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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

ALMOÇO DE HARMONIA POLÍTICA SELA RELAÇÃO ENTRE ALEPE E TJPE E REÚNE 37 DEPUTADOS EM GESTO DE FORÇA INSTITUCIONAL

A tarde desta terça-feira (9) foi marcada por um movimento político que extrapolou os limites protocolados de cortesia e se consolidou como gesto de peso institucional no Estado. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o presidente Álvaro Porto abriu as portas do emblemático espaço de convivência dos parlamentares, o tradicional “Buraco Frio”, para um almoço que teve como centro não apenas um homenageado, mas o retrato de uma relação madura entre dois dos mais importantes poderes do Estado: o Legislativo e o Judiciário.

O encontro foi realizado em desagravo ao presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Ricardo Paes Barreto, que deixará o comando da Corte em janeiro de 2026. Mas a ocasião teve contornos ainda mais significativos ao contar também com a presença do presidente eleito do TJPE, Francisco Bandeira de Mello, que assumirá o posto em fevereiro do próximo ano. O gesto de Porto, ao unir o atual e o futuro mandatário do Judiciário na mesma mesa, estabeleceu mais do que um registro diplomático: consolidou um rito de continuidade, de confiança e de reafirmação do equilíbrio entre os poderes.

Com 37 parlamentares presentes — incluindo dois licenciados que hoje ocupam cargos no Executivo — Álvaro Porto demonstrou, na prática, que articulação política é menos discurso e mais ação. Governistas, independentes, oposicionistas e representantes de distintas regiões do estado ocuparam o mesmo ambiente, sem exceções partidárias ou barreiras ideológicas, formando um retrato raro e, nas palavras de muitos presentes, simbólico em um período nacional de tensão entre instituições.

Ao assumir a palavra, Porto foi direto ao espírito que pautou o encontro. Ressaltou a independência dos poderes, mas cravou, em tom firme, que autonomia não é sinônimo de conflito. “Esta Casa estará sempre atenta e pronta a, de mãos dadas, atender tudo aquilo que nos for demandado pelo TJPE. (…) O nosso compromisso constitucional é com Pernambuco e seu povo e assim será. A nossa independência enquanto Poder será defendida e preservada”, discursou.

Ricardo Paes Barreto, alvo central da homenagem, devolveu o gesto com agradecimentos claros ao Parlamento pela postura colaborativa adotada ao longo de sua gestão. Destacou que os projetos do Judiciário foram tratados com atenção pelos deputados e que a relação institucional com o Legislativo não apenas foi preservada, como ampliada.

Já o futuro presidente, Francisco Bandeira de Mello, fez questão de sublinhar que a continuidade desta interlocução será marca da sua gestão. O magistrado afirmou que os canais permanecerão abertos, com linguagem de cooperação e respeito às prerrogativas de cada poder.

A lista de presenças confirmou o caráter suprapartidário do encontro. Ao lado de Álvaro Porto, estiveram Rodrigo Farias (1º vice-presidente) e Francismar Pontes (1º secretário), além dos deputados Coronel Feitosa, Antônio Coelho, Waldemar Borges, Mário Ricardo, Dani Portela, Fabrizio Ferraz, Antônio Moraes, Roberta Arraes, Socorro Pimentel, Débora Almeida, João Paulo Lima, Jarbas Filho, Cayo Albino, Isaías Régis, Joãozinho Tenório, Claudiano Filho, Renato Antunes, Jefferson Timóteo, Wanderson Florêncio, France Hacker, Nino de Enoque, Abmael Santos, Danillo Godoy, Joaquim Lira, Diogo Moraes, Joel da Harpa, William Brígido, Aglailson Victor, Gleide Ângelo, Henrique Filho, Luciano Duque e Júnior Matuto. Também estiveram os deputados licenciados Kayo Maniçoba e Eriberto Filho, hoje integrantes do Executivo estadual.

O almoço, que à primeira vista poderia figurar apenas como agenda de cordialidade, se revelou uma demonstração calculada de convergência entre os poderes e de capacidade de liderança do presidente da Alepe. Na leitura política do dia, Álvaro Porto conseguiu mais do que reunir liderança: produziu imagem, construiu narrativa e reafirmou que no atual cenário o entendimento institucional, antes de artifício, é ferramenta central para governabilidade e respeito às regras democráticas.

Num momento em que o país convive com frequentes fricções entre os poderes, Pernambuco ofereceu, ao seu modo, um retrato de estabilidade e civilidade. E o “Buraco Frio”, espaço historicamente simples e pouco cerimonioso, foi o palco inesperado de um dos mais fortes recados de unidade e maturidade política do ano.

GOVERNADORA RAQUEL LYRA PRESTIGIA TRANSMISSÃO DE LIDERANÇA DO COMANDO MILITAR DO NORDESTE PARA O GENERAL CARLOS MACHADO E DESTACA PARCERIA PARA ESCOLA DE SARGENTOS

A governadora Raquel Lyra prestigiou, na noite desta terça-feira (9), a cerimônia de transmissão de cargo de liderança do Comando Militar do Nordeste (CMNE). Realizado no Quartel-General do CMNE, no Recife, o ato reuniu autoridades civis e militares para marcar a posse do general Francisco Carlos Machado Silva à frente da unidade estratégica do Exército na região. A chefe do Executivo estadual ressaltou a parceria com o Exército para a construção da Escola de Sargentos, que viabilizará desenvolvimento para Pernambuco. A vice-governadora Priscila Krause esteve presente.
“O Comando Militar do Nordeste tem um papel essencial para o desenvolvimento e a proteção da nossa região. A chegada do general Machado reforça essa missão, em um momento em que Pernambuco avança em projetos estruturadores, como a implantação da nova Escola de Sargentos. Seguiremos atuando em conjunto em ações que fortalecem a infraestrutura e o bem-estar da população. Agradeço ao general Maurílio Ribeiro pelo trabalho dedicado e desejo êxito ao novo comandante nessa jornada que começa”, ressaltou a governadora Raquel Lyra. Mais cedo, no Palácio do Campo das Princesas, a gestora recebeu os dois generais e dialogaram sobre as iniciativas em parceria entre o Governo e o Exército.
Presente na solenidade, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, enalteceu a chegada do novo comandante. “General Machado cuidava de toda parte da educação e cultura do Exército brasileiro e vem para o comando em um momento importantíssimo quando nós precisamos dar o início da Escola de Sargentos.  Pernambuco e o Nordeste estão de parabéns", afirmou o ministro. 
Assumindo o Comando Militar do Nordeste, o general Francisco Carlos Machado Silva elencou as prioridades da gestão. “Daremos o apoio ao desenvolvimento nacional, cuidaremos da operacionalidade da tropa, dos programas e projetos estratégicos que nós temos aqui. Nós temos um programa importante aqui, que é a nova Escola de Sargentos do Exército, que também será a nossa prioridade”, disse o novo comandante. O general Maurílio Miranda Netto Ribeiro, que ocupou a função desde janeiro de 2024, agradeceu pela passagem. “Eu saio daqui muito realizado profissionalmente e levando as melhores lembranças para o prosseguimento da minha vida. Mais uma vez, agradeço ao Nordeste, agradeço a Pernambuco”, destacou. 
A Escola de Sargentos do Exército tem previsão de entrar em funcionamento em 2035 para abrigar 2.200 alunos e 1.900 profissionais permanentes. O acordo de cooperação do Estado com o Exército para a instituição prevê ampliações em abastecimento de água, saneamento, transporte público, energia elétrica, conectividade por fibra óptica e serviços de saúde e educação.
Acompanharam a cerimônia os secretários André Teixeira Filho (Mobilidade e Infraestrutura), Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico), Alessandro Carvalho (Defesa Social); os deputados federais Iza Arruda e Eriberto Medeiros; o deputado estadual Renato Antunes; o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Mano Medeiros; o vice-prefeito do Recife, Victor Marques; assim como o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, José Paulo Xavier. 

Fotos: Hesíodo Góes/Secom
Miva Filho/Secom

RIVA BEZERRA E A COBRA QUE SAIU DO NINHO: A MAIOR APROVAÇÃO DO SERTÃO EM CHOQUE COM A TRAIÇÃO DO PRÓPRIO VICE

Cedro, município que por décadas conviveu com ciclos de instabilidade e mandatos marcados pelo improviso, encontrou em Riva Bezerra um ponto de virada que se traduz não apenas em números, mas em experiência concreta de gestão. Com mais de 94% de aprovação popular — índice raríssimo no cenário político nacional e praticamente inexistente no Nordeste — sua administração tornou-se case de estabilidade, previsibilidade de governo e entrega de resultados. Obras de impacto, serviços essenciais funcionando com regularidade, diálogo permanente com a população e um modelo de gestão que colocou o município na vitrine administrativa do Sertão transformaram Riva em uma figura que ultrapassa o mandato: ela simboliza a ruptura definitiva com o velho modo de construção e exercício de poder.

E é justamente nesse ponto que a narrativa sofre torção. A denúncia apresentada pelo vice-prefeito Antonio Leite, que protocolou pedido de cassação na Câmara, aparece como expressão do desconforto de um grupo que não suportou o protagonismo feminino, popular e tecnicamente incontestável de Riva. Ao invés de disputa programática ou divergência institucional, a tentativa virou símbolo de algo mais profundo: a dificuldade de aceitar que o poder, hoje, não se conquista no grito, na sombra ou na barganha — mas no voto, na entrega e no reconhecimento diário da população.

O argumento jurídico, segundo quem acompanha os bastidores, não se sustenta nem no texto nem na prática, e esse é talvez o ponto mais emblemático. O ataque não será lembrado pela robustez legal, mas pela motivação política. A própria prefeita, com a firmeza que vem marcando seu estilo, classificou a investida como tentativa de golpe e ato desesperado de quem não teria qualquer possibilidade de enfrentá-la nas urnas. A metáfora usada por aliados, repetida nas rodas de conversa da cidade, reforça o sentimento de frustração: ao formar a chapa, Riva não colocou um vice — colocou, sem perceber, uma cobra cascavel ao seu lado.

O constrangimento se alarga quando atinge o próprio núcleo de Antonio Leite. O vereador Miguel Leite, irmão do vice, rompeu o silêncio e se posicionou publicamente contra a tentativa de cassação, expondo fissuras que escapam do campo político e alcançam o terreno familiar. Cedro assistiu, perplexo, à revelação de que nem entre os seus o vice encontra sustentação para o movimento mais arriscado de sua trajetória.

Nesse quadro, o episódio passa a ser entendido como marcador histórico do município: uma cidade que, depois de experimentar estabilidade, desenvolvimento e administração técnica, se recusa a retornar à lógica da chantagem, do revanchismo e da interrupção pelo atalho. O voto, em Cedro, não é apenas registro eletrônico — é pacto social. E pactos, quando firmados com 94% de aprovação, não se rompem em gabinete, nem se rasgam em papel timbrado.

Riva Bezerra, ao defender o mandato, defende mais que o próprio projeto. Defende o direito da população de manter o rumo administrativo que escolheu. Defende a legitimidade do futuro frente à nostalgia de um poder que não aceita ter sido ultrapassado. Defende, sobretudo, a ideia de que governar é servir, não subjugar.

A tentativa de golpe pode ecoar nos corredores e alimentar estratégias de bastidores, mas diante da força de quem governa com resultado e da percepção clara do povo sobre o que está em jogo, tende a se dissolver na mesma velocidade com que foi articulada. Cedro viu o que pode ser um governo que funciona — e não há veneno político suficientemente potente para desfazer essa memória coletiva.

A cobra, enfim, mostrou o bote. Resta saber se o veneno será suficiente para atingir quem aprendeu, justamente no contato com o povo, a ser imune à política do atraso e da submissão.

RECADO DIRETO DO ALTO DO MORRO: SILVIO COSTA FILHO GARANTE QUE NÃO USARÁ O SENADO COMO TRAMPOLIM

A imagem era emblemática: o Morro da Conceição tomado por fiéis, a tradicional devoção renovando promessas e gestos de fé, e, entre abraços e cumprimentos, o ministro Silvio Costa Filho decidiu falar. Não em tom político, mas em tom de compromisso — e com frases que, embora suaves, ecoaram como recado calculado no ambiente cada vez mais tensionado da sucessão eleitoral em Pernambuco e no Recife.

Durante a visita ao Morro, Silvio não apenas conversou com a população. Ele fez questão de declarar, diante das câmeras e microfones, que não transformará o eventual mandato de senador da República em um degrau a mais na vida pública. A frase, dita com a serenidade de quem sabe exatamente para quem estava falando, atravessou o cenário eleitoral como um antídoto às especulações: “Não disputarei a Prefeitura do Recife, nem o Governo de Pernambuco. Se eleito, cumprirei integralmente o mandato de senador”.

O gesto, mais do que uma prestação de contas antecipada, representou uma rareza num cenário em que cadeiras no Congresso se tornaram passaportes para disputas estaduais e municipais. Silvio mirou em duas frentes — a opinião pública e os bastidores — e acertou ambas. Ao rejeitar a ideia de trampolim, ele tenta se distanciar do roteiro habitual que desgasta nomes antes mesmo de uma campanha começar: o da ambição pública desenfreada, que transforma projetos de poder em degraus pessoais.

A fala também serve como termômetro para a Frente Popular e para o próprio Palácio do Campo das Princesas, onde qualquer movimento futuro sobre 2026 e 2028 é calculado com milímetros e milimétricas vaidades. Ao cravar que não entrará na disputa municipal ou estadual, Silvio abre espaço para reposicionamento no tabuleiro sem provocar colisões imediatas com aliados ou desafetos que disputam o mesmo território político.

No Morro, enquanto os fogos estouravam e as barracas disputavam a atenção dos romeiros, Silvio Costa Filho escolheu o simples para entregar o sofisticado: prometer permanência. Em tempos de corridas anunciadas e mandatos abandonados antes da metade, a frase pode ter soar como símbolo, contrapeso e aviso. A temporada eleitoral de 2026 ainda nem começou, mas o ministro já fez questão de inaugurar o capítulo: não será ele quem irá romper sua própria palavra.

ALEPE CUIDA ATENDE MORADORES DE BREJÃO COM DIVERSIDADE DE SERVIÇOS

A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) expande os atendimentos do Programa Alepe Cuida e chega a Brejão, no Agreste,  levando consultas, exames e serviços de cidadania para os moradores da cidade. Os agendamentos começam nesta quarta-feira (10/12) e seguem até a próxima terça-feira (16/12) pela central de atendimento da Alepe. As marcações serão feitas das 8h às 12h e das 13h às 16h (de segunda a quinta-feira ). Na sexta-feira é das 8h às 13h. 

Em Brejão, a ação do Alepe Cuida acontecerá nos dias 17 e 18 de dezembro, na Praça Vereador José Augusto Pinto, no centro da cidade. Nesta edição, a população terá acesso gratuito a consultas de dermatologia, clínica geral, otorrino, proctologista e odontologia. As marcações podem ser feitas pelos telefones (81) 3183-2424, (81) 3183-2026, (81) 99570-0067 e (81) 99776-0117. 
Os atendimentos serão das 9h às 12h e das 13h às 16h em Brejão. O Alepe Cuida é realizado em parceria com instituições públicas e privadas e coordenado pela Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional da Alepe. Dentre outros exames estão ultrassonografias de mama, endovaginal, tireóide, abdômen total (jejum no mínimo 8h/máximo de 12h) e mamografia.  

Cidadania
Além de consultas e exames, a população terá acesso gratuito a serviços de bem estar e cidadania. Para essas áreas, os atendimentos à população são por ordem de chegada. As pessoas poderão negociar débitos de água e luz com a Compesa e Neoenergia; ter acesso à oferta de microcrédito para Microempreendedor individual (MEI) e autônomos, ofertado pelo BNB; e obter a emissão de carteira de identidade com isenção de taxa para maiores de 60 anos pela Secretaria de Defesa Social (SDS).
 
Orientações
A população de Brejão também terá orientação jurídica em casos de pensão alimentícia, divórcio, investigação de paternidade e correção de registro pela Defensoria Pública. Também haverá serviços ofertados pelo Detran-PE.

Pé diabético

 Na lista dos serviços está também o ‘Ambulatório do Pé Diabético (termografia)’ dedicado aos portadores da doença. O espaço voltado para atendimento e orientação aos diabéticos foi pensado por considerar que as feridas nesta região são as principais causas de amputação decorrente da doença.

A Defensoria Pública também estará presente, prestando orientações jurídicas sobre pensão alimentícia, divórcio, investigação de paternidade e correção de registro. Além disso, haverá serviços do Detran-PE e atendimento.

De acordo com o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, cada edição do Alepe Cuida é planejada para oferecer à população um atendimento acolhedor, qualificado e capaz de gerar impacto real na vida das pessoas. “Nosso compromisso é reunir, em um só espaço, serviços de saúde e orientações que reforcem o papel social da Assembleia”, afirmou Porto.

Segundo o primeiro-secretário da Alepe, deputado Francismar Pontes, o compromisso da Casa Joaquim Nabuco é facilitar o acesso da população de maneira rápida à saúde e a serviços de cidadania. 

“Nosso propósito é ampliar continuamente esse alcance, oferecendo consultas, exames, acolhimento e orientação onde as pessoas mais necessitam”, destacou Pontes.

Serviço

Programa Alepe Cuida em Brejão

🗓️ Agendamentos de quarta-feira (10/12) a terça-feira (16/12)

🕢 Horário dos agendamentos: 8h às 12h e das 13h às 16h (de segunda a quinta) e das 8h às 16h (sextas-feiras)

🗓️ Atendimentos nos dias 17 e 18 de dezembro, das 9h às 12h e das 13h às 16h

☎️ Agendamento pelos fones (81) 3183-2424, (81) 3183-2026, (81) 99570-0067 e (81) 99776-0117

GLAUBER BRAGA SE ISOLA APÓS INVASÃO DE CADEIRA E ALIADOS ADMITEM: “MANDATO FOI ENTERRADO”

A cena que tomou o plenário da Câmara nesta terça-feira (9) ultrapassou o cálculo político e entrou para o campo do ponto sem retorno. A ocupação da cadeira da Presidência por Glauber Braga (PSOL-RJ), em um gesto abrupto e interpretado como afronta direta à condução da Casa, fez desmoronar a última ponte que ainda o ligava a um acordo possível. Petistas próximos ao deputado, que até então nutriram a esperança de evitar a cassação, admitem agora, sem rodeios, que o episódio sepultou qualquer chance de sobrevivência parlamentar.

A matemática antes do tumulto não era totalmente desfavorável ao psolista. A deputada Carla Zambelli (PL-SP), relatora do processo por faltas, indicava rejeição ao pedido e, nos bastidores, a tese de perda do mandato perdia força. Havia espaço político para negociação, até mesmo para que o processo se alongasse, atravessasse o recesso e se desidratasse. Mas Glauber escolheu o confronto — e escolheu ao vivo, diante do plenário, das câmeras e do país.

O ato, descrito por parlamentares como “desespero político” e “autoexpulsão simbólica”, mudou imediatamente o clima. O Centrão, que ainda avaliava votos e calibrava decisões, passou ao modo de disciplinamento, decidido a responder institucionalmente ao gesto. Deputados que evitavam se posicionar publicamente fecharam questão em silêncio. A cassação, que era possibilidade, virou consenso.

Hugo Motta (Republicanos-PB), que presidia a sessão, sustentou postura firme e se viu, paradoxalmente, fortalecido pelo tumulto. E, se a cadeira ocupada era símbolo de autoridade, o gesto acabou devolvendo força justamente àqueles que Glauber pretendia confrontar. Arthur Lira (PP-AL), ainda com o comando informal sobre boa parte da Casa, passou a atuar como avalista dessa reação, alinhando blocos e desmobilizando qualquer sopro de reversão.

A ocupação da Presidência, ato extremo e calculado apenas no campo da indignação, deixou Glauber sozinho — não politicamente, mas matematicamente. Se antes ele era visto como alvo de perseguição, agora suas próprias fileiras o enxergam como protagonista de sua queda. Aliados, que ontem falavam em resistência, hoje falam em desfecho.

No fim, o gesto que pretendia ser denúncia virou sentença. O ato de romper com o protocolo não desmoralizou o sistema, apenas acelerou o julgamento político. Glauber, que sempre construiu sua atuação com intensidade e enfrentamento, encontrou no auge dessa intensidade o ponto preciso da irreversibilidade.

O plenário ainda vai votar. Mas, para os que viram a cena de perto, a cassação deixou de ser hipótese. Tornou-se destino.

COMEÇA A MAGIA: BOM CONSELHO ACENDE O NATAL DAS 3 IGREJAS NESTE DOMINGO

Bom Conselho viverá, neste domingo (14), às 18h, um momento histórico. Pela primeira vez, a cidade realiza oficialmente o Natal das 3 Igrejas, marca que inaugura uma nova tradição no calendário cultural e religioso do município. O acendimento das luzes na Praça Dom Pedro II não será apenas uma abertura festiva: representará o início de uma experiência luminosa que une fé, memória e encanto, sob o olhar das três igrejas que compõem o cenário central da celebração.

O prefeito Edezio Ferreira, junto com a Prefeitura e a Secretaria de Cultura e Turismo, reforça o convite para que toda a população testemunhe o momento em que a praça, pela primeira vez, se transforma em palco iluminado, dando início ao ciclo natalino que promete aquecer afetos e fortalecer o espírito comunitário. O 1º Natal das 3 Igrejas chega como marco de uma nova história, construída com o brilho das luzes e o encontro das famílias.

Neste domingo, Bom Conselho não apenas inaugura um evento, mas acende um símbolo que nasce para permanecer. A partir das 18h, a cidade se veste de luz e convida todos a fazerem parte deste primeiro capítulo que já nasce memorável.

SUAPE APRESENTA POTENCIALIDADES E INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA PARA PAÍSES DO SUDESTE ASIÁTICO, EM BRASÍLIA

Complexo portuário industrial será projetado comercialmente, nesta quarta-feira, como hub logístico e como a melhor rota do Brasil para a Ásia em evento com embaixadores, parlamentares, empresários e autoridades

O diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Armando Monteiro Bisneto, apresenta nesta quarta-feira (10), em Brasília, a infraestrutura logística do porto e as potencialidades do complexo industrial como base estratégica para as conexões entre o Nordeste e o Sudeste Asiático.   

O evento é promovido pelo Instituto Ásia-Pacífico e pela Frente Parlamentar Mista Brasil-ASEAN, do Congresso Nacional, que tem como presidente o deputado federal Waldemar Oliveira (PE). Nove embaixadores de países do Sudeste Asiático, representantes do Japão e da China, empresários de diversos setores, diplomatas, autoridades e parlamentares já confirmaram presença.

Armando Bisneto informa que o foco é a promoção comercial de Suape,  na expectativa de atração de investimentos estrangeiros. “Também queremos lançar o porto como opção para que esses países enviem os seus produtos para o Brasil ou usem Suape como ponto de distribuição”, destacou o gestor, ressaltando, ainda, a expectativa da  prospecção de linhas marítimas que permitam a exportação de bens produzidos no polo  industrial do complexo e na região.  

O Sudeste Asiático — formada pelo Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia, Vietnã, Brunei e Timor Leste — reúne mais de 680 milhões de consumidores e tem PIB superior a US$ 4 trilhões.  Trata-se de um importante destino para exportações brasileiras, como soja, trigo, açúcar e derivados de petróleo. 

Suape já conta, desde 2024, com uma linha marítima regular e semanal de longo curso que o conecta diretamente com a Ásia, especificamente com Singapura e outros importantes portos daquele continente. O atracadouro pernambucano, localizado na Região Metropolitana do Recife, é o sexto porto público mais movimentado do país e um dos principais polos de desenvolvimento do Nordeste.

COOPERAÇÃO
A programação também prevê a assinatura de uma cooperação técnica entre Suape e a Frente Parlamentar, assim como pronunciamentos dos embaixadores Nguon Hong Prak (do Reino do Camboja, representando os diplomatas da ASEAN), do embaixador Alex Giacomelli (Ministério das Relações Exteriores) e de ministros do Governo Federal.   

Além do deputado federal Waldemar Oliveira, o evento foi articulado pelo secretário-executivo da Frente Parlamentar, Alex Kawano, e pelo presidente do Instituto Ásia-Pacífico, Alberto Carbonar.  

Criada em março de 2025, a Frente Parlamentar Mista Brasil-ASEAN atua como elo entre o setor produtivo, o Congresso e parlamentos asiáticos, trabalhando para ampliar mercados, reduzir barreiras comerciais e atrair investimentos.