Faltando menos de dez dias para um dos maiores festivais de música do mundo começar, os fãs de grandes bandas internacionais no Rio de Janeiro e em todo o Brasil não veem a hora de prestigiar seus grupos favoritos no palco. É o Rock in Rio 2013, que acontecerá em sete datas entre os dias 13 e 22 de setembro.
Nem tudo, porém, é motivo de alegria para quem deseja marcar presença no evento. Aqueles que não conseguiram comprar seus ingressos quando a venda oficial aconteceu precisarão desembolsar muito dinheiro se quiserem adquirir entradas nesta última semana.
Isso porque, faltando poucos dias para o festival começar, a maior parte dos ingressos só pode ser encontrada na mão de cambistas. O SRZD entrou em contato com alguns desses vendedores clandestinos para saber quanto eles estão cobrando e, acredite, há entradas custando até R$ 2 mil.
Quer ir ao Rock in Rio e ainda não tem ingresso? Prepare-se!
Quando a venda oficial teve início, no dia 4 de abril, os ingressos se esgotaram em poucas horas. O preço da entrada inteira era de R$ 260, enquanto a meia custava R$ 130. Exatamente cinco meses depois, a história é bem diferente: para o primeiro dia, por exemplo, a cambista R.V.R. cobra R$ 700 pela entrada inteira de sua irmã, que não irá mais. Achou caro? Pois isso é o que a vendedora L.I. quer só pela meia. Ou seja, se fosse inteira, estaria custando R$ 1.400.
Mais "barato" é o preço cobrado por A.F., para o mesmo dia. Ela está vendendo a entrada de um colega de trabalho, que quer "apenas" R$ 500 em cada uma. Quer levar duas? Sem problemas, há a possibilidade de negociar um "desconto".
Se está achando absurdo, saiba que pode piorar. O cambista F.C.P., por exemplo, cobra R$ 2 mil por um convite para o camarote no segundo dia de festival. A revenda é proibida, mas isso não causa qualquer tipo de inibição: "Não tem perigo, porque a entrada não é nominal", garante.
Quem ganhou o par de ingressos foi um amigo, que trabalha em uma multinacional. "É para um lugar VIP, com uns 200 garçons, comida à vontade, chope, uísque e energético", explica. E se R$ 2 mil reais é muito caro, não tem problema, pois na compra da segunda entrada, o vendedor faz por "somente" R$ 1.500 cada.
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Procurado pelo SRZD, o Procon-RJ informou que a revenda dos ingressos acima do preço original é crime, e que quem pratica deve ser denunciado. Em 2011, um homem foi preso por vender ingressos a R$ 450, tendo sido autuado por crime contra a economia popular.
Enquanto isso, porém, há quem se destaque por agir da maneira correta. O jovem G.P., por exemplo, comprou um par de ingressos para ele e a namorada também no dia 14, mas como não poderão ir, ele decidiu passá-los adiante. O preço é o mesmo que ele pagou: R$ 260. Isso prova que, em meio a tantos "espertos" que aproveitam a impunidade para ganhar dinheiro de forma ilícita, a honestidade infelizmente se torna uma exceção.
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