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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O ARCO QUE MUDA O JOGO EM PERNAMBUCO

Por Edney Souto

O que está prestes a acontecer hoje, no município de Moreno, vai muito além de uma cerimônia de assinatura. Às 10h30, quando a governadora Raquel Lyra (PSD) autorizar oficialmente o início das obras do trecho sul do Arco Metropolitano, com a presença do ministro dos Transportes, Renan Filho, não será apenas um ato administrativo. Será, de fato, o momento em que uma promessa que atravessou governos, frustrações e expectativas finalmente sai do papel e começa a tomar forma no chão de Pernambuco.

O Arco Metropolitano sempre foi tratado como uma necessidade óbvia para o desenvolvimento do Estado, mas paradoxalmente permaneceu como um projeto engavetado por mais de uma década. Ele foi prometido ainda na época em que a Fiat se instalou em Goiana, na Mata Norte, gerando um novo fluxo industrial que precisava de infraestrutura adequada. O discurso era forte, mas a execução nunca avançava. Cada governo explicava o atraso à sua maneira, entre alegações de entraves burocráticos, falta de recursos ou de articulação política. O fato é que o tempo passou, os gargalos aumentaram e Pernambuco ficou devendo essa obra a si mesmo.

Por isso o ato de hoje ganha um peso que extrapola qualquer protocolo. É no governo de Raquel Lyra que uma das obras mais estratégicas do Estado finalmente começa — e isso não acontece por acaso. O trecho sul, que vai ligar a BR-232, em Moreno, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho, representa um investimento aproximado de R$ 600 milhões, valores que se traduzem em emprego, renda, movimentação econômica e, sobretudo, solução para um problema que há muito tempo sufoca o trânsito de cargas e pessoas na Região Metropolitana.

Quando concluído, esse primeiro trecho deverá melhorar de forma concreta o fluxo de veículos que hoje se espremem pelas vias tradicionais. Suape, que já é um dos motores econômicos de Pernambuco, ganhará novos caminhos para o escoamento da produção, diminuindo custos logísticos e aumentando sua competitividade. Na ponta final, isso significa mais empresas interessadas em se instalar no Estado, ampliando o ciclo de desenvolvimento.

Mas a importância simbólica da obra talvez seja tão grande quanto a estrutural. Realizar o trecho sul torna inevitável a cobrança — e consequentemente a execução — do trecho norte. É nele que estão os maiores desafios ambientais e sociais, especialmente as resistências de ambientalistas e comunidades locais. No entanto, ao destravar a primeira etapa, a governadora envia um recado claro: Pernambuco não vai mais esperar indefinidamente. Há diálogo com os órgãos ambientais, há mediação política e há vontade de fazer. E quando o Estado começa a andar, os obstáculos ficam menores.

Raquel Lyra, ao comentar recentemente o Arco Metropolitano, afirmou que a obra será “um legado tão importante quanto foi a duplicação da BR-232 entre Recife e São Caetano”. A comparação não é mera retórica. A duplicação da BR-232 marcou profundamente a gestão Jarbas Vasconcelos e até hoje é lembrada como uma das intervenções mais transformadoras da história recente do Estado. A construção do Arco Metropolitano, especialmente sendo iniciada após tantos anos de espera, tem tudo para ser o marco equivalente da atual governadora.

Legado é isso: algo que permanece, que muda trajetórias, que transforma realidades. O Arco Metropolitano é parte de uma Pernambuco que se recusa a ficar parada enquanto o mundo avança. E a obra começa hoje — diante dos olhos de quem esperou muito e já não acreditava tanto. Raquel Lyra, ao fincar esse projeto no Grande Recife, não apenas cumpre uma promessa antiga, mas reposiciona o Estado no mapa da infraestrutura nacional.

A partir de agora, o que antes era apenas papel começa a virar estrada. E estrada, em Pernambuco, sempre foi símbolo de mudança, de progresso e de futuro. Hoje, o Arco começa a mudar o jogo.

ALÔ SALOÁ: HOJE O CÉU VAI PARAR PARA A CHEGADA DO PAPAI NOEL DE HELICÓPTERO!

Saloá amanheceu com um clima de expectativa especial. O prefeito Júnior de Rivaldo te convida para viver, junto com toda a cidade, a grande festa que marca oficialmente a chegada do período mais encantado do ano. Nesta sexta-feira, 12 de dezembro, a Prefeitura realiza a Abertura do Natal com a já tradicional e emocionante chegada do Papai Noel de helicóptero, um espetáculo que transformou Saloá em referência regional quando o assunto é celebração natalina.

O convite do prefeito não é apenas um chamamento para um evento: é um chamado para participar de um momento que une famílias, emociona crianças, fortalece a cultura local e reforça o espírito comunitário. A partir das 15h, na Praça de Eventos Agamenon Magalhães, o céu da cidade será o palco onde a magia do Natal pousará novamente, reacendendo o brilho no olhar de quem acompanha essa tradição marcante ano após ano.

O cartaz oficial da Prefeitura reforça a grandiosidade do evento, destacando data, horário e o local onde tudo acontece, sob a assinatura do lema “Governo do povo para o povo”. Há dias a equipe municipal se prepara para repetir (e superar) o sucesso das edições anteriores, organizando decoração, estrutura, programação cultural e todo o ambiente que antecede o momento mais esperado: o helicóptero surgindo no horizonte com o bom velhinho acenando para a multidão.

Nos últimos anos, a chegada aérea de Papai Noel se tornou um dos acontecimentos mais emocionantes da história recente de Saloá. Crianças saltam, gritam, apontam para o céu; pais e mães registram cada segundo; comerciantes comemoram o movimento; e a cidade inteira vibra com uma energia que só o Natal consegue despertar. Tudo indica que, hoje, esse espetáculo vai se repetir com ainda mais intensidade.

O prefeito Júnior de Rivaldo destaca que o objetivo é proporcionar uma tarde inesquecível, celebrando não apenas o Natal, mas também a união, o cuidado com as famílias e o compromisso de manter viva uma tradição que virou patrimônio afetivo do município.

E assim, quando o relógio marcar a metade da tarde, Saloá vai parar. O som das hélices vai anunciar aquilo que todos esperam: ele chegou. E, mais uma vez, o bom velhinho vai desembarcar trazendo alegria, emoção e o início oficial das festividades natalinas no coração da cidade.

ÁGUAS BELAS SELA UM NOVO CAPÍTULO DE GESTÃO COM O 1º FÓRUM COMUNITÁRIO DO SELO UNICEF

Águas Belas vive um momento de consolidação política e administrativa que, para muitos moradores, já pode ser sentido no dia a dia. Nesta semana, o município realizou o 1º Fórum Comunitário do Selo UNICEF, iniciativa que não apenas cumpre uma etapa formal, mas escancara uma nova postura da gestão municipal: menos discurso e mais entrega.

O evento reuniu equipes de várias áreas estratégicas — Assistência Social, Educação, Saúde, Juventude, NUCA e Infraestrutura — num encontro que demonstrou sintonia, planejamento e foco em resultados. A presença do prefeito Dr. Elton Martins reforçou o simbolismo do fórum como um divisor de águas na condução das políticas voltadas para crianças e adolescentes.

Durante sua fala, o gestor destacou que Águas Belas vive “um novo tempo”, marcado por responsabilidade, organização e metas claras. Segundo ele, a gestão não tem se apoiado em justificativas do passado para explicar limitações do presente, mas sim trabalhado de forma contínua para superar velhos entraves e transformar a realidade do município.

O prefeito fez questão de parabenizar o articulador do Selo UNICEF, o secretário Raul, reconhecendo sua atuação firme e estratégica à frente do processo. Elton também estendeu o agradecimento aos mobilizadores das diversas secretarias envolvidas, ressaltando que o êxito do Fórum só foi possível porque existe comando, união e propósito — pilares que, segundo ele, sustentam um serviço público eficiente.

O encontro reforçou que o município tem direção e que as prioridades estão bem definidas. A adesão ao Selo UNICEF, mais que uma certificação, se transforma em um símbolo de compromisso com o futuro da população mais jovem. “O Selo UNICEF é mais um capítulo dessa nova história que estamos escrevendo juntos”, afirmou Dr. Elton Martins, concluindo que o trabalho seguirá avançando porque “trabalhar pelo povo é prioridade e é marca desta gestão”.

Com o Fórum Comunitário, Águas Belas demonstra que planejamento e ação caminham lado a lado, e que o foco em resultados já começa a reposicionar o município em uma agenda mais moderna, responsável e voltada ao desenvolvimento social. O novo tempo, defendido pelo prefeito, parece já ter começado — e agora ganha forma diante da população.

JUSTIÇA FEDERAL OBRIGA OAB-PE A ABRIR CAIXA-PRETA E DETALHAR CONTAS DE SEIS ANOS PARA A ADVOCACIA

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco vai precisar, pela primeira vez em anos, abrir completamente seus arquivos internos e entregar toda a documentação financeira referente aos exercícios de 2019 a 2024. A determinação, assinada pelo juiz Frederico José Pinto de Azevedo, da 3ª Vara Federal de Pernambuco, impôs um prazo de dez dias para que a entidade apresente contratos, notas fiscais, comprovantes de despesas, registros de receitas e qualquer outro documento que permita uma verificação minuciosa da gestão orçamentária do período.

A decisão nasce de um ponto que há tempos movimenta debates discretos dentro da advocacia pernambucana: a dificuldade de acesso a informações completas sobre como são administrados os recursos provenientes da própria classe. Embora a OAB-PE mantenha um Portal da Transparência, o magistrado observou que o conteúdo disponibilizado é genérico, insuficiente e incapaz de permitir um acompanhamento real, linha a linha, da movimentação financeira da instituição. Na avaliação judicial, essa prática fere as próprias normas internas da entidade, que exigem clareza e publicidade sobre o uso das verbas.

Ao exigir a entrega integral da documentação, o juiz buscou romper com aquilo que chamou, ainda que de forma indireta, de “transparência apenas formal”. Para a Justiça, não basta disponibilizar relatórios tímidos ou planilhas resumidas — é necessário expor, de maneira ampla, cada operação realizada, cada contrato firmado e cada gasto justificado. A ideia, segundo o teor da decisão, é assegurar que toda a advocacia pernambucana possa exercer plenamente seu direito de fiscalizar a instituição que a representa.

Outro ponto relevante do despacho foi a rejeição do pedido da OAB-PE para que os documentos fossem entregues sob sigilo. A entidade alegou preocupação com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas o magistrado afastou essa argumentação ao afirmar que despesas custeadas pelos advogados não podem ser equiparadas a informações protegidas pela legislação de privacidade. Para a Justiça Federal, a transparência deve prevalecer, especialmente quando se trata de recursos de natureza coletiva.

O impacto da decisão ultrapassa o simples fornecimento de documentos. Ela reflete um momento em que a base da advocacia cobra, de forma mais aberta, padrões mais elevados de governança e publicidade dentro da própria instituição de classe. Na prática, a determinação judicial pode abrir caminho para revisões sobre a forma como a OAB-PE comunica sua gestão financeira e, sobretudo, para um ambiente de maior controle social por parte dos profissionais que sustentam a entidade.

Agora, com o prazo correndo, a OAB Pernambuco terá de organizar e entregar um volume significativo de informações acumuladas ao longo de seis exercícios completos. O envio desses documentos deverá não apenas atender à determinação judicial, mas também inaugurar uma nova fase de escrutínio público sobre a administração da seccional, que fica diante de um teste direto sobre sua capacidade de demonstrar, com clareza e profundidade, como tem aplicado os recursos da advocacia pernambucana.

SENADO APROVA PL ANTIFACÇÃO COM PENAS MAIS DURAS E TAXA SOBRE BETS, EM MOVIMENTO QUE REFORÇA AGENDA DE SEGURANÇA DO GOVERNO LULA

O Senado Federal aprovou, por unanimidade, o projeto de lei conhecido como PL Antifacção, que endurece o combate às organizações criminosas e retoma a espinha dorsal proposta originalmente pelo governo Lula (PT). A votação — com 64 votos favoráveis e nenhum contrário — marcou uma demonstração rara de consenso em torno de uma pauta de segurança pública, área que tem dominado debates nacionais diante da escalada de crimes organizados em diversas regiões do país.

O texto aprovado pelos senadores desfaz alterações feitas anteriormente na Câmara pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) e devolve ao projeto a estrutura defendida pelo Executivo. Entre os pontos centrais está o aumento da pena base para integrantes de facções criminosas, que passa a ser de 30 anos, colocando o Brasil entre os países com legislação mais rígida para enquadramento desse tipo de crime. A medida busca fechar brechas que, segundo o governo e especialistas da área, dificultavam a punição efetiva de líderes e membros de organizações com alto poder de infiltração e controle territorial.

Outro elemento de destaque da proposta é a criação de uma taxa sobre casas de apostas esportivas — as chamadas bets — destinada a financiar ações de segurança pública. A ideia do governo é transformar um setor em rápida expansão e altíssima lucratividade em uma fonte de recursos específica para políticas de repressão ao crime organizado, inteligência policial, tecnologia e fortalecimento das forças de segurança estaduais e federais. Nos bastidores, parlamentares reconhecem que a medida também responde a uma pressão crescente da sociedade para que o Estado amplie sua capacidade de enfrentamento.

Apesar da aprovação expressiva no Senado, o projeto ainda terá de retornar à Câmara dos Deputados, já que sofreu modificações durante a tramitação. Só depois da nova análise pelos deputados é que seguirá para a sanção de Lula, etapa que o governo acompanha de perto por considerar o PL Antifacção uma peça-chave de sua estratégia de segurança pública para 2025.

O clima político pós-votação foi de expectativa e alerta. Senadores governistas ressaltaram que o texto representa um avanço na legislação brasileira e que a união do Congresso em torno do tema demonstra maturidade institucional. Já entre setores da oposição, embora não tenha havido votos contrários, existe a cautela de que a Câmara não retarde a tramitação, considerando o ambiente político mais fragmentado.

Para o Palácio do Planalto, a aprovação no Senado é um sinal positivo de que o Congresso está disposto a atuar de forma coordenada no enfrentamento ao crime organizado — um dos pontos que mais afetam a percepção de segurança da população. Ao mesmo tempo, o Executivo se prepara para novas articulações na Câmara, a fim de evitar que o texto seja novamente alterado ou esvaziado.

A expectativa é de que a matéria retorne rapidamente à pauta dos deputados. Caso avance sem entraves, o Brasil fechará o ano com um dos marcos legislativos mais robustos já aprovados contra organizações criminosas, em um momento em que o tema se tornou urgente e incontornável.


RAQUEL LYRA DISPARA E SE TORNA A MAIOR FORÇA DIGITAL DE PERNAMBUCO EM 2025

O cenário político pernambucano ganhou um novo elemento de peso nesta semana: a digitalização da disputa eleitoral. E, nesse terreno cada vez mais decisivo, a governadora Raquel Lyra (PSD) desponta como protagonista absoluta. Um levantamento da Ativaweb DataLab, que integra a série nacional Ativaweb Governadores 2026, revelou que Raquel é hoje o perfil político de maior crescimento digital em Pernambuco, superando todos os demais pré-candidatos ao Governo do Estado e reforçando uma tendência que já vinha aparecendo nas pesquisas de intenção de voto.

Entre maio e 10 de dezembro de 2025, a gestora registrou um avanço de 24,4% em sua presença digital — um salto que combina expansão constante, fortalecimento de marca e capacidade de mobilização em diferentes segmentos conectados. No balanço geral da plataforma, Raquel alcançou nota 4,0/5, mais que o dobro da pontuação atribuída ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), provável adversário direto na corrida de 2026, que marcou 2,05/5.

Em um ambiente onde cada curtida, compartilhamento e menção se convertem em termômetro político, a governadora aparece com clara vantagem no indicador de Tração. O ritmo de crescimento de suas redes confirma que Raquel ampliou alcance e consolidou presença em novos núcleos de audiência, especialmente em regiões onde sua gestão vem intensificando entregas e ações de comunicação.

Mas é no Engajamento que o fenômeno se escancara. Segundo a Ativaweb, Raquel tem desempenho 2,3 vezes superior ao de João Campos, um salto que se traduz em interações orgânicas, debates espontâneos e uma narrativa pública que circula fora do ambiente protegido de publicidade impulsionada. A governadora, aponta o estudo, domina com folga a capacidade de mobilizar emocional e politicamente seus seguidores — hoje um dos principais marcadores de competitividade eleitoral.

O levantamento também traz luz ao Sentimento Positivo. Raquel lidera com margem confortável, acumulando mais menções favoráveis e emocionais do que o prefeito do Recife. João, por sua vez, mantém sua fortaleza no campo da aprovação institucional, mas perde quando o recorte analisa a empatia e o entusiasmo gerados de forma natural entre usuários.

No item Território, João Campos continua mais forte nas capitais e conserva uma relevância nacional considerável, reflexo do peso do Recife na política do Nordeste. Porém, a governadora avançou rapidamente na capital pernambucana e ampliou sua presença digital no interior, região em que tradicionalmente encontra maior identificação e onde seu conteúdo tem circulado com intensidade crescente.

A metodologia da Ativaweb DataLab — que combina dados públicos, APIs, higienização algorítmica e modelos de IA semântica — permite identificar tendências, medir predisposição de mobilização e projetar o impacto digital dos principais pré-candidatos do país. O estudo também foi destrinchado pelo canal MyNews, que destacou a diferença de desempenho entre Raquel e João e ressaltou a importância da disputa digital como indicador antecipado das dinâmicas eleitorais de 2026.

Com a reeleição pela frente, Raquel Lyra não apenas se fortalece nas ruas e nas pesquisas tradicionais: ela se consolida, agora oficialmente, como a principal força política do ambiente digital em Pernambuco — um território onde as eleições do futuro já começaram a ser definidas.

EDUARDO DA FONTE PROPÕE INCLUSÃO DE MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E SOB GRAVE AMEAÇA NO PROGRAMA FEDERAL DE PROTEÇÃO

O deputado federal Eduardo da Fonte (Federação UP/PE) apresentou um Projeto de Lei que amplia a proteção a mulheres vítimas de violência doméstica, tentativa de feminicídio e grave ameaça. A proposta autoriza que essas mulheres sejam incluídas no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas, mecanismo já utilizado em casos de risco extremo envolvendo crimes de alta periculosidade.

Pelo texto, o juiz poderá determinar o ingresso da vítima no programa sempre que houver risco concreto à sua integridade física ou psicológica. A medida complementa a Lei Maria da Penha, criando um novo instrumento jurídico para situações consideradas extremas, especialmente quando o agressor possui histórico de violência, acesso a armas ou vínculos com organizações criminosas.

O projeto também altera a Lei nº 9.807/1999 e garante prioridade para mulheres que sofreram tentativa de feminicídio ou que estejam sob grave ameaça. Nesses casos, todas as medidas de proteção, incluindo mudança de domicílio, preservação de identidade e apoio financeiro, poderão ser aplicadas imediatamente por decisão judicial.

Na justificativa, Eduardo da Fonte destaca o crescimento da violência letal contra mulheres no país. Entre 2015 e 2024, quase 12 mil brasileiras foram assassinadas por razões de gênero. Somente em 2024, foram registrados 1.492 feminicídios, o maior número já contabilizado no Brasil. No primeiro semestre de 2025, o Observatório da Mulher Contra a Violência registrou 718 casos.

O parlamentar afirma que muitas mulheres sobrevivem à tentativa de feminicídio, mas seguem sob risco permanente, e defende que a proteção federal pode ser decisiva para salvar vidas. O projeto também permite a cumulação da ajuda financeira do programa com os benefícios previstos na Lei Maria da Penha, garantindo condições mínimas para que a vítima possa se afastar do agressor e reconstruir sua vida com segurança.

COLUNA POLÍTICA | NINGUÉM ESTÁ ACIMA DA LEI| NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

MORAES ANULA VOTAÇÃO E TIRA MANDATO DE ZAMBELLI: ENTENDA O QUE ACONTECEU

MORAES DECIDE AGIR

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, tomou uma decisão que mudou o rumo da história nesta quinta-feira (11). Ele anulou a votação da Câmara que havia mantido o mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e determinou que o suplente da parlamentar seja empossado em até 48 horas.

Segundo Moraes, quando há condenação definitiva, é o Judiciário que deve declarar a perda do mandato. A Câmara só pode formalizar. Na prática, o ministro não esperou pela articulação política da Casa.

A VOTAÇÃO NA CÂMARA

Na quarta-feira (10), a Câmara decidiu manter Zambelli no cargo. Foram 227 votos a favor da cassação, 110 contra e 10 abstenções — número insuficiente para cassar a deputada.

Isso foi contrário ao que recomendou a CCJ, que havia dito que alguém preso não pode exercer um mandato que exige presença e participação nas comissões. A decisão mostrou que a política às vezes pesa mais que a lei: deputados não quiseram abrir precedentes que possam atingir outros parlamentares no futuro.

O CASO ZAMBELLI

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão, além de multa e indenização de R$ 2 milhões, por sua participação na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela teria ordenado que o hacker Walter Delgatti Neto criasse mandados falsos, inclusive contra Moraes.

Em julho, a deputada foi presa em Roma, na Itália, tentando escapar da pena. Por ter dupla cidadania, buscou asilo político. O Brasil pediu a extradição, e a Justiça italiana vai decidir no dia 18 de dezembro.

CONFLITO ENTRE PODERES

O episódio mostra a tensão entre Judiciário e Legislativo. Moraes decidiu garantir que a condenação fosse cumprida. A Câmara tentou manter Zambelli no cargo, mostrando resistência a criar precedentes.

Para especialistas, o STF não “invadiu” a política. Ele apenas garantiu que a lei seja aplicada. O caso mostra que, mesmo com parlamentares envolvidos, ninguém está acima da Justiça.

POR QUE ISSO IMPORTA

O caso Zambelli não é só sobre ela ou sobre Moraes. Ele mostra como funciona o equilíbrio entre Poderes no Brasil. Revela que a política pode tentar proteger aliados, mas o Judiciário tem o papel de fazer cumprir a lei.

Essa decisão deixa uma lição clara: no Brasil, regras precisam valer para todos — deputados ou cidadãos comuns. A democracia só funciona se ninguém estiver acima da lei. É isso!