quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Eduardo defende atenção especial para o Interior do Nordeste

Tauan Saturnino
Da equipe do blog

O governador Eduardo Campos (PSB) encerrou, há pouco, sua participação no 1º Exame Fórum Nordeste, evento realizado no auditório do Mar Hotel, em Boa Viagem, e que reúne especialistas das mais diversas áreas para uma série de palestras, entre estes, os governadores da Paraíba (Ricardo Coutinho), Rio Grande do Norte (Rosalba Ciarlini) e da Bahia (Jacques Wagner).
O gestor pernambucano abriu seu discurso abordando a importância da indústria do petróleo e gás. Eduardo citou o segmento como “decisivo para o futuro do país” e, ao mesmo tempo em que lembrou que o Nordeste não vai ganhar muito com essa indústria, Pernambuco se configura como exceção devido à construção do Porto de Suape, que, segundo ele, será utilizado para atender às demandas desse setor.
“A gente vê que o setor do petróleo e gás vai ter grande expressão dentro de alguns anos. Através do Porto de Suape, nós reposicionamos Pernambuco para viver esse momento de expansão. Mas isso não é uma constante em todos os Estados do Nordeste, é algo isolado.”
Em seguida, o governador abordou a temática do semiárido para explanar sobre o que chamou de “potencialidade de energia verde”. Eduardo disse que a região precisa ser encarada como um lugar propício ao investimento – e, com isso, tornar-se um polo de desenvolvimento – e que devido à falta de interesse, não é explorada como deveria. “É obvio que nesse semiárido há uma potencialidade adormecida. A tecnologia verde precisa ajudar. Esse deserto tem capacidade extraordinária.”
De acordo com o governador, uma das medidas que precisam ser adotadas para tornar essa exploração em algo rentável é a expansão da fronteira agrícola do Nordeste. Contudo, Eduardo afirmou que para que isso venha a se tornar realidade, há a necessidade de um consenso entre os governadores da região. “A visão caricata que os brasileiros carregam sobre o Nordeste é parecida com a que os estrangeiros carregam sobre o Brasil. Não haverá saída para o Brasil se não desenharmos uma saída para o Nordeste”.
O gestor pernambucano encerrou sua participação no evento mencionando as manifestações populares que tomaram as ruas do país no último mês de junho e, com isso, reascendeu a discussão sobre um novo pacto federativo. Quanto ao setor econômico, principal alvo das críticas feitas por Eduardo Campos ao Governo Federal, o governador disse que é imprescindível que os gestores estaduais despertem para a necessidade de desenvolver o interior. “Ainda temos um grande vazio nesse sentido”, concluiu.

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