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terça-feira, 23 de dezembro de 2025

DILSON OLIVEIRA SINALIZA VOLTA AO CENÁRIO ELEITORAL E MOVIMENTA BASTIDORES DA POLÍTICA PERNAMBUCANA

O cenário político de Pernambuco começou a ganhar novos contornos nesta segunda-feira (23) com a sinalização de que o comunicador Dilson Oliveira pode voltar a disputar uma eleição em 2026, desta vez mirando uma vaga na Câmara dos Deputados. Conhecido por sua forte presença no rádio e pela capacidade de diálogo com diferentes públicos, Dilson reaparece no tabuleiro político em um movimento que já provoca repercussão nos bastidores.

A possibilidade ganhou força após a visita do comunicador à sede da Federação União Progressista, no Recife. Ao lado do vereador de Caruaru e pré-candidato a deputado estadual Anderson Correia (PP) e do vereador Júnior Letal (PP), Dilson participou de uma conversa estratégica que teve como foco o redesenho de alianças para o próximo ciclo eleitoral. O encontro não foi apenas protocolar: simbolizou a construção de um projeto político com bases no Agreste e projeção estadual.

O trio foi recebido pelo deputado federal Eduardo da Fonte (PP), presidente estadual da federação e uma das figuras centrais nas articulações do partido em Pernambuco. Reconhecido por seu papel de articulador e pela influência nas decisões da legenda, Eduardo surge como o principal fiador de uma possível aliança entre Dilson Oliveira e Anderson Correia, especialmente com foco na Capital do Agreste, região estratégica do ponto de vista eleitoral.

Caso a candidatura de Dilson se confirme, o comunicador poderá se transformar em um ativo relevante para o grupo político liderado por Anderson Correia. Sua popularidade, construída ao longo dos anos nos microfones do rádio, tende a ampliar o alcance do projeto e fortalecer o palanque no Agreste, agregando capilaridade e comunicação direta com a população.

Embora ainda não haja anúncio oficial, o encontro desta segunda-feira deixou claro que o nome de Dilson Oliveira voltou a circular com força no ambiente político. Em um momento em que partidos buscam nomes competitivos e com identificação popular, a possível volta do radialista às urnas sinaliza que a disputa de 2026 começa a ser desenhada bem antes do calendário eleitoral, com movimentos silenciosos, articulações estratégicas e apostas em figuras capazes de dialogar com diferentes segmentos da sociedade pernambucana.

SILVIO COSTA FILHO DEFENDE PUNIÇÕES EXEMPLARES E LEVANTA DEBATE SOBRE PENA DE MORTE EM CASOS DE FEMINICÍDIO

A escalada da violência contra as mulheres voltou ao centro do debate político nacional após declarações do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que defendeu a adoção de punições mais severas para autores de feminicídio no Brasil. Em entrevista concedida nesta segunda-feira (22) à CNN Brasil, o ministro afirmou que crimes dessa natureza exigem uma resposta mais dura do Estado e disse que o país deveria, ao menos, discutir medidas extremas no enfrentamento ao problema.

Ao comentar um caso recente que ganhou repercussão nacional, Costa Filho afirmou que determinados crimes evidenciam a necessidade de um debate profundo sobre a legislação penal brasileira. Segundo ele, o governo federal não pode se furtar a discutir alternativas que transmitam uma mensagem clara de intolerância absoluta à violência contra a mulher. Para o ministro, o endurecimento das punições seria uma forma de reforçar o caráter preventivo da lei e de proteger vidas.

Silvio Costa Filho destacou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já vem conduzindo internamente discussões sobre o enfrentamento ao feminicídio e lembrou que o governo prepara uma campanha nacional de conscientização sobre o tema. Apesar disso, defendeu que o debate avance também no campo da segurança pública, com a revisão das tipificações criminais e a aplicação de penas mais duras. Segundo ele, essa discussão precisa ser ampliada e compartilhada com estados e municípios.

As declarações do ministro ocorrem em um momento em que o governo federal já promove avanços legislativos. No último dia 9, o presidente Lula sancionou o Projeto de Lei 4.266/2023, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), aprovado pelo Congresso Nacional, que prevê o aumento da pena para o crime de feminicídio, reforçando o compromisso do Estado no combate à violência de gênero.

Durante a Cúpula do Mercosul, realizada no último sábado (20), Lula voltou a chamar atenção para a gravidade do cenário na América Latina. O presidente destacou dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), segundo os quais 11 mulheres latino-americanas são assassinadas diariamente, classificando a região como a mais letal do mundo para as mulheres.

Ao defender punições mais rigorosas, Silvio Costa Filho reacende um debate sensível, que envolve limites legais, princípios constitucionais e direitos humanos, mas que também reflete a crescente cobrança da sociedade por respostas firmes e eficazes diante de uma violência que segue vitimando milhares de mulheres no país.

JUSTIÇA DE PERNAMBUCO REDUZ RITMO NO FIM DE ANO E MANTÉM PLANTÃO PARA CASOS URGENTES

A partir do último fim de semana, o sistema de Justiça de Pernambuco entrou oficialmente no recesso de fim de ano, alterando o funcionamento dos principais órgãos do Estado. Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) passam a atuar em regime especial de plantão até o início de janeiro, assegurando a continuidade do atendimento apenas para demandas consideradas urgentes.

Durante o período, os prazos processuais ficam suspensos, e o atendimento ao público ocorre, em sua maior parte, de forma remota. A medida acompanha o calendário nacional do Judiciário e tem como objetivo organizar as atividades internas, sem interromper a prestação jurisdicional em situações que exigem resposta imediata do Estado.

O Tribunal de Contas foi o primeiro a iniciar o recesso, ainda na sexta-feira (19). Até o dia 6 de janeiro, setores como protocolo, áreas administrativas e suporte técnico funcionam em esquema de plantão, no horário das 7h às 13h. As sessões de julgamento do TCE-PE permanecem suspensas e só serão retomadas no dia 21 de janeiro de 2026. Nesse intervalo, também ficam suspensos os prazos para apresentação de defesas e recursos, compreendendo o período de 19 de dezembro a 20 de janeiro.

Já o Ministério Público e o Tribunal de Justiça iniciaram o recesso no sábado (20). Ambos funcionarão em regime de plantão das 13h às 17h, com foco exclusivo em matérias urgentes, como habeas corpus, pedidos de liberdade, audiências de custódia, medidas protetivas de urgência, mandados de segurança e outras situações que não podem aguardar o retorno do expediente regular.

No caso do MPPE, o atendimento durante o recesso será feito por e-mail, com caixas postais específicas para cada circunscrição ministerial. Denúncias e demandas urgentes devem ser encaminhadas diretamente para esses endereços eletrônicos, garantindo agilidade na análise dos casos. A instituição também informou que a Ouvidoria seguirá recebendo manifestações por meio do site oficial e das redes sociais, porém o encaminhamento às promotorias só ocorrerá a partir do dia 7 de janeiro, quando o expediente normal será retomado.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco, por sua vez, reforça que o cidadão pode consultar, de forma online, qual unidade judiciária está de plantão, tanto na Região Metropolitana do Recife quanto no interior do Estado. As informações atualizadas estão disponíveis no site oficial do TJPE, na área destinada ao plantão do 1º grau, permitindo acesso rápido aos contatos responsáveis pelo atendimento emergencial.

O retorno pleno das atividades administrativas acontece de forma escalonada. TJPE e MPPE retomam o funcionamento normal no dia 7 de janeiro, enquanto o TCE-PE também reabre nessa data, mas somente volta a realizar sessões de julgamento a partir de 21 de janeiro. Até lá, o sistema de Justiça segue operando em ritmo reduzido, priorizando a garantia de direitos fundamentais e a resposta imediata às situações mais sensíveis da população pernambucana.

LULA PREPARA VETO COM SIMBOLISMO DEMOCRÁTICO E TRANSFORMA 8 DE JANEIRO EM MARCO POLÍTICO CONTRA O EXTREMISMO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia vetar o Projeto de Lei da dosimetria até o dia 8 de janeiro de 2026, data que marca três anos dos ataques antidemocráticos promovidos por militantes bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Mais do que uma decisão administrativa, o veto deverá assumir contornos de um gesto político calculado, carregado de simbolismo e com forte mensagem institucional em defesa da democracia brasileira.

A informação foi confirmada pelo líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), durante entrevista concedida a uma rádio baiana nesta segunda-feira (22). Segundo o senador, a escolha da data não é casual. Pelo contrário, representa a intenção do presidente de manter viva a memória de um dos episódios mais graves da história recente do país e reafirmar o compromisso do governo com a ordem democrática.

“O presidente Lula quer fazer um ato para que não se apague da memória coletiva aquele dia triste, quando a democracia foi afrontada. Não sei exatamente o dia em que ele assinará o veto, mas isso deve ocorrer até o dia 8 de janeiro”, afirmou Wagner, deixando claro que o Planalto enxerga o gesto como um posicionamento político e institucional.

Apesar das controvérsias que cercam o PL da dosimetria, o líder governista fez questão de ressaltar que não houve qualquer mudança de entendimento por parte do Executivo. Segundo ele, tanto sua posição pessoal quanto a do presidente permanecem inalteradas, independentemente das pressões ou debates em torno da proposta. “Não muda a minha posição, não muda a posição do presidente Lula”, reforçou.

A estratégia de transformar o veto em um ato político já vinha sendo amadurecida internamente. De acordo com Jaques Wagner, o próprio presidente mencionou a ideia durante a última reunião ministerial, realizada na semana passada. Na ocasião, Lula teria solicitado que os ministros estivessem em Brasília na data, repetindo o modelo de solenidade institucional realizado neste ano, quando os três Poderes se reuniram para reafirmar o compromisso com a democracia.

O Palácio do Planalto pretende ampliar o alcance simbólico do evento. Além da presença de toda a equipe ministerial, estão previstos convites aos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP). A participação dos chefes do Legislativo busca reforçar o caráter institucional do ato e sinalizar união entre os Poderes diante de qualquer ameaça ao Estado Democrático de Direito.

Com isso, o governo Lula transforma uma decisão jurídica em um marco político, utilizando a data de 8 de janeiro não apenas como lembrança do ataque à democracia, mas como reafirmação pública de que o país não tolera retrocessos institucionais. O veto ao PL da dosimetria, caso confirmado, deverá entrar para a história como mais um capítulo da reconstrução democrática defendida pelo atual governo.

COLUNA POLÍTICA | RAQUEL UMA GUERREIRA PERNAMBUCANA | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

RAQUEL LYRA, A GUERREIRA QUE CAIU, LEVANTOU E SE RECUSOU A DESISTIR

DA DOR PROFUNDA À FORÇA QUE MOVE UM ESTADO

Raquel Lyra não é apenas uma governadora em exercício. Ela se tornou, aos olhos de muitos pernambucanos, um símbolo de resistência. Poucos líderes atravessaram uma tempestade pessoal tão devastadora sem abandonar o campo de batalha político. No dia em que o destino lhe tirou o companheiro de vida, Fernando, ela também enfrentava a disputa mais dura de sua trajetória. Qualquer outro teria desistido. Raquel ficou. Sofreu em silêncio, chorou longe das câmeras, mas não recuou.

Recolhida em Caruaru, amparada pela família, viveu o luto sem teatralizar a dor. Não houve discursos, não houve exploração emocional. Houve respeito. E houve, sobretudo, uma decisão íntima: não abandonar a missão que lhe havia sido confiada nas urnas. Aquela mulher fragilizada emocionalmente começava, ali, a se transformar na governadora mais resiliente da história recente de Pernambuco.

SILÊNCIO NÃO É FRAQUEZA, É ESTRATÉGIA

Enquanto muitos confundiram o silêncio inicial com hesitação, Raquel agia como quem prepara uma travessia longa. Deixou que a vice Priscila Krause segurasse as rédeas políticas, articulasse alianças e montasse o terreno. Raquel observava, refletia e planejava. Não se lançou ao improviso. Preferiu suportar críticas a correr riscos irresponsáveis.

Esse comportamento custou caro politicamente no começo. A oposição cresceu, o barulho foi intenso e o discurso de “governo parado” ganhou eco. Mas quem conhece Raquel sabe: ela não corre para agradar. Corre para chegar.

A GUERREIRA NÃO AVANÇA SEM ARMAS

Raquel decidiu que só entraria em campo com as armas certas. Recursos assegurados, contratos assinados, parcerias firmadas. Nada de obra pela metade, nada de promessa vazia. Cada passo foi calculado. Cada decisão, pesada.

Quando autorizou obras, o dinheiro já estava em caixa. Quando anunciou projetos, eles estavam prontos para sair do papel. A demora inicial não era medo. Era preparo. E guerreiro que se prepara bem, vence guerras longas.

QUANDO A GUERREIRA ACELERA, O ESTADO SENTE

Em 2025, a Raquel cautelosa deu lugar à Raquel incansável. O ritmo mudou, a agenda estourou, e as entregas começaram a surgir em sequência. Prefeitos se filiaram em massa ao PSD, obras históricas saíram da gaveta, decisões adiadas por mais de uma década foram finalmente enfrentadas.

Arco Metropolitano iniciado. Metrô do Recife destravado. Compesa concedida com bilhões em investimentos garantidos. Não são ações cosméticas. São batalhas estruturais que poucos tiveram coragem de enfrentar.

No meio disso tudo, Raquel correu. Literalmente. A imagem da governadora em movimento, suada, determinada, viralizou. Não foi marketing. Foi retrato fiel de uma mulher que decidiu compensar o tempo perdido com trabalho dobrado.

CANSAÇO NO CORPO, FOGO NOS OLHOS

O cansaço é visível. A maquiagem impecável deu lugar à pressa. A agenda elegante foi substituída por madrugadas, viagens a Brasília e reuniões intermináveis. Secretários inauguram obras porque ela está em outra frente de batalha. Ainda assim, Raquel segue.

O pai, João Lyra, resumiu como poucos: ela não parece cansada — ela está cansada. Mas não para. Porque quem carrega propósito não abandona a luta no meio do caminho.

Entre lágrimas contidas em momentos históricos e sorrisos largos nas redes sociais, Raquel mostra algo raro: emoção sem fraqueza, sensibilidade sem desistência.

CERCANDO ADVERSÁRIOS, CONSOLIDANDO PODER

No campo político, a guerreira também avança. O PSD cresce, se estrutura e cerca o Recife. Prefeitos estratégicos, vereadores que rompem com antigas bases, quadros técnicos respeitados. Raquel não grita. Constrói. Não provoca. Ocupa espaço.

Ao lado de Gilberto Kassab, deixa claro que seu projeto não é episódico. É duradouro. É de poder.

A MULHER QUE NÃO DESISTE

Raquel Lyra caiu. E caiu duro. Mas levantou com mais força. Transformou dor em disciplina, luto em foco, silêncio em estratégia. Hoje governa com pressa, mas sem atropelos. Com cansaço, mas sem desistência.

Quem aposta no esgotamento dela esquece um detalhe essencial: guerreiras não param quando estão cansadas. Param quando vencem. E Raquel Lyra ainda está no meio da batalha. E disposta a fazer o que sempre fez, vencer!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

KASSAB APRESENTA DANIEL COELHO COMO APOSTA DO PSD PARA BRASÍLIA E AMPLIA BASE POLÍTICA DO PARTIDO EM PERNAMBUCO

Em um movimento estratégico que reforça o projeto nacional do PSD e redesenha o tabuleiro político em Pernambuco, o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, lançou oficialmente nesta segunda-feira (22), no Recife, o nome de Daniel Coelho como pré-candidato a deputado federal. O ato político, marcado por discursos de peso e gestos simbólicos de fortalecimento partidário, foi além do anúncio eleitoral e consolidou uma nova etapa de articulação da sigla no Estado, alinhada ao projeto de reeleição da governadora Raquel Lyra.

O encontro reuniu lideranças de diferentes regiões e teve como pano de fundo a ampliação da base do PSD em Pernambuco. Durante a agenda, Kassab também comandou a filiação de prefeitos estratégicos: Mano Medeiros, de Jaboatão dos Guararapes; Diego Cabral, de Camaragibe; e Dr. Ismael, de Santa Cruz da Baixa Verde. As adesões reforçam a presença do partido tanto na Região Metropolitana do Recife quanto no Sertão, ampliando o alcance político da legenda e dando musculatura ao projeto estadual liderado por Raquel Lyra, presidente do PSD em Pernambuco.

Ao discursar, Gilberto Kassab destacou o peso político da chegada da governadora ao partido e fez questão de ressaltar que o maior ganho não foi apenas institucional, mas humano. Segundo ele, a filiação de quadros qualificados em Pernambuco elevou o patamar do PSD nacionalmente. Nesse contexto, Daniel Coelho foi apresentado como um dos principais símbolos dessa nova fase. Kassab afirmou que a pré-candidatura do ex-deputado é prioridade para o partido e destacou seu perfil como um ativo não apenas para o Estado, mas para o país.

Com um tom enfático, o dirigente nacional sublinhou a trajetória de Daniel Coelho, ressaltando atributos como seriedade, preparo técnico e compromisso com a vida pública. Para Kassab, o Congresso Nacional precisa de parlamentares com experiência, visão moderna e capacidade de diálogo, características que, segundo ele, definem o perfil do pré-candidato. A fala reforçou a intenção do PSD de fortalecer sua bancada em Brasília com nomes competitivos e alinhados a um projeto de desenvolvimento nacional.

Daniel Coelho, por sua vez, destacou o significado político do gesto e reafirmou seu alinhamento com o projeto liderado por Raquel Lyra. Com mais de duas décadas de atuação na vida pública, ele lembrou sua passagem pela Câmara dos Deputados, onde exerceu dois mandatos federais, e o desempenho expressivo nas urnas no último pleito, quando figurou entre os mais votados de Pernambuco, ultrapassando a marca dos 100 mil votos. Para ele, a construção da chapa federal do PSD está diretamente ligada à consolidação de um projeto político consistente para o Estado.

Ao confirmar que estará no time que disputará vagas na Câmara Federal em 2026, Daniel Coelho reforçou sua confiança na governadora e na direção do partido. Segundo ele, a proposta é contribuir para uma bancada forte, capaz de defender os interesses de Pernambuco em Brasília e de dialogar com pautas nacionais estratégicas, especialmente nas áreas de desenvolvimento, gestão pública e fortalecimento das políticas estruturantes.

O ato político desta segunda-feira evidenciou que o PSD aposta em uma combinação de renovação, experiência e capilaridade regional para crescer em Pernambuco. Com a liderança de Raquel Lyra no Estado, o respaldo direto de Gilberto Kassab no cenário nacional e a entrada de prefeitos de municípios-chave, o partido sinaliza que pretende disputar espaço com protagonismo nas eleições de 2026, tendo Daniel Coelho como um de seus principais nomes na corrida por uma cadeira na Câmara dos Deputados.

MORAES AUTORIZA PRISÃO DOMICILIAR HUMANITÁRIA A AUGUSTO HELENO APÓS LAUDO APONTAR QUADRO DEMENCIAL

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (22) conceder prisão domiciliar humanitária ao general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida ocorre pouco menos de um mês após o militar iniciar o cumprimento de pena em regime fechado, decorrente da condenação a 21 anos de prisão no processo que apurou a tentativa de ruptura institucional e a chamada trama golpista.

A decisão foi fundamentada em um laudo médico oficial produzido por peritos da Polícia Federal, que apontou um quadro clínico delicado. De acordo com o relatório, Heleno, de 78 anos, apresenta sinais iniciais de um “quadro demencial”, condição que tende a se agravar de forma acelerada em ambiente de custódia. Os médicos alertaram que a permanência em regime fechado poderia provocar um declínio cognitivo progressivo e irreversível, especialmente diante do isolamento e da ausência de estímulos considerados protetivos, como o convívio familiar e a autonomia assistida.

Preso desde o dia 25 de novembro, o general estava custodiado em uma sala do Comando Militar do Planalto (CMP), em Brasília, onde cumpria a pena determinada pelo STF. A defesa solicitou a conversão da prisão para o regime domiciliar com base na idade avançada e nos problemas de saúde do ex-ministro, pedido que acabou sendo acolhido pelo relator do caso.

Apesar da concessão do benefício, Alexandre de Moraes impôs uma série de medidas cautelares rigorosas. Heleno deverá utilizar tornozeleira eletrônica, entregar todos os passaportes e está proibido de usar telefone celular, bem como de acessar redes sociais. Além disso, qualquer deslocamento para consultas médicas deverá ser previamente comunicado e autorizado pelo Supremo, exceto em situações de urgência ou emergência, que deverão ser justificadas no prazo de até 48 horas após o atendimento.

Na decisão, o ministro deixou claro que a prisão domiciliar não significa flexibilização da condenação, mas uma adequação humanitária diante do estado de saúde comprovado. Moraes também advertiu que o descumprimento de qualquer uma das medidas impostas resultará no retorno imediato do general ao regime fechado.

O caso de Augusto Heleno segue como um dos mais emblemáticos desdobramentos judiciais relacionados aos eventos que culminaram na condenação de figuras centrais do antigo núcleo de poder. A decisão reforça a posição do STF de manter o rigor penal, ao mesmo tempo em que reconhece exceções de caráter humanitário quando devidamente respaldadas por avaliações técnicas oficiais.

PSD SE REORGANIZA EM PERNAMBUCO E AMPLIA BASE DE RAQUEL LYRA COM PREFEITOS E VEREADORES DA CAPITAL

O tabuleiro político pernambucano ganhou novos contornos nesta segunda-feira (22) com um movimento articulado pelo Partido da Social Democracia (PSD), em um encontro realizado no Recife que reuniu lideranças de peso da legenda em âmbito nacional e estadual. Ao lado do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, a governadora Raquel Lyra, que comanda o PSD em Pernambuco, oficializou a filiação de três prefeitos e recebeu adesões estratégicas que reforçam o projeto político do grupo no estado.

Passaram a integrar oficialmente o PSD os prefeitos Mano Medeiros, de Jaboatão dos Guararapes, Diego Cabral, de Camaragibe, e Dr. Ismael, de Santa Cruz da Baixa Verde. As filiações consolidam a presença do partido em regiões-chave de Pernambuco, especialmente na Região Metropolitana do Recife e no Sertão, ampliando a capilaridade administrativa e política da legenda.

O ato também marcou uma mudança significativa no cenário da Câmara Municipal do Recife. Os vereadores Flávia de Nadegi, que deixou o Partido Verde, e Agora é Rubem, que se desfiliou do PSB, anunciaram apoio à governadora e ingressaram no PSD. Até então integrantes da base do prefeito João Campos, ambos passam a compor a oposição no Legislativo municipal, evidenciando um realinhamento político que pode repercutir diretamente nas votações e debates da Casa.

Além dos prefeitos e vereadores, o evento reuniu lideranças de diversas cidades pernambucanas, reforçando o caráter estadual da mobilização. Entre os novos filiados está o ex-delegado geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha Leite, nome conhecido na área da segurança pública e que agrega densidade técnica e política ao partido.

Em seu discurso, Raquel Lyra fez questão de afastar o rótulo de movimentação eleitoral antecipada. Segundo a governadora, o fortalecimento do PSD em Pernambuco está ligado à construção de um projeto coletivo, voltado à ampliação da capacidade de diálogo e de entrega de políticas públicas à população.

Ao agradecer a presença de Gilberto Kassab e a confiança dos novos filiados, Raquel destacou que o crescimento do partido se dá a partir de valores e objetivos comuns. Para ela, a legenda vem sendo estruturada como um espaço de convergência política, onde a cooperação prevalece sobre disputas internas. “Estamos construindo um partido forte, que não é um ajuntamento de gente, é gente com propósito”, afirmou, ao defender uma atuação baseada na solidariedade e no compromisso com um Estado e um país melhores.

Com o movimento, o PSD dá sinais claros de que pretende ocupar um espaço cada vez mais relevante no cenário pernambucano, fortalecendo alianças, atraindo quadros estratégicos e consolidando a liderança da governadora Raquel Lyra como principal referência política da sigla no estado.