Arcoverde

Arcoverde -

Arcoverde -

sábado, 13 de dezembro de 2025

GOVERNADORA RAQUEL LYRA CELEBRA CHEGADA DA ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO A RIACHO DAS ALMAS

Água do Velho Chico chegou ao município pela primeira vez, garantindo segurança hídrica para a população do Agreste

A governadora Raquel Lyra esteve, neste sábado (13), no município de Riacho das Almas, no Agreste pernambucano, para celebrar a chegada, pela primeira vez, da água do Rio São Francisco à cidade. A água começou a chegar na madrugada da última sexta (12), fruto da fase de testes da obra de inversão da Adutora de Jucazinho, uma intervenção emergencial autorizada pelo Governo de Pernambuco para enfrentar a situação crítica da barragem de Jucazinho, que atualmente opera com apenas 0,99% da sua capacidade total.
Neste primeiro momento, a vazão inicial de 10 litros por segundo começou a chegar à Estação de Tratamento de Água (ETA) de Riacho das Almas, indicando que os testes do sistema estão surtindo o efeito esperado. Essa fase será ampliada gradativamente nos próximos dias até atingir 45 litros por segundo, volume necessário para atender à demanda da cidade.
“Hoje é um dia histórico para Riacho das Almas e para todo o Agreste. Ver a água do São Francisco chegando aqui, pela primeira vez, é garantir dignidade, saúde e mais qualidade de vida para quem, por muito tempo, conviveu com a escassez. Um dos compromissos do nosso governo é trabalhar com responsabilidade e sensibilidade para assegurar água na torneira das pessoas”, afirmou a governadora.
Com a regularização do sistema, a cidade passará a receber água diariamente. Já a zona rural contará com um calendário de abastecimento de 10 dias com água e 20 dias sem. Além da sede do município, a água do Velho Chico também atenderá os distritos de Vitorino, Atalaia, Cajueiro, Alto dos Morros e Alto Bandeira, que estavam com o abastecimento suspenso em razão da crise hídrica de Jucazinho.
Para quem vive da agricultura, a chegada da água representa uma mudança profunda no cotidiano. “Ter água chegando assim dá esperança de plantar, de criar nossos animais e de viver com mais tranquilidade”, disse o agricultor Reginaldo Francisco.
O presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, ressaltou o esforço técnico e operacional para garantir o abastecimento da região. “A chegada da água do São Francisco a Riacho das Almas é um marco histórico para o Agreste. Estamos trabalhando de forma acelerada e responsável, seguindo a orientação da governadora Raquel Lyra, para garantir segurança hídrica à população, mesmo diante do cenário crítico de Jucazinho. Esse é apenas o primeiro passo de uma grande operação”, afirmou.

O prefeito de Riacho das Almas, Dió Filho, também destacou a importância da ação para o município. “A chegada da água do Rio São Francisco é um sonho realizado, não só para o nosso município, mas para todo o Nordeste. Esse avanço só foi possível graças ao apoio e à sensibilidade da governadora Raquel Lyra, que acreditou nessa solução para enfrentar a crise de Jucazinho. Hoje, celebramos a água chegando e a expectativa de um abastecimento regular para o futuro.”, disse.

Fotos: Miva Filho/Secom

RAQUEL LYRA ANUNCIA PACOTE DE OBRAS E ENTREGAS EM SÃO BENTO DO UNA COM INVESTIMENTOS EM EDUCAÇÃO, INFRAESTRUTURA E RECURSOS HÍDRICOS PARA O AGRESTE PERNAMBUCANO

Neste sábado (13), a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, esteve em São Bento do Una, no Agreste Central, onde anunciou um significativo pacote de investimentos para a região, além de realizar importantes entregas voltadas para a melhoria da infraestrutura, educação e recursos hídricos. O evento, que reuniu autoridades locais e lideranças políticas, foi um marco para a cidade e o Agreste, com a promessa de transformações que irão impactar diretamente a vida de milhares de pernambucanos.

EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO: O INÍCIO DE UM NOVO CLICO DE DESENVOLVIMENTO PARA O AGRESTE

Entre as principais ações anunciadas, destaca-se a inauguração do Espaço CRIA na Escola Técnica Estadual Governador Eduardo Campos, que contou com um investimento de R$ 120 mil. O Espaço CRIA é uma iniciativa estratégica para promover o desenvolvimento de soluções inovadoras entre os estudantes, com foco em indústria 4.0, economia criativa, negócios 4.0 e economia circular. A parceria entre as secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e de Educação (SEE) visa transformar as escolas em centros de inovação e formação para as profissões do futuro.

“Estamos aqui em São Bento do Una inaugurando mais um Espaço CRIA, e até o final de 2024 queremos abrir pelo menos mais 100. Essas unidades fazem parte da nossa agenda de modernização da educação no Estado. Vamos reformar todas as escolas de Pernambuco até o ano que vem, garantindo infraestrutura adequada e educação de qualidade para nossos estudantes”, afirmou a governadora Raquel Lyra, durante a cerimônia.

O novo ambiente de aprendizagem inclui uma sala de análise e desenvolvimento de sistemas, equipada com 45 computadores de última geração, permitindo que os alunos desenvolvam projetos práticos que podem beneficiar suas próprias comunidades. Mauricélia Montenegro, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou o papel fundamental dessas iniciativas na formação de cidadãos criativos e inovadores.

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA: O AVANÇO DAS OBRAS NO AGRESTE CENTRAL

No âmbito das melhorias para a infraestrutura da região, a governadora autorizou o início da restauração da PE-180, um dos principais corredores viários que liga São Bento do Una a Belo Jardim. Com 21,8 km de extensão, a obra será fundamental para melhorar o tráfego e a segurança nas rodovias do Agreste, contando com um investimento de R$ 19,4 milhões. O projeto inclui drenagem, pavimentação, recuperação de três pontes e melhorias na sinalização e proteção ambiental.

“O trabalho de recuperação das estradas em Pernambuco é uma prioridade. A restauração da PE-180, por exemplo, vai garantir mais segurança e agilidade para quem trafega por essa importante via, além de contribuir para o desenvolvimento econômico da região. O compromisso da governadora Raquel Lyra com o interior do Estado é claro e visível em cada obra que estamos realizando", explicou o secretário de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho.

RECURSOS HÍDRICOS: INVESTIMENTOS PARA O ABASTECIMENTO E TRATAMENTO DE ÁGUA


A governadora também autorizou a execução de obras voltadas ao abastecimento de água no município. Com um investimento de R$ 18 milhões, serão implantadas duas Estações de Tratamento de Água (ETA) por ultrafiltração e uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETEF), ações que vão beneficiar aproximadamente 180 mil pessoas em São Bento do Una, Belo Jardim, Tacaimbó e Sanharó.

A ação é uma das etapas de um processo mais amplo de melhorias nos recursos hídricos do Agreste, e o presidente da Compesa, Douglas Nóbrega, destacou a importância da iniciativa: “Essas obras não só acabarão com o rodízio de água em São Bento do Una, como também irão garantir um abastecimento mais eficiente e de qualidade para toda a região.”

SEGURANÇA PÚBLICA E INFRAESTRUTURA LOCAL: INVESTIMENTOS EM SERVIÇOS ESSENCIAIS

Outro marco importante da visita foi a assinatura da ordem de serviço para a construção de uma Seção do Corpo de Bombeiros em Belo Jardim, que contará com um investimento de R$ 5,7 milhões e terá uma área de 679,84 metros quadrados. A obra, que tem prazo de execução de seis meses, visa fortalecer os serviços de segurança e emergência na região.

“Estamos garantindo mais proteção para as pessoas, com a construção de um novo Corpo de Bombeiros em Belo Jardim, e também em São Bento do Una com a reforma da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (Ulsav), que será modernizada para apoiar a produção agropecuária da região”, ressaltou Raquel Lyra, ao lado do presidente da Adagro, Paulo Lira.

UNIDADE DE SANIDADE ANIMAL: APOIO À CADEIA PRODUTIVA LOCAL

A reforma da Ulsav de São Bento do Una, que integra o processo de modernização das unidades da Adagro no interior, visa oferecer melhores condições para os produtores locais. Com R$ 1,5 milhão de investimentos, a requalificação promete garantir a adequação das instalações às normas de acessibilidade e às exigências do mercado.

"Com a reforma da unidade, conseguiremos melhorar o apoio à cadeia produtiva da região, especialmente o setor avícola, um dos mais importantes para o Estado de Pernambuco e para o Brasil", destacou o presidente da Cehab, Paulo Lira.

A OPINIÃO DOS LÍDERES LOCAIS: O IMPACTO PARA A COMUNIDADE

O prefeito de São Bento do Una, Alexandre Batité, não economizou nas palavras ao agradecer as entregas da governadora: “São Bento do Una nunca recebeu tantos investimentos como agora. A governadora tem sido incansável na busca por melhorias para nossa cidade e para toda a região do Agreste. Estamos de braços abertos para continuar trabalhando juntos por Pernambuco.”

A deputada estadual Débora Almeida também fez questão de destacar a importância do pacote de obras: “Mais de R$ 300 milhões investidos apenas em São Bento do Una em diversas áreas. Isso é uma demonstração do compromisso da nossa governadora com o desenvolvimento do Agreste.”

O evento contou com a presença do deputado federal Mendonça Filho, dos prefeitos Nêgo do Mercado (Capoeiras), Gilvandro Estrela (Belo Jardim) e Joelda Pereira (Tacaimbó), além de diversas lideranças políticas locais, reafirmando a união entre o governo estadual e os municípios para a construção de um Pernambuco mais forte.

UMA GESTÃO QUE FAZ A DIFERENÇA NO AGRESTE

O pacote de investimentos anunciado pela governadora Raquel Lyra em São Bento do Una é mais uma ação que reafirma o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento das regiões do interior. A infraestrutura, a educação, a segurança e os recursos hídricos são pilares fundamentais para a melhoria da qualidade de vida da população e para o crescimento econômico do Agreste.

Com investimentos em diversas áreas e um olhar atento para as necessidades locais, a gestão de Raquel Lyra continua a promover mudanças estruturais que farão a diferença por todo o Estado, especialmente no Agreste, que, ao longo dos próximos anos, deve vivenciar um período de desenvolvimento e inovação como nunca antes.

TROCA DE BEBÊS EM ARAPIRACA: MÃE DE GÊMEO TAMBÉM SERÁ INDENIZADA

Maria Aparecida dos Santos Silva, mãe de José Bernardo da Silva, que teve o filho trocado no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, também receberá indenização no valor de R$ 100 mil a título de danos morais. A Justiça condenou a unidade de saúde ao pagamento.

Em outro processo, o hospital também foi condenado a pagar o mesmo valor para cada um dos pais da outra criança que ficou com o filho biológico de Aparecida. A criança que está com o outro casal também receberá R$ 50 mil de indenização.

A condenação se deve à troca de bebês ocorrida na maternidade. O juízo considerou que a troca aconteceu enquanto os recém-nascidos estavam sob a guarda da unidade de saúde, que teria falhado em adotar medidas "básicas de segurança".

A ação foi movida por Maria Aparecida dos Santos Silva, que foi assistida pela Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL). Ela deu à luz José Bernardo da Silva em 24 de fevereiro de 2022. A autora criou o bebê por mais de dois anos e quatro meses.

O erro foi descoberto de modo "absolutamente inesperado". Débora Maria Ferreira Silva, mãe de gêmeos nascidos na mesma unidade de saúde, procurou Maria Aparecida. Débora desconfiou da troca por causa da semelhança física entre as crianças.

Exames de DNA confirmaram o caso. José Bernardo da Silva, registrado por Maria Aparecida, é filho biológico de Débora Maria. Guilherme dos Santos Silva, registrado por Débora Maria, é filho biológico de Maria Aparecida.

A Justiça considerou que é "incontroverso" que houve a troca de bebês e que a responsabilidade da unidade de saúde é "objetiva", conforme o Código de Defesa do Consumidor. Além disso, a decisão considera que o serviço prestado pelo hospital foi "manifestamente defeituoso", já que a mulher tinha a expectativa de que o hospital garantiria a "correta identificação do bebê".

Nos autos, foi destacado ainda que pulseiras de identificação foram colocadas nos berços, violando "frontalmente os protocolos internos". A decisão também menciona que o hospital não apresentou registros biométricos ou fotográficos essenciais dos recém-nascidos.

O prontuário médico de um dos nascimentos apresentava "grande incongruência". O boletim operatório registrava apenas um bebê, sendo que houve o nascimento de gêmeos.

Maria Aparecida alegou que desenvolveu um "forte laço afetivo" com José Bernardo. Ela sofreu por ter sido privada da convivência com seu filho biológico, Guilherme.

O Hospital Regional de Arapiraca negou ter cometido falhas nos protocolos de identificação. A defesa afimrou que não foi demonstrado que a troca ocorreu nas dependências da unidade. Também teria insinuado que a mãe biológica de Guilherme, Maria Aparecida, teria ciência de uma possível "deficiência" do bebê.

A corte afirmou que a acusação não tem "qualquer substrato probatório" e é "mera especulação", lembrando que os bebês estavam sob a custódia do hospital.

O valor fixado na sentença foi de R$ 100.000. A Justiça usou o método bifásico para chegar ao valor. Esse montante se alinha a precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em casos de troca de bebês. O hospital também foi condenado ao pagamento de despesas processuais.

SERRA TALHADA VIRA PALCO DOS SABORES DO SERTÃO E ABRE COM SUCESSO O FESTIVAL GASTRONÔMICO DO PAJEÚ

Serra Talhada começou a escrever, nesta quinta-feira (11), mais um capítulo marcante da sua vocação cultural e turística ao dar início ao Festival Gastronômico do Sertão do Pajeú. A abertura do evento levou um grande público ao espaço preparado para receber a programação, que segue até o sábado (13), reunindo sabores, saberes e tradições que traduzem a identidade sertaneja.

Realizado pela Prefeitura de Serra Talhada, em parceria com o Instituto César Santos, o festival transformou a cidade em um verdadeiro ponto de encontro da gastronomia regional. Ao todo, 26 boxes apresentaram pratos autorais e produtos típicos do Sertão, elaborados por cozinheiros e cozinheiras locais, chefs convidados, agricultores familiares e pequenos empreendedores, fortalecendo toda a cadeia produtiva ligada à alimentação.

Desde as primeiras horas da noite, o público circulou intensamente pelo espaço, experimentando receitas que valorizam ingredientes tradicionais do território, enquanto acompanhava oficinas culinárias, degustações orientadas e atividades formativas. A proposta vai além da comercialização: o festival aposta na troca de conhecimento, na qual profissionais experientes compartilham técnicas, histórias e novas possibilidades de uso da culinária sertaneja.

A programação cultural deu o tom festivo da abertura, integrando música, identidade regional e gastronomia em uma experiência completa. As demonstrações culinárias ao vivo aproximaram ainda mais chefs e visitantes, criando um ambiente de interação que reforça o caráter afetivo e simbólico da comida do Sertão.

Inserido no calendário turístico de Serra Talhada, o festival também integra a Rota Cangaço e Lampião, iniciativa do Ministério do Turismo que valoriza o patrimônio histórico e cultural do território. Com isso, o evento contribui para consolidar o município como destino de turismo de experiência, onde a gastronomia é protagonista na narrativa local.

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Elyzandro Nogueira, o festival representa um marco para o município. “É uma vitrine da força da nossa gastronomia e do trabalho de quem movimenta esse setor todos os dias. Envolver agricultores familiares, produtores e empreendedores locais é fundamental para consolidar Serra Talhada no mapa do turismo gastronômico e fortalecer a economia da cidade”, destacou.

Com uma programação que segue até sábado, o Festival Gastronômico do Sertão do Pajeú reafirma Serra Talhada como referência na valorização da cultura alimentar sertaneja, unindo tradição, inovação e desenvolvimento em um mesmo prato.

ARCO METROPOLITANO SAI DO PAPEL E COLOCA RAQUEL LYRA NO HALL DAS GRANDES OBRAS DE PERNAMBUCO

Durante muito tempo, o Arco Metropolitano foi tratado em Pernambuco como uma ideia distante, citada em discursos eleitorais e engavetada após o fim das campanhas. Um projeto que atravessou governos, acumulou estudos e frustrações, enquanto a Região Metropolitana do Recife seguia sufocada por um trânsito caótico, a BR-101 sobrecarregada e o Porto de Suape operando abaixo do seu verdadeiro potencial logístico. Esse cenário começou a mudar com uma decisão política clara: tirar o Arco do papel.

Ao autorizar o início das obras do trecho que liga Moreno ao Cabo de Santo Agostinho, a governadora Raquel Lyra dá um passo que vai além da infraestrutura. Ela enfrenta um gargalo histórico do Estado e assume o ônus que grandes decisões exigem. Com investimento garantido de R$ 632 milhões e 25 quilômetros de extensão, o Arco Metropolitano deixa de ser promessa e passa a ser realidade concreta, com impacto direto na vida de quem circula pela Região Metropolitana e na economia pernambucana.

A comparação é inevitável. No início dos anos 2000, a duplicação da BR-232, realizada no governo Jarbas Vasconcelos, mudou a lógica de desenvolvimento de Pernambuco ao integrar de forma definitiva o interior ao litoral. Duas décadas depois, o Arco surge com missão semelhante: reorganizar a mobilidade metropolitana, desafogar a BR-101 e criar um corredor estratégico ligando a BR-232 diretamente ao Porto de Suape, fortalecendo o papel do Estado como hub logístico do Nordeste.

Os efeitos práticos são fáceis de entender. Caminhões deixam de cruzar áreas urbanas densas, o trânsito ganha fluidez, o tempo de deslocamento diminui e o custo do transporte de mercadorias cai. Isso significa mais competitividade para as empresas, mais eficiência para Suape e mais qualidade de vida para a população que hoje convive com congestionamentos diários. Infraestrutura, nesse caso, não é conceito abstrato: é impacto direto no cotidiano.

Politicamente, o Arco Metropolitano também reposiciona o governo Raquel Lyra. Grandes obras estruturadoras costumam definir gestões e deixar marcas duradouras. Jarbas ficou ligado à BR-232 porque teve visão estratégica e capacidade de execução. Ao destravar o Arco, Raquel sinaliza que seu governo pensa Pernambuco além do imediato, com planejamento de longo prazo e foco em soluções estruturais.

Inserido no programa PE na Estrada, o projeto ainda reforça uma mensagem importante em tempos de restrições fiscais: é possível investir com responsabilidade. A obra só avançou porque houve articulação política, organização financeira e construção de consenso. Não por acaso, o Arco reúne apoio de prefeitos, parlamentares e lideranças de diferentes correntes políticas, algo cada vez mais raro.

Depois de 20 anos de espera, o Arco Metropolitano finalmente ganhou endereço, orçamento e cronograma. Se a BR-232 foi o símbolo do desenvolvimento pernambucano no início do século, tudo indica que o Arco será o marco desta década. Para o Estado, representa um salto logístico. Para a população, um alívio diário. E para a política, um divisor de águas que pode definir uma gestão.

SÃO JOÃO ALCANÇA SELO OURO DE TRANSPARÊNCIA E SE DESTACA ENTRE OS MUNICÍPIOS MAIS ABERTOS DO BRASIL EM 2025

O município de São João passa a integrar um seleto grupo de administrações públicas brasileiras reconhecidas pela excelência na transparência e no acesso à informação. Em 2025, a cidade conquistou o selo ouro do Programa Nacional de Transparência Pública, uma certificação de alcance nacional que evidencia o compromisso efetivo das gestões que adotam práticas modernas, responsáveis e alinhadas ao controle social.

O reconhecimento é resultado de uma rigorosa avaliação que analisa, de forma criteriosa, a forma como os municípios disponibilizam informações à população. O programa monitora desde dados orçamentários e financeiros, como receitas, despesas e contratos, até informações relacionadas a programas sociais, serviços públicos, licitações, atos administrativos e políticas governamentais. O objetivo é assegurar que o cidadão tenha acesso fácil, claro e compreensível às ações do poder público.

Ao atingir o nível ouro, São João demonstra que avançou além do cumprimento básico das exigências legais. A certificação indica que o município não apenas publica dados, mas os apresenta de maneira acessível, organizada e atualizada, facilitando a fiscalização por parte da sociedade, dos órgãos de controle e da imprensa. Trata-se de um indicador concreto de boa governança e respeito ao princípio constitucional da publicidade.

O resultado também reflete um esforço contínuo de aprimoramento da gestão pública, com investimentos em sistemas de informação, capacitação de equipes técnicas e fortalecimento dos canais de comunicação institucional. A transparência, nesse contexto, deixa de ser apenas uma obrigação administrativa e passa a funcionar como instrumento de aproximação entre governo e população, estimulando a participação cidadã e o acompanhamento das políticas públicas.

Além do impacto institucional, a conquista do selo ouro fortalece a imagem de São João no cenário estadual e nacional, ampliando a credibilidade do município perante investidores, órgãos de fiscalização e parceiros institucionais. Municípios bem avaliados em transparência tendem a apresentar maior eficiência na aplicação dos recursos públicos e melhores condições para firmar convênios e captar investimentos.

A certificação de 2025 consolida São João como referência em responsabilidade administrativa e reforça a importância de uma gestão aberta, ética e comprometida com o interesse público. Para a população, o selo representa mais do que um reconhecimento simbólico: é a garantia de que o acesso à informação está sendo tratado como um direito fundamental e um pilar essencial da democracia local.

ALIADOS DE LULA MANDAM RECADO DURO AO CLÃ BOLSONARO APÓS RETIRADA DE SANÇÕES PELOS EUA: “DERROTA”

Integrantes do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e parlamentares de esquerda celebraram a suspensão da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e a esposa dele, a advogada Viviane Barci de Moraes. 

Nesta sexta-feira (12), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou a decisão dos Estados Unidos (EUA) como uma “grande vitória do Brasil e do presidente Lula”.

“Foi Lula quem colocou esta revogação na mesa de Donald Trump, num diálogo altivo e soberano. [É] uma grande derrota da família de Jair Bolsonaro, traidores que conspiraram contra o Brasil e contra a Justiça", pontuou a petista. 

O comunicado da remoção das sanções foi publicado pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos EUA. As razões não foram reveladas.

O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, destacou que a remoção das sanções é “uma derrota histórica dos traidores da Pátria que tentaram negociar sanções internacionais, revogação de vistos, tarifas e a chamada ‘pena de morte financeira’ contra o ministro relator do STF no caso da trama golpista".

Nesta sexta-feira (12), Eduardo Bolsonaro agradeceu o apoio que recebeu do presidente norte-americano, Donald Trump, contra as autoridades brasileiras. Em seu pronunciamento, o filho “03” de Jair Bolsonaro lamentou que “que a sociedade brasileira [...] não tenha conseguido construir a unidade política necessária para enfrentar seus próprios problemas estruturais”. 

RECIFE DIZ NÃO A VEÍCULO CONTRA FEMINICÍDIO E DECISÃO DE JOÃO CAMPOS VIRA ALVO DE CRÍTICAS EM MEIO À ESCALADA DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES

A decisão da Prefeitura do Recife de recusar um veículo destinado ao fortalecimento das políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher provocou forte repercussão política e social em Pernambuco. O episódio ocorreu nesta quarta-feira (10), durante cerimônia realizada no Palácio do Campo das Princesas, quando o Governo do Estado promoveu a maior expansão já registrada da rede municipal de proteção às mulheres, com investimentos superiores a R$ 16 milhões. O automóvel, que serviria como instrumento de apoio direto às ações de combate ao feminicídio e à violência de gênero, acabou não sendo recebido pela gestão do prefeito João Campos.

O gesto ganhou contornos ainda mais sensíveis diante do cenário alarmante vivido pelo Estado. Até novembro de 2025, Pernambuco contabilizou 82 feminicídios, superando todo o número registrado em 2024. Na prática, os dados revelam uma mulher assassinada a cada quatro dias, além do crescimento expressivo das denúncias de violência doméstica, refletido no aumento das ligações ao Ligue 180. Em meio a esse quadro, a recusa de um equipamento voltado justamente para ampliar a capacidade de resposta do poder público levanta questionamentos sobre prioridades administrativas e compromisso efetivo com a pauta.

A iniciativa do Governo de Pernambuco, liderado pela governadora Raquel Lyra, tem sido apresentada como um esforço concreto de interiorização e fortalecimento das políticas para mulheres. Além da entrega de veículos aos municípios, o Estado ampliou significativamente o orçamento da Secretaria da Mulher, que saltou de R$ 22,6 milhões em 2023 para R$ 85 milhões em 2025. A estratégia busca estruturar organismos municipais, garantir mobilidade às equipes técnicas e ampliar o alcance das ações de prevenção, acolhimento e proteção às vítimas.

No mesmo evento, apenas outro município, Tacaimbó, também deixou de receber o veículo. No entanto, o peso político da decisão do Recife é consideravelmente maior. Capital do Estado, maior colégio eleitoral de Pernambuco e administrada por um prefeito que se coloca como pré-candidato ao Governo em 2026, a recusa ganha dimensão simbólica e eleitoral. Para aliados do Palácio e observadores da cena política, o gesto abre espaço para a interpretação de que a gestão municipal optou por se ausentar de uma ação estratégica justamente em um momento de emergência social.

Nos bastidores, o contraste é evidente. Enquanto o governo estadual reforça o discurso de prioridade absoluta à proteção das mulheres com ações concretas e ampliação de recursos, a escolha da Prefeitura do Recife passa a ser vista como um ruído difícil de explicar à população. Em um Estado onde os números da violência falam por si, a ausência em iniciativas desse porte acaba tendo um peso que vai além do administrativo e alcança o campo moral e político.

A política, como se diz nos corredores do poder, é feita de gestos, escolhas e sinais. Em tempos de dados tão duros e de uma realidade que cobra respostas urgentes, deixar de integrar uma ação voltada ao enfrentamento do feminicídio não passa despercebido. Quando o assunto é salvar vidas, a ausência não é neutra — ela comunica, e comunica alto.