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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

PERNAMBUCO ABATE O IPVA, MAS ALERTA SOBRE IMPACTO MILIONÁRIO AOS MUNICÍPIOS ACENDE SINAL DE ALERTA NA ALEPE

O ano de 2024 marcou um divisor de águas na política tributária do Governo de Pernambuco. O Estado decidiu intervir diretamente no bolso dos proprietários de veículos ao reduzir de forma inédita as alíquotas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Com a mudança, Pernambuco assumiu o posto de menor carga tributária do Nordeste sobre o imposto, derrubando percentuais que antes chegavam ao teto de 4% e agora variam entre 1% e 2,4%.

A decisão partiu do Poder Executivo, em movimento antecipado às propostas já em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Além de diminuir as alíquotas, o decreto ampliou o alcance social dos benefícios: mototaxistas e veículos elétricos passaram a ser isentos, enquanto pessoas com deficiência foram contempladas com um processo desburocratizado — a concessão e renovação agora ocorrem automaticamente, desde que atendidas as exigências legais. O pacote também estendeu o parcelamento do imposto de três para até dez vezes e manteve o desconto de 7% para pagamento em cota única. Mais que um gesto econômico, uma estratégia de permanência e circulação de riqueza no próprio território: incentivar a compra e o emplacamento no Estado, fortalecendo setores locais e atraindo receita para comércio e serviços.

Entretanto, o avanço, celebrado por grande parte dos contribuintes, colide com outra preocupação de alcance municipal. Em paralelo às decisões já implementadas pelo Executivo, seguem em discussão na Alepe projetos que pretendem ampliar a lista de isentos: motoristas de aplicativo, motocicletas de até 170 cilindradas e automóveis com mais de 15 anos de fabricação. Uma ampliação que, somada ao já concedido, pode custar caro ao pulmão fiscal. Estimativas projetam perda de R$ 500 milhões — cerca de 25% de todo o montante previsto com o IPVA em 2026, estimado em R$ 2 bilhões.

É nesse ponto que a tranquilidade do contribuinte encontra a inquietação dos gestores municipais. Pela Constituição, 50% de toda arrecadação do IPVA pertence aos municípios onde os veículos são licenciados. Só em outubro, pouco mais de R$ 41 milhões foram distribuídos às cidades pernambucanas, sendo o Recife o maior beneficiado, com cerca de R$ 14 milhões. Valor decisivo para saúde, educação, mobilidade e para a engrenagem cotidiana que move servidores e serviços públicos.

Na audiência pública de 5 de novembro, conduzida na Comissão de Finanças da Alepe, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Marcelo Gouveia, deu voz ao ponto nevrálgico da discussão: o equilíbrio fiscal. Sem negar a importância do incentivo ao trabalhador, Gouveia enfatizou o risco de um descompasso entre renúncia e compensação. “A Amupe não é contra benefícios aos trabalhadores, mas é preciso que venham acompanhados de medidas compensatórias. Quando se reduz a arrecadação dos municípios, faltam recursos para áreas que atendem justamente esses trabalhadores. Os municípios vêm sendo sufocados com cada vez mais novas atribuições e cada vez menos recursos”, alertou.

O IPVA, que costuma ocupar o imaginário coletivo apenas no início do ano, agora vira centro de debate político e econômico. A redução das alíquotas envolve muito mais que o alívio financeiro imediato: trata-se de repensar o modelo de tributação, as contrapartidas e a capacidade real dos municípios de honrar compromissos essenciais diante de um cenário de cortes sucessivos.

As ruas recebem a notícia como desafogo, mas no plenário, o tom é de cautela. O desafio que desponta à frente do Executivo e do Legislativo é combinar justiça tributária com responsabilidade fiscal, sem sufocar a máquina que garante, nos municípios, aquilo que torna o Estado vivo: políticas públicas, atendimento diário, serviços básicos e a engrenagem invisível que sustenta a rotina coletiva.

ROMERO SALES FILHO SELA ALIANÇA DE PESO EM TAMANDARÉ E REDESENHA O TABULEIRO POLÍTICO DO LITORAL SUL

A movimentação política em Tamandaré ganhou um novo capítulo de relevância com a chegada do ex-prefeito Paulinho de Zuega ao grupo de apoio do deputado estadual Romero Sales Filho. A adesão, articulada de forma silenciosa, porém estratégica, reposiciona forças e consolida uma frente de peso no litoral sul, ampliando o raio de influência do parlamentar em um dos municípios mais disputados da região.

Paulinho de Zuega, nome com histórico de protagonismo e presença marcada na política tamandareense, desembarca no palanque de Romero para se somar ao apoio já firmado pelo atual prefeito, Carrapicho. O encontro das duas maiores referências políticas locais — um pelo exercício da gestão e outro pelo legado de condução administrativa — cria não apenas um respaldo eleitoral, mas também uma simbologia de conciliação, força e continuidade.

A chegada de Paulinho ao bloco liderado por Romero não foi tratada como um simples gesto de adesão. Nos bastidores, a movimentação é interpretada como um reposicionamento estratégico que pode definir rumos, compor cenários e influenciar diretamente as disputas futuras no município. Com o atual prefeito e um ex-prefeito no mesmo palanque, o deputado passa a comandar uma das alianças mais robustas e expressivas do litoral sul, construindo uma base que dialoga com experiência, liderança e controle territorial.

Enquanto outros grupos observam a movimentação com cautela, o núcleo de Romero trabalha na consolidação de uma estrutura que transcende o período eleitoral e projeta influência para os próximos ciclos políticos. A costura com Paulinho de Zuega, somada ao apoio de Carrapicho, reposiciona o deputado não apenas como aliado, mas como polo articulador de decisões e agendas em Tamandaré.

No município, o gesto repercute como confirmação de um alinhamento que vem sendo desenhado com firmeza e discrição: um projeto político que reúne quem já governou e quem governa, quem conhece o território e quem amplia sua voz no Estado. O litoral sul, com essa nova composição, passa a enxergar Romero Sales Filho não apenas como visitante estratégico, mas como presença consolidada e, agora, indiscutivelmente central.

SEGURANÇAS DA CÂMARA AGRIDEM 4 DEPUTADOS, DIZEM CONGRESSISTAS

A Câmara dos Deputados foi palco de confusão nesta quarta-feira (9/12) após o deputado Glauber Braga (PSol), alvo de um processo de cassação, sentar-se na cadeira da presidência.

A Polícia Legislativa interveio para tentar tirar o parlamentar do assento. Congressistas de diferentes partidos reclamam que quatro parlamentares se machucaram durante a truculenta ação dos agentes de segurança: Glauber Braga (PSol), Sâmia Bonfim (PSol), Célia Xakriabá (PSol) e Renildo Calheiros (PCdoB).

“Eu subi para tentar intermediar, mas não consegui em meio à ação truculenta dos agentes”, relatou à coluna o líder do governo, José Guimarães (PT). “Os policiais machucaram deputados e jornalistas”, confirmou Duda Salabert (PDT).

Durante a ação, o repórter Armando Holanda, do Metrópoles, foi jogado ao chão por integrantes da Polícia Legislativa e machucou o pé, enquanto tentava registrar o episódio em vídeo.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

NOVA VACINA CONTRA A DENGUE: VEJA QUEM SERÁ IMUNIZADO PRIMEIRO

O Ministério da Saúde definiu, nesta terça-feira (9), as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue. O imunizante nacional, produzido pelo Instituto Butantan, é o primeiro de dose única do mundo. Já foram produzidas 1,3 milhão de doses e a previsão é de que sejam disponibilizadas até o fim de janeiro de 2026. 

O anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha que informou que, no primeiro momento, as doses serão destinadas aos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde e nas visitas às comunidades.

“A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais”, afirmou Padilha. Com o aumento da produção e a ampliação da oferta, a vacinação será estendida para o público geral, ofertada através do SUS. Conforme a estratégia divulgada, o atendimento começará pelos adultos mais velhos, com 59 anos, e será gradualmente ampliada para as demais faixas etárias até chegar ao público de 15 anos de idade. A vacina disponível atualmente, aplicada em duas doses e que seguirá destinada a adolescentes de 10 a 14 anos.

Eficácia

Com base nos estudos apresentados e avaliações técnicas da Anvisa, a vacina possui eficácia de 74,7% contra dengue sintomática em pessoas de 12 a 59 anos e 89% de proteção contra formas graves e com sinais de alarme. Estima-se que, ao chegar a uma adesão de 40% a 50% desta população na vacinação, haverá impactos significativos no controle da doença.

RIVA BEZERRA ROMPE O SILÊNCIO E ACUSA VICE-PREFEITO DE ARTICULAR “GOLPE POLÍTICO” EM CEDRO

O clima político em Cedro atingiu seu ponto mais tenso desde o início da gestão da prefeita Riva Bezerra (PSD). Após a apresentação, pelo vice-prefeito Antonio Leite (Republicanos), de uma denúncia na Câmara Municipal que busca a cassação do mandato da gestora, Riva elevou o tom e classificou a iniciativa como uma tentativa explícita de ruptura democrática.

A prefeita afirmou que o vice-prefeito constrói um movimento articulado e sustentado unicamente pela ambição de alcançar, sem voto, o comando do Executivo. Em discurso contundente, Riva atribuiu ao vice o papel de “conspirador golpista”, apontando que a denúncia carece de materialidade e nasce da frustração política de quem, segundo ela, “não passaria pelo crivo das urnas em uma nova disputa”.

A denúncia apresentada depende de 6 votos no Legislativo para prosperar — número equivalente a dois terços da Casa. A votação, prevista para os próximos dias, já movimenta a base governista e expõe fissuras no bloco de sustentação do vice-prefeito. Mesmo dentro de sua própria família e partido, Antonio Leite enfrenta resistência. Seu irmão, o vereador Miguel Leite (Republicanos), não apenas rejeitou publicamente a possibilidade de cassação como reafirmou apoio à continuidade da gestão municipal.

Ao lado dele, os vereadores Mika (Avante) e Silvia Bezerra (PSD) também se colocaram firmemente contra o processo, criticando o que chamam de “manobra sem legitimidade eleitoral”. O foco da atenção, agora, recai sobre o vereador Nego do Barro Branco (PSD), eleito na coligação que conduziu Riva à Prefeitura. O parlamentar ainda não se posicionou, e seu voto é tratado como decisivo. Caso ele opte por apoiar o vice-prefeito, a hipótese de perda do mandato por infidelidade partidária entra imediatamente em debate jurídico e político.

Riva, que tenta estabilizar os ânimos e evitar que o confronto se amplifique para além do Legislativo, sustenta que o episódio marca um capítulo perigoso da política municipal. Para ela, trata-se não apenas de uma disputa de poder, mas de um sinal de alerta sobre práticas que tentam se impor contra a escolha soberana dos eleitores. Em tom firme, a prefeita assegurou que buscará todas as vias legais para impedir o que chama de tentativa de subversão institucional e desrespeito à vontade popular.

Sem precedentes recentes de tamanho desgaste público entre titular e vice no município, Cedro agora se observa diante de um enredo que mistura estratégia, sobrevivência política e riscos de ruptura no comando administrativo. A sessão de votação promete lotar a Câmara e se transformar no ponto de virada da crise — seja com a legitimação da permanência da prefeita, seja com o fortalecimento do movimento que tenta retirá-la do cargo.

Enquanto isso, no centro da disputa, Riva Bezerra reitera que não recuará. E faz questão de frisar que, nesta batalha, não está apenas defendendo sua cadeira, mas “a própria integridade do voto cedrense”.

PREFEITURA DE ARCOVERDE REAFIRMA COMPROMISSO, TRANSPARÊNCIA E RESPEITO AOS PRESTADORES, EM MEIO A ATAQUES INFUNDADOS

Arcoverde não é palco para especulações, nem para narrativas construídas sem responsabilidade. Diante das acusações propagadas pelo jornalista Ricardo Antunes, insinuando inexistentes “calotes” por parte da gestão municipal, a Prefeitura de Arcoverde respondeu com firmeza e equilíbrio, reafirmando a conduta correta que tem marcado a administração do prefeito Zeca Cavalcanti desde o início.

A Secretaria de Comunicação, sob a coordenação da competente Gabrielle Almeida, desmontou, de forma clara e responsável, a tentativa de transformar processos administrativos regulares — previstos em lei e comuns a qualquer gestão pública — em cenário sensacionalista. A administração não funciona por impulso midiático, mas por prazos legais, controle de contas, acompanhamento técnico e respeito total aos recursos públicos.

O Blog do Edney, parceiro institucional do município e testemunha direta da organização da atual gestão, reitera sem ressalvas a postura correta, transparente e respeitosa da Prefeitura de Arcoverde. Em nenhum momento, desde que esta administração assumiu, verificamos desrespeito, omissão, falta de diálogo ou qualquer prática que pudesse configurar atraso proposital ou má-fé com prestadores, inclusive os do setor de comunicação — categoria que tantas vezes, em outras cidades e governos, enfrenta desconsideração e silêncio.

Ao contrário do que foi disseminado, não há falta de pagamento, não há negligência e não há “cinismo”. Há processo administrativo, legalidade, diálogo constante e respeito aos profissionais que prestam serviço ao município. A secretaria comandada por Gabrielle Almeida se destaca exatamente por isso: comunicação acessível, organizada, técnica e transparente — muito distante do tom acusatório e distorcido empregado contra a gestão.

A crítica vazia, lançada sem ouvir a fonte oficial, fere não a imagem do governo, mas o princípio básico do jornalismo responsável: consultar, checar, confrontar versões e só então publicar. Narrativa sem lastro não é análise — é tentativa de desgaste.

O Blog do Edney, que acompanha de perto a rotina da administração, reafirma que a Prefeitura vem atuando com seriedade exemplar. Não faltam informação, diálogo, abertura, nem conduta institucional correta. Falta, sim, reconhecimento de quem prefere atacar antes de apurar.

Arcoverde segue trabalhando, com o prefeito Zeca Cavalcanti liderando com equilíbrio e respeito público, e com uma comunicação que não cede ao espetáculo, mas prioriza a verdade, o rito legal e a transparência contínua.

A verdade é simples, e permanece:
a cidade está bem conduzida, com legalidade, diálogo e organização — sem ruído, sem invenção e sem desrespeito.

O trabalho segue. E segue corretamente.

CÂMARA DE AMARAJI APLICA DERROTA POLÍTICA A ALINE GOUVEIA E REPROVA CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2021

A manhã desta terça-feira (10) marcou um dos capítulos mais determinantes da vida pública de Amaraji, quando o plenário da Câmara Municipal confirmou, com 6 votos a 3, a reprovação das contas da ex-prefeita Aline Gouveia referentes ao exercício financeiro de 2021. A decisão, embora esperada por parte da classe política, ganhou contornos mais densos ao acompanhar integralmente o parecer técnico do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, órgão que apontou falhas na condução orçamentária, lacunas de execução e elementos considerados incompatíveis com os princípios da responsabilidade fiscal.

A sessão, híbrida e acompanhada por moradores tanto no prédio legislativo quanto de forma virtual, expôs não apenas a avaliação numérica de receitas e despesas, mas a tensão política acumulada ao longo dos últimos meses. Vereadores que defenderam o voto contrário às contas alegaram que não se tratava de perseguição, mas de rigor institucional, ressaltando que “o interesse público exige postura, e não concessões”. Já os votos pela aprovação se ampararam no argumento de que eventuais inconsistências poderiam ter sido sanadas sem desembocar na penalidade máxima, apontando a decisão como “mais política do que técnica”.

Com a reprovação sacramentada, Aline Gouveia se vê agora diante de um cenário que pode afetar diretamente seu futuro eleitoral. A eventual inelegibilidade passa a integrar o horizonte imediato, embora ainda dependa de novas avaliações jurídicas e das instâncias que reexaminarão o processo. Para os setores da sociedade civil organizada, o episódio reforça a necessidade de vigilância contínua sobre os destinos da máquina pública e de participação ativa no acompanhamento das contas municipais.

Em Amaraji, a votação desta terça-feira ultrapassou o campo do balanço contábil: tornou-se um alerta público, político e simbólico sobre os limites da gestão e a responsabilidade diante do orçamento coletivo, consolidando um recado que ecoa pelos corredores do poder — em tempos de cobrança social elevada, o peso da assinatura no diário oficial pode definir não apenas um mandato, mas uma trajetória inteira.

CASSAÇÃO POR FALTAS: HUGO MOTTA ACIONA MECANISMO QUE PODE EXPULSAR EDUARDO BOLSONARO DA CÂMARA

A tarde desta terça-feira (9) marcou um divisor de águas no plenário da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou publicamente que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ultrapassou o limite tolerado de ausências sem justificativa e, por consequência, abriu oficialmente o processo que pode resultar na perda imediata do mandato parlamentar. A fala de Motta veio com objetividade cirúrgica: Eduardo soma mais de 53 faltas não justificadas, enquanto permanece no exterior por escolha pessoal, residindo nos Estados Unidos e sem participação efetiva no trabalho legislativo. A condição, segundo o presidente da Câmara, fere diretamente o princípio de presença obrigatória e inviabiliza o exercício de mandato em território estrangeiro, ainda que remotamente.

Diante da constatação formal, Motta informou que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro terá o direito de apresentar defesa, mas dentro de uma margem apertada: apenas cinco sessões. Trata-se de um período curto, calculado para que o processo não se arraste e para que a Casa dê resposta institucional imediata a um caso que se desdobrou ao longo de 2025, com sucessivas ausências e tentativas frustradas de atuação remota. Eduardo, segundo a própria Mesa Diretora, não conseguiu justificar sua continuidade fora do país após o término de sua licença inicial, o que fez com que, desde julho, todas as faltas passassem a compor o cálculo oficial de ausência.

Hugo Motta reforçou que não se trata de um embate político, mas de cumprimento integral do regimento. O dispositivo constitucional que prevê cassação por faltas não é simbólico: ele existe para impedir que o mandato seja tratado como título e não como função ativa. Por isso, diferentemente de processos que dependem de julgamento no plenário ou análise de condenações judiciais, este caso será decidido diretamente pela Mesa, com rito administrativo e sem margem para postergação. A previsão divulgada é de que o desfecho ocorra até a próxima semana, mantendo a linha de celeridade estabelecida pelo comando da Casa.

Nos bastidores, a movimentação repercute como alerta a toda bancada que circula entre viagens, agendas paralelas e presença inconsistente na rotina legislativa. A possível cassação de Eduardo Bolsonaro, caso confirmada, terá efeito simbólico imediato: consolida a postura da atual presidência em relação à disciplina parlamentar, ao mesmo tempo em que expõe o desgaste político de uma das figuras centrais do bolsonarismo no Congresso Nacional. Em um momento sensível, a ausência de Eduardo deixa de ser apenas um registro burocrático e passa a integrar um capítulo decisivo na história recente do Legislativo, com a própria Câmara reafirmando que mandato é assento, presença e função — não assinatura, sobrenome ou herança política.