sexta-feira, 21 de novembro de 2025

PLENÁRIA DA CÂMARA DE VERDEJANTE TEM REVIRAVOLTA E VEREADOR MUDA VOTO EM PLENO PLENÁRIO, ALTERANDO RUMO DE PROJETO DO EXECUTIVO

A sessão plenária da Câmara Municipal de Verdejante, realizada na tarde desta quarta-feira (19), transformou-se em um dos debates mais tensos deste ano legislativo. O motivo foi a apreciação do parecer referente ao Projeto de Lei nº 003/2025, enviado pelo Poder Executivo, que pretendia revogar a Lei Municipal nº 1.000/2022 — responsável por alterar dispositivos da Lei nº 418/1993 — e redefinir as regras para cessão e permuta de servidores públicos no município.

Logo no início dos trabalhos, o presidente da Casa, vereador Edilânio Carvalho, conduziu a leitura completa tanto do projeto quanto do parecer emitido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). O relatório, assinado pelo relator Felipe do Angico Torto e acompanhado pelos vereadores Osny Xavier (presidente da comissão) e Dourinho (membro), recomendava a rejeição da proposta do Executivo, sob argumento de inconsistências e fragilidades jurídicas.

Quando o parecer chegou ao plenário para votação, o ambiente mudou de tom. A expectativa inicial era de uma votação previsível, seguindo a posição defendida pela CCJR. No entanto, o andamento revelou surpresas que movimentaram o plenário e chamaram atenção de quem acompanhava a sessão.

Os vereadores Osnyr, Derley, Davi, Adelaide e o próprio relator Felipe do Angico Torto votaram pela aprovação do parecer, mantendo a coerência com o entendimento da comissão e fechando questão contra o projeto. Entretanto, a primeira reviravolta surgiu com o voto do vereador Zé Carlos, que decidiu rejeitar o parecer — posicionando-se, na prática, a favor do projeto do Executivo, mesmo que o mérito do PL não estivesse em análise naquela etapa.

O que ninguém esperava era o movimento seguinte: o vereador Dourinho, que na comissão havia opinado pela rejeição do projeto, mudou de lado no plenário. Ele acompanhou o voto de Zé Carlos e votou contra o parecer, gerando surpresa entre os colegas e levantando questionamentos nos bastidores sobre o que motivou a mudança repentina.

Apesar das duas dissidências, o parecer contrário ao projeto acabou sendo aprovado por 5 votos a 2, consolidando a seguinte formação:

Votos a favor do parecer (contra o PL): Osnyr, Derley, Davi, Adelaide e Felipe do Angico Torto
Votos contra o parecer (a favor do PL): Zé Carlos e Dourinho

Com a aprovação do parecer, o Projeto de Lei nº 003/2025 fica rejeitado no âmbito da comissão técnica e, por consequência, não segue adiante em sua forma original. Para que a matéria volte à pauta, apenas um recurso ou um novo encaminhamento do Executivo poderá reabrir o debate no Legislativo municipal.

A sessão terminou sob clima de tensão e muita especulação política, especialmente após a mudança inesperada de voto no plenário — episódio que promete repercutir nos próximos dias e acender debates internos sobre alinhamento, independência e pressão política dentro da Casa.

COLUNA POLÍTICA | JORGE MESSIAS UM PERNAMBUCANO NO STF | NA LUPA 🔎 | POR EDNEY SOUTO

LULA APOSTA EM JORGE MESSIAS PARA O STF E RECONFIGURA O JOGO POLÍTICO NO JUDICIÁRIO
INDICAÇÃO FORMAL DE LULA AO STF 

A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal representa um dos movimentos mais estratégicos do seu atual mandato. A indicação, anunciada em 20 de novembro, coloca o pernambucano na rota de uma das posições mais poderosas da República. Agora, Messias depende da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e da aprovação por maioria absoluta do Senado para assumir a vaga deixada por Luís Roberto Barroso.

PERFIL E ORIGENS DO NOVO INDICADO

Nascido no Recife, Jorge Messias tem 45 anos e carrega uma trajetória marcada pela ascensão dentro da advocacia pública e pela atuação silenciosa nos bastidores do governo federal. Caso confirmado, poderá permanecer no STF até 2055, consolidando uma presença de longo prazo no tribunal. Sua origem nordestina e trajetória técnica são vistas como diferenciais relevantes no contexto político e jurídico atual.

TRAJETÓRIA ACADÊMICA SÓLIDA

Messias é formado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e possui mestrado e doutorado em Desenvolvimento, Sociedade e Cooperação Internacional pela Universidade de Brasília (UnB). A formação acadêmica robusta é frequentemente destacada por integrantes do governo como sinal de sua capacidade de interpretar o direito sob uma perspectiva institucional ampla, com foco em desenvolvimento, políticas públicas e modernização do Estado.

INGRESSO E ASCENSÃO NA ADVOCACIA PÚBLICA

Sua vida profissional no serviço público começou em 2007, quando ingressou na carreira de Procurador da Fazenda Nacional. A partir daí, Messias construiu uma reputação de técnico habilidoso, acumulando conhecimento em áreas complexas do Estado brasileiro, como finanças públicas, gestão jurídica e assessoramento de alto nível ao Executivo. Seu domínio das engrenagens burocráticas e jurídicas o colocou entre os quadros mais valorizados da AGU.

PASSAGENS ESTRATÉGICAS EM DIVERSOS ÓRGÃOS DO GOVERNO

A trajetória de Messias inclui passagens por órgãos-chave: foi procurador do Banco Central e do BNDES, consultor jurídico no Ministério da Ciência e Tecnologia, secretário de regulação do MEC e subchefe de análise de políticas governamentais da Casa Civil. Atuou também como assessor do senador Jaques Wagner, ampliando sua visão política. Na Presidência da República, durante o governo Dilma Rousseff, ocupou o cargo de subchefe para Assuntos Jurídicos — uma das posições mais sensíveis do Executivo.

LIDERANÇA NA AGU DURANTE O GOVERNO LULA

Desde janeiro de 2023, como advogado-geral da União, Messias comandou a defesa judicial dos interesses do governo Lula em tribunais superiores e atuou em temas de alta repercussão, como políticas públicas, questões orçamentárias e conflitos federativos. Sua gestão na AGU é vista internamente como firme, técnica e alinhada com a estratégia do governo, o que pesou significativamente na sua escolha para o STF.

PESO POLÍTICO DA INDICAÇÃO

Além do perfil técnico, a indicação carrega simbolismos políticos. Messias é evangélico — característica que funciona como um gesto de Lula a setores conservadores e religiosos do Congresso. Ele superou nomes de peso, como o senador Rodrigo Pacheco, evidenciando que Lula optou por alguém oriundo da burocracia estatal e próximo aos núcleos de confiança do PT, em vez de um aliado do Legislativo.

O DESAFIO DA SABATINA E O FUTURO NO STF

Agora, Jorge Messias enfrentará a tradicional sabatina da CCJ, onde deverá responder a questionamentos sobre sua trajetória, postura institucional e visão jurídica. Precisa de pelo menos 41 votos para ser aprovado. Caso receba o aval do Senado, assumirá a cadeira no STF com a missão de equilibrar técnica, independência e sensibilidade política, tornando-se um dos nomes mais influentes do Judiciário pelas próximas três décadas. É isso!


quinta-feira, 20 de novembro de 2025

WOLNEY CELEBRA MESSIAS NO STF

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (20), para comemorar a indicação de Jorge Messias para o STF. Advogado-geral da União, Messias tem 45 anos e é considerado um nome de confiança de Lula.

Wolney lembrou que foi colega de turma de Jorge Messias na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. “Ele seguiu a carreira na AGU e eu toquei a vida na Câmara dos Deputados. Voltamos a nos encontrar em Brasília, ambos servindo ao governo do presidente Lula”, destacou.

O ministro disse ainda estar duplamente feliz com a ascensão de Jorge Messias, “como brasileiro e como pernambucano”. E afirmou estar confiante na aprovação de seu nome pelo Senado. “Apenas uma coisa me preocupa: a falta que ele vai fazer ao presidente Lula e ao conjunto de ministros”, ressaltou Wolney.

ARTIGO - AS MENSAGENS DO LEGISLATIVO

O Senado Federal aprovou, para um novo mandato, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet. A votação foi apertadíssima: ele precisava de 41 votos e obteve 45. De certa forma, essa votação foi, a meu vê r, um recado à Suprema Corte.

Tenho com Paulo Gonet uma amizade de mais de 30 anos. Sempre o admirei como professor e como diretor do Instituto de Direito Público (IDP), fundado pelo Ministro Gilmar Mendes. De ambos recebi o título de Professor Honoris Causa do Instituto de Direito Público, o que muito me honrou.

Paulo Gonet é um profundo conhecedor do Direito Público no Brasil, um grande jurista e uma nobre figura, com sólidas convicções religiosas, razão pela qual entendo que a votação apertada tenha sido uma indireta do Congresso ao Supremo Tribunal Federal.

Ocorre que, merecidamente, ele foi indicado Procurador-Geral da República pelo Ministro Gilmar Mendes, com apoio total dos onze Ministros do Supremo.

Contudo, a linha que o Supremo Tribunal Federal adotou, de ser também legislador —, ou seja, de substituir o Poder Legislativo em muitos momentos (desde o artigo 19 do Marco Civil da Internet, passando pela anencefalia, marco temporal das drogas e pelo casamento de homossexuais, que são matérias de competência do Legislativo) — é o que causa um desconforto muito grande ao Legislativo.

Acredito, ainda, que essa mensagem do Poder Legislativo tenha também o presidente Lula como destinatário, haja vista a indicação do futuro Ministro da Corte que irá substituir o Ministro Luís Roberto Barroso.

Conheço Jorge Messias o indicado, pelo Presidente da República. Ele é um candidato natural, de confiança do presidente Lula, bom advogado e com sólida formação cristã.

Tenho a sensação, entretanto, de que seu apadrinhamento também gera desconforto ao Senado Federal, que gostaria de ter como candidato o ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, que foi muito alinhado com o presidente Lula, a ponto de colocar em discussão no Senado apenas aquilo que agradava o presidente petista. Ele tem livre trânsito no Senado e é o candidato do presidente do Legislativo.

Fato é que a votação apertada para um jurista brilhante como Paulo Gonet — por ele ter tido o apoio total do Supremo, o que gera grande desconforto a uma área considerável do Senado pela invasão de competência do STF em sua competência legislativa —, faz com que haja uma preocupação com a indicação do futuro ministro do Supremo pelo presidente Lula. Ora, a atuação do Supremo, ao legislar naquilo que a Constituição manda ser competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49, inciso XI), é o ponto central dessa tensão.

Tal votação foi, portanto, um alerta e uma mensagem. Cabe agora ao Presidente da República negociar com os senadores, caso queira que seu fiel escudeiro, Jorge Messias, seja aprovado.

Messias é um homem de convicções cristãs e de boa formação moral, mas que parece não ter no Senado o apoio que necessitaria para ser aprovado.

Pessoalmente, sempre pensei que, mesmo na época em que vivíamos um regime de exceção militar, os responsáveis indicavam nomes de professores de notável saber. Se analisarmos os que foram indicados naquele período — Moreira Alves, Oscar Dias Corrêa, Moacyr Amaral Santos, Thompson Flores, etc. —, perceberemos que eram todos titulares em grandes universidades do Brasil.

Perdemos um pouco esse critério de nomear grandes juristas, passando a indicar pessoas com atuação na área jurídica de conhecimento geral, menos de notável saber e mais de notório conhecimento por parte da população.

De qualquer modo, o presidente Lula deve ter sentido que terá que trabalhar para conseguir que seu candidato a ministro do Supremo venha a ser aprovado pelo Senado.

O episódio da votação de Paulo Gonet e a indicação ao STF de Jorge Messias revelam uma grave falha na governança federal: a politização excessiva de instituições que deveriam primar pela técnica e impessoalidade.

Ao indicar Jorge Messias, notório por sua lealdade pessoal e política em detrimento de um perfil de "notável saber jurídico" inquestionável — critério histórico e de excelência —, o Governo Federal prioriza o alinhamento ideológico e a blindagem política dentro da Corte Suprema. Essa estratégia não apenas desrespeita o Senado, ao tentar impor um nome, como também mina a confiança pública na independência do Poder Judiciário, transforma a mais alta corte do país em um mero reflexo do Poder Executivo, perpetua um ciclo de indicações que favorece a proximidade em vez da competência suprapartidária, e, por fim, enfraquece o sistema de freios e contrapesos democrático.

Vamos acompanhar o que acontecerá nos próximos meses dessa jogada exclusivamente política, que deveria ser apenas jurídica.
 
Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Academia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

IGARASSU INAUGURA CASA DA INFÂNCIA E JUVENTUDES EM ATO MARCANTE COM A PRESENÇA DE MINOTOURO

Em uma tarde marcada por emoção, simbolismo e compromisso social, Igarassu celebrou nesta quarta-feira (19) a inauguração da Casa da Infância e Juventudes, equipamento pioneiro no município e concebido para transformar realidades, ampliar oportunidades e fortalecer o protagonismo das novas gerações. A entrega, realizada pela prefeita professora Elcione Ramos, reuniu autoridades, servidores, moradores, jovens e o ex-lutador do UFC Rogério Minotouro, que fez questão de prestigiar o momento.

O prédio, instalado em um território que concentra desafios históricos ligados à vulnerabilidade social, nasce como marco de resistência e afirmação de direitos. A proposta é clara: colocar crianças e jovens no centro das políticas públicas, reconhecendo-os como cidadãos capazes de construir novos caminhos e romper ciclos de desigualdade.

A prefeita Elcione enfatizou que o equipamento é fruto de um compromisso assumido ainda durante as escutas do Fórum da Juventude. Segundo ela, a Casa representa mais do que uma obra física — é a materialização de um projeto político que acredita no potencial transformador das juventudes.
“Este espaço reafirma que infância e juventude não podem ser invisibilizadas. São sujeitos históricos, construtores de suas trajetórias, e merecem políticas que dialoguem com seus sonhos e necessidades”, destacou a gestora.

A secretária de Políticas Públicas, Rosinha Abreu, reforçou o caráter simbólico da unidade, descrevendo-a como um instrumento de luta contra as desigualdades e de fortalecimento comunitário. “Esta Casa confirma o que a gestão pensa: a juventude importa. É um lugar de acolhimento, resistência e movimento”, afirmou.

O equipamento chega ofertando um conjunto amplo de ações: oficinas criativas, debates formativos, atividades culturais, esportivas, socioeducativas e diversos outros programas desenhados a partir da realidade local. O objetivo é dar acesso, garantir pertencimento e oferecer oportunidades concretas para que crianças e jovens possam vislumbrar novos horizontes.

A escolha da área atendida pelo programa também foi estratégica, baseada em estudos que apontam demandas urgentes da população jovem e infantil do território. Para a gestão municipal, iniciar a transformação por ali é reconhecer desigualdades históricas e agir de forma direcionada para superá-las.

Com a Casa da Infância e Juventudes, Igarassu escreve um novo capítulo em sua política social, dando voz, espaço e ferramentas para que suas crianças e jovens possam planejar o futuro com mais dignidade e esperança. Uma obra que, mais do que inauguração, representa o início de uma mudança profunda no modo de cuidar e investir nas próximas gerações.

RAQUEL LYRA DESENCADEIA PACOTE DE OBRAS E FORMATURA TÉCNICA NA MATA NORTE NESTA SEXTA (21)

A governadora Raquel Lyra cumpre, nesta sexta-feira (21), uma intensa agenda pela Mata Norte de Pernambuco, marcada por anúncios de investimentos estruturadores e por ações que dialogam diretamente com o desenvolvimento regional. Logo nas primeiras horas da manhã, em Glória do Goitá, a gestora participa da formatura de 180 estudantes do curso técnico em Agroecologia, iniciativa realizada pela Secretaria de Educação de Pernambuco em parceria com o Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta). O programa se consolida como um dos mais importantes instrumentos de fortalecimento da agricultura familiar, ao capacitar jovens para práticas sustentáveis e ampliar a geração de renda no campo.

O compromisso seguinte ocorre à tarde, em Chã de Alegria, onde Raquel Lyra autoriza o início das obras de restauração da PE-040, no trecho que conecta o município ao entroncamento com a PE-050, em Glória do Goitá. A requalificação da via é aguardada há anos pela população e deve melhorar significativamente a mobilidade, além de ampliar o escoamento da produção agrícola e impulsionar o potencial turístico da região. A intervenção, tratada como estratégica pelo Governo do Estado, representa um passo importante para dinamizar a economia local.

Encerrando a agenda, no fim da tarde a governadora desembarca em Paudalho para autorizar duas iniciativas de grande impacto urbano. A primeira é a construção de uma nova creche com 10 salas de aula, estrutura projetada para ampliar o atendimento à primeira infância e garantir mais conforto às famílias. A segunda é o recapeamento asfáltico de 64 ruas do município, beneficiando diretamente cerca de 24 mil moradores. As obras devem melhorar a mobilidade urbana, reduzir transtornos históricos e valorizar diversas áreas da cidade.

Com ações distribuídas em três municípios e focadas em educação, infraestrutura viária e desenvolvimento urbano, a passagem de Raquel Lyra pela Mata Norte reforça a intenção do governo de aproximar investimentos estruturais das necessidades reais da população, garantindo avanços que vão da formação técnica ao reordenamento das cidades.

TRUMP PRINCIPAIS RETIRA TARIFAS IMPOSTAS AO BRASIL

 
Os EUA anunciaram nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros. A decisão foi publicada pela Casa Branca. A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil.

A decisão é válida para produtos que entraram nos Estados Unidos a partir de 13 de novembro, mesma data da reunião entre o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que tratou sobre as tarifas.

Na semana passada, o governo Trump já havia reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga, aplicadas a diversos países. No caso específico do Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.

Agora, a taxa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump.

Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada:

café;
carne bovina;
açaí;
cacau;
banana
tomate;
coco;
castanha de caju;
mate;
especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.
Negociações entre Lula e Trump

Ao contrário da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil. Na ordem desta quinta, Trump citou a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e escreveu que a retirada das tarifas é consequência das negociações entre o governo brasileiro e o norte-americano.

“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento.”

“Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários […] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional […] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil.”

Governo brasileiro celebra decisão

O governo do Brasil comemorou a retirada das tarifas. Para o Itamaraty, a decisão foi um avanço importante, especialmente por fazer menção às negociações com o Brasil, retomadas em outubro, e pela data retroativa (13 de novembro) coincidir com o dia da reunião entre Marco Rubio e Mauro Vieira.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, disse que a ordem de Trump é uma “excelente notícia” para o Brasil, que agora volta a ter acesso competitivo ao mercado dos EUA, “apoiando assim a estabilização de preços para alguns produtos”.

Alívio para exportadores

A retirada de taxas do café e da carne, especificamente, representam um alívio para exportadores brasileiros desses produtos. Os Estados Unidos são o principal comprador de café do Brasil e respondem por cerca de 16% de tudo o que o país exporta, segundo o Ministério da Agricultura.

Segundo o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), com o tarifaço, as importações americanas de café brasileiro haviam caído pela metade entre agosto e outubro em relação ao mesmo período de 2024.

No caso da carne, os EUA eram o segundo maior comprador do produto brasileiro antes do tarifaço, importando 12% de todo o volume que o Brasil vende para o exterior.

Em nota, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) comemorou a decisão do governo americano. “A reversão reforça a estabilidade do comércio internacional e mantém condições equilibradas para todos os países envolvidos, inclusive para a carne bovina brasileira.”

PRF INTERROMPE ROTA DO CRIME E APREENDE CARRO ROUBADO, PISTOLA E MAIS DE R$ 11 MIL NO RECIFE

Uma fiscalização de rotina da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resultou, nesta quinta-feira (20), em uma ocorrência de grande impacto na BR-101, no trecho da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Um homem que trafegava em um Honda HR-V cinza acabou detido após a equipe identificar fortes indícios de adulteração nos elementos identificadores do veículo. A suspeita foi confirmada minutos depois: o automóvel havia sido roubado em outubro de 2025, no bairro de Boa Viagem, área nobre da capital.

A abordagem, que começou como uma vistoria preventiva, logo se transformou em um flagrante de múltiplos crimes. Além de conduzir um carro roubado, o motorista não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Dentro do veículo, os policiais encontraram uma pistola calibre .380, acompanhada de dois carregadores e um total de 30 munições prontas para uso. Em meio aos bancos, ainda havia R$ 11.750 em espécie, quantia cuja origem o homem não soube explicar, e uma pequena porção de maconha.

Diante da gravidade dos fatos, os agentes questionaram o condutor sobre a procedência do automóvel. Ele afirmou ter adquirido o carro em uma feira popular do Recife, versão considerada improvável pela PRF devido aos sinais de adulteração e ao histórico do veículo. A justificativa não o livrou da responsabilização. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), onde foram apresentados o veículo, a arma, o dinheiro e a droga apreendida.

A PRF reforçou que operações de fiscalização seguem intensificadas nas principais rodovias que cortam Pernambuco, justamente para coibir o tráfico de armas, o uso de veículos clonados e a circulação de criminosos que utilizam as BRs como rota de fuga. A ação desta quinta-feira evidencia o impacto direto dessas abordagens na redução de crimes e na retirada de itens ilícitos de circulação.