Por: Diario de Pernambuco
Foto: Axel Heimken/AFP |
O contrato assinado pelo governo da Bahia como representante da região foi cancelado pela empresa fornecedora sem maiores explicações. O acordo envolvia uma quantia de R$ 42 milhões.
Por: Diario de Pernambuco
Foto: Axel Heimken/AFP |
O cantor piauiense Paulynho Paixão, de 43 anos, morreu na madrugada desta sexta-feira (3), após sofrer o segundo acidente na estrada em menos de três horas. Por volta de 22h de quinta (2), Paulynho estava de carro na BR-316, próximo à cidade de Passagem Franca do Piauí, quando sofreu um acidente, mas saiu ileso. Em seguida, ele foi para a casa dos pais em São Miguel da Baixa Grande. Horas depois, Paulynho resolveu voltar ao local de moto, mas caiu e teve ferimentos graves. Seus irmãos também foram ao local para pegar o carro que havia se acidentado mais cedo e encontraram o cantor caído. Ele foi levado para o hospital de Valença, mas morreu por volta das 3h de sexta-feira.
Com nome de batismo de Francisco de Paula Moura, o artista ficou conhecido como “Rei do Coladinho”, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Em mais de 15 anos de carreira, Paulynho compôs mais de 2 mil músicas que já foram interpretadas pelos cantores Wesley Safadão, Simone e Simaria, Gustavo Lima e Luan Santana.
G1 PE e TV Globo
A a evolução dos casos do novo coronavírus em PE; estado tem 136 confirmações e 10 mortes
Pernambuco confirmou 30 novos casos para o novo coronavírus, nesta sexta-feira (3). De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), há, atualmente, 136 casos, o maior aumento desde o dia 12 de março, quando houve as duas primeiras confirmações. Também foi registrada mais uma morte por Covid-19, subindo para dez o número de óbitos. Um bebê de um mês é um dos casos confirmados (veja vídeo acima)
A SES justificou que o aumento ocorreu, entre outros motivos, pela ampliação em 120% da testagem para a Covid-19, em Pernambuco. Essa medida foi possível devido a parcerias anunciadas nesta semana. Antes, era possível examinar até 770 amostras por semana e, agora, o número subiu para 2.170 testagens por semana, a depender do envio dos kits pelo Ministério da Saúde (MS).
Entretanto, na manhã desta sexta-feira (3), o secretário estadual de Saúde, André Longo, disse que os testes feitos seguem o perfil indicado pelo MS e são direcionados aos casos mais graves da doença, de pacientes que precisam ir ao hospital. Ele disse, ainda, que começaram a ser testados profissionais de saúde e serviços essenciais.
"Continuamos testando todas as pessoas que se internam com síndrome respiratória aguda grave. Percebemos aumento do número de pessoas se internando com a Covid-19, se aproximando dos números de influenza. Vemos que há uma aceleração da epidemia aqui no nosso estado", disse André Longo.
Ainda segundo André Longo, a pessoa que morreu foi uma mulher de 51 anos, moradora do Cabo de Santo Agostinho, com histórico de tabagismo, além de problemas respiratórios. Foi a segunda morte de pessoa que tem menos de 60 anos. Na quinta-feira (2), uma mulher de 37 anos, moradora do Recife, foi a mais jovem a morrer com a doença no estado.
Dos 30 novos confirmados, 17 são homens e 13, mulheres, com idades entre 18 e 93 anos, além de um bebê de 1 mês. A criança, um menino, apresentou sintomas gripais e foi levada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, no Centro do Recife.
A criança foi encaminhada, na manhã desta sexta-feira (13), para o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), também no Centro do Recife, apresentando bom estado de saúde. A mãe do menino não apresenta sintomas da Covid-19 e o pai está em isolamento domiciliar.
Dicas de prevenção contra o coronavírus — Foto: Arte/G1
Dados divulgados pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) informam que o Brasil teve, até as 20h desta 4ª feira, 294 óbitos com “causa mortis” identificada como suspeita ou confirmação de Covid-19 por médicos que assinaram atestados de óbitos em todo o país. Dados do Ministério da Saúde, no entanto, dão conta de 241 mortes até a tarde de 4ª feira.
Os números fazem parte do Portal da Transparência, plataforma eletrônica que reúne os dados registrados pelos cartórios de todo o País e que é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).
O portal tem o objetivo de proporcionar uma melhor compreensão do impacto da pandemia do novo coronavírus sobre a sociedade brasileira, contribuindo para a apuração de subnotificações de casos fatais. São Paulo, com 203 óbitos, e Rio de Janeiro, com 46, são os estados com mais mortes registradas como confirmadas/suspeitas de Covid-19. Na sequência, aparecem Distrito Federal com 8 casos e Pernambuco, com 7.
A plataforma disponibiliza, ainda, as estatísticas de registros de óbitos cuja causa mortis foi apontada pelos profissionais de saúde como Insuficiência Respiratória e Pneumonia, doenças relacionadas ao surto de COVID-19, que podem constar como causas de falecimentos. Somente no mês de março de 2020 foram registrados 9.036 óbitos destas doenças em todo o País.
“Trata-se de um serviço de transparência para a população, para o governo, sociedade e para a imprensa acompanharem, em tempo real, as informações desta grave crise de pandemia mundial e seus reflexos no Brasil”, explica o vice-presidente da Arpen-Brasil, Luis Carlos Vendramin Júnior. “Assim como outras profissões essenciais, os cartórios seguem abertos, registrando nascimentos, óbitos e fazendo os atendimentos à população em meio a esta crise de saúde pública”, completa.
Mesmo a plataforma sendo um retrato fidedigno de todos os óbitos registrados pelos Cartórios de Registro Civil do País, os prazos legais para a realização do registro e para seu posterior envio à Central de Informações do Registro Civil (CRC Nacional), regulamentada pelo Provimento nº 46 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), podem fazer com que os números sejam ainda maiores.
Isto por que a Lei Federal 6.015 prevê um prazo para registro de até 24 horas do falecimento, podendo ser expandido para até 15 dias em alguns casos, enquanto a norma do CNJ prevê que os cartórios devem enviar seus registros à Central Nacional em até oito dias após a efetuação do óbito. Portanto, o portal que é atualizado dinamicamente
A Covid-19 é uma doença altamente contagiosa que já deixou mais de 30 mil mortos no mundo. A primeira morte em decorrência da infecção pelo novo coronavírus foi registrada no Brasil no dia 16 de março. Entre seus sintomas, estão tosse seca, coriza, dor no corpo e febre — todos muito semelhantes aos apresentados em casos de gripes e resfriados. Segundo dados do Ministério da Saúde 86% dos casos de Covid-19 não apresentam sintomas. Para garantir o diagnóstico, são necessários testes específicos, que estão cada vez mais escassos nos postos de atendimento.
Os Estados Unidos registaram esta quinta-feira 1.169 mortes em 24 horas causadas pela covid-19, o pior recorde mundial diário, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.
O número recorde de mortes em 24 horas datava de 27 de março, quando foram registados 969 óbitos na Itália.
O número total de mortes desde o início da pandemia nos Estados Unidos é agora de quase seis mil.
Os Estados Unidos também são, de longe, o país do mundo com o maior número de casos confirmados. Ainda de acordo com a universidade norte-americana, que atualiza continuamente os dados, há já mais de 240 mil casos identificados no país.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 52 mil.
Dos casos de infeção, cerca de 190 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
No meio da fala, ele diz que está se bicando com Mandetta e que ele extrapolou, pede humildade ao auxiliar e diz que não vai demití-lo no meio da crise.
“Olha, o Mandetta já sabe que a gente tá se bicando faz algum tempo. Não pretendo demití-lo no meio da guerra. Mas em algum momento ele extrapolou. Espero que o Mandetta prossiga com sua missão com um pouco mais de humildade”
Na entrevista, Bolsonaro reclama de uso político, quando se refere a governadores.
No meio do bate papo, o presidente, sem citar João Dória ou Witsel, disse que não vai aceitar “imprimir dinheiro” pois é inflacionário, para ajudar governadores.
“Não podemos destruir emprego em massa e depois vem o governador de São Paulo com cara de freira e de virgem pedir dinheiro”
Bolsonaro disse que “caiu a máscara de Doria” ao se associar, nesta quinta, a Lula.
“É o meu sentimento, é o que eu penso. Comecem a abrir (o comércio). Se não querem abrir agora, imediatamente, vai abrindo devagar, que ninguém aguenta mais”, disse o presidente em entrevista nesta quinta-feira.
A fala presidencial começa a partir de 1 hora e três segundos.
Unidade abriu as portas nesta quinta-feira (2) e tem capacidade de atender 40 pacientes
Mesmo sem nenhum caso confirmado do novo coronavírus, Toritama, município de 45 mil habitantes no Agreste de Pernambuco, abriu as portas nesta quinta-feira (2) do novo Hospital de Campanha montado para tratar pacientes de pequena a média complexidade da covid-19. Essa foi uma das medidas adotadas para o combate da pandemia desde que a prefeitura instaurou um comitê de crise, há um mês. Os esforços renderam menção do secretário Estadual de Saúde, André Longo, que parabenizou o município pela atuação.
"Será de grande ajuda ao Estado que outros municípios, muitos inclusive maiores e com mais estrutura - me refiro àqueles com mais de 100 mil habitantes ou que são sedes de regionais de saúde - sigam o exemplo de Toritama e disponibilizar leitos intermediários ou de UTI para ajudar no esforço que o Governo do Estado está fazendo", declarou nessa quarta-feira (1), em coletiva de imprensa.
Com quarenta leitos, a unidade foi erguida em dez dias e funciona no prédio da escola José J. de Araújo, ao lado do hospital municipal, na av. João Manoel da Silva, principal via da cidade. Ao todo, o investimento aplicado foi de R$ 1,2 milhão.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Andrea Melo, os recursos contemplaram a compra de macas, camas, testes rápidos, equipamentos - como gasômetro (analisador de pH em gases sanguíneos), monitor multiparâmetro, laringoscópio e eletrocardiograma - e cinco ambulâncias, essas com ajuda de aporte federal. A única dificuldade, disse, foi com os respiradores, que estão em falta em todo País.
A estrutura vai atender exclusivamente os casos suspeitos ou confirmado do coronavírus. O local estratégico ao lado do hospital vai permitir que os pacientes sejam transferidos rapidamente e isolados para conter uma possível disseminação. O equipamento tem capacidade para assistir os quadros de baixa e média complexidade, enquanto os mais graves serão levados para o Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru.
Além da instalação, a secretária afirmou que o município está investindo em ações educativas e de comunicação.
"Houve toda uma reeducação sobre higienização - como lavar as mãos, usar o álcool-gel, não colocar a mão no rosto, tossir com etiqueta - para que as pessoa tomassem consciência. Tenho constantemente ido às rádios de Toritama, às escolas. A equipe da Saúde foi dar treinamento aos professores. Realizamos panfletagem no complexo Parque das Feiras e estamos tendo uma divulgação em massa nas redes sociais,", citou. "Teve toda uma precaução para, quando chegasse essa hora do isolamento social, a gente tivesse aceitação da população."
As iniciativas, falou, têm surtido efeito. "Uma vez ou outra tem uma situação que sai do controle, mas, de maneira geral, as pessoas estão sendo bastante solidárias e compraram a ideia de que, ficando em casa, você está fazendo o bem."
A cidade agrestina não teve nenhum caso confirmado de coronavírus até agora. Duas suspeitas foram descartadas e outras duas seguem sob investigação. Um dos pacientes está em isolamento domiciliar e o outro está internado em um hospital de referência, aguardando o resultado do teste. O diagnóstico deverá sair nesta sexta-feira (3).
O governador Paulo Câmara (PSB) se utilizou de um vídeo veiculado nas redes sociais para anunciar a distribuição de 500 mil Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, como máscaras, luvas, óculos e aventais enviados pelo Ministério da Saúde. Esses materiais serão disponibilizados para os municípios de todo o estado que tem unidades de saúde dedicadas ao atendimento dos pacientes no novo coronavírus.
Outros itens de extrema necessidade, como as máscaras N95 e os respiradores prometidos pelo Governo Federal, ainda não chegaram. São equipamentos essenciais para a utilização no suporte aos pacientes internados nas UTIs de toda a red pública de saúde.
Paulo falou também sobre o lançamento da plataforma Educa-PE que vai oferecer aulas online para alunos da rede estadual de ensino. A partir do dia 06 de abril, o Governo do Estado, através da Secretaria de Educação, vai disponibilizar para mais de 580 mil alunos da rede pública estadual a plataforma Educa-PE, que vai transmitir aulas ao vivo durante esse período de isolamento.
As aulas serão transmitidas de segunda a sexta-feira na TV Pernambuco (TVPE) e no YouTube das 13h às 17h, para o Ensino Médio. Para os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental, as aulas serão disponibilizadas diariamente no turno da manhã.
O Educa-PE tem como objetivo dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, a Secretaria de Educação e Esportes mobilizou um time de professores para produção de conteúdo alinhado ao Currículo de Pernambuco e transmiti-lo ao vivo, avisando a interação com os estudantes. Importante ressaltar que todo o conteúdo transmitido será disponibilizado no YouTube para revisão dos alunos. A ação é realizada em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e a Empresa Pernambucana de Comunicação (EPC).
Por Agência O Globo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (1º) que não mudou "nada" no pronunciamento da véspera em cadeia nacional de rádio e TV sobre o combate ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), avaliado como mais moderado que o anterior. Ele também sugeriu que quem tiver menos de 40 anos poderia se infectar agora com a Covid-19 para, no futuro, não transmitirem o vírus aos mais idosos, voltando a criticar medidas de isolamento adotadas por governadores que afetaram a economia. As declarações foram dadas em entrevista por telefone, do Palácio do Planalto, ao jornalista José Luiz Datena, do Brasil Urgente , da Band.
No meio de sua fala, Bolsonaro comentou que, com a chegada do frio ao país, "vai morrer mais gente por haverá um pico de ida aos hospitais".
"A garotada abaixo de 40 anos, a princípio, contraindo o vírus, não vai ter problema. Agora essa garotada, vamos supor, se infectando agora, ela seria uma barreira no futuro para não transmitir o vírus aos mais idosos. É uma conta que você bota na mesa e você vê que as medidas por parte de alguns governadores e alguns prefeitos foram excessivas porque atingiram a roda da economia", propôs o presidente.
"E a população não pode viver esse clima de pânico. Até porque o que a população tem que ser informada é que o vírus é igual a uma chuva, ele vem e você vai se molhar. Você não vai morrer afogado. Em alguns casos, lamentavelmente, haverá afogamento. Aquelas pessoas que, não é porque têm mais de 60 anos, é porque têm um problema a mais", disse.
Ele apontou ainda que pessoas que têm "uma imunidade pequena" são"mais fracas" e suscetíveis a sofrer mais com a doença. E citou quem vive na miséria ou pobreza extrema ao descrever a quem se referia.
"Quem são essas pessoas mais fracas? A pessoa às vezes vive na miséria, pobre ao extremo, então é fraca por natureza, vamos assim dizer, né?, dada a falta de uma alimentação mais adequada. Então essas pessoas é que sofrem mais com esse vírus que chegou, mas eu tenho certeza que vai embora um dia", comentou.
Questionado sobre o que provocou a mudança no tom de seu discurso e se mudou alguma coisa com relação ao que pensava sobre a doença, Bolsonaro disse que seu pronunciamento foi "totalmente" suas palavras, mas contou que colocou no papel o que queria transmitir e teve ajuda de pessoas do Planalto "que ajudaram a amenizar nas palavras".
"O objetivo é o mesmo. Se eu não me engano, eu falo nesse meu pronunciamento de ontem três vezes a palavra 'emprego'. Alguns falam 'ah, o cara tá preocupado com o emprego e não com a vida'. Agora um país de desempregados, de pobres, a quantidade de pessoas que vêm a morrer por falta de renda, de alimentação, entre outras coisas, é enorme. É muito maior do que a própria doença em si. Então, com outras palavras ontem, eu basicamente dei esse recado."
Ele voltou a citar declarações, de segunda-feira, do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e disse que o etíope falou tudo aquilo que ele disse.
"Alguns setores da imprensa falaram que eu omiti uma passagem dele. Não, não omiti nada. Ele mesmo disse que é da África, país pobre, e que cada país tem a sua realidade. O país que pode, por exemplo, pagar 2.500 libras para o teu desempregado, tudo bem. O Brasil nós fomos no limite aqui de R$ 600 por cada um dos aproximadamente 54 milhões que podem se beneficiar desse projeto nosso aqui, desse nosso abono, vamos assim dizer. E podemos resistir por três meses. Se passar disso, a nossa dívida vai ser enorme, e a gente começa a ficar preocupado como é que a economia pode se recuperar lá na frente. É essa a grande preocupação, esse foi o recado", afirmou.
Na sua explicação, no entanto, Bolsonaro repetiu que o diretor da OMS "falou que esse pessoal tem que trabalhar". Mas o que o dirigente da entidade manifestou foi a preocupação com pessoas isoladas em lugares mais pobres do mundo que têm que trabalhar diariamente para ganhar o "pão de cada dia". Ele cobrou ainda dos governos que adotem medidas para garantir a renda da população mais pobre com a crise do coronavírus.
"Como é que nós podemos proibir que essas pessoas se locomovam? Como é que você pode proibir que uma pessoa pegue e vá numa praça vender teu churrasquinho de gato? Ou vender o teu biscoito na praia? É isso que ele se referiu", argumentou.
Sobre sua posição no pronunciamento da terça-feira, Bolsonaro foi enfático, e citou repercussões econômicas do isolamento adotado por governadores, como o do Rio Grande do Sul.
"Eu não mudei nada. Ele mudou. Agora eu, sim, reconheço a você que suavizei nas palavras. Mas quem pegar e prestar atenção em cada frase nossa continuamos dando o recado: se o Brasil continuar dessa forma, desse isolamento horizontal, como se eu não me engano o Rio Grande do Sul anunciou mais 30 dias. Eu não vou criticar o governador, agora será que a população aguenta mais 30 dias sem trabalhar? Porque o elemento, o empresário, o comerciante, vai ter que demitir, porque não está vendendo, vai ter que demitir", afirmou.
Foto: Alan Santos/PR
O presidente Donald Trump, a quem Jair Bolsonaro imita e reverencia como ídolo, foi às compras, pagou mais caro e arrebatou tudo o que o governo brasileiro esperava receber da China em matéria de equipamentos essenciais para a proteção dos profissionais da saúde e o combate ao coronavírus.oi uma razia. Trump mandou 23 grandes aviões militares se entupirem na China de tudo que estivesse à venda. Mais de 240 mil americanos poderão ser mortos pelo vírus a se confirmarem as piores previsões. No momento, 187 mil estão infectados e há 4.600 mortos. Nos atentados de 11 de setembro, morreram 2.977.
Os dois conversaram por telefone. Trump informou a Bolsonaro que “o Brasil está parando”. Nada que Bolsonaro não soubesse. Dizem assessores de Bolsonaro que ele ofereceu ajuda. A maior ajuda seria não ter comprado o que o Brasil já comprara. Mas América em primeiro lugar! E a situação está feia em todo canto.
Se morrerem apenas 110 mil americanos, o numero será maior do que a soma de todos os que morreram nas guerras da Coreia (40 mil), do Vietnam (58 mil) e do Iraque e Afeganistão (6,6 mil). O ano nos Estados Unidos é de eleição presidencial. Trump já teve a reeleição garantida. Agora teme o que possa acontecer.
São Paulo e Rio de Janeiro estão no epicentro da pandemia. Nos dois Estados, 250 mortos esperam o resultado dos seus exames. Decepcionaram-se em poucas horas os que esperaram que a fala à Nação de anteontem significasse uma mudança de comportamento de Bolsonaro. Saíra de cena o radical. Entrara o moderado.
Qual o quê! Bolsonaro amanheceu postando nas redes sociais outra fakenews – desta vez o vídeo de um homem sobre desabastecimento em Belo Horizonte. Deu tempo para que seus devotos o copiassem e reproduzissem. Então apagou o vídeo e pediu desculpas. No fim da tarde, aprontou novamente.
Voltou a criticar os governadores que adotaram medidas restritivas em seus Estados, e defendeu que os mais necessitados fossem trabalhar para garantir o sustento. Não se sabe como o dinheiro prometido a essas pessoas pelo governo chegará às suas mãos. Por enquanto, nem o governo parece saber.
E pensar que tudo só está começando, e começando mal desse jeito… A coincidência de epidemias (coronavírus, dengue, influenza e bolsonarismo) ameaça fazer muito mal ao Brasil.