Ibope lança nova ferramenta para estudar consumidores da internet

O Ibope Media lançou uma nova ferramenta nesta terça-feira para medir o comportamento dos consumidores da internet utilizando os mesmos moldes com que se calcula a audiência dos canais de televisão brasileiros, ou seja, embutindo um aparelho em domicílios representativos.

O principal responsável pelas pesquisas de audiência, consumo e mídia na América Latina batizou sua nova ferramenta de " E-Tail Report". Com ela, será possível verificar o fluxo de consumo por lojas de vendas online, incluindo o volume de itens mais visualizados nas vitrines, a quantidade de mercadorias adicionadas no carrinho e as comprar realmente efetuadas.

O dispositivo deve ser colocado em dois mil domicílios criteriosamente selecionados pelo instituto, analisados por meio de um painel que consiga representar as nove principais regiões metropolitanas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília e interiores de São Paulo, sul e sudeste. Inicialmente, serão coletadas informações dos 25 sites de maior audiência no comércio eletrônico

De acordo com alguns dados preliminares do mecanismo, produzidos em outubro de 2011, os setores mais visitados pelos internautas são, em ordem:

1º Eletroeletrônicos
2º Vestuário e têxtil
3º Cultura (livro, CD e DVD)
4º Casa e decoração
5º Informática

Dentro do primeiro setor, as subcategorias mais visitadas foram os eletrodomésticos, equipamentos de audiovisual e eletroportáteis para casa, nesta ordem.

De acordo com nota emitida pelo grupo de pesquisas, esta é a primeira vez que o mercado de comércio eletrônico poderá analisar dados detalhados da sua concorrência mensalmente.

Segundo o diretor de inovação do IBOPE Media, Alexandre Crivellaro, o uso de um painel torna possível uma coleta abrangente, tornando possível construir relatórios de tendência e evolução, "indispensáveis na análise desse mercado".

O novo software foi criado depois que o grupo notou um crescimento constante do mercado de e-commerce brasileiro, que avança de 20% a 30% ao ano. Crivellaro explica que o grande desafio do setor é conquistar ainda as classes C, D e E, que não estão familiarizadas em um todo com este mercado.