Cidade Forte Novamente

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sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

CHARLES RODRIGUES ENTRA NO PRD E SE LANÇA NA DISPUTA POR UMA VAGA NA CÂMARA FEDERAL EM 2026

O cenário político de Pernambuco ganha um novo movimento com a oficialização da filiação de Charles Rodrigues ao Partido da Renovação Democrática (PRD). Ex-candidato a vice-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Charles confirmou nesta sexta-feira (19) que irá disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições de 2026, ampliando sua atuação para o cenário nacional.

Conhecido do eleitorado jaboatonense, Charles Rodrigues ganhou visibilidade na última eleição municipal ao integrar a chapa liderada por Clarissa de Tércio. A experiência nas urnas e o contato direto com a população da cidade fortaleceram seu nome dentro do campo político e abriram espaço para um projeto mais amplo, agora voltado ao Congresso Nacional.

A filiação ao PRD foi formalizada após diálogo com o presidente estadual da sigla, Josafá Almeida, que destacou a chegada de Charles como um reforço estratégico para o partido, especialmente em Jaboatão dos Guararapes e em toda a Região Metropolitana do Recife. Segundo a direção partidária, o objetivo é fortalecer a presença do PRD em áreas populosas e politicamente decisivas do estado.

Com o novo passo, Charles Rodrigues passa a integrar a chapa da federação PRD/Solidariedade para a Câmara Federal. A aliança reúne nomes de peso da política pernambucana, como Marília Arraes e Luciano Bivar, o que amplia a capacidade de articulação política da federação e reforça o projeto eleitoral para 2026.

Ao assumir o desafio, Charles aposta no discurso de renovação e na defesa de pautas que dialoguem com as demandas da população, especialmente das periferias urbanas e da classe trabalhadora. A pré-candidatura marca uma nova fase de sua trajetória política e coloca seu nome no radar da disputa federal, em um cenário que promete ser bastante competitivo em Pernambuco.

JUSTIÇA DESMONTA REFORMA ADMINISTRATIVA, EXPÕE MANOBRAS CONTÁBEIS E PÕE FIM À “FARRA” DE CARGOS DO CACIQUE MARCOS EM PESQUEIRA

A Justiça de Pesqueira impôs um duro revés à gestão do prefeito Marcos Luidson de Araújo, o “Cacique Marcos”, ao suspender, por meio de decisão liminar, os efeitos da lei municipal que promoveu uma explosão de cargos comissionados na estrutura da Prefeitura. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (19 de dezembro) pelo juiz Rodrigo Flávio Alves de Oliveira, da 1ª Vara Cível da Comarca de Pesqueira, no âmbito de Ação Popular, com base não apenas nos argumentos jurídicos apresentados, mas também na análise detalhada da documentação anexada aos autos, conforme consta no PDF que instrui o processo.

No centro da controvérsia está a Lei Municipal nº 3.493/2024, sancionada no final de 2024, que ampliou de forma abrupta e considerada ilegal o número de cargos comissionados, elevando o total de 234 para 514 funções, um aumento de aproximadamente 119%. A medida, tomada em pleno encerramento de mandato, escancarou, segundo o Judiciário, uma tentativa de aparelhamento da máquina pública e de comprometimento irresponsável das finanças municipais.

De acordo com a decisão, os cargos seriam providos por livre nomeação do prefeito, sem qualquer critério técnico ou seleção pública, gerando um impacto financeiro estimado em mais de R$ 6 milhões por ano. O juiz ressaltou que a criação dessas despesas ocorreu dentro dos últimos 180 dias do mandato, período em que a Lei de Responsabilidade Fiscal veda expressamente a ampliação de gastos com pessoal, justamente para evitar abusos e heranças fiscais para a gestão seguinte.

A análise dos documentos anexados ao processo — conforme demonstrado no PDF que integra os autos — reforçou o entendimento de que a reforma administrativa não se sustentava sob o ponto de vista legal, financeiro nem administrativo. Um dos pontos mais graves destacados foi a criação de 208 cargos de “Assessores de Políticas Públicas”, funções genéricas, sem descrição clara de atribuições e com exigência mínima de escolaridade. Para o magistrado, essa estrutura evidencia desvio de finalidade, funcionando como instrumento de acomodação política e afrontando diretamente os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência.

Outro aspecto desmascarado pela decisão judicial foi a tentativa da gestão do Cacique Marcos de camuflar o real impacto da folha de pagamento. A lei instituiu uma chamada “verba de representação”, classificada como indenizatória. No entanto, a Justiça, amparada pela documentação constante nos autos, reconheceu que a verba possui natureza remuneratória, determinando que seus valores sejam incorporados ao cálculo das despesas com pessoal. A conclusão afasta qualquer tentativa de driblar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal por meio de artifícios contábeis.

Ao rebater o argumento da Prefeitura de que a suspensão da lei causaria “caos administrativo”, o juiz foi taxativo ao afirmar que o verdadeiro caos seria permitir a continuidade de atos potencialmente lesivos ao patrimônio público, especialmente quando sustentados por uma estrutura inflada, sem função definida e criada em desacordo com a legislação.

Diante da gravidade das irregularidades, a liminar determinou a suspensão imediata dos dispositivos legais que criaram os novos cargos, proibiu novas nomeações e concedeu prazo de 30 dias para que o Município apresente um relatório minucioso, detalhando o impacto financeiro real da reforma administrativa, com base em dados objetivos e verificáveis.

A decisão judicial representa um marco no controle dos abusos administrativos em Pesqueira e reforça o papel da fiscalização cidadã e do Judiciário no enfrentamento de práticas que transformam a administração pública em instrumento de interesse político pessoal. Para a gestão do Cacique Marcos, o episódio aprofunda o desgaste político e expõe, de forma documentada, uma condução administrativa marcada por excessos, improvisos e desrespeito às normas que regem o uso do dinheiro público.


DRACCO APERTA O CERCO AO CRIME ORGANIZADO E RECUPERA QUASE R$ 1 BILHÃO AOS COFRES DE PERNAMBUCO EM 2025

Foto: Sicom/SDS-PE divulgação

O Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO) consolidou-se em 2025 como uma das principais frentes da Polícia Civil de Pernambuco no enfrentamento às engrenagens mais sofisticadas do crime. Atuando diretamente contra organizações criminosas estruturadas, com foco especial no desvio de recursos públicos e em esquemas de alta complexidade, o departamento intensificou sua ofensiva ao longo do ano e apresentou números que traduzem a dimensão do trabalho realizado. Ao todo, quase 234 pessoas foram presas, entre mandados judiciais e flagrantes, no rastro de 16 Operações de Repressão Qualificada deflagradas até a primeira quinzena de dezembro.

Os resultados extrapolam o campo policial e alcançam diretamente a esfera econômica do Estado. As investigações conduzidas pelo DRACCO possibilitaram a recuperação de R$ 932.127.692,30 em ativos, devolvendo valores significativos aos cofres públicos. Paralelamente, as apurações identificaram um prejuízo estimado em R$ 987.006.144,21 causado por esquemas criminosos, montante que teve o bloqueio solicitado à Justiça, reforçando a estratégia de asfixia financeira das organizações investigadas.

Ao longo de 2025, o departamento concentrou esforços no combate a crimes que corroem a administração pública e comprometem serviços essenciais à população. Uma das ações de maior repercussão foi a Operação Pactus Amicis, que desvendou um esquema de corrupção generalizada envolvendo fraudes em processos licitatórios e desvio de dinheiro público em um município do Agreste pernambucano. A operação resultou no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão e no afastamento do gestor municipal e de outros agentes públicos, com prejuízo estimado em R$ 15 milhões aos cofres da cidade.

No Sertão, o impacto foi sentido no Polo Gesseiro, com a deflagração da Operação Malta. A ação mirou empresários do setor e resultou no cumprimento de sete mandados de prisão, além da apreensão de armas de fogo, munições e a execução de 22 mandados de busca e apreensão. O sequestro de bens e o bloqueio judicial de R$ 6,3 milhões atingiram diretamente o núcleo financeiro do esquema, incluindo mais de 20 veículos avaliados em cerca de R$ 1,5 milhão. O desmonte da organização criminosa teve reflexos imediatos no aumento da arrecadação tributária do Estado, evidenciando a relação direta entre repressão qualificada e fortalecimento da economia formal.

Outra frente sensível enfrentada pelo DRACCO em 2025 foi a corrupção dentro do sistema prisional. A Operação Publicanos revelou um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro praticado por agentes públicos, resultando no cumprimento de 16 mandados judiciais, com buscas domiciliares, afastamento de funções e bloqueio de ativos financeiros. A ação reforçou o compromisso da Polícia Civil em combater ilícitos mesmo em estruturas internas do Estado, onde a confiança pública deve ser absoluta.

A atuação do departamento também ganhou destaque nacional com a investigação Silêncio Digital, coordenada pelo Grupo de Operações Especiais. O trabalho desarticulou uma quadrilha envolvida em crimes de extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro, alcançando todos os envolvidos e resultando no cumprimento de quatro mandados de prisão, quatro de busca e apreensão domiciliar e bloqueios judiciais de ativos financeiros. A operação evidenciou o nível de especialização das equipes e a capacidade de integração entre inteligência, investigação e ação operacional.

À frente do DRACCO, o delegado Diego Pinheiro destaca que o foco estratégico de 2025 foi atingir lideranças criminosas e comprometer a sustentação financeira das facções e organizações investigadas. Segundo ele, as ações buscaram não apenas prender, mas enfraquecer estruturalmente os grupos, com apreensão de armas, sequestro de valores e repressão rigorosa aos crimes cometidos por agentes públicos, cujo impacto negativo se reflete diretamente na segurança e na credibilidade das instituições.

Com uma estrutura organizacional robusta, o DRACCO está vinculado à Diretoria Integrada Especializada da Polícia Civil de Pernambuco e atua na apuração de crimes contra a administração pública, o patrimônio, a propriedade imaterial, a fé pública e no enfrentamento aos crimes eletrônicos. O departamento é composto por oito unidades operacionais especializadas, entre elas as delegacias de repressão ao crime organizado e à corrupção, crimes cibernéticos, crimes contra a ordem tributária, polícia interestadual e capturas, além do Grupo de Operações Especiais. A atuação integrada com delegacias especializadas e circunscricionais amplia o alcance das investigações e potencializa os resultados.

Os números e operações de 2025 revelam um DRACCO cada vez mais estratégico, técnico e incisivo, atuando não apenas na repressão penal, mas também na defesa do patrimônio público e no fortalecimento do Estado. Em um cenário onde o crime organizado se reinventa, a resposta da Polícia Civil de Pernambuco mostra que inteligência, integração e rigor investigativo seguem sendo armas fundamentais no combate à corrupção e às organizações criminosas.

GOIANA TRANSFORMA MEMÓRIA EM FUTURO: PROJETO SOBRE AS HEROÍNAS DE TEJUCUPAPO AVANÇA COM APOIO DA PREFEITURA E JÁ TEM EXECUÇÃO PREVISTA PARA 2026

Goiana deu mais um passo decisivo para consolidar seu papel como referência cultural em Pernambuco e no Brasil. Um projeto aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, acaba de entrar na fase de articulação para execução após receber apoio institucional da Prefeitura de Goiana e do Governo do Estado. A iniciativa foi apresentada e discutida nesta sexta-feira (19), durante reunião realizada na Agência de Desenvolvimento Econômico de Goiana (AD Goiana), com a presença do prefeito Marcílio Régio e representantes estratégicos da área cultural e de planejamento.

O encontro reuniu a presidente da AD Goiana, Mércia Moura; o secretário de Turismo e Desenvolvimento Cultural, Ítalo Coco; o secretário de Comunicação, Fernando Veloso; Romildo Gastão, do Escritório de Pernambuco em Brasília; e Ana Paula Jardim, secretária executiva de Planejamento e Gestão da Secretaria de Cultura do Estado. A produtora Virgínia Manfrinato, responsável pela execução do projeto, também participou da reunião, que simbolizou o início de uma nova etapa para a proposta cultural.

O projeto aprovado prevê a realização da exposição itinerante “Heroínas de Tejucupapo”, uma iniciativa que propõe revisitar um dos episódios mais emblemáticos da história pernambucana a partir do olhar da arte e do artesanato local. A exposição terá como eixo central a valorização dos saberes tradicionais, da memória coletiva e, sobretudo, do protagonismo feminino, resgatando a força das mulheres que resistiram à invasão holandesa no século XVII.

Ao utilizar o artesanato como linguagem principal, a proposta busca ir além da narrativa histórica tradicional. A ideia é promover uma releitura contemporânea da resistência das Heroínas de Tejucupapo, conectando passado e presente, história e identidade, arte e território. O projeto reforça o papel das mulheres como agentes fundamentais na construção cultural e social de Pernambuco.

Com duração estimada entre seis meses e um ano, a iniciativa contempla diversas etapas, incluindo curadoria, montagem, período expositivo, ações educativas e atividades de difusão cultural. A execução está prevista para 2026 e contará com um valor aprovado para captação de R$ 2.036.576,41, via Lei Rouanet (artigo 18). Os recursos serão destinados à produção completa do projeto, abrangendo estrutura, comunicação, ações pedagógicas e estratégias de engajamento com o público.

Além do impacto cultural, o projeto aposta fortemente na educação e na inclusão social. Estão previstas ações formativas voltadas especialmente para jovens e mulheres do território, bem como programas educativos direcionados a escolas públicas, com a distribuição gratuita de material pedagógico. A expectativa é fortalecer a economia criativa local, gerar renda e ampliar o acesso à cultura.

O projeto também incorpora uma estratégia robusta de fortalecimento institucional, prevendo eventos de abertura, visitas guiadas, ações de relacionamento, relatórios de impacto e mensuração de resultados. Para os patrocinadores, haverá ampla visibilidade de marca, com campanhas de comunicação, produção de conteúdos institucionais e possibilidade de naming rights.

Com essa iniciativa, Goiana reafirma seu compromisso com a preservação do patrimônio material e imaterial, transformando memória em ferramenta de desenvolvimento e projetando a cultura pernambucana para novos públicos, dentro e fora do estado.

NATAL DA ESPERANÇA DEVOLVE À ASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS DO DIOCESANO O PROTAGONISMO SOCIAL E EMOCIONA GARANHUNS

Depois de um período em que suas ações estiveram praticamente concentradas na tradicional Banda dos Ex-Alunos, a Associação dos Ex-Alunos do Colégio Diocesano de Garanhuns voltou a ocupar, com força total, o espaço do compromisso social que sempre marcou sua trajetória. Sob a liderança do professor Edson Barros, o Son, a entidade retomou projetos de alcance comunitário e realizou, nesta quarta-feira (17), a 4ª edição do Natal da Esperança, uma iniciativa marcada por fé, solidariedade, emoção e transformação social.


Integrado à Campanha Natal dos Correios, desenvolvida em todo o País, o projeto contou com o apoio do Colégio Diocesano, da Fazenda Lago São Francisco, dos Correios e da TV Asa Branca. A ação beneficiou 74 crianças, com idades entre 6 e 11 anos, estudantes da Escola Municipal Batista da Esperança, localizada na Comunidade Quilombola de Estivas, zona rural de Garanhuns.

As crianças viveram um dia especial na Fazenda Lago São Francisco, com atividades recreativas, visita à estrutura do local, almoço com comidas regionais e momentos de convivência que foram além do lazer, promovendo acolhimento, afeto e reflexão. Cada detalhe foi pensado para proporcionar experiências que ultrapassassem o momento e permanecessem na memória dos pequenos.

Os presentes entregues atenderam fielmente aos pedidos feitos pelas crianças em cartas enviadas à Campanha Natal dos Correios. Para o professor Edson Barros, porém, o maior presente foi o significado da ação. Em um desabafo emocionado, ele revelou o tamanho da entrega pessoal envolvida no projeto.

É por isso que eu arrisquei até meu emprego no colégio. Recebi essa missão e não tenho como dizer não. O inimigo tentou de várias formas para esse momento não acontecer, mas aconteceu da forma mais bela do mundo, a pureza das crianças”, declarou Son, visivelmente emocionado.

A programação também contou com a apresentação de uma peça teatral sobre o verdadeiro significado do Natal, encenada pelo Encontro de Jovens com Cristo (EJC) da Igreja São Sebastião, que abordou o nascimento de Jesus Cristo e reforçou os valores cristãos da iniciativa. O encerramento foi marcado por um momento de forte impacto emocional: a chegada do Papai Noel em uma motocicleta da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com sirenes ligadas, arrancando aplausos, sorrisos e lágrimas das crianças.

Para a organização, o Natal da Esperança simboliza mais do que um evento pontual. Representa a retomada do papel social da Associação dos Ex-Alunos do Colégio Diocesano, que, sob a condução do professor Edson Barros, volta a ampliar sua atuação para diversas áreas, fortalecendo o compromisso com educação, cidadania e solidariedade.

“Mais do que presentes, queremos oferecer acolhimento, alegria e uma mensagem de esperança, fortalecendo valores humanos e cristãos”, concluiu Son.

Com sensibilidade, coragem e liderança, o professor Edson Barros e sua equipe mostram que o trabalho social da Associação está vivo, renovado e cada vez mais conectado com aquilo que realmente transforma: o cuidado com pessoas e a fé no futuro.

ZECA CAVALCANTI APRESENTA BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DE GOVERNO EM COLETIVA COM A IMPRENSA EM ARCOVERDE

A Prefeitura de Arcoverde realiza, na próxima terça, 23 de dezembro, um dos momentos mais aguardados do calendário institucional do município: a coletiva de imprensa em que o prefeito Zeca Cavalcanti fará a apresentação oficial do balanço do seu primeiro ano de gestão à frente do Executivo municipal. O encontro acontece a partir das 10h, no auditório do Hotel Cruzeiro, reunindo profissionais da comunicação, autoridades e convidados.

A coletiva marca um momento de prestação de contas e diálogo aberto com a sociedade, no qual o prefeito deve detalhar as principais ações desenvolvidas ao longo do ano, os investimentos realizados, os avanços obtidos em áreas estratégicas e os desafios enfrentados pela administração municipal. A expectativa é que temas como saúde, educação, infraestrutura, assistência social, desenvolvimento econômico e organização financeira do município estejam entre os pontos centrais da apresentação.

Além de expor números e projetos, o evento também deve servir para reforçar o compromisso da gestão com a transparência e com o planejamento responsável, apontando perspectivas e metas para o próximo ano de governo. A coletiva permitirá ainda que os profissionais da imprensa façam questionamentos e aprofundem informações sobre políticas públicas e decisões administrativas adotadas ao longo de 2025.

O Blog do Edney estará presente na coletiva, acompanhando de perto todos os detalhes do balanço apresentado pelo prefeito Zeca Cavalcanti, registrando as informações e levando aos leitores uma cobertura completa, com análise e os principais destaques deste primeiro ano de governo em Arcoverde.

MIGUEL COELHO PREGA HARMONIA, ADMITE MINORIA NA FEDERAÇÃO E DIZ QUE DECISÃO PODE SUBIR PARA A NACIONAL, TIRANDO PODER EXCLUSIVO DE EDUARDO DA FONTE ASSEGURADO NO ESTATUTO

Em entrevista exclusiva ao Blog Ponto de Vista, o pré-candidato ao Senado e presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, buscou afastar qualquer leitura de racha dentro da Federação União Progressista, mas acabou revelando, nas entrelinhas, as contradições e os limites do seu próprio espaço político dentro da estrutura federativa comandada em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP). Ao mesmo tempo em que pregou harmonia, diálogo e convivência pacífica, Miguel reconheceu que o União Brasil é minoria no estatuto da federação e que a executiva estadual pode, simplesmente, não decidir nada, fazendo com que o impasse suba para a instância nacional, onde ele aposta na força do presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda.

Miguel negou qualquer clima de enfrentamento direto com Eduardo da Fonte e rejeitou a narrativa de ataques pessoais. Segundo ele, o que existe é um movimento natural de cada partido defender seu próprio projeto. “Eu discordo desse tensionamento. Pelo menos na minha fala, não houve nenhum tipo de ataque ao presidente Eduardo da Fonte. O que existe é cada grupo defendendo o seu próprio projeto, o que é absolutamente natural no jogo político”, afirmou, em tom conciliador.

Ao tratar da disputa pelo Senado, Miguel reconheceu que tanto o PP quanto o União Brasil já colocaram seus nomes no tabuleiro e que isso faz parte da dinâmica política. Para ele, o fato de Eduardo da Fonte e ele próprio serem pré-candidatos não representa crise, mas um estágio preliminar do debate eleitoral. No entanto, ao avançar na explicação sobre o funcionamento da federação, o discurso de harmonia deu lugar a uma leitura fria do estatuto, que expõe um desequilíbrio interno.

Miguel deixou claro que a Federação União Progressista não decide por maioria simples. Pelo contrário: as decisões sobre candidaturas majoritárias e proporcionais precisam ser unânimes. “O estatuto da Federação é muito claro. Não adianta ser 5 a 2, 6 a 1, o resultado que for. Tem que ser por unanimidade. Nem o PP consegue nada sozinho, nem o União Brasil consegue nada sozinho”, explicou. Na prática, porém, ele reconhece que essa exigência de unanimidade pode levar à paralisia da executiva estadual, empurrando a definição para Brasília.

É nesse ponto que surge a contradição central da fala de Miguel Coelho. Ao mesmo tempo em que afirma não haver hegemonia de Eduardo da Fonte, ele admite que, se não houver consenso, a decisão sobe para a direção nacional da federação. E, nesse cenário, Miguel deixa implícito que aposta no peso político de Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, como contraponto à força de Eduardo no comando estadual da federação. Ou seja, Eduardo não teria poder absoluto sobre a federação, mas Miguel também admite que, localmente, seu grupo é minoritário e depende de uma instância superior para tentar reequilibrar o jogo.

Apesar disso, Miguel insistiu que não acredita em racha. Disse manter diálogo constante com Eduardo da Fonte e afirmou que apostar em conflito interno seria prejudicial à federação. “Quem aposta em racha não pensa no bem da federação, nem no bem de Dudu, nem no nosso. Não acredito em briga. Esse tensionamento é natural do processo, todo mundo quer viabilizar seu projeto”, declarou.

O pré-candidato também reconheceu, sem rodeios, que hoje existem projetos políticos distintos convivendo sob o mesmo guarda-chuva. Eduardo da Fonte está alinhado à governadora Raquel Lyra, enquanto Miguel Coelho se posiciona ao lado do prefeito do Recife, João Campos. Ainda assim, Miguel disse trabalhar para, no futuro, tentar atrair Eduardo para o campo político liderado pelo União Brasil desde 2023, o que reforça a percepção de que a disputa é menos pessoal e mais estratégica.

Ao falar sobre seus planos, Miguel buscou deslocar o foco das disputas internas para uma agenda propositiva. Defendeu investimentos federais em novos hospitais, mutirões de cirurgias, acesso à água, fortalecimento da segurança pública e modernização do metrô da Região Metropolitana do Recife. Segundo ele, a prioridade é dialogar com a população e mostrar o papel de um senador atuante para destravar projetos estruturantes para Pernambuco.

Por fim, Miguel comentou o cenário para o Governo do Estado e avaliou que a pré-candidatura de João Campos ultrapassa os limites da capital. Para ele, há um sentimento crescente no Agreste, na Mata e no Sertão em torno do nome do prefeito do Recife. A decisão, segundo Miguel, deve amadurecer após o Carnaval de 2026, quando João faria uma reflexão mais profunda sobre a possibilidade de disputar o Palácio do Campo das Princesas.

A entrevista ao Blog Ponto de Vista deixa claro que, apesar do discurso de harmonia, a federação vive um equilíbrio delicado: Miguel Coelho prega diálogo, reconhece ser minoria no estatuto estadual, questiona qualquer poder absoluto de Eduardo da Fonte e aposta que, se o impasse persistir, será a direção nacional — sob influência de Rueda — quem dará a palavra final sobre o futuro da chapa em Pernambuco.

RAQUEL LYRA LEVA A PRESENÇA DO GOVERNO À SEMANA DA CULTURA CRISTÃ EM IBIMIRIM

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, cumpre agenda oficial no Sertão do Moxotó nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, reforçando a política de aproximação do Governo do Estado com manifestações culturais e religiosas que mobilizam a população do interior. Às 18h, a chefe do Executivo estadual participa da Semana da Cultura Cristã, realizada na Avenida Castro Alves, em Ibimirim, evento que já se consolidou como um dos mais significativos do calendário cultural do município.

A presença da governadora simboliza o reconhecimento do papel da fé cristã como elemento estruturante da identidade cultural local, reunindo famílias, lideranças religiosas, artistas e fiéis em um espaço de celebração, reflexão e convivência comunitária. A Semana da Cultura Cristã vai além do aspecto religioso e se afirma como um momento de fortalecimento dos laços sociais, incentivo à cultura e valorização das tradições que atravessam gerações no Sertão pernambucano.

Durante a agenda, Raquel Lyra deve dialogar com autoridades locais, representantes das igrejas e moradores, destacando o compromisso do Governo de Pernambuco com políticas públicas que respeitam a diversidade cultural e promovem inclusão, cidadania e desenvolvimento regional. A participação em eventos dessa natureza também integra a estratégia do Estado de estimular iniciativas que movimentam a economia local, fomentam o turismo religioso e ampliam a visibilidade de municípios do interior.

Ao marcar presença em Ibimirim, a governadora reafirma a interiorização das ações governamentais e o olhar atento para o Sertão, sinalizando que a cultura, a fé e a identidade popular seguem ocupando espaço central na agenda política e administrativa de Pernambuco.