seus membros, garantindo que a estratégia eleitoral de 2026 será definida de forma consciente, organizada e em sintonia com os interesses da população pernambucana.

A afirmação de Priscila Krause sobre a governadora Raquel Lyra e sua posição em relação a possíveis composições nacionais traz clareza a rumores recentes, mostrando o alinhamento do PSD com as decisões estaduais e a valorização da liderança local, ao mesmo tempo em que o partido mantém os olhos voltados para o cenário nacional. A articulação política, segundo a vice-governadora, seguirá critérios estratégicos e realistas, respeitando o calendário eleitoral e o julgamento do povo de Pernambuco.

O posicionamento também evidencia o desejo de fortalecer o PSD em âmbito nacional, mas sem comprometer a candidatura e o projeto de reeleição de Raquel Lyra, mantendo uma postura firme frente a especulações e rumores que circulam no ambiente político. Priscila reforçou que qualquer movimentação política será comunicada de forma transparente e com base em fatos concretos, afastando de vez as interpretações precipitadas que, segundo ela, não correspondem à realidade do partido.

O partido segue, portanto, com foco na governança em Pernambuco, na valorização de seus quadros e na construção de estratégias políticas sólidas para os próximos anos, mantendo a atenção tanto ao cenário estadual quanto às oportunidades e desafios que surgem no âmbito nacional.

ARMADO MONTEIRO FILHO: UM SÉCULO DE HISTÓRIA, POLÍTICA E LEGADO PARA PERNAMBUCO, FORAM DESTACADOS NA TRIBUNA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PELO DEPUTADO AUGUSTO COUTINHO

No dia de ontem, quarta-feira, o deputado Augusto Coutinho utilizou a tribuna da Câmara dos Deputados para relembrar a vida e a trajetória de Armando Monteiro Filho, figura que marcou profundamente a política e o desenvolvimento de Pernambuco. Coutinho destacou a importância de preservar a memória de homens públicos que deixaram contribuições significativas, apontando que lembrar esses exemplos é fundamental para inspirar novas gerações a buscar o crescimento do Estado. O motivo da homenagem foi especial: no dia 11 de setembro, Armando completaria 100 anos de nascimento.

Nascido em Recife, em 1925, Armando Monteiro Filho era filho de Armando de Queiroz Monteiro e Maria José Dourado de Queiroz Monteiro. Desde cedo, carregou consigo a herança de uma família ligada à política e ao desenvolvimento econômico. Estudante de engenharia da Universidade do Recife, iniciou sua militância ainda na vida acadêmica, onde demonstrava forte liderança e compromisso com a causa pública. Sua ligação política se fortaleceu ao se casar com Do Carmo, filha do ex-governador Agamenon Magalhães, o que também o inseriu de forma ainda mais intensa no cenário político pernambucano.

Eleito deputado estadual em 1950, Armando não chegou a assumir o mandato devido a impedimentos legais relacionados ao parentesco com o então governador, mas isso não freou sua ascensão. Quatro anos depois, em 1954, alcançou a Câmara Federal com a maior votação de Pernambuco, consolidando-se como uma das vozes mais influentes do seu tempo. Em 1961, no governo de João Goulart, assumiu o Ministério da Agricultura, onde desempenhou papel relevante ao criar instrumentos como o Fundo Agropecuário e regulamentações do Código Florestal, além de fomentar debates sobre reforma agrária.

Em 1962, candidatou-se ao governo de Pernambuco, mas foi derrotado por Miguel Arraes em uma eleição marcada pelo intenso debate sobre o futuro político e social do Estado. Apesar da derrota, não abandonou a vida pública. Com o golpe militar de 1964, aderiu ao MDB e manteve-se ativo na política, sempre com postura firme e conciliadora, tornando-se uma referência ética e democrática em tempos de repressão.

Sua trajetória não se limitou à política. Armando Monteiro Filho também se destacou como empresário, atuando no setor industrial e agropecuário, liderando grupos empresariais e contribuindo para o desenvolvimento regional. Esse equilíbrio entre a vida pública e privada consolidou sua imagem como homem de visão ampla, capaz de compreender os desafios do país sob diferentes perspectivas.

Armando faleceu em janeiro de 2018, aos 92 anos, deixando um legado que atravessa décadas e permanece vivo no imaginário político de Pernambuco. Em 2002, foi reconhecido nacionalmente ao ser admitido à Ordem do Mérito Militar, no grau de Cavaleiro especial. Hoje, seu nome volta a ocupar o debate público, seja através de homenagens legislativas que resgatam sua importância, seja no centenário que convida a refletir sobre seu exemplo de integridade, compromisso e trabalho.

A lembrança feita por Augusto Coutinho não se resume a um discurso, mas sim a um gesto de resgate histórico de alguém que, como deputado, ministro, empresário e homem de família, deixou marcas indeléveis na vida política e econômica de Pernambuco e do Brasil. Celebrar os 100 anos de Armando Monteiro Filho é revisitar um capítulo essencial da nossa história, em que coragem, inovação e compromisso social caminharam lado a lado.

FILHOS DE BOLSONARO BUSCAM ANULAÇÃO DE JULGAMENTO DE BIGU APÓS VOTO DE LUIZ FUX

Os filhos de Jair Bolsonaro se movimentaram nos últimos dias para tentar reverter o andamento do processo que investiga a participação do ex-presidente em uma suposta trama de golpe, apresentando um pedido formal de anulação do julgamento após o ministro Luiz Fux manifestar-se sobre a falta de competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar a ação penal. Flávio, Eduardo e Jair Renan Bolsonaro sustentam que a ação deveria ter sido analisada pelo Plenário da Corte e não pela Primeira Turma, considerando o voto de Fux como um ponto de apoio estratégico para contestar eventuais condenações.

Em declarações recentes, o senador Flávio Bolsonaro destacou que há “nulidades incontestáveis” no processo, ressaltando a fragilidade do julgamento conduzido pela Turma. Já o vereador Jair Renan afirmou que o que ocorre configura uma verdadeira “inquisição”, criticando a condução do caso. Por sua vez, Eduardo Bolsonaro reforçou os argumentos, citando diretamente palavras do ministro Fux: “Já houve casos em que o STF anulou processos inteiros por incompetência. Aqui, estamos diante de uma incompetência absoluta, impossível de ser ignorada”, enfatizando a gravidade da situação e o potencial efeito positivo para a defesa de seu pai.

Durante a sessão, os filhos não acompanharam o ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar em Brasília. Flávio participava de compromissos no Senado, enquanto Jair Renan estava em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e Eduardo permanece nos Estados Unidos desde fevereiro, mantendo distância física, mas atuando politicamente nos bastidores.

Aliados próximos da família Bolsonaro veem o voto de Fux como um alívio estratégico, avaliando que ele oferece novas chances de recurso em caso de condenação, aumentando o otimismo da defesa. Apesar disso, fontes internas indicam que o ex-presidente mantém certo pessimismo, reconhecendo que a responsabilização judicial ainda é uma possibilidade concreta.

Segundo pessoas próximas, Bolsonaro busca transmitir calma diante de aliados, mas revela preocupação com cenários mais graves, incluindo a possibilidade de ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda. Assessores tentam minimizar o impacto, apresentando alternativas consideradas menos drásticas, como detenção em presídios militares ou nas instalações da Polícia Federal, mantendo a estratégia de proteção legal enquanto o caso se desenrola no Supremo.

A movimentação dos filhos evidencia a articulação política e jurídica que cerca o ex-presidente, demonstrando a tentativa de reverter decisões desfavoráveis e explorar brechas processuais. Ao mesmo tempo, o cenário revela tensão e incerteza, com todos os envolvidos monitorando de perto cada desenvolvimento da Corte e ajustando estratégias conforme os votos e posicionamentos dos ministros.

A dinâmica do caso reforça o caráter complexo do processo, no qual interesses familiares, jurídicos e políticos se entrelaçam, mostrando como decisões individuais dos ministros podem impactar diretamente a trajetória de figuras públicas de alto perfil. A atuação dos filhos de Bolsonaro é, portanto, tanto um movimento legal quanto político, buscando assegurar que eventuais nulidades sejam reconhecidas e que a defesa do ex-presidente mantenha alternativas de recurso robustas diante da Suprema Corte.

PERNAMBUCO PROMULGA LEI ESTADUAL CONTRA EROTIZAÇÃO E ADULTIZAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Pernambuco marca um importante avanço na proteção dos direitos infantojuvenis com a promulgação da Lei Estadual que estabelece punições rigorosas para instituições que incentivem a erotização ou a adultização de crianças e adolescentes. A partir desta quinta-feira, 11 de setembro, o estado passa a contar com um instrumento legal que prevê multas e sanções administrativas contra práticas que atentem contra a integridade física, emocional e moral dos menores. A iniciativa é fruto do Projeto de Lei 3162/2025, de autoria do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa, que recebeu aprovação unânime dos parlamentares em duas votações na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O PL foi encaminhado à governadora Raquel Lyra no dia 21 de agosto para sanção, mas, próximo de se completar o prazo legal de 15 dias para decisão, o projeto retornou à Alepe sem qualquer posicionamento oficial. Segundo a Constituição Estadual, diante da ausência de manifestação da chefe do Executivo, coube ao presidente da Assembleia, Álvaro Porto, promulgar a proposição, transformando-a automaticamente em lei. A legislação define como passível de punição qualquer instituição, pública ou privada, que desenvolva ações, campanhas ou programas voltados à sexualização precoce de menores, estabelecendo parâmetros claros para fiscalização e responsabilização administrativa. Além das penalidades financeiras, o texto prevê medidas educativas e corretivas, garantindo que os espaços frequentados por crianças e adolescentes mantenham um ambiente saudável, seguro e adequado à sua faixa etária. Em pronunciamento, o deputado Feitosa destacou a importância da medida para o fortalecimento da família e para a preservação da infância, enfatizando que a lei protege o “bem maior” da sociedade: filhos e netos. A proposta também reforça a necessidade de conscientização de educadores, gestores e responsáveis, chamando atenção para práticas que podem contribuir para a exploração ou exposição sexual de menores. Especialistas apontam que a legislação chega em um momento de crescente debate nacional sobre a proteção dos direitos das crianças e adolescentes frente a conteúdos digitais, publicidade e iniciativas institucionais que podem impactar negativamente o desenvolvimento saudável. O PL 3162/2025 contou com ampla mobilização de parlamentares e sociedade civil, refletindo a preocupação coletiva com a segurança e bem-estar das novas gerações. Com a promulgação, Pernambuco passa a integrar um grupo de estados que adotam medidas preventivas e punitivas contra a erotização infantil, reforçando políticas públicas voltadas à infância e adolescência. A lei estabelece mecanismos de monitoramento e fiscalização contínuos, prevendo a atuação conjunta entre órgãos de proteção à criança, conselhos tutelares e secretarias estaduais. Instituições infratoras terão prazo para se adequar às normas, sob pena de aplicação de multas progressivas e restrições administrativas. O impacto da lei também se estende a campanhas educativas, que serão incentivadas para orientar famílias e profissionais sobre limites e direitos das crianças. Além de punir, o instrumento legal busca fomentar a cultura de proteção e respeito à infância em todo o estado. O deputado Feitosa reafirmou que a lei não apenas responsabiliza, mas também educa, criando uma rede de cuidado para crianças e adolescentes. O marco legal representa uma vitória histórica para Pernambuco e um passo decisivo na luta pela proteção integral de menores.

FALA DE FUX CAI COMO UMA LUVA NAS MÃOS DE TRUMP

O voto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), está causando impacto além de Brasília. Ao defender que o STF não tem competência para julgar Jair Bolsonaro, Fux deu força à narrativa de perseguição política usada por Donald Trump.

Segundo o colunista Octavio Guedes, um colega de Fux no STF disse que o discurso do ministro se encaixa perfeitamente na estratégia de Trump, que alega que Bolsonaro é alvo de um processo injusto.

Esse movimento ocorre em meio a tensões. Em julho, os EUA aplicaram sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, usando a Lei Magnitsky, que pune autoridades estrangeiras por supostas violações de direitos humanos.

A mensagem de Trump foi clara: pressionar o STF faz parte da estratégia para proteger Bolsonaro.

Assim, a fala de Fux acaba reforçando o discurso de perseguição política, apoiando a narrativa de Trump e aumentando a pressão dos EUA sobre o STF, que já enfrenta críticas dentro e fora do Brasil.

Fux argumentou que o STF não deveria julgar o caso porque os réus, como Bolsonaro, não têm mais foro privilegiado.

Ele também sugeriu que, se o STF for julgar, o caso deveria ir para o plenário, com 11 ministros, e não para a Primeira Turma, com apenas cinco.

"Sinteticamente, ao que vou me referir é que não estamos julgando pessoas que têm prerrogativa de foro, estamos julgando pessoas sem prerrogativa de foro", afirmou Fux. "Meu voto é no sentido de reafirmar a jurisprudência dessa corte. Concluo, assim, pela incompetência absoluta do STF para o julgamento desse processo, na medida que os denunciados já havia perdidos seus cargos."
Fux também concordou com a defesa, que reclamou de dificuldades para acessar os documentos do processo a tempo de preparar a defesa.

"Em razão da disponibilização tardia de um tsunami de dados, sem identificação com antecedência dos dados, eu acolho a preliminar de violação constitucional de ampla defesa e declaro cercamento de defesa", prosseguiu

CRISE DIPLOMÁTICA: AMORIM REBATE AMEAÇA DOS ESTADOS UNIDOS E DEFENDE SOBERANIA BRASILEIRA

O embaixador Celso Amorim, principal conselheiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos de política externa, avaliou como grave a declaração feita pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que afirmou que os Estados Unidos “não têm medo de usar o poder econômico e militar para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo”. A fala, dada em resposta a uma pergunta sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, repercutiu de imediato no Brasil e foi classificada como uma ameaça direta contra a democracia brasileira. Amorim destacou que, mesmo que a manifestação não represente uma decisão formal do governo norte-americano, não deixa de ter peso por partir da Casa Branca.

O conselheiro lembrou que, em momentos delicados, qualquer sinal de hostilidade vindo de Washington deve ser levado em consideração, já que pode influenciar o cenário internacional e a percepção de estabilidade política no Brasil. A polêmica foi intensificada pela decisão do presidente americano, Donald Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, condicionando sua retirada ao fim dos processos contra Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. O governo brasileiro rejeitou prontamente a pressão, reafirmando que não aceitará ingerência externa em temas que dizem respeito à ordem constitucional do país.

Amorim declarou não acreditar que os Estados Unidos coloquem em prática uma ação militar contra o Brasil, pois tal movimento violaria o direito internacional e a soberania de um Estado democrático. Ainda assim, reforçou que vivemos em um mundo imprevisível e que ameaças como essa não podem ser desprezadas. Segundo ele, a retórica de Washington deve ser entendida no contexto de uma conjuntura global marcada por tensões políticas e econômicas, mas é necessário que haja firmeza na defesa das instituições nacionais.

O Itamaraty, em nota oficial divulgada após as declarações de Leavitt, condenou veementemente qualquer possibilidade de sanção econômica ou ameaça de uso da força contra o Brasil. O comunicado frisou que a democracia brasileira é sólida e não se curva a intimidações externas, reforçando o compromisso do país com a preservação do diálogo diplomático, mas sem abrir mão de sua autonomia. O episódio se soma a uma série de atritos recentes entre Brasília e Washington, ampliando o clima de desconfiança e alimentando debates sobre os rumos da política externa nos próximos meses.